Israel cessará fogo em Gaza por conta dos feriados de Ramadã e da Páscoa

Neste domingo(02), o gabinete do primeiro-ministro de Israel, comunicou que irá adotar a proposta feita pelos Estados Unidos da América, de cessar-fogo durante os feriados de Ramadã e da Páscoa. Conforme divulgado, o país do ministro Benjamin Netanyahu, isso ocorrerá apenas durante esses feriados e após a guerra continuará. A informação é de que as negociações a respeito do plano de Witkoff irão começar imediatamente, mediante a concordância do Hamas.

Acordo

Segundo o que foi divulgado a respeito dessa negociação, Israel poderia voltar aos combates após o 42° dia, se perceber que as conversas foram ineficazes, informou o país, após efetuarem a acusação de que o Hamas estaria violando a trégua. Tanto Israel quanto o Hamas vêm trocando acusações, ambos estão batendo de frente em relação as questões voltadas para a violação do acordo.


Palestinos lamentam a morte de mais dois compatriotas em meio à guerra entre Israel e Palestina (Foto: reprodução/Anadolu Abdul Hakum Abu Riash Anadolu/Getty Images Embed)


Conflito

O conflito que ocorre entre o Hamas e o país de Israel, iniciou em 2023 e se estende a um pouco mais de 1 ano, tendo em vista que a situação entre Israel e Palestina, de maneira geral, vêm acontecendo há mais de 40 anos. Esse problema começou devido à disputa pela posse de um território localizado na Palestina, sobre o qual ambos os países não chegaram a um acordo.

Cessar-fogo

No início deste ano, ocorreu um cessar-fogo entre Israel e a Palestina, aparentemente durante esse momento, houve uma troca de 33 reféns, contando com 5 tailandeses junto. O governo de Benjamin Netanyahu libertou 2 mil palestinos como parte de um esforço para encerrar a guerra, adotando um processo gradual para alcançar uma solução.

O conflito teve início em 2023, e novas negociações estão em andamento para um novo cessar-fogo

Israel recebe corpos de reféns em meio a tensão no Oriente Médio

Os caixões pretos chegaram nesta quinta-feira (20). Dentro deles, estavam os corpos de quatro reféns israelenses, incluindo um bebê de apenas oito meses. A cena, carregada de luto e indignação, marcou um dos momentos mais dolorosos desse conflito.

Entre as vítimas estavam Shiri Bibas, de origem argentina, seus filhos Kfir, de oito meses, e Ariel, de quatro anos, e o idoso Oded Lifschitz, de 83 anos. A família Bibas tornou-se um símbolo do sofrimento dos reféns em Gaza, e a confirmação de suas mortes destruiu as esperanças de quem ainda sonhava com um final diferente.

Indignação global e apelos por dignidade

A ONU condenou a maneira como os corpos foram devolvidos. Volker Turk, chefe de Direitos Humanos da organização, chamou o ato de “abominável” e ressaltou a necessidade de respeito à dignidade das vítimas e suas famílias.

O Hamas alegou que os reféns faleceram em ataques aéreos israelenses e, durante a entrega dos corpos, exibiu um cartaz com a imagem do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu retratado como um vampiro. O gesto provocou revolta e reforçou as tensões entre os dois lados.


Ataque aéreo israelense no campo de refugiados palestinos de Bureij (Foto: reprodução/Eyad Baba/Getty Images Embed)


O luto em Israel e o peso da culpa

Em Israel, o choque se transformou em luto nacional. O presidente Isaac Herzog expressou sua dor e pediu desculpas às famílias. “Não há palavras. Apenas agonia. Perdão por não termos conseguido trazê-los de volta com vida”, declarou.

Enquanto isso, o primeiro-ministro Netanyahu foi alvo de protestos. Familiares dos reféns que ainda permanecem em Gaza marcharam exigindo respostas.

Até agora, 19 reféns israelenses foram libertos em um acordo de cessar-fogo que também resultou na liberação de mais de 1,1 mil palestinos presos. Agora, as negociações para uma nova fase do acordo seguem indefinidas.

O Hamas declarou estar disposto a libertar os reféns restantes, mas as condições para um novo entendimento seguem nebulosas. Enquanto isso, para as famílias que ainda esperam por respostas, o tempo passa cruelmente, entre a esperança e o medo de um desfecho semelhante ao da família Bibas.

Israel pode retomar ataques em Gaza, caso reféns não sejam soltos

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, avisou nesta terça-feira (11) que o cessar-fogo pode acabar, caso o Hamas não liberte os reféns que ainda estão na Faixa de Gaza, até sábado (15). O prazo final é meio-dia no horário local (7h em Brasília), o que torna a situação cada vez mais tensa.

Exército israelense pronto para agir

Netanyahu afirmou que os soldados já estão preparados para voltar a atacar, se o Hamas não cumprir o acordo. “Se os reféns não forem soltos até o prazo, vamos retomar os combates até derrotarmos o Hamas“, disse ele.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também comentou o assunto e incentivou Israel a agir, caso o grupo não entregue os reféns. “Deixe o inferno se instaurar“, declarou Trump na Casa Branca.


Israel declara ‘alerta de estado de guerra’, após ataques surpresa do Hamas (Foto: reprodução/Getty Images)


Hamas diz que há dificuldades no acordo

O Hamas quer manter o cessar-fogo, mas culpa Israel por não respeitar os termos combinados. Segundo o grupo, o governo israelense tem dificultado a chegada de comida e remédios a Gaza e impedido que moradores voltem para suas casas no norte do território.

O acordo foi fechado no dia 19 de janeiro e previa que o Hamas soltaria 33 reféns, aos poucos. Em troca, Israel retiraria parte dos soldados de Gaza e libertaria prisioneiros palestinos. Até agora, 16 reféns foram soltos.

Os países que estão ajudando nas negociações temem que o acordo desmorone. Segundo a agência de notícias Reuters, novas reuniões foram canceladas e existe um sério risco da guerra voltar em sua total força.

Tudo começou em outubro de 2023, o Hamas atacou Israel, resultando mais de 1.200 mortes. Israel então iniciou grandes bombardeios na Faixa de Gaza, onde, de acordo com as autoridades locais, mais de 40 mil pessoas já morreram.

Com o prazo chegando ao fim, as próximas horas serão decisivas. O mundo segue atento ao que pode acontecer.

Hamas reage à fala de Trump e convoca facções palestinas contra os EUA

Nesta quinta-feira (6), após declarações de Donald Trump sobre tomar o controle da Faixa de Gaza e retirar os moradores do local, o Hamas pediu a união das facções contra o projeto dos Estados Unidos. Embora a declaração tenha gerado uma repercussão negativa, o presidente permanece defendendo que, ao final da guerra, seu governo assuma o controle do território palestino.

Fala de Trump gera repercussão internacional

Na terça-feira (4), ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahuo, o presidente norte-americano já havia comentado sobre o plano de retirar os cidadãos que vivem em Gaza.

Em uma postagem feita nas redes sociais, Trump falou novamente sobre o plano de que Washington tome o território ao final da guerra, e acrescentou que a população do local seria transferida para outras comunidades mais seguras na região.

Ele também disse que transformaria Gaza em um dos maiores desenvolvimentos do mundo. Segundo a publicação do presidente:

“Eles realmente teriam uma chance de serem felizes, seguros e livres. Os EUA, trabalhando com grandes equipes de desenvolvimento de todo o mundo, começariam lenta e cuidadosamente a construção do que se tornaria um dos maiores e mais espetaculares desenvolvimentos desse tipo na Terra.” 

O primeiro-ministro não se pronunciou também sobre o plano de Trump, mas seu governo já começou a organização de um plano de “saída voluntária” dos moradores da Faixa de Gaza.


Donald Trump e Benjamin Netanyahu durante coletiva de imprensa na Casa Branca (Foto: reprodução/Jim Watson/AFP)

Tensão aumenta no Oriente Médio

Após as falas de Trump, o grupo terrorista Hamas afirmou que os palestinos não irão se retirar da Faixa de Gaza e pediu que os países árabes se oponham à decisão do presidente.

Diversos grupos atuam na Faixa de Gaza lutando contra Israel e reivindicado a criação de um estado palestino, como o Fatah e a Jihad Islâmica. Ainda que o propósito dos grupos seja o mesmo, já discordaram e entraram em conflito, caso do Fatah e Hamas.

As afirmações de Donald Trump geraram preocupações a respeito do futuro da Palestina e resultaram em fortes reações na comunidade internacional. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a remoção involuntária de um povo é considerada ilegal.

Netanyahu diz que negociações de paz com Arábia Saudita podem acontecer

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou nesta terça-feira (4), durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca, que acredita na possibilidade de um acordo de paz com a Arábia Saudita. Ao lado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Netanyahu afirmou que “a paz entre Israel e a Arábia Saudita não só é viável, como vai acontecer”.

Trump, por sua vez, revelou que discutiu com líderes do Oriente Médio uma proposta de deslocamento da população palestina da Faixa de Gaza e que, segundo ele, a ideia teria recebido apoio. “Os outros líderes adoram a ideia”, declarou o presidente americano, sem fornecer mais detalhes sobre o possível plano.


Conferência de impressa feita na Casa Branca (Vídeo: reprodução/Youtube/ABC News)

Resistência saudita

Apesar da declaração de Netanyahu, o governo saudita reafirmou sua postura sobre a questão palestina e rejeitou qualquer plano que envolva a remoção dos palestinos de seus territórios.

Em um comunicado emitido na quarta-feira (5), o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita afirmou que sua posição “não é negociável” e reforçou que uma solução justa para a Palestina deve estar alinhada com as resoluções internacionais.

“O Reino da Arábia Saudita sublinha que esta posição inabalável não está sujeita a compromissos. Não há possibilidade de alcançar uma paz duradoura e justa sem que o povo palestino obtenha seus direitos legítimos, conforme já foi esclarecido anteriormente tanto para a administração passada quanto para a atual dos EUA”

Reino da Arábia Saudita

O príncipe herdeiro Mohammed bin Salman reforçou essa posição de forma enfática, declarando que a política saudita sobre o tema “é clara e explícita”, não deixando espaço para interpretações diferentes ou concessões.


Declaração do Reino da Arábia Saudita para veículo do Oriente Médio (Vídeo: reprodução/Youtube/Al Jazeera)

Guerra em Gaza

O debate sobre o deslocamento dos palestinos é uma questão extremamente delicada na região. Durante os confrontos na Faixa de Gaza, muitos palestinos temem sofrer uma nova “Nakba” – termo árabe que significa “catástrofe” –, em referência ao êxodo forçado de centenas de milhares de palestinos durante a guerra que levou à criação do Estado de Israel, em 1948.

A guerra em Gaza, iniciada em outubro de 2023, alterou significativamente o cenário diplomático no Oriente Médio. Até então, os Estados Unidos vinham conduzindo negociações para que a Arábia Saudita normalizasse relações com Israel, seguindo os passos de países como Emirados Árabes Unidos e Bahrein, que assinaram os chamados Acordos de Abraão em 2020.

Contudo, diante da ofensiva israelense em Gaza, a capital da Arábia Saudita, Riade, suspendeu qualquer avanço nesse sentido. O governo saudita vem adotando uma postura crítica em relação às ações de Israel no conflito e classificou os ataques contra civis palestinos como “genocídio coletivo”.

O governo Trump busca manter Israel e Arábia Saudita alinhados, mas a crescente pressão da comunidade internacional e o agravamento da crise humanitária em Gaza tornam essa aproximação cada vez mais difícil. Enquanto Netanyahu mantém a esperança de um acordo de paz, as posições intransigentes de ambos os lados indicam que as negociações ainda estão incertas.

Chefe da ONU exige evacuação de 2.500 crianças Gaza por ‘risco iminente’ da morte

O secretário-geral da ONU, António Guterres, exigiu nesta quinta-feira (30) que 2.500 crianças sejam imediatamente evacuadas de Gaza para tratamento médico. A UNRWA, agência de ajuda humanitária da ONU, segue prestando assistência na Faixa de Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Oriental, apesar da proibição imposta por Israel.

O que aconteceu

O secretário-geral da ONU, António Guterres, solicitou a retirada urgente de 2.500 crianças de Gaza para tratamento médico, após uma reunião com médicos dos Estados Unidos, que alertaram para o risco iminente de morte nas próximas semanas.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, mais de 12 mil pacientes aguardavam por transferências médicas, e a entidade esperava que as evacuações aumentassem com a entrada em vigor do cessar-fogo iniciado em 19 de janeiro. “Algumas crianças estão morrendo agora, outras correm risco iminente de morte nas próximas semanas”, afirmou Feroze Sidhwa, cirurgião de trauma da Califórnia que trabalhou em Gaza de 25 de março a 8 de abril do ano passado, após encontro com o secretário-geral da ONU, António Guterres.

Sidhwa explicou que as atuais restrições de segurança dificultam a evacuação, com as famílias sendo forçadas a fazer escolhas dolorosas. “Uma tia tem que decidir entre levar suas duas sobrinhas ou ficar com o bebê que amamenta.” O cirurgião também ressaltou que muitas crianças necessitam de cuidados simples, como o caso de um garoto de 3 anos com queimaduras no braço, que corre risco de amputação devido a complicações. A médica Ayesha Khan, que esteve em Gaza entre novembro e janeiro, destacou ainda o alto número de amputações entre crianças, muitas sem acesso a próteses ou reabilitação.

A situação em Gaza

Desde o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, a situação em Gaza se deteriorou de forma dramática. A ofensiva desencadeou uma resposta militar de Israel, conhecida como “Operação Espada de Ferro”, resultando em intensos bombardeios na Faixa de Gaza. Mais de 2 milhões de pessoas, já em condições precárias, foram afetadas por esse bloqueio severo, com milhares de mortos e feridos, e uma infraestrutura destruída, especialmente no setor de saúde.

A violência, que já se estende por mais de um ano, causou a morte de mais de 25 mil pessoas em Gaza, a maioria civis. Organizações humanitárias, como a UNRWA, enfrentam grandes desafios para fornecer assistência, com hospitais superlotados e falta de suprimentos básicos. A escassez de alimentos, medicamentos e água agrava ainda mais a crise humanitária, enquanto o sistema de saúde local continua a colapsar.

Em 19 de janeiro de 2024, um cessar-fogo temporário foi implementado, oferecendo uma breve pausa nas hostilidades e permitindo algumas operações de ajuda. Contudo, a situação permanece crítica, com as evacuações e o fornecimento de assistência humanitária ainda enfrentando sérias limitações.


Notícia sobre o cessar-fogo em Gaza (Video:reprodução/Youtube/@bandjornalismo)


A comunidade internacional segue pressionando por um acesso mais amplo para ajuda e uma solução diplomática que traga fim ao sofrimento da população de Gaza.

Israel acusa Hamas de manter reféns em túneis

Na última segunda-feira (27), um general de Israel relatou que alguns dos reféns liberados pelo Hamas desde o cessar-fogo estiveram em túneis do Hamas durante até oito meses, sem acesso à luz, e sem poder ver outras pessoas.

Em 19 de janeiro iniciou-se o cessar-fogo entre Israel e Palestina. Quatro soldadas e três civis israelenses foram libertas e, em troca, Israel soltou mais de 290 palestinos.


Palestinos regressam para casa (Foto: Reprodução/X/@Timesofgaza)

Estados dos reféns segundo Israel

O Coronel Dr. Avi Banov, vice-chefe do corpo médico militar israelense, disse a jornalistas que algumas das reféns comentaram ter passado meses no subsolo, em túneis. As que mencionaram terem ficado sozinhas durante o período, sem qualquer contato humano, estavam piores do que as que estavam unidas, conta o médico.

Ao regressarem para Israel, as reféns passaram por uma série de exames, os quais estão sendo monitorados pelo exército local. No sábado (25) o Hamas informou que o bem-estar dos reféns é preservado. A Reuters, fonte desta matéria, tentou contato com o braço armado do grupo, mas não obteve retorno.

Tratamento recebido

Segundo as mulheres mantidas em Gaza, seus últimos dias foram os mais tranquilos por receberem comida melhor, acesso a banho e troca de roupa. Nos vídeos, suas condições estavam melhores, até mesmo sorrindo, nos dias que antecederam sua libertação.

Banov relatou que nenhuma mulher continha sinais de abuso ou tortura, apesar de não terem sido tratadas quanto aos ferimentos que sofreram durante o ataque efetuado pelo Hamas em 7 de outubro de 2023.

As civis receberam alta do hospital no domingo (26), e as soldadas estão recebendo tratamento em outro centro médico. As israelenses foram libertas nos dias 19 e 25 de janeiro, respectivamente.

Reféns em Gaza

Desde outubro de 2023, mais de 250 pessoas foram mantidas reféns, e cerca da metade foi solta em novembro, durante a única trégua que aconteceu antes da guerra, quando demais foram resgatados mortos ou vivos no decorrer dos combates.

Na lista de Israel, há 90 prisioneiros em Gaza, e aproximadamente 30 foram declarados mortos à revelia. A expectativa é de que 26 pessoas, entre crianças, doentes, feridos, idosos e mulheres, sejam liberados na primeira fase do cessar-fogo, que durará seis semanas. No domingo, foi entregue pelo Hamas uma lista especificando o estado das pessoas.

De acordo com autoridades israelenses, a maioria dos que estão em Gaza devem estar vivos, e receiam pelo estado dos demais. Banov presume que os próximos liberados estejam mais doentes, fora os que vieram a óbito durante seu período no território adversário.

Palestinos retornam para o norte da Faixa de Gaza 

Milhares de palestinos deslocados pelo conflito entre Israel e o Hamas começaram a voltar para o norte de Gaza na manhã desta segunda-feira (27). A volta foi possível depois da liberação de Israel. O desbloqueio das vias foi anunciado pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu no domingo (26), em uma publicação na rede social X. 

A decisão ocorreu após um acordo entre o país e o Hamas. O grupo concordou em liberar a israelense Arbel Yehud e mais outras duas reféns até sexta-feira (31). Antes do entendimento, ambos os lados se acusavam de violar as tréguas e o primeiro-ministro se recusava a liberar os pontos da travessia. 

Famílias palestinas voltam para a Cidade de Gaza 

A agência de notícias Reuters registrou imagens de milhares de famílias palestinas na travessia para o norte de Gaza. Nas imagens, foi possível observar os palestinos sendo transportados por carros, caminhões e carroças, além de alguns que estavam a pé. As carroças continham colchões, alimentos e tendas que serviram de abrigo por mais de um ano.


Palestinos retornam para Gaza (Vídeo: Reprodução/Youtube/ CNN Brasil)

Apesar do clima de tensão por conta dos conflitos entre Israel e o Hamas, o retorno foi comemorado pelas famílias, que se abraçaram e tiraram fotos. Segundo testemunhas da Reuters, o primeiro ponto da travessia foi liberado às 7h do horário local (2h no horário de Brasília). Os primeiros palestinos chegaram à cidade nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira.

15 meses de conflito

A guerra entre o Hamas e Israel começou em outubro de 2023 após um ataque surpresa do grupo que resultou em 1,2 mil pessoas mortas e 251 pessoas tomadas como reféns. Em resposta, Israel lançou uma ofensiva contra o Hamas em Gaza, que neste momento está em ruínas. 

No total, mais de 46 mil palestinos foram mortos durante as operações dos militares israelenses, segundo o ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas. De acordo com um estudo realizado pela ONU em novembro de 2024, 70% dos mortos são mulheres e crianças. Em relação à infraestrutura de Gaza, a ONU afirmou que 68% das estradas foram danificadas ou destruídas e que 50% dos hospitais estão fechados ou funcionam parcialmente. 

Donald Trump fornece para Israel bomba de quase uma tonelada

Neste sábado (25), o então presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, informou aos militares do país em que preside, para liberar uma retenção feita por Joe Biden. O governante atual havia tomado a medida, por conta de uma preocupação quanto ao impacto essas bombas poderiam causar para os habitantes da região em Gaza, enquanto ocorrida a guerra entre Israel e Hamas, governo atual já informou que ira vender cada bomba para o país em questão, no caso não iria dar e sim negociar.

Assistência

A terra do Tio Sam anunciou que iria apoiar o país presidido por Benjamin Netanyahu, fornecendo bilhões de dólares no início da guerra. Donald Trump quando questionado do porquê ele teria resolvido fornecer ao local em questão as bombas poderosas, ele respondeu dizendo que era porque eles haviam comprado elas, e que algumas negociações feitas entre Israel e os EUA não foram cumpridas, por conta do fato de que Biden não teria enviado o prometido de produtos para a localidade em questão


O primeiro ministro de Israel falando durante conferência em Jerusalém no dia 9 de dezembro de 2024(reprodução/ Maya Alleruzzo/ Getty images Embed)


Apoio

Desde quando se iniciou a guerra entre Israel e o Hamas, o governo americano apoia o país aonde se localiza a cidade Jerusalém, tanto Biden e agora Trump já demonstravam certo apoio ao local em questão, tanto que defensores dos direitos humanos estavam criticando o governo anterior ao que esta governando agora, tendo em vista as atitudes do ex-presidente, já se ocorria dos EUA estarem contribuindo para que o Benjamin consegue-se obter bons resultados em cima do Hamas.

Cessar-fogo

Na última semana, começou a entrar em vigor o cessar-fogo localizado em Gaza, o que consequentemente levou à libertação de alguns reféns israelenses que estavam sendo reféns do Hamas, tendo sido trocados por prisioneiros da Palestina, estando eles sendo mantidos presos por Israel. Trump um pouco antes de ser empossado presidente dos EUA, havia dito que, se o Hamas não soltasse, aqueles em que estavam presos lá, teriam um inferno a pagar.

A guerra entre Israel e Hamas continua ocorrendo e ainda não chegaram a uma conclusão.

Israel e Hamas chegam a um cessar-fogo após 17 meses de guerra

Depois de um longo e doloroso período de 17 meses de conflito, que deixou um saldo devastador de quase 48 mil mortes, Israel e Hamas finalmente chegaram a um acordo de cessar-fogo. O pacto, anunciado nesta quarta-feira (15), e previsto para entrar em vigor no próximo domingo (19), reacende a esperança de paz para milhões de pessoas afetadas pela violência.

O cessar-fogo não é apenas uma trégua temporária, mas um esforço para criar um caminho para o fim definitivo do conflito. Entre os pontos principais do acordo estão a libertação de reféns de ambos os lados e a retirada gradual das tropas israelenses de Gaza.


Cessar-fogo entre palestinos e israelenses (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)

O início do resgate

Na primeira fase do acordo, o Hamas se comprometeu a libertar 33 reféns israelenses e estrangeiros, em troca de centenas de palestinos presos em Israel. Para muitas famílias, a notícia traz alívio, mas também a angústia de esperar pela libertação de todos os cativos.

“Estamos muito felizes, mas isso é só o começo. Queremos que todos os reféns voltem para casa”, desabafou Arnon Cohen, amigo de dois israelenses capturados pelo Hamas no ataque de 7 de outubro de 2023.

Em frente ao Museu de Arte de Tel Aviv, no chamado “Praça dos Reféns”, amigos e familiares dos cativos celebram a notícia, enquanto mantêm a pressão sobre o governo israelense para garantir o retorno de todos.

No lado palestino, a população de Gaza também recebeu o anúncio com esperança e alívio. Em Khan Younis, uma das cidades mais destruídas pelos bombardeios, os moradores se reuniram para expressar otimismo com a trégua.

“Queremos apenas viver em paz, sem bombardeios ou destruição. Espero que possamos voltar às nossas casas e recomeçar”, disse Abdallah Al-Baysouni, deslocado após a ofensiva israelense.

Outro ponto celebrado pelos palestinos é o aumento da ajuda humanitária prometida no acordo. Gaza enfrenta uma crise severa, e muitos moradores dependem de alimentos, remédios e outros itens básicos para sobreviver.


Destruição da cidade de Gaza, cessar-fogo entre Israel e Hamas (Foto: reprodução/Pinterest/@usnewspe)

Detalhes do acordo

O cessar-fogo, mediado por Catar, Egito e Estados Unidos, inclui várias etapas, entre elas, Israel começará a retirar suas tropas de Gaza em fases, mas manterá controle em áreas estratégicas, como a fronteira com o Egito, para impedir o contrabando de armas. Assim como haverá uma entrada significativa de alimentos, medicamentos e outros suprimentos essenciais no território.

Sobre o futuro da cidade, ainda não está claro quem administrará a região após o conflito. Israel descarta o retorno do Hamas ao poder e também rejeita a Autoridade Palestina como única responsável.

Uma guerra marcada pela dor

O conflito teve início em outubro de 2023, devastou a Faixa de Gaza e matou mais de 46 mil pessoas, entre as quais mulheres e crianças. Em Israel, 1.200 pessoas foram mortas. Apesar do avanço das negociações, existem ainda muitas incertezas. A comunidade internacional está pressionando no sentido de uma solução duradoura, mas os desafios para o cumprimento do acordo são imensos.

Para os envolvidos, o cessar-fogo constitui uma chance para interromper o ciclo de violência. “É um pequeno passo para o futuro de paz”, disse o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman.

Enquanto isso, em Tel Aviv e no Gaza, famílias aguardam ansiosamente um fim ao conflito que leva de volta seus entes queridos e concede a ambas as populações a possibilidade de reconstruir suas vidas.