Governo libera locais de provas do “Enem dos Concursos” nesta quarta-feira

Nesta quarta-feira (07), a partir das 10h do horário de Brasília, o Ministério da Gestão e o governo divulgarão o cartão de confirmação do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), também conhecido como “Enem dos concursos”. 

Pelo cartão, os candidatos poderão verificar o local em que irão realizar a prova, marcada para o dia 18 de agosto. O concurso, anteriormente, estava previsto para acontecer no dia 5 de maio, mas as fortes chuvas e inundações que atingiram o Rio Grande do Sul no início do ano fizeram com que o governo adiasse o exame.

Como acessar o documento

Para conseguir o acesso ao cartão, os candidatos devem fazer login no site: cpnu.cesgranrio.org.br/login utilizando a conta gov.br. Esse site, se trata do mesmo no qual as inscrições foram realizadas e, após entrar com sua conta, o inscrito deve apertar em “Área do Candidato”. 

Depois, o candidato seleciona a opção “Local de Prova” e o cartão de confirmação irá aparecer. É importante que o inscrito realize a impressão do documento e o leve no dia da prova, apesar de não ser obrigatório, o Ministério recomenda essa ação para evitar erros.


Página de login para obter o cartão de confirmação (Foto: Reprodução/Fundação Cesgranrio/cpnu.cesgranrio.org.br)

Além do local de prova, o cartão também apresenta os horários em que o concurso irá ocorrer, o número da inscrição do candidato e informações sobre o tratamento pelo nome social ou se a pessoa receberá atendimento especializado durante a realização do exame. 

Ao todo, 2,14 milhões de pessoas se inscreveram para o “Enem dos Concursos” ,sendo distribuídas por 228 cidades definidas como locais de provas. O governo declarou que fez a seleção segundo o CEP informado pelo candidato na hora da inscrição e que a pessoa deve verificar se todas as informações do cartão estão corretas. 

O prazo para mudar a cidade de realização da prova acabou em 9 de fevereiro, mas o Ministério da Gestão informou que se o documento apresentar algum erro ou o local de prova é muito distante, o inscrito deve entrar em contato com a Fundação Cesgranrio pelo telefone: 0800 701 2028 e pedir a alteração. 

Prova e cronograma do concurso

O CPNU irá ofertar 6.640 vagas para 21 órgãos do governo federal e as provas serão realizadas em dois turnos. Pela manhã, será aplicada uma prova de conhecimentos gerais, uma redação ou pergunta dissertativa. Já pela tarde, o exame terá perguntas de conhecimentos específicos. 

O candidato deve levar uma caneta preta transparente e um documento de identificação original e o inscrito só poderá sair do local de prova duas horas depois do início do exame em ambos os turnos.


Publicação do Ministério sobre o cartão de confirmação (Foto: reprodução/Instagram/@gestaogovbr)


Os inscritos também receberão duas folhas de anotações para poderem rascunhar suas respostas, uma para a manhã e outra para a tarde. Caso, alguém queira levar este rascunho para casa, ele deve esperar até os 30 minutos finais do exame. 

O exame será aplicado no dia 18 de agosto, no mesmo dia após as 20h, será divulgado o caderno de provas. O gabarito preliminar vai ser publicado em 20 de agosto, e a imagem do cartão resposta será disponibilizada em 8 de setembro. 

O Ministério também informou que no dia 8 de outubro serão divulgadas as notas finais das provas objetivas e uma nota preliminar da redação. A divulgação final acontecerá em 21 de outubro e os candidatos começarão a ser chamados para posse ou cursos de formação somente em 2025. 

Deputados propõem isenção de imposto de renda para medalhistas olímpicos

Nesta segunda-feira, os deputados federais Luiz Lima (PL-RJ) e Felipe Carreras (PSB-PE) apresentaram um requerimento de urgência para a votação de um projeto de lei (PL) que isenta os atletas medalhistas olímpicos do Imposto de Renda sobre as premiações. Os deputados conseguiram o apoio de 495 parlamentares para acelerar a tramitação na Câmara. A proposta sugere que os valores recebidos como bonificações do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), governo federal ou outras entidades sejam integralmente destinados aos atletas.

Detalhes da Proposta

A iniciativa visa reconhecer a importância das conquistas olímpicas para o Brasil e estimular a prática esportiva no país, destacando que a isenção tem um impacto financeiro mínimo para os cofres públicos, mas é uma ajuda crucial para os atletas que enfrentam dificuldades financeiras durante suas carreiras. O projeto ressalta que a isenção de imposto é uma medida justa e necessária para valorizar o esforço dos atletas e promover a saúde e o patriotismo entre os brasileiros.

Se aprovado, o PL alterará o artigo 6º da Lei n.º 7.713 para incluir a isenção dos valores recebidos pelos atletas medalhistas em Jogos Olímpicos. Luiz Lima, que já foi nadador olímpico e medalhista em Jogos Pan-Americanos, afirmou em um vídeo nas redes sociais que espera que o projeto seja pautado e aprovado na próxima semana pelo presidente da Câmara, Arthur Lira.


Rebeca Andrade com medalha de ouro. (Foto: reprodução/Mike Blake)

Declarações do Governo

O governo federal declarou que as medalhas olímpicas são isentas de impostos, mas a premiação em dinheiro deve ser declarada no imposto de renda. As bonificações do COB variam segundo a modalidade e o número de atletas. Para modalidades individuais, a premiação é de R$ 350 mil para o ouro, R$ 210 mil para a prata e R$ 140 mil para o bronze. A ginasta Rebeca Andrade, por exemplo, já acumulou R$ 826 mil em prêmios nos Jogos da França, sendo a atleta brasileira mais premiada em Paris até o momento​​​​.

Governo Federal divulga nota afirmando que é contra a proposta da PEC das praias

Durante a quarta-feira (05), o governo federal soltou uma nota por meio do Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) afirmando ser totalmente contrário à Proposta de Emenda à Constituição, conhecida popularmente como PEC das praias. O projeto que está atualmente em análise no Senado foi duramente criticado pelo Ministério, alegando que, se aprovado, pode causar impactos ambientais sérios, perda de receitas da União, consequências para os locais e dificuldade de acesso às praias.

O que diz a nota

A PEC das praias visa fazer com que os terrenos de marinha, áreas que ficam a 33 metros de distância do mar, pertencentes à União, possam ser vendidos para empresas, pessoas, estados ou municípios, deixando de ser compartilhados com o governo. Na nota divulgada, o governo informa que a PEC estaria indo contra um texto da Constituição que autoriza a União a possuir as propriedades exclusivas dos terrenos. 

Segundo o texto, o projeto iria impactar a proteção de áreas costeiras já que encerraria o conceito de uma faixa de segurança nas praias, permitindo a alienação e uma ocupação desenfreada do espaço, colocando em risco o ecossistema do Brasil e fazendo com o que o país se torne mais propício a receber eventos climáticos extremos, como as onda de calor. 


Post nas redes sociais divulgando o comunicado (foto: reprodução/Instagram/@canalgov/@gestaogovbr)


“A proposta pode gerar uma dificuldade de acesso da população às praias, já que ela favorece a especulação imobiliária e o interesse de um conjunto de empreendimentos costeiros que podem se estender sobre essas áreas. As comunidades pesqueiras também podem ser afetadas, pois precisam desses acessos para a sua produção”.

Nota do Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI)

O Ministério também argumenta que além do perigo da população não conseguir conviver em uma área de lazer, a PEC iria contribuir para a construção de imóveis no litoral. Estas áreas já são visadas pelo turismo e construção civil, o que facilitaria para que negociações irregulares acontecessem entre empresários e os moradores, ocasionando em conflitos de propriedade e insegurança jurídica.

O MGI termina a nota afirmando que a gestão dos terrenos de marinha é de extrema importância para proteger o meio ambiente e para lidar com as questões climáticas, a possível aprovação é considerada um retrocesso. “Seria ir na contramão do que vários países têm feito de proteger essas regiões, de limitar o uso, de exercer soberania”, conclui o comunicado. 


Vídeo divulgado explicando as críticas (vídeo: reprodução/Instagram/@gestaogovbr)


Reação do presidente e votação

A PEC das praias foi aprovada pela Câmara dos Deputados em 2022 e encontra-se atualmente em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Ela voltou a ser discutida no final de maio de 2024 e possui autoria do ex-deputado federal, Arnaldo Jordy. Flávio Bolsonaro, nesse ano, assumiu a relatoria e já se mostrou a favor da aprovação.  

Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais, declarou na segunda-feira (03) que o presidente Lula também não é favorável ao plano, afirmando que trabalharão de forma contrária ao texto e que terão tempo para discutir com a CCJ mudanças no texto. Após a polêmica, o presidente do Senado afirmou que a proposta não está entre as prioridades para votação entre os parlamentares e segue sem data para sessão. 

Governo define data para leilão de compra de arroz e deve importar 300 mil toneladas

Nesta quarta-feira (29), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou o edital do leilão público para compra de arroz. O governo deseja importar 300 mil toneladas de arroz no dia 06 de junho. A informação foi divulgada por Edegar Pretto, presidente da Companhia.

Em coletiva de imprensa, o presidente comunicou que, após a primeira compra, o governo irá avaliar se há a necessidade de fazer um novo leilão, de acordo com o comportamento do mercado.


Tipos de arroz (Foto: reprodução/ Chaded Panichsri/ Shutterstock.com)

Os tipos de arroz importados serão os mesmos produzidos pelo Brasil: arroz beneficiado, polido, longo fino, tipo 1. A estimativa é de que o consumidor consiga comprar os produtos adquiridos em setembro. O pacote conterá rótulo do governo e terá o preço tabelado, custando quatro reais o quilo.

Tentativa de diminuição de preços

Segundo Silvio Porto, diretor-executivo de Política Agrícola e Informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o valor de RS 4 por quilo foi definido após analisar os parâmetros do varejo antes do problema climático no Rio Grande do Sul.

Além disso, o presidente Edegar Pretto, também informou que o governo tomou a decisão de retirar a tarifa de importação (TEC). Dessa forma, outros países poderão entrar no leilão de “igual para igual” com os países do Mercosul que já possuem tarifa zero, bem como garantiu que a importação visa a diminuição do preço do arroz para o consumidor final.

Consequências das enchentes no Rio Grande do Sul

Edegar Pretto apontou as fortes chuvas no estado do Rio Grande do Sul como a causa do atual preço elevado do arroz, citando um aumento de até 40% nos últimos 30 dias.


Enchentes no Rio Grande do Sul (Foto: reprodução/Jefferson Botega/Agencia RBS)

Ainda na coletiva, o presidente estimou que cerca de até 1 milhão de toneladas de arroz foi perdido devido às águas das chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul. O estado é o maior produtor de arroz do país e a tragédia recente causou impacto na distribuição do grão a nível nacional.

Auxílio Reconstrução: famílias devem validar os dados para receber o pagamento

As famílias que atenderem os requisitos para receber o auxílio reconstrução do governo federal, destinado a moradores atingidos pelas enchentes do Rio Grande do Sul, terão que validar seus dados no site gov.br a partir da próxima segunda-feira (27). 

Antes disso, as informações deverão ser recolhidas pelas prefeituras e enviadas para o Ministério de Desenvolvimento Regional através da mesma plataforma online a partir desta quarta-feira (22).

Ainda nesta terça-feira (21), a portaria que regulamentará o pagamento do auxílio será publicada. 

Detalhes do Auxílio Reconstrução


Auxílio é totalmente destinado a moradores de áreas afetadas no Rio Grande do Sul. (Foto: reprodução/Instagram/@gustavo.mansur)

O benefício está previsto para ser uma parcela única no valor de R$ 5,1 mil para famílias residentes de áreas afetadas pelas enchentes, desabrigadas ou desalojadas nos municípios em situação de calamidade ou emergência. Estima-se que 240 mil famílias receberão o auxílio. O dinheiro pode ser usado de diversas formas, como comprar novos móveis ou realizar reforma, ou seja, cada família poderá escolher a melhor forma de utilizar o benefício. 

O pagamento será depositado de forma automática às famílias que já possuem contas cadastradas na Caixa. Para aqueles que ainda não possuem, a Caixa vai providenciar uma conta poupança social digital em nome do responsável da família. O beneficiário não vai precisar ir ao banco.

Como irá funcionar

Primeiro, as prefeituras irão coletar os dados das famílias, como o endereço comprovado, nome e CPF do responsável pela família, de preferência uma mulher, e enviar para o Governo Federal. 

Depois do cadastro, a pessoa identificada como responsável pela família deve acessar o sistema a partir do dia 27 deste mês através de sua conta no GovBr para confirmar os dados. 

Após a confirmação, as informações serão enviadas para a Caixa Econômica Federal que realizará o pagamento e o dinheiro estará disponível através do aplicativo Caixa TEM. 

Beneficiários do Bolsa Família ou quem está recebendo seguro-desemprego poderá ter acesso ao auxílio reconstrução, contanto que seja morador das áreas afetadas e tiveram que sair de suas casas que perderam parte ou todos os seus bens. Para conseguir o auxílio, não precisa estar cadastrado no Cadastro Único.

Não haverá nenhum tipo de cobrança para o cadastro.

Governo anuncia ajuda de R$ 5 mil por família desabrigada no Rio Grande do Sul

O governo federal deve fornecer um auxílio financeiro de R$ 5 mil para cada família desabrigada pelas fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul nos últimos dias. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve oficializar o anúncio e o número de beneficiários do auxílio ainda esta semana.

A iniciativa, destinada a ajudar na reconstrução das residências e na recuperação das famílias afetadas pelas inundações, está prevista para beneficiar aproximadamente 100 mil famílias, de acordo com estimativas da Presidência da República e da equipe econômica. O foco será dado às famílias que enfrentaram as maiores perdas materiais devido às enchentes. O custo total da operação está calculado em R$ 500 milhões.


Vista aérea mostra casas destruídas por enchentes em Roca Sales, estado do Rio Grande do Sul (Foto: Reprodução/ Gustavo Ghisleni/ Getty Images Embed)


Segundo o Ministério da Fazenda, o valor será pago em uma única parcela e poderá ser utilizado livremente pelas famílias, seja para a compra de materiais de construção, eletrodomésticos, móveis ou outros itens de necessidade.

Anúncio oficial e novas medidas de auxílio

A agenda do presidente Lula para esta terça-feira (14) inclui a cerimônia para apresentar medidas de assistência às vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul. No entanto, fontes do governo não descartam a possibilidade de que o presidente Lula anuncie a informação sobre os beneficiários durante sua visita ao estado na quarta-feira (15).

Além do auxílio financeiro, o governo federal também está avaliando a expansão do Bolsa Família para incluir mais famílias no Rio Grande do Sul, essa informação foi divulgada pela CNN. O programa já beneficia cerca de 620 mil famílias no estado, com um valor médio de R$ 672,74 por mês.

O Ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, anunciou que haverá uma inclusão adicional de famílias gaúchas no Bolsa Família, com pagamentos já a partir de maio, e destacou a importância de agilizar os processos burocráticos.


Vítimas das enchentes se abrigam no Centro Estadual de Treinamento Esportivo (CETE), no bairro Menino Deus, em Porto Alegre (Foto: Reprodução/Nelson ALMEIDA/ Getty Images Embed)


Situação fiscal

Enquanto o governo federal intensifica seus esforços para auxiliar as vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul, a equipe econômica trabalha para equilibrar as medidas de apoio com a situação fiscal do país. O presidente Lula enfatizou a necessidade de “apoio máximo” por parte dos ministros aos municípios e às famílias gaúchas, ao mesmo tempo em que é preciso considerar a responsabilidade fiscal.

O auxílio financeiro de R$ 5 mil e a expansão do Bolsa Família são medidas importantes para ajudar as famílias gaúchas. A expectativa é que essas medidas contribuam para a retomada da vida das famílias afetadas e para o desenvolvimento da região.

Governo Federal libera mais de R$ 12 bilhões para o Rio Grande do Sul

O Governo Federal anunciou neste sábado (11) a abertura de um crédito extraordinário de R$ 12.179.438.240,00 para auxiliar o Rio Grande do Sul a lidar com as consequências das enchentes que afetaram o estado. A medida foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União e já está em vigor.

Esses recursos serão direcionados para ações emergenciais em curso no estado, conforme informado pelo governo. A decisão foi tomada durante uma reunião da sala de situação do governo, realizada no mesmo dia. Além disso, o governo planeja editar novas medidas provisórias nos próximos dias, com foco em linhas de crédito para os municípios.


Lula em Canoas com representantes dos Três Poderes (Foto: reprodução/Ricardo Stuckert/PR)

Medida provisória

A abertura desse crédito extraordinário se soma a outras ações já anunciadas pelo governo federal para auxiliar o Rio Grande do Sul. Na semana passada, o governo anunciou uma MP com 12 medidas para atender beneficiários de programas sociais, trabalhadores, empresas e produtores rurais.

O valor total dessa MP inclui ações já anunciadas, como parcelas extras do seguro-desemprego, contratação temporária de profissionais e aquisição de arroz. Também estão previstas medidas para reposição de medicamentos perdidos nas enchentes, garantia do atendimento nos postos de saúde e hospitais, reconstrução de infraestrutura rodoviária, ações da Defesa Civil e atendimentos emergenciais de outras entidades como Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional.

Notas do governo

O presidente Lula afirmou que o governo está totalmente comprometido em ajudar o Rio Grande do Sul a se recuperar. “Eu estive lá duas vezes para dizer ao governador, ao povo gaúcho, ao povo brasileiro, que estamos 100% comprometidos com a ajuda ao Rio Grande do Sul. Não haverá falta de recursos para atender às necessidades”, ressaltou.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, emitiu notas de que o crédito extraordinário é essencial para garantir o atendimento e a retomada do estado. Ele explicou que essa medida evita comprometer o orçamento dos ministérios e permite que os recursos cheguem o mais rápido possível aos governos municipais, estadual e às pessoas afetadas, bem como ao comércio e empresas.

Governo Federal autoriza importação de arroz para recompor estoques no RS

O Governo Federal, em resposta às recentes enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul, principal estado produtor de arroz do país, tomou medidas emergenciais para garantir o abastecimento interno do grão.

Medida Provisória para Importação Emergencial

Publicada em edição extra do Diário Oficial, uma Medida Provisória autoriza a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a importar até 1 milhão de toneladas de arroz em caráter excepcional. Essa ação visa a recomposição dos estoques públicos e será realizada por meio de leilões públicos, a preço de mercado.

Os estoques importados serão preferencialmente destinados à venda para pequenos varejistas das regiões atingidas pelas enchentes, buscando mitigar os impactos da tragédia sobre a população local.

A Conab, empresa estatal responsável por auxiliar o governo federal nas políticas agrícolas, terá a missão de definir a quantidade de arroz a ser adquirida, assim como os limites e condições da venda do produto. Além disso, será responsável por estabelecer as localidades de entrega do arroz importado.

Enchente Rio Grande do Sul (Foto: Reprodução/Carlos Fabal/Getty Images Embed)


Declaração do Presidente e do Ministro da Agricultura

O presidente Lula já havia indicado a possibilidade de importação de arroz durante uma entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), destacando a necessidade de equilibrar a produção e garantir preços acessíveis à população. O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, confirmou a liberação para a compra de 1 milhão de toneladas do grão, indicando que a importação se dará preferencialmente de produtores do Mercosul.

A decisão de importação é motivada por preocupações com a oferta do cereal, exacerbadas pelos efeitos das enchentes no Sul do Brasil. Diversos fatores, como a redução na produção estimada, a destruição de estoques e as dificuldades de transporte, contribuem para a instabilidade no abastecimento interno.

A situação no Rio Grande do Sul, responsável por 70% da demanda nacional de arroz, pode impactar todo o Brasil, tornando crucial a intervenção governamental para evitar desabastecimento e oscilações excessivas nos preços.

Em meio às adversidades causadas pelas enchentes, a importação emergencial de arroz surge como uma medida necessária para garantir a segurança alimentar da população e estabilizar o mercado nacional do cereal.

Governo Federal anuncia antecipação do Bolsa Família e Auxílio Gás a beneficiados do Rio Grande do Sul

O Governo Federal anunciou nesta quinta-feira (09) a antecipação do Bolsa Família, Auxílio Gás e restituição do imposto de renda para moradores do estado como medidas para auxiliar o Rio Grande do Sul após enchentes. A catástrofe já causou 107 mortes e atingiu mais de 1,4 milhões de pessoas.

O anúncio das medidas foi realizado pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), durante uma cerimônia que também contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), além de outros ministros. 

Uma das ações promove a antecipação dos pagamentos do mês de maio aos beneficiários dos programas Bolsa Família e Auxílio Gás que moram no Rio Grande do Sul. A ação pretende beneficiar 583 mil famílias do estado.

O plano também prevê a facilitação de crédito para famílias, empresas e pequenos agricultores do Rio Grande do Sul, além de descontos em juros de empréstimos feitos em programas rurais, que incluem o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O impacto previsto pela equipe econômica é de R$ 7,69 bilhões nos cofres do governo federal.    

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, explicou que três medidas provisórias (MP), usadas em casos de urgência, devem ser publicadas pelo governo para promover os primeiros anúncios desses auxílios. Uma das medidas será para tratar do dinheiro que será repassado aos fundos garantidores, outra MP será sobre o dinheiro destinado aos ministérios e a terceira para compra de arroz. A previsão é que as medidas tenham um impacto orçamentário no total de R$ 50,945 bilhões. 

As medidas pretendem atender, além de beneficiários de programas sociais, trabalhadores assalariados, empresas, produtores rurais e o próprio estado. 

Outras ações para auxiliar o Rio Grande do Sul


Rio Grande do Sul é tomado por enchentes. (Foto:Reprodução/Instagram/@governo_rs/@GustavoMansur)


Serão liberados aos trabalhadores assalariados do estado duas parcelas adicionais do seguro-desemprego para quem já recebia antes do decreto de estado de calamidade nos territórios. Aproximadamente 705 mil trabalhadores com carteira assinada terão acesso à antecipação do calendário de abono salarial. 

Para empresas, haverá a prorrogação do prazo de recolhimento de impostos federais e do Simples Nacional, por no mínimo três meses. Também serão dispensadas a apresentação de certidão negativa de débitos da empresa para a permissão de empréstimos em bancos públicos.

Já para o estado e municípios afetados pela enchente, será disponibilizado o aporte de R$ 200 milhões para que projetos de reconstrução de infraestrutura e reequilíbrio econômico sejam financiados por bancos públicos. Operações de crédito com aval da União também serão realizadas. 

Fernando Haddad declarou que outras medidas devem ser formuladas em um próximo momento. Nós não estamos esperando baixarem as águas para agir, estamos tomando todas as providências para estarmos preparados para enfrentar o problema assim que a realidade do Rio Grande do Sul permitir. Então é muito importante esse trabalho prévio, sem ele as coisas não vão acontecer”, afirmou o ministro.

Estado de calamidade é reconhecido pelo Governo Federal no Rio Grande do Sul

O governo federal reconheceu, neste domingo (05), estado de calamidade em 336 municípios do estado do Rio Grande do Sul. A decisão ocorreu devido às fortes chuvas que provocaram inundações na região, considerado seu pior desastre climático.

Após o reconhecimento do estado de calamidade, os municípios poderão receber repasses de verbas federais com mais facilidade para auxílio dos locais afetados pelas chuvas que acontecem desde 29 de abril.

Visita do Presidente Lula ao estado

O presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) foi até o estado e realizou uma comitiva para conversar sobre a situação atual do estado e compartilhar medidas para auxiliar a região.

Também estavam presentes na comitiva o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Edson Fachin, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), além de ministros do governo. Lula defendeu que os ministérios devem oferecer apoio para a reconstrução do estado.

O presidente Lula afirmou que o Rio Grande do Sul sempre ajudou o Brasil e está na hora do país retribuir. Lula também declarou que os deputados devem conversar sobre uma medida “totalmente extraordinária” que garanta o auxílio financeiro ao estado.

Já o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, destacou que a burocracia deve ser retirada para auxiliar o Rio Grande do Sul. Pacheco citou o exemplo da PEC de Guerra, que durante a pandemia autorizou o uso de dinheiro público fora das regras de controle fiscal.

Mortes e desaparecidos


Grande enchente atinge o Rio Grande do Sul. (Foto: Reprodução/X/@nexta_tv)

O Diário Oficial da União publicou a lista completa dos 336 municípios, incluindo a capital do estado, Porto Alegre. 78 mortes já foram confirmadas pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul em boletim divulgado neste domingo. 105 pessoas também estão desaparecidas e 175 estão feridas. É estimado que 844 mil pessoas tenham sido afetadas.

Devido às inundações, muitos gaúchos ainda esperam por resgate e várias regiões estão sem acesso à energia e água. 

É previsto que a cheia do Rio Guaíba, que inundou ruas da capital, Porto Alegre, leve alguns dias para retornar a níveis seguros. O sistema antienchente da capital está em seu limite e não consegue dar conta de conter as águas do rio em alguns pontos. Em mediação realizada nesta segunda-feira (06), o patamar chegou a 5,26 m, sendo que o limite é de 3 m.