Pacientes no RS podem ficar sem transplantes devido ao fechamento de aeroporto

No momento, o Rio Grande do Sul está fora da rede de envio e recebimento de órgãos e tecidos para transplantes do RS, devido aos temporais que afetaram o estado no último mês, e ocasionaram no fechamento do Aeroporto Internacional Salgado Filho, na capital do estado. O aeródromo, que está interditado desde 3 de maio, era o principal local de transporte para transplantes no Rio Grande do Sul, de acordo com a Secretaria de Saúde do estado em informe à BBC News Brasil. Hoje, o RS possui cerca de 2,7 mil pacientes na fila de transplante.

“As ofertas provenientes da Central Nacional de Transplantes foram suspensas devido à falta de acesso ao aeroporto Salgado Filho. Contamos atualmente com apenas duas pistas de acesso a aeronaves nos municípios de Caxias do Sul e Canoas” conteúdo da nota do governo

conteúdo da nota do governo

Tragédia no RS

Os temporais já resultaram em centena de mortes e devastaram cerca de grande parte das cidades no estado. Segundo o chefe da divisão de Regulação Hospitalar do Rio Grande do Sul, Rogério Caruso, a medida provisória pode afetar pessoas que aguardam pela intervenção.


Temporais atingem o estado do Rio Grande do Sul (Foto: reprodução/Getty Images Embed/
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“Infelizmente, isso coloca em risco a vida de algumas pessoas. Há pessoas que aguardam na fila (dos transplantes), mas não têm risco imediato (de morte). Outros (pacientes) podem correr risco imediato.”

Rogério Caruso, chefe da divisão de Regulação Hospitalar do estado

O médico relatou que medida temporária foi uma decisão do governo local, em razão do fechamento do Aeroporto Internacional Salgado Filho. Em entrevista a BBC News, ele informou a decisão tomada e explicou o motivo.

“A gente informou que enquanto o aeroporto não estivesse funcionando, não teríamos como receber (órgãos). A não ser que haja oferta de um voo da Força Aérea Brasileira (FAB)”

Rogério Caruso, chefe da divisão de Regulação Hospitalar do estado

O transporte interestadual de órgãos e tecidos é realizado em voos comerciais por intermédio do convênio estabelecido entre governo federal e companhias aéreas, entretanto, quando não há voos que cumpram à especificidade do transplante, o órgão é levado em voos distintos da FAB.

Averiguando a capacidade do estado na captação de órgãos

Segundo o Ministério da Saúde, o RS é o quinto estado que mais realizou transplantes no país, no ano anterior, com cerca de 733 procedimentos.

“O Rio Grande do Sul recebe muitas ofertas de outros Estados porque a gente tem equipes que fazem quase todos os tipos de transplantes possíveis. Se surge um órgão em algum Estado do Nordeste, mas não há uma equipe lá que possa fazer o procedimento, esse órgão é ofertado a quem tem condições de fazê-lo. Por isso, recebemos muitos”

Rogério Caruso, chefe da divisão de Regulação Hospitalar do estado

Ainda não há dados de quantos pacientes foram afetados durante o período de enchentes no estado. A tragédia climática afetou a realização de transplantes a serem realizados dentro e fora do RS, como também, alterou o funcionamento de hospitais, e proporcionou o bloqueio de estradas.


Ruas alagadas no Rio Grande do Sul (Foto: reprodução/Getty Images Embed/
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“Com o auxílio da rede aeroviária nacional, foram disponibilizados helicópteros que favorecem o transporte não só de órgãos e tecidos, mas também, de pacientes que necessitam acesso a outros locais do Estado”

nota da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul à BBC News Brasil

Nesta quarta-feira (15), o governo do estado do Rio Grande do Sul, permitiu reiniciar a captação de órgãos para transplantes dentro do RS.

Governo federal lança sistema de alertas de emergência para chuvas e deslizamentos

O governo federal anunciou o lançamento de um inovador sistema de alertas de emergência voltado para chuvas intensas e deslizamentos de encostas. O anúncio foi feito por Armin Augusto Braun, diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), durante um seminário promovido pelos jornais O GLOBO e Valor Econômico e a rádio CBN. A nova ferramenta, que será chamada de “cell broadcast”, é resultado de uma parceria entre o Ministério das Comunicações, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e as principais companhias telefônicas do país.

Como Funciona o Sistema

O “cell broadcast” enviará mensagens de alerta sobre eventos climáticos severos diretamente para todos os celulares ativos em uma determinada região, independentemente do modelo do aparelho ou da operadora de telefonia. O sistema será inicialmente testado em projeto-piloto em cerca de dez cidades, selecionadas por suas características específicas e tecnologias utilizadas.

Segundo Braun, a implementação do sistema exige tempo e preparação, incluindo a criação de uma cultura interna entre os agentes da Defesa Civil municipal e estadual, que serão responsáveis por disparar as mensagens. Ele destacou a importância de não apenas emitir os alertas, mas também indicar ações subsequentes e desenvolver planos de contingência específicos. Além disso, a comunidade precisa ser preparada para responder adequadamente aos alertas recebidos.


Ruas alagadas Rio Grande do Sul (Foto: Reprodução/Getty Images/Getty Images Embed)


As informações para os alertas poderão vir tanto da Defesa Civil municipal e estadual quanto do governo federal. Atualmente, o Cenad recebe dados de agências federais, como o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e a Agência Nacional de Águas (ANA), e os repassa para estados e municípios. No entanto, informações locais, como as fornecidas pelo Rio de Janeiro, que possui seus próprios mecanismos de previsão do tempo, também poderão ser integradas ao sistema.

Esforço para Preservar Vidas

O desenvolvimento do “cell broadcast” reflete um esforço contínuo do governo para melhorar os sistemas de disparo de mensagens de emergência existentes e, assim, proteger a população. O novo sistema supera limitações do atual serviço de SMS da Defesa Civil, que requer que os cidadãos se inscrevam manualmente para receber alertas e não atende adequadamente estrangeiros ou pessoas com notificações de SMS desativadas.

Hoje, a pessoa precisa enviar o seu número de CEP para o número ‘4099’ para receber alertas da Defesa Civil. Mas se ela está com notificação desabilitada para SMS, ela acaba não recebendo. E estrangeiros, por exemplo, que têm telefone de outro DDD, não conseguem se cadastrar na rede brasileira de telefonia. O ‘cell broadcast’ vai permitir que essa mensagem chegue a todos os celulares de uma região, basta ter sinal da operadora“, explicou Braun.

O novo sistema promete ser um avanço significativo na gestão de riscos e desastres no Brasil, contribuindo para a preservação de vidas e a minimização de danos em situações de emergência climática.

Governo Federal libera mais de R$ 12 bilhões para o Rio Grande do Sul

O Governo Federal anunciou neste sábado (11) a abertura de um crédito extraordinário de R$ 12.179.438.240,00 para auxiliar o Rio Grande do Sul a lidar com as consequências das enchentes que afetaram o estado. A medida foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União e já está em vigor.

Esses recursos serão direcionados para ações emergenciais em curso no estado, conforme informado pelo governo. A decisão foi tomada durante uma reunião da sala de situação do governo, realizada no mesmo dia. Além disso, o governo planeja editar novas medidas provisórias nos próximos dias, com foco em linhas de crédito para os municípios.


Lula em Canoas com representantes dos Três Poderes (Foto: reprodução/Ricardo Stuckert/PR)

Medida provisória

A abertura desse crédito extraordinário se soma a outras ações já anunciadas pelo governo federal para auxiliar o Rio Grande do Sul. Na semana passada, o governo anunciou uma MP com 12 medidas para atender beneficiários de programas sociais, trabalhadores, empresas e produtores rurais.

O valor total dessa MP inclui ações já anunciadas, como parcelas extras do seguro-desemprego, contratação temporária de profissionais e aquisição de arroz. Também estão previstas medidas para reposição de medicamentos perdidos nas enchentes, garantia do atendimento nos postos de saúde e hospitais, reconstrução de infraestrutura rodoviária, ações da Defesa Civil e atendimentos emergenciais de outras entidades como Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional.

Notas do governo

O presidente Lula afirmou que o governo está totalmente comprometido em ajudar o Rio Grande do Sul a se recuperar. “Eu estive lá duas vezes para dizer ao governador, ao povo gaúcho, ao povo brasileiro, que estamos 100% comprometidos com a ajuda ao Rio Grande do Sul. Não haverá falta de recursos para atender às necessidades”, ressaltou.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, emitiu notas de que o crédito extraordinário é essencial para garantir o atendimento e a retomada do estado. Ele explicou que essa medida evita comprometer o orçamento dos ministérios e permite que os recursos cheguem o mais rápido possível aos governos municipais, estadual e às pessoas afetadas, bem como ao comércio e empresas.

Pesquisa aponta falta de preparo para eventos climáticos extremos

Em recente pesquisa realizada pela confederação Nacional dos municípios (CNM) com dados obtidos pelo G1, foi revelado que a maioria dos municípios brasileiros estão despreparado para lidar com eventos climáticos extremos, como a calamidade que atingiu o Rio Grande do Sul. 

Pesquisa da CNM

O levantamento foi feito entre 1 de dezembro de 2023 a 24 de janeiro de 2024, nela 3.590 prefeituras dos 5.570 municípios brasileiros responderam à pesquisa intitulada “Emergência Climática”. 

A pergunta central do estudo foi o questionamento sobre o município estar preparado para o aumento de eventos climáticos extremos, foi obtido esse resultado: 

  • Não: 68%; 
  • Sim: 22,6%; 
  • Desconhece as previsões de eventos climáticos que poderão afetar o seu município: 6%; 
  • Não respondeu: 3,4%. 

Segundo a pesquisa, a maioria dos municípios (43,7%) afirmaram não possui profissionais responsáveis ou um setor especializado para monitorar diariamente as áreas sob riscos de desastres na região, já 38,7% indicaram ter acesso a tais recursos. 

O presidente do CNM, Paulo Roberto Ziulkoski, informou que a falta de apoio aos municípios e investimentos para o combate conta os desastres naturais e principal motivo da falta de preparo, segundo ele, o governo faz com que os prefeitos tenham que atuar de maneira isolada no início das tragedias. 


Presidente da CNM, Paulo Ziulksoki (Foto/reprodução/CNM)

“Infelizmente, a situação se repete a menos de um ano, pois não podemos nos esquecer que em setembro de 2023 os municípios gaúchos foram afetados por ciclone extratropical. É incalculável o valor das vidas perdidas, e os prefeitos são obrigados a lidar, novamente, com os prejuízos e com o socorro à população”, Comentou. 

Vitimas de desastres no Brasil

Em análise realizada pelo Ministério do Desenvolvimento Regional revelou que o Brasil registou 4.728 mortes provocadas por desastres naturais durante o período de 1991 a 2022. 

O ano com maior número de óbitos foi 2011, com 957 vítimas, cerca de 900 pessoas morreram em deslizamentos, enxurradas e desabamentos quando forte chuvas atingiram cidades da região serrana do Rio de Janeiro, como Teresópolis e Nova Friburgo. 

Lula cria programa de renegociação de dívidas e estímulo ao crédito para pequenas empresas

O presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) irá promover o programa de criação de linhas de crédito “Acredita”, nesta segunda-feira (22), em evento no Palácio do Planalto. O projeto também contará com o “Desenrola” e será destinado a microempreendedores individuais (MEIs), microempresas e empresas de pequeno porte.

Crédito para pequenas empresas

O programa Acredita conta com a medida provisória (MP) que possibilita linhas de crédito para MEIs e microempresas com faturamento de até R$ 360 mil. Nomeada como Procred 360, os participantes do projeto terão acesso a uma linha de crédito especial com taxas de juros competitivas. 

Uma das medidas do Acredita tem como objetivo facilitar o alcance de empréstimos a inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) para a criação ou fortalecimento de negócios administrados por pessoas de baixa renda. Capacitações e orientações aos micro empreendedores devem ser oferecidas pelo Serviço Brasileiro de apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). 


Lula pretende elevar sua aprovação nessa parcela de civis (Foto: reprodução/Andressa Anholete/Getty Images Embed)


Renegociação de dívidas

Também será proposto o Desenrola Pequenos Negócios para renegociar dívidas de MEIs, microempresas e empresas de pequeno porte. O funcionamento do programa irá se assemelhar ao Desenrola Brasil, outro projeto do governo lançado em 2023 para renegociar dívidas de pessoas físicas e limpar o nome de brasileiros endividados. O plano, que estava previsto para funcionar até dezembro do ano passado, foi estendido até maio. 

O ministro das Micro e Pequenas empresas, Márcio França, explicou que as empresas terão até seis meses de carência ao financiarem débitos pelo Desenrola, ou seja, neste período não haverá pagamento de parcelas. O limite de parcelamento não foi informado pelo ministro. 

O novo programa também propõe refinanciar dívidas oriundas do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), que permitiu empréstimos aos pequenos negócios a fim de aliviar os impactos da pandemia de Covid-19 no setor. É esperado que as taxas de juros fiquem em uma média de 8% ao ano, o que equivale à metade do que é cobrado pelo Pronampe.

A previsão é que o Fundo de Garantia de Operações (FGO) assegure o pagamento dos empréstimos.

Presidente do Equador declara suspensão de atividades profissionais após crise elétrica

Por meio de um decreto executivo, o governo equatoriano informou que as atividades profissionais estarão suspensas nesta quinta-feira (18) e na sexta-feira (19). Esta paralisação se deve ao corte de fornecimento de energia e ao estado de emergência do setor energético. O presidente do país atribuiu este acontecimento à sabotagem.

Investigação do caso e manutenção

De acordo com o governo, serão feitas manutenções nos setores elétricos e por isso, haverá racionamento de energia nos horários programados pelo Ministério de energia.

O governo comunicou também que após investigação preliminar feita pelo Ministério da Energia, conclui que funcionários em cargos altos na empresa de energia, incluindo Andrea Arrobo, que foi demitida nesta terça-feira (16) do cargo de ministro, teriam ocultado informações importantes sobre o funcionamento do sistema energético nacional. 

O presidente fez a seguinte declaração sobre o ocorrido:

“Os cortes de energia não responderam apenas às circunstâncias ambientais, mas também a atos de corrupção e negligência sem precedentes”.

A presidência informou também que a diversas centrais de hidrelétricas do país estão em más condições e possui um déficit histórico na vazão da central Coco Codo Sinclair.

O governo comentou sobre este déficit histórico, afirmando o seguinte:

“As análises do Cenace (operador elétrico nacional) indicam que esta situação supera os recordes históricos; e alertou que o déficit energético que o país enfrentaria a partir de Abril seria entre 22 e 27 Gigawatt-hora (GWh) por dia”

Sabotadores foram denunciados pelo governo 

De acordo com a presidência, o governo apresentou uma queixa por paralisação do serviço público, apontando 22 suspeitos de sabotagem na energia elétrica do país. 

“O governo reitera o seu compromisso de combater a corrupção de frente, especialmente no setor energético, que, como é do conhecimento público, tem sido utilizado por responsáveis ​​de administrações anteriores para obter benefícios pessoais”, comunicou o governo 

Na terça-feira (16), Daniel Noboa fez uma denúncia sobre uma alegada interferência no sistema de energia, apontando que essa ação ocorreu em consonância com a proximidade da consulta popular e do referendo agendado para o próximo domingo (21). Ele busca obter respaldo para suas propostas de reforma legal, visando revisar o papel das Forças Armadas na segurança interna do país.

“Não vamos permitir que isso aconteça e, na última semana, eles ficaram infelizes antes da consulta popular porque sabem que vão perder. Esta investigação não vai parar. Já apresentamos ao Ministério Público e o Centro de Inteligência Estratégica (CIES) já está trabalhando nisso. Qualquer pessoa envolvida será considerada um traidor do país, mas uma ameaça à segurança nacional”, afirmou o presidente na terça-feira. 


Daniel Noboa fazendo pronunciamento em janeiro de 2024 (Foto: reprodução/X/@DanielNoboaOk)

Os cidadãos estão preocupados com a falta de energia, principalmente nas empresas e nas ruas. 

Em fevereiro deste ano, o governo havia encerrado o racionamento de energia, afirmando que a estação de seca havia passado, porém os apagões voltaram em diversas partes do país. 

Tragédia em Dubai: chuvas desproporcionais causam inundações

Nessa terça-feira (16) ocorreu uma tragédia, causada por fortes chuvas em Dubai, que faz fronteira ao sul e ao oeste com a Arábia Saudita, ao noroeste com o Qatar, e ao norte com o Golfo Pérsico.

O acontecimento chamou a atenção porque a região predominantemente quente e seca a maioria do ano, e também por ser um deserto, agora sofre com grandes e desproporcionais inundações, que podem ter sido causadas pelo cálculo desmedido da “semeadura de nuvens” ou “cloud seeding”.

A técnica consiste na intervenção humana de bombardear nuvens com produtos químicos específicos, como iodeto de prata ou gelo seco.

O governo de Dubai aplica a técnica regularmente

Para provocar chuvas e aumentar a disponibilidade de água na região de deserto, a prática é comumente reconhecida pelos habitantes da região, pois os Emirados Árabes são dependentes da maior parte das usinas de dessalinização para obter água potável, que é processo caro e que demanda muita energia.

Desse modo, de tempos em tempo o país necessita utilizar a semeadura de nuvens para aumentar o nível de água no subsolo.

Investigando os fatos

Conforme a AP, meteorologistas locais relataram que o Centro Nacional de Meteorologia realizou seis ou sete voos de “semeadura de chuvas” antes das tempestades que ocorreram na cidade, e a agência de notícias identificou registros de monitoramento de aviões de pelo menos um desses voos.

Já um jornal conectado ao governo, reportou as autoridades, relatando que não houve voos do tipo na terça-feira, e não citou a ocorrência nos dias anteriores. A Associated Press averiguou com o Centro Nacional de Meteorologia, contudo, não obteve resposta.

Motoristas dirigem em rua inundada após fortes chuvas em Dubai (reprodução/GettyImages/GIUSEPPE CACACE)


Submersos em menos de 48 horas

Dubai registrou no período de quase dois dias, 142 milímetros de chuva, enquanto o volume previsto para um ano é de 94,7 milímetros. Os números somados foram os maiores, em pelo menos 75 anos, resultando na tempestade mais intensa dos últimos tempos.

Ainda na quarta-feira (17) era possível presenciar diversos carros abandonados nas grandes avenidas da cidade, ainda cobertos pelas enchentes. A tragédia também afetou o funcionamento do aeroporto internacional de Dubai, inundado pelas águas das fortes chuvas.

Relatório aponta que desmatamento de florestas no Brasil diminuiu em 36% 

A organização Global Forest Watch (GFW) divulgou nessa quinta-feira (04) um estudo que revela que o Brasil diminuiu em 36% a perda de floresta nativa e primária em 2023. Esse número representa o nível mais baixo que o país já atingiu desde 2015, porém, apesar de positivo, o Brasil continua sendo o que mais apresenta perda florestal anual. 

A Colômbia foi a que demonstrou o resultado mais satisfatório no mundo, com diminuição de 49%, a instituição atribui isso às medidas aprovadas pelo presidente Gustavo Petro. Em compensação, Bolívia e Laos tiveram os maiores aumentos, com 27% e 47% respectivamente, sendo seguidos por Peru, Malásia, Indonésia, Camarões e República Democrática do Congo. 


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Queimada na floresta Amazônica (Foto: reprodução/MICHAEL DANTAS/AFP/Getty Images Embed)


Cerrado e Pantanal

Ainda segundo o relatório, os biomas do Cerrado e Pantanal são os que mais sofrem com o desmatamento e vêm registrando aumento. O Pantanal pela seca e princípios de queimadas, e o Cerrado por ser o centro da agricultura do Brasil, ocasionando desflorestamento da mata.


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Presidente Lula discursando em evento da ONU (Foto: reprodução/Spencer Platt/Getty Images Embed)


A Amazônia é o principal ecossistema com números de queda, segundo o governo brasileiro, a redução é de 22,4% no período de agosto de 2022 a julho de 2023, já o estudo afirma uma redução de 39%.

Mudanças relacionadas ao governo

A GFW explica que essa mudança em solo brasileiro se deve às ações realizadas pelo governo e presidente Luís Inácio da Silva Lula. O documento aponta que entre os atos estão as anulações de medidas e maior reforço em fiscalização na fauna, tudo isso auxilia no menor impacto e danos ao ambiente, proporcionado resultados positivos na Amazônia.  

É esperado que esses dados possam melhorar em 2024, mas para a entidade, o mundo não conseguirá cumprir a meta de zerar o desmatamento até 2030 estabelecida na Declaração dos Líderes de Glasgow (COP26). 

Declaração de Imposto de Renda: tudo que o investidor precisa saber

Chegou o momento de declarar o imposto de renda. Este ano, o período para prestar contas à Receita Federal vai dos dias 15 a 31 de maio. Além de declarar o patrimônio, os investidores precisam ficar atentos para declarar também os investimentos.

Investidores devem obrigatoriamente declarar caso se enquadrem em situações como: rendimentos tributáveis acima de R$ 30.639,90; posse de bens com valor acima de 800 mil reais; recebimento de rendimentos isentos ou tributados exclusivamente na fonte, totalizando um valor acima de 200 mil reais; e isenção de ganho de capital na venda de imóveis residenciais.

A tributação é diferente para cada tipo de investimento. O importante é que o contribuinte tenha em mãos o informe de rendimentos. Neste informativo, ele encontrará todos os detalhes de como fazer a declaração.

Patrícia Zanlorenci, contadora da Vellore Ventures.

Mesmo investimentos sem impostos devem ser declarados

Outro detalhe importante é que mesmo que a poupança, Letra de Crédito Imobiliário (LCI), Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) e debêntures incentivadas sejam isentos de imposto de renda, é necessário declarar os valores para manter a transparência em suas finanças.


Imposto de renda deve ser declarado para Receita Federal (Foto: reprodução/Joa Souza/iStock Unreleased/Getty Images Embed)


Os principais tipos de investimento que devem ser declarados são:

  • Renda fixa
  • Renda variável
  • Investimentos no exterior
  • Previdência privada
  • Criptomoedas;
  • Fundos de investimentos

Uma particularidade é que a tributação das aplicações de renda fixa varia de acordo com o prazo da aplicação. A alíquota do imposto de renda é regressiva, o que significa que quanto maior o prazo, menor será a alíquota aplicada sobre o valor.

Quanto aos rendimentos no exterior, as aplicações financeiras e os lucros/dividendos estão sujeitos à incidência de 15% sobre a parcela anual desses rendimentos.

No caso de fundos de investimentos, o IR é de 15% em fundos de longo prazo, ou de 20% em fundos de curto prazo (período de até um ano). O IR é aplicado sobre os rendimentos.

Sobre o imposto na operação de vendas de ações, ele pode variar dependendo do tipo de ação negociada. Para ações ordinárias, a alíquota é de 15% sobre o ganho de capital obtido na operação. No entanto, a alíquota é de 10% para ações preferenciais.

Também houve alterações na forma como é feita a declaração de alguns investimentos, sendo o maior exemplo as criptomoedas, que só passaram a ser taxadas recentemente.

Agora, será necessário detalhar a moeda digital adquirida, bem como haverá tributação do IR pela alíquota de 15%, independentemente do valor investido.

Jéssica Garcia, advogada tributarista

Restituição chegará em lotes

Sobre a restituição do imposto de renda, ela será paga em lotes, sendo o primeiro em 31 de maio, último dia para entrega das declarações. O último lote está previsto para o mês de setembro.

Fim do prazo de financiamento de gastos nos EUA faz paralisação parcial se aproximar 

O governo dos EUA poderá ter paralisação parcial nos próximos quatro dias. O plano bipartidário para controle de gastos deveria ter sido apresentado até o último domingo (25) pelos democratas e republicanos. A data de prazo para o financiamento vence neste sábado (2).


Congresso dos Estados Unidos (reprodução/REUTERS/Kevin Wurm/CNN)

Pressões levantadas pelo novo prazo

Os parlamentares pretendiam divulgar até segunda- feira (26) um acordo bipartidário com os gastos da noite anterior. divergências políticas ocorrem dentro do governo enquanto, o presidente da câmara Mike Johnson sofre pressões pelo partido conservador. Com uma possível paralisação, críticas a respeito dos republicanos da Câmara são recorrentes devido ao impasse.

A Senadora Elizabeth Warren (MA) comentou a respeito das falas com Manu Raju, jornalista da CNN, segundo a mesma situação é de extrema importância, e que os republicanos precisam se organizar para conseguir realizar trabalho.

Comentários feitos a respeito de possível paralisação

Jon Tester, senador e democrata também comentou a CNN sobre a possível paralisação, ele diz que espera que não aconteça, que está ocorrendo a cada seis meses, e que mudanças devem ocorrer. O Senador Joe Manchin, também relatou sobre ato, dizendo que o que está acontecendo é horrível e não deveria estar acontecendo com a população que depende dos serviços do governo federal.

Chuck Schumer, o líder da maioria do senado falou a respeito do risco da paralisação por carta neste domingo (25), afirmando que está ocorrendo discussões intensas com os outros legisladores sobre o caso. Ele também culpou o caos sofrido na conferência republicana da câmara, como o principal motivo do atraso, também é comentado por ele, que apesar da espera para que saísse a legislação para o fim de semana (25), imprevistos ocorreram e agora há a necessidade dos republicanos se reorganizarem.

No mesmo dia Johnson, rebateu as falas de Chuck Schumer, por suas redes sociais, dizendo que apesar da afirmação do líder da maioria, a câmara estava a trabalhar sem pausas e continua em busca de conseguir um acordo a respeito do projeto de financiamento do governo. Neste momento o Congresso enfrenta dois prazos para paralisação, sendo este do dia 1 ao dia 8 de março.