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A aguardada Milão Fashion Week começou nesta terça-feira (25) e teve sua abertura marcada pelo desfile da Gucci, um dos momentos mais esperados da temporada outono/inverno 2025-2026. Sem a assinatura de Sabato Sarno, que deixou a direção criativa há pouco tempo, o trabalho ficou a cargo da equipe de design da marca, que entregou desfile repleto de referências nostálgicas, aliadas a uma abordagem sofisticada e elegante.
O desfile aconteceu no Superstudio Maxi, em Milão, onde a Gucci montou um cenário minimalista, destacando um grande logotipo “G” entrelaçado na cor verde, evocando a identidade clássica da maison. A trilha sonora, executada ao vivo por uma orquestra, foi composta exclusivamente para o evento pelo renomado maestro Justin Hurwitz, adicionando um toque dramático e sofisticado à apresentação.
Gucci resgata a essência dos anos 1960 na passarela
A nova coleção resgatou a essência vintage da marca com um olhar moderno e sofisticado, trazendo peças inspiradas nas silhuetas dos anos 1960. Casacos estruturados, saias plissadas, ternos de alfaiataria e acessórios marcantes dominaram a passarela. Texturas estavam presentes nos tecidos, junto a cortes impecáveis que reforçam o compromisso da Gucci com a excelência artesanal.
Modelos (Foto: reprodução/FFW)
Consolidando a proposta de coleções mistas, a marca juntou o desfile feminino ao masculino, tendência que a Gucci tem explorado desde a era de Alessandro Michele. Tons vibrantes, junto à combinação de estampas clássicas com toques contemporâneos, reforçaram a versatilidade das criações.
Modelos (Foto: reprodução/FFW)
A Semana de Moda de Milão
O desfile da Gucci não apenas abriu com maestria a Milão Fashion Week, mas também reafirmou a posição da grife como uma das mais influentes da moda global. Com um equilíbrio entre o passado e o presente, a marca mostrou que continua reinventando sua identidade sem perder sua essência icônica.
Modelos (Foto: reprodução/FFW)
Os desfiles da Semana de Moda de Milão vão até o próximo domingo (02/03). Fendi e Dsquared2, que comemoram seus 30 anos, também irão apresentar suas coleções hoje, terça-feira (25/02). As duas marcas fecham a programação de hoje. Outras marcas que irão se apresentar na Semana de Moda de Milão são: Fendi, Prada, Versace, Dolce & Gabbana, Giorgio Armani, entre outras.
Nesta quinta-feira (06), a grife italiana Gucci comunicou que seu então diretor criativo, Sabato de Sarno, sairá de seu cargo na frente da marca. Sarno, que fez a direção artística da Gucci por apenas dois anos, também não irá participar da próxima coleção para a Semana de Moda de Milão, que ocorrerá no dia 25 deste mês. Espera-se que o anúncio de um substituto para o cargo seja realizado em maio, com a realização dos desfiles da coleção Resort da marca em Florença.
Sabato de Sarno
O designer nasceu em Nápoles, na Itália, e foi o sucessor de Alessandro Michele na direção artística da Gucci, que assumiu no início de 2023. Sarno já atuou em marcas como Prada, Dolce&Gabbana, e Valentino, na qual trabalhou por 14 anos.
Sabato de Sarno (Foto: reprodução/Instagram/@sabato.desarno)
O italiano se retira da marca em um momento de mudanças dentro da indústria da moda, com a passagem de novos nomes na direção de grandes grifes como Chanel e Celine. Sarno foi essencial na transformação da Gucci em seus dois anos no comando da marca, revitalizando a estética da casa.
Gucci
A marca italiana foi fundada em Florença no ano de 1921 por Guccio Gucci, que confeccionava produtos em couro, estes eram produzidos por artesões da região de Toscana. Gucci tomou gosto pelas confecções ao trabalhar como ascensorista e maleiro em hotéis, chegando a trabalhar no hotel Savoy em Londres.
Ele abriu sua primeira loja ao retornar para a Itália, buscando vender malas e valises de alta qualidade. Gucci tornou-se popular entre a burguesia e a nobreza florentina, crescendo progressivamente e conseguindo criar sua própria oficina, passando a produzir sua mercadoria ainda no espaço de sua loja.
Coleção primavera/verão da Gucci (Vídeo: reprodução/Instagram/@gucci)
Durante a década de 1930, a marca começou a vender luvas, sapatos e cintos. Além de ter tomado um caráter internacional, com o crescimento de clientes de outras regiões que buscavam os produtos de Gucci. Já em 1938, o italiano abriu sua primeira loja em Roma. Em poucos anos, a casa aumentou e estabeleceu um legado para o mercado da moda em todo o mundo, transformando-se no grande nome que hoje é reconhecido ao redor do globo.
A cantora e compositora estadunidense Mariah Carey, conhecida como rainha dos hits natalinos, já está em clima de festa nas montanhas de Aspen, no Colorado. Neste domingo (22), a cantora foi flagrada enquanto fazia compras em uma boutique da Gucci, onde exibiu um visual luxuoso e ousado.
Reconhecida por seu alcance vocal, além de ser referida como “Pássaro Supremo” e “Rainha do Natal”, Mariah Carey tem um histórico em apostar em peças que gritam luxo e sofisticação, apostando em designers que ajudem a construir essa imagem, dessa vez não podia ser diferente.
Um look ousado e monocromático
Ao entrar na loja, Mariah usava um casaco vermelho. No entanto, ao sair, surpreendeu com um look monocromático ousado e sofisticado. A combinação monocromática incluiu um mini vestido de tricô bege, um cardigã, botas de cano alto e um gorro, todos itens da coleção de outono/inverno 2025 da grife italiana, Gucci.
Mariah usando um casaco vermelho enquanto faz compras (Foto: reprodução/Getty Images/Gshow)
Os preços das peças, claro, refletem o luxo característico da artista. O casaco custa impressionantes R$ 95,6 mil, enquanto o vestido sai por R$ 13,4 mil e o gorro, R$ 3 mil. Somando todos os itens, o valor do visual chega a aproximadamente R$ 112 mil.
Destino favorito de celebridades
Aspen é um destino queridinho de celebridades durante a temporada de inverno, e Mariah não foge à regra. Além de ser o cenário perfeito para suas férias, o local já foi palco de momentos memoráveis.
Há cinco anos, foi ali que a cantora brasileira Anitta realizou o sonho de conhecer a estrela internacional. O encontro foi descrito como “o melhor presente de Natal” pela artista carioca.
Enquanto aproveita o frio com muito estilo, Mariah reafirma seu ideal de estilo e mantém viva a magia do Natal, não apenas com sua música, mas também com sua presença deslumbrante nas paisagens nevadas do Colorado, combinando clima festivo e a moda para transformar as montanhas de Aspen em um ser um cenário inspirador para as estrelas.
A Valentino inicia uma nova era em 2025, sob o comando criativo de Alessandro Michele. Em uma estratégia ousada, a maison anunciou mudanças em sua programação de desfiles, que realizará apenas um desfile anual dedicado à alta costura, em janeiro, durante a Paris Fashion Week.
Essa abordagem busca valorizar o tempo e o artesanato necessário para criar peças exclusivas, elevando ainda mais o status artístico da marca. Vale relembrar que o último desfile de alta costura da Valentino foi em janeiro deste ano, que acabou por ser a coleção final de Pierpaolo Piccioli para a maison em Roma.
Alessandro Michele após sua estreia nas passarelas para a Valentino Primavera/Verão 2025 (Foto: reprodução/Victor Virgile/Getty Images embed)
A alta costura será tratada como uma verdadeira “forma de arte atemporal”, apresentada uma vez ao ano, uma ruptura com a prática anterior de múltiplos desfiles. Decisão favorável ao coletivo, pensando na criação de peças bem trabalhadas que a Alta Costura demanda. Segundo comunicado oficial, a mudança permitirá uma dedicação maior ao savoir-faire que caracteriza a Valentino. O CEO Jacopo Venturini, com Michele, pretende reverenciar ainda mais esse trabalho artesanal.
“Uma forma de arte atemporal, a alta-costura da maison só ganhará vida na passarela uma vez por ano, uma novidade em relação ao passado que fortalecerá ainda mais a sua inspiração e valor artístico”, indicou em comunicado a Valentino, acrescentando que “com o CEO, Jacopo Venturini, e o diretor criativo, Alessandro Michele, os aspectos de alta costura da marca continuarão a se desenvolver, e o artesanato que as coleções de alta costura exigem agora será ainda mais reverenciado, já que terão o luxo do tempo.”
Inovações para o prêt-à-porter
No prêt-à-porter, a maison também propõe uma inovação: as coleções masculinas e femininas serão apresentadas juntas na Semana de Moda Feminina em Paris. A decisão reforça uma visão mais coesa e fluida da moda, alinhando a narrativa criativa do novo diretor criativo da marca e podendo trazer benefícios logísticos para o mercado de moda. Antes da decisão, a grife apresentava as novidades da moda masculina durante a Semana de Moda dedicada aos homens.
A primeira coleção para a Valentino pela visão de Alessandro Michele foi revelada em junho por meio de um lookbook dedicado à coleção cruise de primavera 2025. Coleção altamente elogiada, densa e rica em detalhes, com a sua assinatura bem clara nas peças, fazendo referência aos dias de glória da maison nos anos 70.
Retorno de Alessandro às passarelas
Sua grande estreia aconteceu durante a fashion week parisiense feminina no desfile de Primavera/Verão 2025, em 29 de setembro deste ano. A ocasião marcou seu retorno às passarelas após mais de um ano fora desde seu último desfile para Gucci, onde liderou a direção criativa de 2015 a 2022.
Conhecido por suas habilidades artísticas, Michele prometeu um evento memorável de estreia, misturando moda eclética e abundante, gêneros e influências entre excentricidade e peças clássicas. Esse retorno do designer à passarela foi um momento aguardado.
Coleção de estreia de Alessandro Michele para Valentino (Foto: reprodução/ Daniele Venturelli/ Getty Images Embed)
Essa estratégia da Valentino reflete uma tendência crescente no mercado de luxo: priorizar exclusividade e qualidade sobre quantidade. Com menos apresentações e um foco maior na excelência, a maison romana reafirma seu lugar como uma das líderes globais da moda, enquanto cria um impacto significativo tanto no mercado quanto no imaginário de seus consumidores.
A semana começou com anúncio de mudanças no mercado high-end da moda. Nesta segunda-feira (18), o grupo de marcas de luxo Kering revelou as modificações nos cargos de liderança em seu conglomerado, entre elas a de Cédric Charbit, que a partir do segundo dia do mês de janeiro, assumirá a liderança, como diretor-executivo da Saint Laurent.
Jogo de cadeiras
A entrada de Charbit resulta na saída de Francesca Bellettini, que esteve no cargo desde 2013, mas também permitirá que ela concentre mais em seu cargo de vice CEO da Kering, com a incumbência de responsável pelo desenvolvimento da marca. Cédric deixa o leme da Balenciaga, empreitada que comandava desde 2016 e onde foi responsável pelo crescimento rápido no faturamento da italiana, graças a inúmeros lançamentos de calçados.
Cédric Charbit acompanhado de Nicole Kidman no jantar anual da Fundação Kering “Caring For Women”, em 2023 (Foto: reprodução/Paul Morigi/Getty Images Embed)
Além dessa mudança, a Kering anunciou mais algumas contratações ao nível corporativo, incluindo a nomeação de Stefano Cantino como CEO da Gucci. Anteriormente, Stefano ocupou o mesmo cargo na Louis Vuitton, mas a partir de janeiro, irá ser responsável por salvar financeiramente a marca italiana, agente principal nos lucros da Kering.
Entre os principais nomes lucrativos no conglomerado estão Gucci, Yves Saint Laurent, Balenciaga e Bottega Veneta. Ano passado, a Kering viu suas ações caírem mais de 40%, resultado dos baixos números. Em outubro, o grupo anunciou que seu percentual de lucro caiu para o nível mais baixo desde 2016.
A polêmica da Balenciaga
Cédric Charbit esteve envolto em uma das maiores polêmicas publicitárias no cenário da moda recente. Em 2022, ainda no cargo de CEO da etiqueta, a Balenciaga lançou uma campanha que chocou os consumidores por ser vista como de caráter sexual com crianças. O escândalo afetou as vendas nos trimestres seguintes.
Apesar dos problemas, tanto Cédric, quanto o diretor criativo da marca Demna, foram mantidos nos respectivos cargos. Agora, ao juntar-se à Yves Saint Laurent, Charbit, 47 anos, irá trabalhar com Anthony Vaccarello, o designer aclamado pelas suas criações na marca parisiense conhecida pelos seus looks femininos elegantes.
No último sábado (02), aconteceu a 13ª edição da prestigiada festa de gala patrocinada por uma renomada marca italiana, que tem como objetivo arrecadar fundos para o setor audiovisual do Los Angeles County Museum of Art (LACMA). O evento reuniu celebridades de destaque, que desfilaram a nova coleção da marca e transformaram a ocasião em uma verdadeira passarela.
Sendo apenas a segunda coleção de festa da marca e a primeira sob a direção criativa de Sabato de Sarno, a Gucci Notte surge entre a última coleção de alta-costura apresentada na Paris Fashion Week e a aguardada Gucci Cruise 2026, que será revelada em Florença.
Sobre a coleção
Desenvolvida por Sabato de Sarno, atual diretor criativo da Gucci, a coleção destaca-se pelas modelagens mais comerciais, um traço característico do estilista. Ao mesclar elementos contemporâneos e clássicos com materiais inovadores, como o bambu – já conhecido nos acessórios da marca, mas inédito em vestuário –, a linha traz uma proposta de moda festa sofisticada e, diferentemente da alta-costura tradicional, com um apelo comercial.
Em comunicado lançado para imprensa, a grife ressaltou o seguinte sobre a coleção:
“uma visão de beleza eterna, profundamente enraizada na história da Gucci e surpreendentemente relevante nos dias de hoje.”
Gucci
A coleção, composta por 16 looks – sendo 12 femininos e 4 masculinos – foi apresentada com um cuidadoso rodízio de cores e stylings variados, garantindo opções para acomodar o estilo de cada celebridade presente.
Alguns famosos que marcaram presença
A coleção aposta em uma estética surpreendente, com vestidos de alfaiataria para as mulheres e trajes masculinos que exploram uma paleta de cores e detalhes delicados. Diversos nomes do entretenimento desfilaram as novas criações, entre eles:
Kim Kardashian escolheu um look monocromático em branco, composto por um vestido tubinho longo com decote profundo e uma capa elegante. Para complementar, ela ousou nos acessórios, combinando pérolas e um crucifixo em um combinação de colares marcantes, trazendo um toque sofisticado e ousado ao visual.
Kim Kardashian (Foto: reprodução/Instagram/@gucci)
Além de Kim Kardashian, outro nome de destaque no evento foi Cooper Koch, estrela do novo sucesso da Netflix, Monsters: The Lyle and Erik Menendez Story. Assim como a socialite, Koch está envolvido nas petições pela reabertura do caso dos Menendez. Ele vestiu um elegante look monocromático preto, com as marcantes lapelas de cetim grandes e bem estruturadas, uma assinatura da coleção que adicionou estilo e ousadia ao visual.
Cooper Koch (Foto: reprodução/Instagram/@gucci)
Seguindo a temática de Monsters, outro astro da série que marcou presença no evento foi JavierBardem. Intérprete de José Menendez, Bardem optou por um clássico terno preto com gravata borboleta e camisa branca, escolhendo um estilo tradicional e elegante, sem arriscar nas tendências, para aproveitar a noite com sofisticação.
Javier Bardem (Foto: reprodução/Instagram/@gucci)
Saindo do universo de Monsters e entrando em O Diabo Veste Prada. Brincadeiras à parte, Anna Wintour, editora-chefe da Vogue, prestigiou o desfile como qualquer outro. Vestindo um look da Gucci e mantendo sempre seu estilo inconfundível. Apostando em tons claros, ela combinou um vestido fechado adornado com pedrarias a um casaco prateado, completando o visual com seus clássicos óculos escuros.
Anna Wintour (Foto: reprodução/Instagram/@gucci)
Outro destaque do evento foi Kaia Gerber, que optou por um deslumbrante vestido verde menta repleto de texturas. Com detalhes em plumas e franjas, a criação de De Sarno conseguiu conciliar de maneira sofisticada a variedade de elementos, resultando em um look único e elegante.
Kaia Gerber (Foto: reprodução/Instagram/@gucci)
Greta Lee também prestigiou o evento. Frequentemente associada a campanhas da Loewe e, mais recentemente, da Calvin Klein, a estrela de Vidas Passadas optou por um look monocromático em preto com uma modelagem inovadora. Seu vestido ombro a ombro apresenta um jogo de volumes, além de ser confeccionado em tecido plissado, trazendo um toque moderno e sofisticado ao visual.
Greta Lee (Foto: reprodução/Instagram/@gucci)
Assim como o vestido de Greta Lee, a peça escolhida por EmilyRatajkowski também apresentava a modelagem ombro a ombro, mas de uma forma completamente distinta. Com um design mais clean, o vestido de Ratajkowski possuía uma modelagem simples que ousava nos tecidos. A parte superior era confeccionada em cetim brilhante, enquanto a inferior era feita de veludo, ambas na sofisticada tonalidade marrom.
Lançada de maneira criativa, Gucci Notte promoveu uma noite e também coleção que contemplam a sofisticação. Desde o elegante visual monocromático de Kim Kardashian até a sofisticação inovadora de Kaia Gerber e a ousadia de Emily Ratajkowski, cada convidado trouxe uma peça de Gucci Notte, refletindo a mescla de elementos clássicos e contemporâneos que caracteriza a coleção de Sabato De Sarno.
No próximo dia 15 de maio, a Gucci apresentará sua nova coleção Cruise sob a direção criativa de Sabato De Sarno. O estilista italiano busca evocar uma atmosfera à la De Volta para o Futuro, excluindo o lado científico. A proposta é revisitar e reinterpretar a trajetória de Guccio Gucci, fundador da marca.
Detalhes sobre o próximo Gucci Cruise
O desfile tem como objetivo dar continuidade à narrativa iniciada na coleção Gucci Cruise 2025, que marcou o início da história de Guccio Gucci. A edição anterior ocorreu em Londres, cidade onde o fundador começou sua trajetória profissional como carregador de malas no hotel The Savoy. Agora, para a Cruise 2026, a Gucci retorna às suas raízes em Florença, explorando o momento em que o maison abriu sua primeira loja de artigos de couro em 1921.
Guccio Gucci na fábrica da marca em Florença (Foto: reprodução/Pinterest/@valeriocarfi)
No comunicado oficial sobre o desfile, a grife enfatizou:
“Sabato De Sarno leva a sua visão criativa de volta à cidade que a Gucci considera a sua casa (…) No coração da rica história da casa, este desfile prestará homenagem à relação íntima e intemporal entre a Gucci e a cidade de Florença, um símbolo do artesanato italiano e de uma criatividade visionária, reafirmando em paralelo a visão contemporânea de Sabato De Sarno, profundamente enraizada na herança da Gucci e na sua influência duradoura.”
Equipe Gucci
A expectativa para o desfile é de uma fusão entre artesanato impecável e inovações criativas, características que definem a essência de Florença, cidade natal de Guccio Gucci e berço da tradição artesanal que inspirava o estilista.
Vale destacar que esta não será a primeira vez que a Gucci realiza um desfile Cruise em Florença. Em 2017, sob a direção criativa de Alessandro Michele, a marca já havia escolhido a cidade como palco, apresentando sua pré-coleção primavera 2018 no histórico Palácio Pitti. Na ocasião, as criações desfilaram entre obras-primas de mestres como Ticiano, Botticelli, Caravaggio e Tintoretto, unindo moda e arte renascentista em um espetáculo memorável.
Um desfile cruise (ou resort) é uma coleção lançada entre as temporadas tradicionais de moda, como primavera/verão e outono/inverno. Originalmente, essas coleções foram criadas para atender clientes que viajavam durante o inverno para destinos ensolarados, oferecendo roupas leves e elegantes para férias e escapadas.
Hoje, os desfiles cruise evoluíram para eventos importantes no calendário da moda, funcionando como vitrines globais para as marcas. Eles costumam ser realizados em locações exóticas ou icônicas, como monumentos históricos ou cidades culturais, reforçando a imagem e exclusividade da grife. Além disso, essas coleções atraem tanto clientes quanto a imprensa ao preencher o espaço entre as estações tradicionais, mantendo a marca em destaque durante todo o ano.
Neste domingo (29), durante a Paris Fashion Week, Alessandro Michele fez sua estreia à frente da Maison Valentino com a coleção “Pavillon des Folies”, que mescla elementos do passado e do futuro da marca. A cenografia do desfile evocava uma transformação: bancos, escadas e luminárias revestidos em tecidos brancos induziram uma reforma, simbolizando não apenas uma mudança, mas um renascimento intencional das antigas glórias da grife. A coleção conseguiu captar a mesma emoção despertada pelo famoso desfile da Valentino na Sala Bianca de Florença em 1962, considerada a página de abertura do renascimento da moda italiana no pós-guerra.
Um desfile maximalista
Com uma paleta de cores vibrantes, repleta de camadas, brilhos e bordados, o estilista reinterpretou os códigos da Valentino, incorporando um toque pessoal e contemporâneo. O maximalismo, outra marca registrada de Alessandro, retorna com força renovada. A passarela, um enorme espelho projetado por Alfredo Pirri, se fragmentava à medida que as modelos desfilavam, refletindo a atmosfera intensa e exuberante da apresentação.
Alessandro Michele durante a Paris Fashion Week 2024 (Foto: reprodução/Jacopo M. Raule/Getty Images embed)
Alessandro Michele para Valentino
O desfile elogiou a estética da época de ouro de Valentino, mas sempre com o toque maximalista de Michele: colares de pérolas descolados, argolas nos lábios ou no nariz e grandes laços de cetim.
Valentino na Paris Fashion Week 2024 (Foto: reprodução/Daniele Venturelli/Getty Images embed)
Alessandro Michele e sua trajetória na Gucci
Michele se tornou diretor criativo da Valentino recentemente. Ele é o sucessor de Pierpaolo Piccioli, que ficou na maison italiana durante 25 anos. O ex-diretor criativo estava trabalhando para a marca desde 2002, mas foi somente em 2015 que ele ganhou o título de master da casa, atuando até 2022. Nesse período, ele foi fundamental na reinvenção de diversos códigos da marca, elevando a Gucci a um dos nomes mais desejados no setor de luxo.
Michele, em sua passagem pela Gucci, instigou uma série de questionamentos em suas coleções, sendo um dos mais marcantes a reflexão sobre gênero. Nas passarelas, era evidente a presença de modelos que interpretavam tanto papéis masculinos quanto femininos, ou até mesmo nenhum deles.
Hoje, 23 de setembro, começa a Semana de Moda de Paris. Depois de uma sequência de Nova York, Londres e Milão, o evento na capital francesa marca o fim das grandes semanas, residentes nas capitais da moda, do calendário.
Com uma abrangente expectativa, essa edição é comemorativa, já que a semana parisiense está completando 50 anos. Como sempre, a cidade da luz contará com grandes momentos, como a estreia de Alexandre Michelle na Valentino, uma colaboração inusitada entre Coperni e a Disney e a estreia de novidades quentes para a temporada primavera/verão 2025.
Ausências importantes
Uma surpresa para os que sempre acompanham a Paris Fashion Week é a ausência da tradicional francesa Givenchy do evento. A marca acaba de admitir Sarah Burton como sua nova diretora criativa, assim, faltando tempo hábil para a produção de uma nova coleção. A estreia de Burton com a maison será apenas na próxima edição do evento, em março de 2025.
Último desfile da Givenchy na PFW, em 2023 (Foto: reprodução/The Fall Magazine)
Mais um figurinha carimbada que dessa vez não dará as caras nesta edição é a inovadora Off-White, que desfilou sua última coleção, inspirada na mescla cultural entre Estados Unidos e África, no começo do mês, na New York Fashion Week.
Outra personagem tradicional da semana de moda parisiense que não comparecerá ao evento será a estilista Virginie Viard. A designer saiu do posto de diretora criativa da Chanel no começo do ano e ainda não está ao comando de nenhum outro ateliê. Mas isso não significa que a histórica maison francesa faltará ao evento. No dia 1 de outubro, a Chanel realizará no Grand Palais – reinaugurado esse ano, após quatro anos em obras – o desfile de uma coleção, pela primeira vez na história da casa, assinada pelo estúdio criativo.
Alessandro Michele chega a Valentino
A talvez mais aguardada estreia da semana está nas mãos do italiano Alessandro Michele. Após uma longa história de sucesso na Gucci, o designer lançou recentemente uma pré-coleção para sua nova casa, Valentino, para mostrar como irá dirigir uma diferente, mas não menos importante, tradicional maison.
Pré-coleção de Alessandro Michele para Valentino (Foto: reprodução/Instagram/@valentino)
A estreia por completo acontecerá no sétimo dia da Semana de Moda de Paris, dia 27 de setembro, para agora, pela primeira vez, o público contemplar seu trabalho fora da Gucci.
Mundo mágico Coperni X Disney
Coperni virou sinônimo de espetáculo durante desfiles. A grife inova em cada passarela que pisa, como fez anteriormente com seus cachorros robôs e o vestido pintado na hora no corpo da modelo Bella Hadid, em 2022.
Coperni pinta vestido no corpo de Bella Hadid, na Paris Fashion Week de 2022 (Foto: reprodução/Instagram/@coperni)
A marca não irá deixar a desejar e dessa vez, apesar de não terem revelado nenhum outro detalhe, realizará seu desfile na mágica Disneyland Paris, no último dia do evento, fechando a semana de moda parisiense com chave de ouro.
Inspirada nos anos 60, a coleção de verão 2025 da Gucci, sob a direção criativa de Sabato de Sarno, celebra a simplicidade e a elegância. Apresentada na Semana de Moda de Milão, elementos clássicos da marca são mesclados, como a alfaiataria e o couro, com silhuetas mais modernas e detalhes irreverentes. De acordo com De Sarno, a coleção é uma ode à espontaneidade e à beleza dos momentos cotidianos.
Detalhes da coleção
O desfile abriu com uma reinvenção da alfaiataria clássica, unindo elementos do armário feminino e masculino. A paleta de cores, composta por “Gucci Rosso Ancora” (vermelho vibrante), cinza, branco, verde e laranja, cria um contraste visual marcante.
Gucci para a MFW (Foto: reprodução/Victor Virgile/Getty Images)
As silhuetas, com referências aos anos 60, apresentam jaquetas estruturadas, shorts e saias evasê. Os casacos oversized, com o monograma da marca em destaque, são combinados com peças mais casuais, como jeans e regatas. O couro, com acabamento brilhante, e a lingerie, sutilmente revelada por vestidos de renda, adicionaram textura e sensualidade ao conjunto.
Gucci para a MFW (Foto: reprodução/Victor Virgile/Getty Images)
Os vestidos coloridos e sem mangas, adornados com fivelas douradas, criaram um contraste interessante com a delicadeza dos vestidos de renda transparente. A combinação de texturas e materiais resultou em looks femininos e elegantes.
Gucci para a MFW (Foto: reprodução/Estrop/Getty Images)
As modelos caminharam sobre uma passarela vermelha, iluminada por luzes que mudavam de cor, passando do branco para tons mais quentes. Essa transformação simbolizava “o momento em que o sol se põe no mar no final de agosto”, explicou Sabato de Sarno.
Gucci para a MFW (Foto: reprodução/Daniele Venturelli/Getty Images)
Os acessórios da coleção apresentavam amplos chapéus de verão, uma diversidade de bolsas e calçados, que variavam desde elegantes mocassins e botas a plataformas com saltos transparentes.
Gucci Bamboo 1947 foi destaque do desfile
A Gucci Bamboo 1947, um dos ícones da marca, é o destaque da nova coleção. A bolsa, em sua versão original, recebe atualizações contemporâneas, com a combinação de materiais como couro, laca e acrílico. A colaboração com artistas japoneses resultou em versões exclusivas da peça, celebrando os 60 anos da marca no Japão.
O bambu, símbolo da grife, inspira não apenas a alça da bolsa, mas também joias delicadas e detalhes em calçados. Vestidos fluidos, inspirados nos anos 90 e plataformas de bico quadrado completam o visual. A coleção apresenta ainda novas bolsas, como a Gucci 73 bucket e a Gucci Go, com design moderno e funcional.
Bolsas Bamboo 1947 da Gucci na MFW (Foto: reprodução/Daniele Venturelli/Getty Images)
O final do desfile foi marcado por maxicasacos de construção complexa, com a barra tocando o chão. Inspirados em quatro modelos clássicos – kimono, blazer, jaqueta e trench coat – essas peças demonstram a maestria de Gucci em trabalhar com volumes e texturas.