Bombardeio russo na Ucrânia destrói “Castelo do Harry Potter”

Novos bombardeios russos na cidade portuária de Odessa, no sul da Ucrânia, causaram a morte de pelo menos quatro pessoas e feriram outras 27 nesta segunda-feira (29), de acordo com o governador regional Oleh Kiper. Mísseis atingiram edifícios residenciais e infraestrutura civil, entre os quais o “Castelo de Harry Potter”.

Vítimas e impacto do ataque

Um dos alvos do bombardeio russo foi o “Castelo de Harry Potter”, uma construção gótica que faz parte da Academia de Direito de Odessa, foi completamente destruída. Imagens da Reuters Television mostram o teto ornamentado do edifício praticamente desintegrado após o bombardeio.


Ataque russo em Odessa atinge “Castelo do Harry Potter” (Vídeo: reprodução/X/ @AustenLennon)


O apelido do edifício é uma referência à sua semelhança com o Castelo de Hogwarts dos filmes. Anteriormente, o prédio à beira-mar abrigava a Faculdade de Direito de Odessa, onde o ex-parlamentar e reitor da universidade, Serhiy Kivalov, foi ferido por estiletes na coxa direita e está atualmente hospitalizado. Além dele, oito dos feridos estão em estado grave, incluindo uma criança de quatro anos.

O ataque foi realizado com um míssil balístico Iskander-M com ogiva de fragmentação, o que explica o alto número de vítimas, de acordo com o porta-voz da Marinha ucraniana, Dmytro Pletenchuk.

O prefeito de Odessa, Hennadii Trukhanov, expressou em um vídeo no Telegram sua indignação, descrevendo os responsáveis como: “Monstros. Bestas. Selvagens. Escória. Não sei mais o que dizer. As pessoas estão fazendo uma caminhada à beira-mar e eles estão atirando e matando.”

Situação atual e resistência ucraniana 

No campo de batalha, as tropas ucranianas continuam resistindo aos avanços das forças militares russas, mas se encontram em situação precária, com escassez de armamentos. O país aguarda com urgência a chegada de suprimentos militares prometidos pelos Estados Unidos e Europa. Segundo o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, novos suprimentos ocidentais começaram a chegar, mas em ritmo lento.

Em meio à guerra, as tropas ucranianas foram obrigadas a recuar de três aldeias no Leste do país, enquanto os russos tomaram o controle da aldeia de Semenivka, conforme anunciou o ministério da Defesa da Rússia.

Rússia ameaça países do Ocidente com resposta severa caso bens russos sejam confiscados

Autoridades da Rússia ameaçaram o Ocidente com uma “resposta severa”, neste domingo (28). A intimidação prometeu batalhas legais “intermináveis” e medidas de retaliação se fundos russos congelados no exterior forem confiscados como meio de forçar o Kremlin a ceder parte do território ucraniano ocupado durante o conflito entre os países.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, afirmou, no aplicativo Telegram e compartilhado pela agência de notícias estatal russa Tass, que “os fundos russos devem permanecer intactos”.

Zakharova ainda defendeu que, caso ocorra de outra maneira, uma “resposta severa seguirá o roubo do Ocidente” e espera que todos os países ocidentais entendam o recado. Segundo a representante, a Rússia nunca negociaria territórios tomados da Ucrânia em troca da devolução de fundos congelados no exterior. 


A intenção dos países ocidentais é tentativa de negociação com Putin (Foto: reprodução/Getty images embed)


Bens russos no Ocidente

Aliados ocidentais de Kiev, capital da Ucrânia, discutem a possibilidade do confisco de bens russos congelados no exterior, que somam quase US$ 300 bilhões. A decisão arriscada é pensada por conta das dificuldades do financiamento da guerra na Ucrânia e na reconstrução do país futuramente. 

É estimado que US$ 282 bilhões em títulos e dinheiro vivo seguem armazenados por instituições de países do G7 (composto pelos EUA, Japão, Itália, Canadá, Reino Unido, França e Alemanha), da Austrália e da União Europeia (EU), desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022. Só na União Europeia estão US$ 216 bilhões sob custódia na instituição belga Euroclear.

A ameaça do confisco seria uma maneira de pressionar o presidente da Rússia Vladimir Putin para que dê uma pausa na guerra e se reúna com outros países para negociar sobre a guerra.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, comentou separadamente que a Rússia ainda possui muito dinheiro do Ocidente que poderia ser alvo das contramedidas de Moscou. Peskov afirmou que a contestação legal contra o confisco de bens russos estarão abertas e que a Rússia “defenderá incessantemente os seus interesses”.

Estudantes universitários são presos em protesto pró-Palestina em Los Angeles 

Durante protesto pró-Palestina em universidade do Sul da Califórnia, estudantes foram presos em ação policial iniciada para dispersar manifestantes. Ainda com aviso prévio de que poderiam haver prisões, a abordagem contra dois estudantes deu-se início a confusão responsável pelas prisões. 

Ação Policial nos Estados Unidos

Devido ao alto número de manifestações acontecendo em diversas instituições dos Estados Unidos, universidades têm pedido apoio policial em busca de conter protestos, alegando segurança contra confusões.

Nesta última quarta-feira (24), em Los Angeles, na Universidade do Sul da Califórnia, mais um dos diversos protestos ocorridos por várias áreas do território americano tornou-se palco mundialmente reconhecido pela ação policial acontecida. O protesto, que em primeiro momento fora testemunhado como pacífico, sofreu de avisos prévios pela polícia quanto a prisões em consequência de confusão. Meia hora depois, o campos foi fechado e após uma abordagem à dois estudantes, manifestantes deram início a um empurra-empurra até ocorrer a primeira prisão. A quantidade de estudantes detidos não foi divulgada pelas autoridades. Universitários que encontravam-se dentro da instituição foram autorizados a sair. 

Outros casos de manifestações em prol do cessar-fogo em Gaza também vieram a público através de jornais e redes sociais, porém, nos últimos dias, o motivo não é direcionado a razão do protesto e sim, às tentativas de ações policiais acontecidas. Semelhante à Universidade do Sul da Califórnia, outras pessoas foram presas em instituições de prestígio como em Columbia, Yale e Universidade de Nova York, estima-se que 100 é o número de manifestantes detidos.  

Também nesta quarta-feira (24), em Austin, no Texas, policiais entraram com bastões e cavalos, e estudantes foram detidos.  


Estudante preso por autoridades texanas em protesto pró-Palestina em Austin, Texas (Foto: reprodução/ Jay Jenner/ AP/ The Guardian)

O presidente da Câmara dos EUA, Mike Johnson, se pronunciou nesta quarta-feira com uma visita ao campus de Columbia, onde foi recebido por vaias dos manifestantes e pediu a renúncia do presidente da universidade, Minouche Shafik. O republicano denunciou as manifestações como “governo da turba” e condenou o que chamou de “vírus do anti-semitismo” nas faculdades do país. As palavras discursas pelo presidente foram recebidas com indignação e vaias. 

Manifestações

A razão pela massa de protestos nos Estados Unidos e em muitos outros países, se dá pela continuação da guerra entre Israel e Palestina além da dificuldade de decisão sobre um cessar-fogo. Os estudantes universitários também exigem que haja corte de relações financeiras entre as instituições e o Estado de Israel, pois, de acordo com eles, se torna uma parceria intragável.  

O repúdio quanto a propaganda militar israelense em Gaza também é um pivô do discurso, sendo considerado em cartazes pelos protestantes a lembrança de mais de 34 mil pessoas mortas em ataques desde outubro do ano passado, de acordo com dados de instituições palestinas e do Hamas. 

Apesar do direcionamento dos protestos serem para o governo israelense e seu posicionamento político juntamente com o posicionamento nacional de autoridades americanas, estudantes judeus afirmam não se sentirem seguros dentro das universidades. Entretanto, também existe uma grande quantidade de judeus que apoiam e fazem parte do movimento pró-Palestina.  

Presidente do Irã ameaça dilacerar Israel em caso de novo ataque

O conflito entre Israel e Palestina se intensifica e agora um novo líder entra no ramo das ameaças por incitação: Ebrahim Raisi, após declarações feitas nesta terça-feira (23) à agência oficial de notícias IRNA, demonstrou que há mais poder de fogo no Irã do que ele se propõe a usar. 

Declarações 

Conforme Raisi, presidente do Irã, um ataque ao seu território traria drásticas mudanças ao cenário de guerra, uma vez que, caso Israel ataque o Irã, nada restaria do “regime sionista”. Imperando uma ameaça de suposto poder de fogo disponível à nação iraniana. 

Uma tentativa de reacender laços antigos queimados pelo fogo da guerra é efetuada entre Paquistão e Irã, que começou nesta segunda-feira (22) com uma visita de Raisi ao país vizinho. Na viagem, o presidente do Irã prometeu impulsionar o comércio entre as nações vizinhas em US $10 bilhões ao ano.

As relações vizinhas estão mais fragilizadas do que nunca, uma vez que a retaliação constante – como a de 13 de abril, pelo suposto ataque Israelense em 1° de abril – míngua a força do elo já distante por conflitos antigos e históricos, tornando a relação entre os países ainda mais complicada e sensível.


Carcaça de míssil iraniano interceptado por Israel no ataque de 13 de Abril (Foto: reprodução/Anadolu/Getty Images Embed)


Raise, em seu discurso, acrescentou que a República Islâmica do Irã manterá seu apoio à resistência palestina, honrosamente. 

Novo ataque, nova movimentação 

Nesta sexta-feira (19) um ataque áreo atingiu a região central do Irã como resposta as perigososas retaliações entre o país islâmico e Israel, demonstrando uma movimentação perigosa entre ambos os países, principalmente após a última declaração de Raisi, presidente do Irã, nesta terça-feira (23). 

Conforme informações de um oficial dos Estados Unidos através da CNN, o ataque é de raíz israelense, o que estreita ainda mais a relação entre as nações e ainda traz a luz uma guerra que antes acontecia por baixo dos panos, aflorando o receio público de um possível conflito regional mais amplo e marcado por retaliações.

Segundo informações de um oficial de Teerã, capital iraniana, às defesas aéreas contaram três drones após avisos de explosões nas proximidades de uma base militar, na região central do país. 

O ataque foi negado através da rede social ‘X’, onde Hossei Delirian, porta-voz do Centro Nacional de Ciberespaço do Irã se manifestou, afirmando que nenhum míssil foi reportado. 

Contribuindo a narrativa, um comandante militar sênior do Irã afirmou que o forte estrondo foi causado por sistemas de defesas aéreas disparadas contra um objeto suspeito. Não houve danos ou incidentes, conforme dito por ele através de informações da agência de notícias Tasnim, aliada do governo iraniano. 

As autoridades iranianas têm se empenhado em amenizar o seguimento do acontecimento, agora tido como incidente, o que não descarta a possibilidade da nomenclatura evoluir para uma retaliação direta. Israel também não aderiu às responsabilidades pelo incidente.

Ataque aéreo lançado por Israel contra o Irã é abatido

De acordo com um oficial americano, na noite desta quinta-feira (18), ataques aéreos foram lançados de Israel para o Irã. Segundo o jornal The New York Times, sob condição de anonimato, as autoridades israelenses confirmaram o ataque ao Irã. Segundo um militar iraniano, não houveram estragos no país, já que os drones foram abatidos. 

Foram ouvidas explosões em Isfahan, uma base militar e uma das maiores cidades iranianas, a 450 km de distância de Teerã, capital do Irã. Como a base possui instalações nucleares, segundo as autoridades iranianas, o barulho de explosão ativou a ação de defesa aérea. De acordo com a autoridade, não houveram ataques de mísseis. O espaço aéreo foi fechado e voos foram cancelados. 

Drones sendo vistos na região do Irã (Reprodução/YouTube/Streetministries4Christ)

O Irã e Israel não confirmaram oficialmente o ataque. As informações disponíveis até agora foram fornecidas à imprensa por fontes anônimas dos países. Não há confirmação sobre o número de drones envolvidos, mas relatos da imprensa iraniana afirmam que três drones foram derrubados enquanto sobrevoavam Isfahan por volta das 21h30.

Há menos de uma semana, no último sábado (13), o Irã lançou mais de 300 mísseis e drones, um ataque nunca antes visto, contra Israel. Desde este último acontecimento, Israel vem preparando uma resposta militar.

EUA dizem não ter envolvimento 

Em uma reunião do G7 em Capri, na Itália, o secretário de estado dos Estados Unidos negou qualquer envolvimento ofensivo no ataque aéreo. Na declaração, o secretário afirma: 

“Eu não vou comentar sobre isso, exceto que os EUA não estão envolvidos em nenhuma operação ofensiva”.

Antonio Trajani, Ministro de Relações Exteriores da Itália, afirmou que os Estados Unidos realmente não possuem nenhum envolvimento no ataque e foram avisados do lançamento dos drones no último minuto. 

Irã não tem plano de revidar imediatamente

Um oficial sênior iraniano afirmou para a Agência Reuters que o Irã não tem planos de contra-atacar imediatamente, já que as circunstâncias  do ataque de Israel ainda são desconhecidas. O oficial declarou:

“A origem estrangeira do incidente não foi confirmada. Não recebemos nenhum ataque externo, e a discussão parece mais uma infiltração do que um ataque”.

Autoridades norte-americanas afirmaram à Reuters que não possuem qualquer envolvimento no ataque, porém foram notificados sobre a ação por Israel. 

Além do ataque ao Irã, a Síria, por meio de sua agência estatal, afirmou que sua base aérea também foi atacada por mísseis nesta sexta-feira (19). Israel foi responsabilizado pelos ataques. Até o momento, Irã e Israel não se pronunciaram sobre o ataque oficialmente.

Estados Unidos e Reino Unido impõem sanções econômicas ao Irã

Nesta quinta-feira (18), os Estados Unidos anunciaram que serão impostas novas sanções econômicas contra o Irã, de modo a tentar bloquear a sua produção de drones militares. No total, já foram confirmados os bloqueios de transações financeiras com 16 pessoas e duas entidades que estavam envolvidas na construção dos veículos não-tripulados.

Que fique claro para todos aqueles que permitem ou apoiam os ataques do Irã: os Estados Unidos estão comprometidos com a segurança de Israel,” disse o presidente estadunidense, Joe Biden, no anúncio das sanções. “Estamos comprometidos com a segurança de nosso pessoal e dos nossos parceiros na região. E não hesitaremos em tomar todas as medidas necessárias para responsabilizá-los.

De acordo com Biden, o Reino Unido também deve assumir uma postura geopolítica similar, impondo sanções econômicas com os mesmos objetivos. Além de frear a produção de mísseis e drones, os dois países também devem implementar medidas para atacar a economia de base do Irã, interferindo nas suas exportações da indústria do aço, que é uma fonte de bilhões de dólares em renda ao país.


Área de alcance dos respectivos projéteis iranianos. (Foto: reprodução/O Globo)

Sanções Econômicas

As medidas graves são forçadas a entrar em jogo após o lançamento, no último sábado (13), aproximadamente 330 mísseis e drones iranianos terem sido lançados contra Israel. Além do Domo de Ferro, sistema de defesa local, foi necessária a colaboração com vários países, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, e França, para interceptar a maior parte dos projéteis.

O ataque, sem precedentes, poderia ser o prelúdio para uma guerra mais generalizada no Oriente Médio, o que as sanções econômicas buscam evitar. São principais alvos as empresas fabricantes de motores e montadoras iranianas, e conforme o afirmado pela secretária do Tesouro, Janet Yellen, isso servirá para “degradar e interromper aspectos-chave da atividade maligna do Irã”.

Israel e Irã

Tanto diplomatas do Reino Unido quanto da Alemanha advertiram Israel a não responder aos ataques do Irã, o que poderia provocar uma guerra generalizada no Oriente Médio.

Agradeço aos nossos amigos pelo apoio na defesa de Israel. Eles têm todos os tipos de sugestões e conselhos, e sou grato,” disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. “Contudo, gostaria de esclarecer: nós tomaremos nossas próprias decisões.”

As atuais tensões entre os dois países iniciaram quando Israel bombardeou o consulado do Irã na Síria, matando um total de 16 pessoas. Posteriormente, o Irã revidou com o ataque do sábado, que envolveu os drones e mísseis cujas linhas de produção estão sendo atacadas por Israel e seus aliados.

EUA, Reino Unido e França defendem Israel durante ataque do Irã

Estados Unidos, Reino Unido e França ofereceram apoio a Israel para enfrentar o ataque de mísseis e drones enviados pelo Irã no último sábado (13). A Jordânia também esteve no combate, mas o país árabe afirma ter atuado por defesa de seu próprio território. 


Mísseis vistos no céu, em Israel. Foto: (Reprodução/Mostafa Alkharouf/Anadolu/Getty Images Embed)


Envolvimento dos Estados Unidos, França e Reino Unido

O Comando Central (Centcom) dos Estados Unidos publicou um comunicado, neste domingo (14), que confirmou a destruição de 80 drones e pelo menos seis mísseis balísticos enviados do Irã e Iêmen, onde está o grupo rebelde aliado ao Irã, o Houthis. 

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), Daniel Hagari, explicou que a França contribuiu para patrulhar o espaço aéreo. De acordo com o Wall Street Journal, navios e caças franceses também foram utilizados no combate. 

O Ministério da Defesa do Reino Unido afirmou ter contribuído com caças da Força Aérea Real britânica e aviões-tanques de reabastecimento que serviram para interceptar ataques aéreos.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, compartilhou na rede social X (antigo Twitter) um post de agradecimento aos países. “Pelo seu apoio inabalável e pela sua verdadeira amizade em tempos de necessidade”, publicou.



O comunicado do governo da Jordânia, um país árabe, afirmou que derrubou mísseis iranianos para que não caíssem em seu território. Em entrevista à televisão estatal Al-Mamlaka, o ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman al-Safadi, comentou que o país iria reagir da mesma forma se os mísseis viessem de Israel. 

Chuva de mísseis

O Irã lançou, no último sábado (13), cerca de 170 drones, 30 mísseis de cruzeiro e 120 mísseis balísticos em direção ao território de Israel. A ofensiva foi uma reação ao ataque israelense contra a embaixada iraniana na Síria, no início do mês, que matou sete membros da Guarda Revolucionária iraniana, incluindo um comandante sênior da guarda. As Forças de Defesa de Israel concluíram que houve a interceptação de 99% dos artefatos lançados pelo Irã.

Israel conta com um sistema de defesa antiaérea composto por diversos mecanismos, incluindo o “Domo de Ferro”, capaz de interceptar e explodir artefatos ainda pelo ar. Entretanto, uma agência estatal de notícias iraniana informou que mísseis conseguiram ultrapassar a proteção israelense.

Autoridade do Hamas promete “arruinar Israel” após ataque com palestinos mortos e feridos

Após 33.545 mortes de palestinos, a guerra entre Israel e Palestina continua. Nesta sexta-feira (12), o exército israelense lutou contra os palestinos no norte e no centro da Faixa de Gaza.

As tropas israelenses se retiraram de Gaza para se prepararem para um ataque à cidade de Rafah, ao sul, onde mais de 1 milhão de palestinos estão abrigados. No entanto, os combates persistiram em várias regiões.

Número de mortos não para de subir

Moradores do campo de Al-Nusseirat (onde refugiados palestinos se abrigam, localizado no meio da Faixa de Gaza), disseram que após uma ofensiva terrestre surpresa na quinta-feira, dezenas de pessoas foram relatadas como mortas ou feridas devido aos bombardeios israelenses por ar, terra e mar, entre eles estava um jornalista turco, identificado como Sami Shahada, que teve sua perna amputada em consequência. Houve relatos de casas e duas mesquitas destruídas durante os ataques.

Já na cidade de Gaza, o ministério da saúde (hoje controlado pelo Hamas), afirmou que 89 palestinos foram mortos por ataques militares israelenses em 24 horas, sendo pelo menos 25 da mesma família, os Tabaribi.

De acordo com a agência de notícias palestina Wafa, helicópteros de guerra israelenses também atingiram casas nos bairros de Zeitoun, Shujayea e Remal, causando mais ferimentos a civis.

O IDF (Forças de Defesa de Israel), afirmou que estavam realizando “uma operação precisa baseada em inteligência” contra militares e sua infraestrutura no centro de Gaza.

No último dia, os caças da IDF atingiram mais de 60 alvos terroristas na Faixa de Gaza, incluindo postos de lançamento subterrâneos, infraestrutura militar e locais onde operavam terroristas armados“, disseram em comunicado militar. “Paralelamente, a artilharia da IDF atingiu a infraestrutura terrorista na região central da Faixa de Gaza.”

Khaled Meshaal


Khaled Meshaal (PPM via Getty Images)


Khaled Meshaal, um dos dirigentes da organização islâmica Hamas, grupo que liderou um ataque ao sul de Israel em 7 de outubro de 2023, disse que vai “arruinar o inimigo em breve”, depois de 6 meses de guerra.

Rússia ataca instalações de energia na Ucrânia e deixa mais de 200 mil pessoas sem luz 

Nesta quinta-feira (11), mísseis e drones disparados pela Rússia atingiram uma usina de eletricidade perto de Kiev, na Ucrânia, deixando mais de 200 mil pessoas sem energia elétrica. Ainda não há confirmação sobre mortos ou feridos. 

De acordo com a informação obtida pela agência de notícias Reuters, o ataque teria destruído completamente a usina de Trypilska, que é movida à carvão, deixando milhares de pessoas sem luz nas regiões de Odesa, Kharkiv, Zaporizhzhia, Lviv e Kiev. 

Ao todo, cerca de 80 mísseis e drones russos foram lançados contra a Ucrânia nesta quinta-feira (11), desses, 18 mísseis e 39 drones foram abatidos pela Defesa Aérea do país. 

Presidente ucraniano pede ajuda do Ocidente 

Cerca de 10 mísseis foram lançados na cidade de Kharkiv, localizada a cerca de 30km da fronteira com a Rússia, forçando a empresa que fornece energia elétrica na Ucrânia a cortar o fornecimento de eletricidade para mais de 200 mil pessoas. 

Após o ataque, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu ajuda ao Ocidente através do aplicativo de mensagens Telegram, condenando o ataque como “terrorista”. “Precisamos de defesa aérea e outros apoios de defesa, não de discussões longas e fechadas”, escreveu  Zelensky. 


Volodymyr Zelensky solicita ajuda do Ocidente para lidar com a crise de energia que assola o país após os ataques russos desta quinta-feira (11). (Foto: Reprodução/Ukrainian Presidency)

Os apelos da Ucrânia por suprimentos  de defesa aérea ao Ocidente foram intensificados desde que as tropas russas renovaram seus ataques aéreos de longo alcance ao sistema de energia ucraniano em março deste ano. 

A guerra

A guerra entre Rússia X Ucrânia já se alastra a mais de dois anos, com início em fevereiro de 2022, as tropas russas invadiram o território ucraniano sob pretexto de que estariam realizando uma “operação militar especial”

No entanto, o conflito que teve início em 2022, na verdade possui uma escalada desde 2014 quando a Rússia anexou a Crimeia, originalmente pertencente aos ucranianos, como posse de seu território. Nesse contexto, desde esta anexação, um acúmulo de tropas russas passaram a rondar a fronteira entre os dois países. Nesse contexto, após uma tentativa de integração com a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), iniciada pelo atual presidente ucraniano,  Volodymyr Zelensky, o volume de militares russos na fronteira entre os dois países passou a crescer cada vez mais. De acordo com Vladimir Putin, presidente da Rússia, a participação ucraniana na OTAN representava uma “ameaça a segurança” de seu país e exigiu que a Ucrânia fosse permanentemente impedida de ingressá-la.

Kim Jong-un declara que a Coreia do Norte se preparará para a guerra

Segundo a agência de notícias KCNA, o líder da Coreia do Norte Kim Jong-un afirmou na quarta-feira (10) que é a hora do seu país se preparar para a guerra. A declaração foi feita enquanto ele visitava a Universidade Militar e Política Kim Jong-il, a principal do país, que leva o nome do seu pai. 

De acordo com informações divulgadas, o líder estaria acompanhado de Pak Johg-chon, vice-presidente da Comissão Militar Central, Ri Yong-gil, chefe de Estado-Maior e de Kang Sun-nam, ministro da Defesa Nacional. Ele informou que, devido à situação complexa internacional e da política instável da Coreia do Norte, é necessário “estar mais preparado do que nunca”.  


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Líder norte-coreano em visita a monumento (Foto: reprodução/Kham/Pool via Bloomberg/Getty Images Embed)


Desenvolvimento de armas

O país, ao longo dos anos, focou muito no desenvolvimento de suas armas e em formar laços militares e políticos com a Rússia. Kim afirmou a estudantes e funcionários que, caso o país entre em conflito, é preciso vencer ele de qualquer maneira e que se inimigos optarem por um combate militar, a Coreia fará um golpe final utilizando todos os meios a seu favor. 


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Kim Jong-un e Vladimir Putin (Foto: reprodução/Contributor/Getty Images Embed)


A declaração foi feita após Estados Unidos e Japão anunciarem uma revisão militar de aliança entre os países e dos acordos de tecnologia e defesa. O acordo também visa convencer a Coreia do Norte a desistir do programa nuclear e de mísseis.

Tensão entre países

A Coreia do Norte vive um momento de tensão com a Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos. Em fevereiro, Kim Jong-un avisou que não manteria uma conversa com o país vizinho que seria seu inimigo número um e acusou recentemente os americanos e sul-coreanos de praticarem intensamente e com frequência estratégias militares conjuntas.

Os três países vêm fortalecendo sua aliança política e a colaboração militar, já o líder mantém atualmente o mesmo em relação à Rússia e Vladimir Putin.