Operador de TI é suspeito de ajudar hackers a invadir sistema Pix, diz polícia

Na última quarta-feira (3), a Polícia Civil de São Paulo prendeu um homem que supostamente facilitou um grande ataque hacker contra o sistema Pix, utilizado para transferências financeiras instantâneas. Esse ataque, que teria acontecido um dia antes, permitiu o desvio de uma quantia estimada em R$ 541 milhões, afetando ao menos seis instituições financeiras.

O suspeito, João Nazareno Roque, tem 48 anos e trabalha como operador de TI em uma empresa chamada C&M, que presta serviços para bancos menores e fintechs, conectando-os ao sistema Pix do Banco Central. Ele foi detido no bairro City Jaraguá, na zona norte da capital paulista, acusado de fornecer senhas e dados de acesso que teriam possibilitado aos hackers acessar o sistema da BMP Instituição de Pagamentos S/A, uma das empresas que sofreu prejuízo durante o golpe.

Como teria ocorrido o envolvimento do funcionário

De acordo com o que foi relatado pela polícia, João teria sido abordado por criminosos ainda em março, quando um homem o procurou na rua e demonstrou conhecer detalhes do seu trabalho. Pouco tempo depois, ele teria recebido uma proposta via WhatsApp para entregar suas credenciais de acesso em troca de dinheiro.

O operador de TI teria recebido R$ 5 mil pelo primeiro fornecimento das informações e, posteriormente, outros R$ 10 mil para seguir operando o sistema remotamente, conforme as instruções recebidas dos suspeitos. Os pagamentos, totalizando R$ 15 mil, foram feitos em dinheiro e entregues por motoboys, que também recolhiam os dados para os criminosos.


Polícia aprofunda investigação sobre golpe em empresa ligada ao Pix (Vídeo: Reprodução/YouTube/@g1globo)

Além disso, João teria criado uma conta em uma plataforma digital para acompanhar os comandos que deveria executar. Segundo informações de seu perfil profissional, ele tem experiência de aproximadamente 20 anos como eletricista e técnico em instalação de TV a cabo, e começou um curso na área de Tecnologia da Informação aos 42 anos. Em depoimento informal, ele teria confirmado ter repassado as senhas a terceiros.

Posição da empresa C&M Software

A empresa C&M divulgou comunicado dizendo que está colaborando com as autoridades nas investigações e que adotou medidas para reforçar a segurança de seus sistemas desde que o caso veio à tona. Segundo a companhia, o problema não resultou de falhas técnicas, mas teria ocorrido devido a um golpe de engenharia social que levou ao compartilhamento indevido de credenciais.

A C&M destacou ainda que todos os seus serviços continuam funcionando normalmente e que mantém um monitoramento rigoroso para garantir a proteção dos sistemas que gerencia.

Lívian Aragão tem seu Instagram invadido por hackers

As redes sociais de Lívian Aragão, de 25 anos, filha do eterno trapalhão Renato Aragão, de 90 anos, foram hackeadas neste sábado (25), os golpistas publicaram uma foto dela com o pai em preto e branco com uma mensagem de luto, dando a entender que o humorista havia falecido, porém, em seguida em seu próprio perfil ele desmentiu a notícia.

Este tipo de golpe vem se tornando frequente entre artistas que têm seus perfis invadidos, seja no Instagram, no X (antigo twitter), ou no próprio aparelho telefônico, são casos mais recentes como Suzy Rêgo e Narjara Turetta.


Comunicado de Renato Aragão informando o golpe (Foto: reprodução/Instagram/@renatoaragao)


Como o golpe é aplicado

Na internet os golpes de hackers estão sendo cada vez mais comuns, principalmente em relação aos artistas que por serem pessoas públicas têm suas contas invadidas para divulgação de fake news ou tentativa de tirar dinheiro dos fãs. Além das atrizes citadas acima, outros famosos passaram pela mesma situação.

Alguns casos, no entanto, passaram dos limites, Murilo Huff é um exemplo, o cantor teve uma rede atacada por golpistas que publicaram a morte de seu filho, uma criança de apenas cinco anos. A atriz Marina Ruy Barbosa supostamente compartilhou fotos de um ator de filmes adultos e Selena Gomez que passou o constrangimento de ter uma foto publicada do ex.

Leis aos crimes cibernéticos

A legislação brasileira tem duas leis para crimes cometidos na internet, uma é a Lei dos Crimes Cibernéticos (12.737/2012), também conhecida como Lei Carolina Dieckmann, no ano anterior a atriz havia sofrido um golpe onde os autores exigiram 10 mil reais para não divulgar fotos íntimas. A pena estipulada de prisão é de três meses a um ano de reclusão, em casos menos graves envolvendo roubo de dados a pena é de seis meses a dois anos com acréscimo de multa. 

Até o momento não tem a informação dos autores no caso de Lívian Aragão, porém é necessário atenção ao que se vê nas mídias.

Hackers russos atacaram redes governamentais, diz a Polônia

Hackers russos atacaram redes governamentais, diz a Polônia O Instituto Nacional de Pesquisa (NASK), uma empresa estatal, informou que redes do governo polonês foram alvo de um ataque por hackers russos nesta quarta-feira (8).

Segundo o NASK, o grupo identificado como APT28, está vinculado à agência de inteligência militar russa (GRU), e empregou software malicioso para atacar órgãos governamentais da Polônia.

“O malware direcionado às instituições governamentais polonesas foi distribuído nesta semana pelo grupo APT28, associado aos serviços de inteligência da Rússia”, disse o NASK em comunicado.

“Indicadores técnicos e semelhanças com ataques anteriores permitiram a identificação do grupo APT28… Este grupo está associado à Direção Principal de Inteligência do Estado-Maior General das Forças Armadas da Federação Russa (GRU)”, pontuou.

Ataques


Alemanha também acusou os russos (Foto: reprodução/Embed from Getty Images)


Além da Polônia, outros países como Alemanha, Estados Unidos e a República Tcheka também desconfiam dos ataques vindos da Rússia. Recentemente, a Alemanha e seus parceiros declararam que o APT28 realizou uma extensa operação de ciberespionagem direcionada a empresas de defesa e aeroespaciais alemãs, além do partido social-democrata alemão.

Não é a primeira vez que a Polônia é a vítima, O ministro dos Assuntos Digitais do país Krzysztof Gawkowski, disse em entrevista ao jornal ucraniano Economic Truth que são detectados constantes ataques cibernéticos da Rússia dirigido a alvos que abrangem o fornecimento de água e serviços de saúde.

As informações são da agência de notícias estatal polonesa (PAP).

Resposta da Rússia

A embaixada russa em Varsóvia, capital do país polonês, não se pronunciou de imediato e Moscou seguiu a mesma linha de não tecer comentários sobre o assunto.

Mas em resposta às acusações da Alemanha, Moscou não sustentou o silêncio e acusou Berlim, capital Alemã de usar “mitos infundados” sobre hackers russos para aumentar as tensões políticas.