Haddad confirma reunião entre Lula e Trump e classifica como positiva

Nesta segunda-feira (6), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de uma reunião por videoconferência com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A videoconferência também deu continuidade ao diálogo iniciado entre os dois presidentes durante a Assembleia Geral da ONU, quando Lula e Trump manifestaram interesse em fortalecer a cooperação entre os dois países.

De acordo com interlocutores do governo, o tom da conversa foi cordial e produtivo, com foco na ampliação das relações comerciais e na busca por maior equilíbrio nas trocas econômicas. Haddad ressaltou que o encontro representou um passo importante para restabelecer a confiança diplomática entre Brasil e Estados Unidos, sinalizando uma fase de diálogo mais constante e menos marcada por divergências.

Haddad destaca tom cordial e avanço nas negociações comerciais

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a reunião entre Lula e Trump transcorreu em um ambiente de respeito e cooperação, marcado por trocas diretas e objetivas. Segundo ele, o diálogo abordou temas econômicos sensíveis, como as tarifas impostas recentemente por Washington a produtos brasileiros. Haddad destacou que parte dessas medidas já começou a ser revista, abrindo espaço para um entendimento comercial mais equilibrado.

Além disso, segundo o Presidente Trump, houve uma boa “química” entre Lula e ele.


Conversa de Lula com Trump foi "positiva", diz Haddad (Vídeo: reprodução/YouTube/CNNBrasil)

Próximos passos incluem nova rodada de diálogo em Washington

Após a reunião entre Lula e Trump, o ministro Fernando Haddad informou que novas conversas estão previstas para este mês, durante sua viagem a Washington para participar das reuniões do G20. O encontro presencial deve servir para aprofundar os temas tratados na videoconferência e consolidar medidas de cooperação econômica.

Haddad explicou que o governo brasileiro pretende aproveitar a oportunidade para discutir ajustes nas tarifas aplicadas pelos Estados Unidos a produtos nacionais e propor um plano conjunto de incentivo ao comércio bilateral. Segundo ele, a disposição mostrada por ambos os líderes indicam um momento de reaproximação diplomática, com expectativa de resultados concretos a curto prazo.

O ministro reforçou que a reunião virtual foi apenas o início de uma agenda mais ampla de entendimento político e econômico entre Brasil e Estados Unidos. A intenção do governo, disse Haddad, é transformar o diálogo positivo em ações práticas que favoreçam a competitividade das exportações brasileiras e o fortalecimento das relações entre os dois países.

Mercado brasileiro tem leve alívio, mas segue atento à ameaça de tarifa de 50% dos EUA

A semana começou com certo alívio para o mercado financeiro brasileiro, em meio à apreensão quanto à possível imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos nacionais importados pelos Estados Unidos. Em entrevista à rádio CBN nesta segunda-feira (21), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que continuará tentando negociar com Washington, mas admitiu que a medida pode entrar em vigor a partir de 1º de agosto, conforme anunciado pelo governo norte-americano. Segundo Haddad, apesar de tentativas de diálogo feitas em maio, ainda não houve qualquer resposta oficial por parte dos EUA.

Mais uma queda do dólar americano

O dólar à vista encerrou o dia com queda de 0,40%, cotado a R$ 5,5651, acompanhando o recuo da moeda americana no cenário externo. Já o Ibovespa avançou 0,59%, aos 134.166 pontos, revertendo parte das perdas acumuladas na semana anterior, quando o índice cedeu 2%. O movimento foi impulsionado, em parte, por notícias corporativas e pelo desempenho positivo das bolsas internacionais.

Em Nova York, S&P 500 e Nasdaq renovaram suas máximas históricas, com altas de 0,14% e 0,38%, respectivamente, puxadas por ações de megacapitalizadas como a Alphabet. O mercado aguarda a divulgação dos balanços corporativos nos próximos dias. O índice Dow Jones, por outro lado, recuou 0,04%, destoando do restante.


Fernando Haddad ministro da Fazenda (Foto: reprodução/Arthur Menescal/Bloomberg via Getty Images Embed)


Guerra comercial e cenário político-jurídico

Haddad também declarou que o governo brasileiro avalia a adoção de medidas de apoio a setores afetados pelas tarifas norte-americanas, reforçando que tais ações não necessariamente implicariam impacto fiscal. A complexidade da negociação, no entanto, vai além do campo comercial. Segundo interlocutores, o presidente Donald Trump estaria condicionando um possível recuo à suspensão do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, tema jurídico que foge da alçada do Executivo.

Na última sexta-feira (18), os EUA intensificaram a pressão sobre o Brasil ao restringirem a emissão de vistos para autoridades do Judiciário brasileiro e seus familiares, alegando preocupações com os processos legais que envolvem Bolsonaro.

Destaques corporativos

Entre os destaques do pregão, as ações da Fleury ON dispararam 15,44%, após a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, noticiar uma possível fusão com a Rede D’Or. As ações da Rede D’Or ON subiram 0,4%. Em comunicado nesta manhã, porém, ambas as empresas negaram que haja qualquer acordo fechado. Para analistas do Santander, a eventual união seria positiva, embora não se espere um prêmio elevado, como no caso da aquisição da SulAmérica.

A Petrobras PN teve leve alta de 0,19%, mesmo com a queda de 0,1% no preço do barril de petróleo Brent no exterior. Já a Brava Energia ON recuou 1,49%, após uma sequência de ganhos. A empresa informou que concluiu a conexão dos poços 2H e 3H, que agora estão em fase de testes e estabilização — ambos já haviam operado anteriormente por meio do sistema antecipado FPSO Petrojarl I.

Fundo de Florestas proposto pelo Brasil receberá investimento da China

O governo brasileiro recebeu indícios da China que o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF na sigla em inglês) receberá investimento do país, segundo o que a Reuters disse a duas fontes brasileiras. O projeto apresentado pelo Brasil é uma proposta de financiamento para preservação de florestas em risco ao redor do mundo.

Ajuda chinesa no Fundo de Florestas

Lan Fo’an, ministro chinês das Finanças, foi quem indicou que a contribuição poderia acontecer, durante uma reunião bilateral com Fernando Haddad, ministro da Fazenda, na última quinta-feira (3), na reunião de finanças do BRICS no Rio de Janeiro.

Uma das fontes estava presente durante a conversa, e relatou que Lan Fo’an disse a Haddad que a ideia do fundo era muito importante, e que a China colaboraria. Apesar de valores não terem sido discutidos ainda, o governo brasileiro entendeu como uma sinal de que a decisão estaria tomada, considerando que a fala veio do ministro das Finanças chinês.

A intenção chinesa de inserir recursos no fundo pode fazer com que mais países contribuam no combate às mudanças climáticas.

A embaixada da China em Brasília foi procurada, mas não respondeu a nenhum pedido de comentário. Em nota oficial, o Ministério da Fazenda informou que Haddad e Lan Fo’an conversaram, mas não foi descrito o que foi discutido.


Haddad e Lan Fo’an discutem propostas ambientais (Foto: Reprodução/X/@MinFazenda)

Problema global

Em maio, o presidente Lula visitou a China, e conversou sobre o fundo com o presidente Xi Jinping. O Brasil pretende que outros países emergentes se atraiam pelo fundo, em especial as nações do Oriente Médio.

O objetivo é resolver a discussão sobre o financiamento climático que acontece entre países desenvolvidos e países emergentes. A disputa entre os países é sobre quem caíra a responsabilidade dos custos para as medidas de adaptação, mitigação e preservação do meio ambiente, a fim de evitar que o aquecimento do mundo ultrapasse o limite de 1,5ºC.

A maior causa do aquecimento global até hoje ocorre pelos países desenvolvidos, e por isso eles deveriam ser os responsáveis e arcar com os custos, segundo o Acordo de Paris.

Todavia, vem sendo exigido cada vez mais que países emergentes com economias fortes, como a China e países do Oriente Médio também contribuam com os custos.

Haddad diz que não pretende se candidatar em 2026

O atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), participou de um café da manhã com a imprensa nesta sexta (20). Indagado sobre uma possível candidatura nas próximas eleições, o ministro afirmou que não pretende concorrer a Presidência, deixando para que o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, possa assumir em busca de uma possível reeleição.

Ministro afirma que Lula seria o ‘candidato natural’


Haddad (Esquerda) e Lula (Direita) durante conferência no Planalto (reprodução/Ton Molina/NurPhoto/Getty Images Embed)


Haddad chegou a se candidatar em 2018, como oposição ao então candidato do PSL, Jair Bolsonaro. Na ocasião, o ex-prefeito da cidade de São Paulo havia assumido o lugar de Lula, aquela altura inelegível, após ter sido condenado pelo TSE, em virtude da Operação Lava-Jato.

O ministro disse em entrevista, que enxerga o atual representante do país, como postulante ideal para candidatura válida pelo Partido dos Trabalhadores:

Acredito que o presidente Lula tem todas condições de chegar competitivo em 2026, estando atento ao que precisa ser feito, relatou.

Presidente permanece em dúvida sobre reeleição


Presidente Lula deixando o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo (reprodução/Nelson Almeida/AFP/Getty Images Embed)


No entanto, Lula, que acaba de se recuperar de uma cirurgia na cabeça, após um hematoma intracraniano, não se garante que estará concorrendo em 2026. O político, em entrevista ao portal CNN, comentou que só terá uma decisão concreta apenas no ano eleitoral, deixando margem para outros candidatos aliados poderem planejar que eventualmente se candidatem seu lugar, para promover uma “grande renovação política” no país.

Vale lembrar que o atual chefe do poder executivo indicou, em entrevista à rádio metrópole, logo após sua eleição em 2022, que pretendia deixar a vaga na presidência para outro:

Quando chegar 31 de dezembro de 2026, que a gente for entregar esse mandato para outra pessoa, esse país estará bem, afirmou

Caso resolva se candidatar e vença, seria a 4ª vez na história que o ex-metalúrgico assumiria um mandato como presidente.

Disparada no número de super-ricos aumenta as exigências para se tornar um ultrarrico

O número de super-ricos ao redor do mundo aumentou drasticamente nos últimos anos, e o montante necessário para ser considerado um “ultrarrico” também subiu. De acordo com a revista Fortune, se antes um patrimônio de US$ 30 milhões (R$ 170 milhões) era suficiente para entrar nesse grupo seleto, agora especialistas sugerem que o valor mínimo pode chegar a US$ 100 milhões (R$ 567 milhões).

A nova régua para ser ultrarrico

Nos últimos sete anos, o número de indivíduos com patrimônio superior a US$ 30 milhões aumentou 28%, chegando a 220 mil pessoas em 2023, segundo dados da Capgemini, consultoria estratégica francesa. Esse aumento, alimentado pelo grande desempenho econômico dos Estados Unidos e pela alta nos mercados de ações, fez com que o parâmetro para ser considerado ultrarrico fosse ajustado.

Consultores financeiros mencionados pela Fortune apontam que, hoje, um patrimônio de US$ 30 milhões é apenas o início. Para David Gibson-Moore, presidente da consultoria Gulf Analytica, “os ultrarricos estão sendo medidos por novos padrões”, com muitos defendendo que o novo critério para o grupo seja de, pelo menos, US$ 50 milhões ou até US$ 100 milhões em ativos.

As diferenças entre ultrarricos e super-ricos

Além do aumento de fortunas, a classificação entre super-ricos e ultrarricos ganhou novas distinções. Segundo a Fortune, os ultrarricos, também conhecidos como UHNWI (ultra-high-net-worth individuals), são aqueles que possuem um patrimônio de pelo menos US$ 50 milhões. Já os HNWI (high-net-worth individuals), ou super-ricos, são os que possuem menos que isso, mas ainda conservam grandes fortunas.

A Fortune afirma que muitos dos novos ultrarricos vêm do setor de tecnologia, sendo empreendedores ou executivos que acumulam riquezas rapidamente. Diferente dos super-ricos, que focam na preservação de seu patrimônio, os ultrarricos visam expandi-lo ainda mais, se distanciando ainda mais da classe de milionários “comuns”.


Ministro da fazenda, Fernando Haddad, diz que o governo está estudando propostas para taxar os super-ricos (Foto:reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)


Taxação de super-ricos entra na pauta do governo brasileiro

Enquanto o número de ultrarricos cresce globalmente, no Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, discutem a implementação de uma taxação sobre as grandes fortunas. A proposta busca isentar da cobrança de Imposto de Renda, trabalhadores que ganham até R$ 5 mil por mês. Atualmente, a isenção se aplica apenas a quem recebe até dois salários mínimos (R$ 2.824).

Haddad afirmou que a medida faz parte de uma tentativa de aproximar o Brasil dos padrões tributários da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O governo estuda vários cenários para enviar uma proposta sólida ao Congresso, sem pressa, mas com foco em uma maior justiça social. Lula também falou sobre a importância de cobrar mais de herdeiros e super-ricos, dizendo que “não se pode cobrar 25% ou 15% de um trabalhador que ganha R$ 4 mil e deixar os caras que recebem herança sem pagar.”

Essa crescente diferença entre os super-ricos e o resto da população tem gerado debates sobre como tornar o sistema tributário mais justo. Enquanto a riqueza de um pequeno grupo continua a aumentar, o governo tenta encontrar formas de aliviar a pressão sobre os trabalhadores e garantir que quem tem mais contribua de forma mais significativa.

Após reuniões, Eduardo Leite volta a pedir mais dinheiro e o perdão da dívida

Nesta terça-feira (25/06), o governador do Rio Grande Sul, Eduardo Leite, esteve em reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e após o término da reunião declarou que precisa de mais dinheiro e pediu novamente o perdão da dívida do estado com a União.

Antes da reunião com o ministro da Fazenda, o governador Eduardo Leite esteve em uma audiência no STF, com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, e o advogado geral da União, Jorge Messias. Com a finalidade de tanto o Rio Grande do Sul e o Governo Federal entrarem em acordo sobre o perdão da divida.


Eduardo Leite durante um discurso (Foto: reprodução/Itamar Aguiar/Rodrigo Ziebell/Palácio Piratini)

Reunião com Haddad

Na sua reunião com Fernando Haddad, foi tratado a perda de arrecadação do RS, que já está no valor de R$ 1,6 bilhão. Leite vem pedindo que Haddad reponha estes valores, de maneira parecida do que foi na pandemia do covid-19.

Ainda durante a reunião Eduardo leite pediu que a União use de uma maneira melhor o dinheiro que tem sido economizada com a suspensão da dívida do Rio Grande do Sul com o Governo Federal. Ele ainda declarou que esses recursos estão disponíveis para a reconstrução do RS.

A suspensão da dívida do RS foi aprovada pelo congresso, e tem duração de 3 anos e o impacto nas contas públicas é de R$ 23 bilhões. O objetivo dessa ação foi redirecionar os recursos para outros lugares.

Primeira audiência sobra o perdão da dívida no STF

Audiência tem como centro uma ação protocolada pela Ordem dos Advogados do Brasil do RS. O STF calcula que a dívida do estado chega a R$ 100 bilhões, Leite afirma que os motivos para apoiar o perdão da dívida é as dificuldades que o Rio Grande do Sul enfrenta como por exemplo os altos valores gastos com a previdência e a dificuldade de pedir empréstimos por causa do alto valor do endividamento.

Um dos resultados dessa audiência foi o envio antecipado do ICMS no valor de R$ 680 milhões, valor já seria pago ano que vem, mas optaram por antecipar o envio para ajudar o RS.

Por causa de não terem chegado a um acordo sobre o perdão da dívida, o relator da ação, Luiz Fux, marcou uma segunda audiência que está prevista para ser realizada em 13 de agosto.