Entenda as tentativas de avanços no cessar-fogo entre Israel e Hamas

O ministro da Energia de Israel, Eli Cohen, anunciou neste domingo (9) o corte imediato do fornecimento de eletricidade para a Faixa de Gaza. Segundo ele, a medida tem como objetivo pressionar pela libertação dos reféns ainda mantidos pelo Hamas. Além disso, Cohen reforçou que Israel fará tudo ao seu alcance para eliminar o grupo da região.  

Enquanto isso, as negociações de cessar-fogo continuam. O Hamas busca iniciar conversas sobre a segunda fase do plano de trégua, mas Israel se opõe à ideia e mantém o foco exclusivo na troca de reféns, sem intenção de encerrar a guerra. Na última semana, o governo israelense interrompeu o envio de ajuda humanitária ao enclave, tentando pressionar o Hamas a seguir seus termos para a continuidade das negociações.  

Possíveis negociações entre Israel e o Hamas

Neste sábado (7), uma delegação do Hamas chegou ao Cairo para discutir os próximos passos do acordo. Após conversas com os Estados Unidos, Israel decidiu enviar representantes para participar das negociações nesta segunda-feira (10). Segundo autoridades israelenses, o país estaria se esforçando para avançar no diálogo. A guerra entre Israel e o Hamas, iniciada em 7 de outubro de 2023, começou após um ataque do Hamas que matou mais de 1.200 israelenses e levou à captura de centenas de reféns. Em resposta, Israel lançou uma ofensiva militar na Faixa de Gaza, resultando em uma devastação sem precedentes e um alto número de mortos, a maioria civis palestinos. A crise humanitária se agravou rapidamente, com falta de alimentos, água, eletricidade e assistência médica.

Mais sobre o cessar-fogo

Após meses de combates intensos, houve tentativas de mediação para um cessar-fogo, principalmente por parte dos Estados Unidos, Egito e Catar. Alguns acordos temporários permitiram pausas nos ataques e a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos, mas a violência continuou em diversos momentos.


Cidade de Gaza sendo reconstruída após intensos bombardeios (foto: reprodução/x/@Al_kuran)

O impacto foi profundo para ambos os lados: milhares de vidas foram perdidas, famílias foram destruídas e cidades foram reduzidas a escombros. Além disso, a guerra aumentou a polarização no cenário internacional, gerando protestos e debates sobre os direitos humanos e a legitimidade das ações militares.

Apesar dos esforços diplomáticos, um cessar-fogo duradouro ainda enfrenta desafios, pois as demandas de ambos os lados continuam distantes. O conflito reforçou um ciclo de violência que, sem soluções políticas e humanitárias concretas, ameaça se repetir no futuro.

Israel cessará fogo em Gaza por conta dos feriados de Ramadã e da Páscoa

Neste domingo(02), o gabinete do primeiro-ministro de Israel, comunicou que irá adotar a proposta feita pelos Estados Unidos da América, de cessar-fogo durante os feriados de Ramadã e da Páscoa. Conforme divulgado, o país do ministro Benjamin Netanyahu, isso ocorrerá apenas durante esses feriados e após a guerra continuará. A informação é de que as negociações a respeito do plano de Witkoff irão começar imediatamente, mediante a concordância do Hamas.

Acordo

Segundo o que foi divulgado a respeito dessa negociação, Israel poderia voltar aos combates após o 42° dia, se perceber que as conversas foram ineficazes, informou o país, após efetuarem a acusação de que o Hamas estaria violando a trégua. Tanto Israel quanto o Hamas vêm trocando acusações, ambos estão batendo de frente em relação as questões voltadas para a violação do acordo.


Palestinos lamentam a morte de mais dois compatriotas em meio à guerra entre Israel e Palestina (Foto: reprodução/Anadolu Abdul Hakum Abu Riash Anadolu/Getty Images Embed)


Conflito

O conflito que ocorre entre o Hamas e o país de Israel, iniciou em 2023 e se estende a um pouco mais de 1 ano, tendo em vista que a situação entre Israel e Palestina, de maneira geral, vêm acontecendo há mais de 40 anos. Esse problema começou devido à disputa pela posse de um território localizado na Palestina, sobre o qual ambos os países não chegaram a um acordo.

Cessar-fogo

No início deste ano, ocorreu um cessar-fogo entre Israel e a Palestina, aparentemente durante esse momento, houve uma troca de 33 reféns, contando com 5 tailandeses junto. O governo de Benjamin Netanyahu libertou 2 mil palestinos como parte de um esforço para encerrar a guerra, adotando um processo gradual para alcançar uma solução.

O conflito teve início em 2023, e novas negociações estão em andamento para um novo cessar-fogo

Israel pode retomar ataques em Gaza, caso reféns não sejam soltos

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, avisou nesta terça-feira (11) que o cessar-fogo pode acabar, caso o Hamas não liberte os reféns que ainda estão na Faixa de Gaza, até sábado (15). O prazo final é meio-dia no horário local (7h em Brasília), o que torna a situação cada vez mais tensa.

Exército israelense pronto para agir

Netanyahu afirmou que os soldados já estão preparados para voltar a atacar, se o Hamas não cumprir o acordo. “Se os reféns não forem soltos até o prazo, vamos retomar os combates até derrotarmos o Hamas“, disse ele.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também comentou o assunto e incentivou Israel a agir, caso o grupo não entregue os reféns. “Deixe o inferno se instaurar“, declarou Trump na Casa Branca.


Israel declara ‘alerta de estado de guerra’, após ataques surpresa do Hamas (Foto: reprodução/Getty Images)


Hamas diz que há dificuldades no acordo

O Hamas quer manter o cessar-fogo, mas culpa Israel por não respeitar os termos combinados. Segundo o grupo, o governo israelense tem dificultado a chegada de comida e remédios a Gaza e impedido que moradores voltem para suas casas no norte do território.

O acordo foi fechado no dia 19 de janeiro e previa que o Hamas soltaria 33 reféns, aos poucos. Em troca, Israel retiraria parte dos soldados de Gaza e libertaria prisioneiros palestinos. Até agora, 16 reféns foram soltos.

Os países que estão ajudando nas negociações temem que o acordo desmorone. Segundo a agência de notícias Reuters, novas reuniões foram canceladas e existe um sério risco da guerra voltar em sua total força.

Tudo começou em outubro de 2023, o Hamas atacou Israel, resultando mais de 1.200 mortes. Israel então iniciou grandes bombardeios na Faixa de Gaza, onde, de acordo com as autoridades locais, mais de 40 mil pessoas já morreram.

Com o prazo chegando ao fim, as próximas horas serão decisivas. O mundo segue atento ao que pode acontecer.

Após falas de Trump, as negociações do cessar-fogo entre Israel e Hamas atrasam

Nesta segunda-feira(10), a agência Reuters informou que as autoridades do Egito falaram a respeito de um adiamento nas negociações relacionadas ao cessar-fogo, entre Israel e a Palestina. Conforme informado pelos egípcios, um dos motivos que levaram ao atraso das conversas entre os países teria sido uma declaração do presidente Donald Trump, sobre retirar os palestinos do território onde vivem. O governante disse, em entrevista a Fox News, os planos para assumir a Faixa de Gaza.

Negociações

Donald Trump, o atual presidente da terra do Tio Sam, começou recentemente a defender a retirada dos palestinos da Faixa de Gaza, alegando a proteção dos habitantes do local pertencente à Palestina. Segundo ele, os moradores da localidade em questão, teriam melhores condições de vida, se fossem enviados para outros países. As autoridades do grupo Hamas condenaram as falas e disseram que o cessar-fogo perdeu a validade, após o que fora dito por Trump.

Adiamento

Após falas do presidente dos EUA, os mediadores envolvidos nas negociações resolveram adiar as tentativas de resolver esse conflito que ocorre já há muitos anos, eles estão à espera de uma decisão do EUA, para saber se o local irá continuar envolvido nas tentativas de conversas para resolver essa guerra. O Hamas já havia dito que iria atrasar a libertação dos reféns, alegando que o país, liderado por Benjamin Netanyahu, teria violado termos do cessar-fogo.


Donald Trump e Benjamin Netanyahu em 4 de fevereiro de 2025 (foto: reprodução/Avi Ohayon/Getty Images Embed)


Etapas

Após estarem em Guerra por mais de 1 ano, com os conflitos iniciados em 2023, em janeiro deste ano o Hamas e Israel iniciaram um acordo para o cessar-fogo, funcionando da seguinte forma:

1° Fase

Com base no fim dos ataques, libertação de reféns que estão sendo mantidos pelo grupo terrorista do Hamas, e saída das tropas de Israel da faixa de Gaza.

2° Fase

  • Os reféns mantidos, tanto por Israel quanto por Gaza, serão soltos nesse segundo momento.

3° Fase

  • Neste terceiro momento, será feita a reconstrução de Gaza, sem a definição de quem irá assumir o território em questão.

Ainda não se sabe quando irão ocorrer novas conversas a respeito dessa negociação.

Hamas reage à fala de Trump e convoca facções palestinas contra os EUA

Nesta quinta-feira (6), após declarações de Donald Trump sobre tomar o controle da Faixa de Gaza e retirar os moradores do local, o Hamas pediu a união das facções contra o projeto dos Estados Unidos. Embora a declaração tenha gerado uma repercussão negativa, o presidente permanece defendendo que, ao final da guerra, seu governo assuma o controle do território palestino.

Fala de Trump gera repercussão internacional

Na terça-feira (4), ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahuo, o presidente norte-americano já havia comentado sobre o plano de retirar os cidadãos que vivem em Gaza.

Em uma postagem feita nas redes sociais, Trump falou novamente sobre o plano de que Washington tome o território ao final da guerra, e acrescentou que a população do local seria transferida para outras comunidades mais seguras na região.

Ele também disse que transformaria Gaza em um dos maiores desenvolvimentos do mundo. Segundo a publicação do presidente:

“Eles realmente teriam uma chance de serem felizes, seguros e livres. Os EUA, trabalhando com grandes equipes de desenvolvimento de todo o mundo, começariam lenta e cuidadosamente a construção do que se tornaria um dos maiores e mais espetaculares desenvolvimentos desse tipo na Terra.” 

O primeiro-ministro não se pronunciou também sobre o plano de Trump, mas seu governo já começou a organização de um plano de “saída voluntária” dos moradores da Faixa de Gaza.


Donald Trump e Benjamin Netanyahu durante coletiva de imprensa na Casa Branca (Foto: reprodução/Jim Watson/AFP)

Tensão aumenta no Oriente Médio

Após as falas de Trump, o grupo terrorista Hamas afirmou que os palestinos não irão se retirar da Faixa de Gaza e pediu que os países árabes se oponham à decisão do presidente.

Diversos grupos atuam na Faixa de Gaza lutando contra Israel e reivindicado a criação de um estado palestino, como o Fatah e a Jihad Islâmica. Ainda que o propósito dos grupos seja o mesmo, já discordaram e entraram em conflito, caso do Fatah e Hamas.

As afirmações de Donald Trump geraram preocupações a respeito do futuro da Palestina e resultaram em fortes reações na comunidade internacional. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a remoção involuntária de um povo é considerada ilegal.

Israel acusa Hamas de manter reféns em túneis

Na última segunda-feira (27), um general de Israel relatou que alguns dos reféns liberados pelo Hamas desde o cessar-fogo estiveram em túneis do Hamas durante até oito meses, sem acesso à luz, e sem poder ver outras pessoas.

Em 19 de janeiro iniciou-se o cessar-fogo entre Israel e Palestina. Quatro soldadas e três civis israelenses foram libertas e, em troca, Israel soltou mais de 290 palestinos.


Palestinos regressam para casa (Foto: Reprodução/X/@Timesofgaza)

Estados dos reféns segundo Israel

O Coronel Dr. Avi Banov, vice-chefe do corpo médico militar israelense, disse a jornalistas que algumas das reféns comentaram ter passado meses no subsolo, em túneis. As que mencionaram terem ficado sozinhas durante o período, sem qualquer contato humano, estavam piores do que as que estavam unidas, conta o médico.

Ao regressarem para Israel, as reféns passaram por uma série de exames, os quais estão sendo monitorados pelo exército local. No sábado (25) o Hamas informou que o bem-estar dos reféns é preservado. A Reuters, fonte desta matéria, tentou contato com o braço armado do grupo, mas não obteve retorno.

Tratamento recebido

Segundo as mulheres mantidas em Gaza, seus últimos dias foram os mais tranquilos por receberem comida melhor, acesso a banho e troca de roupa. Nos vídeos, suas condições estavam melhores, até mesmo sorrindo, nos dias que antecederam sua libertação.

Banov relatou que nenhuma mulher continha sinais de abuso ou tortura, apesar de não terem sido tratadas quanto aos ferimentos que sofreram durante o ataque efetuado pelo Hamas em 7 de outubro de 2023.

As civis receberam alta do hospital no domingo (26), e as soldadas estão recebendo tratamento em outro centro médico. As israelenses foram libertas nos dias 19 e 25 de janeiro, respectivamente.

Reféns em Gaza

Desde outubro de 2023, mais de 250 pessoas foram mantidas reféns, e cerca da metade foi solta em novembro, durante a única trégua que aconteceu antes da guerra, quando demais foram resgatados mortos ou vivos no decorrer dos combates.

Na lista de Israel, há 90 prisioneiros em Gaza, e aproximadamente 30 foram declarados mortos à revelia. A expectativa é de que 26 pessoas, entre crianças, doentes, feridos, idosos e mulheres, sejam liberados na primeira fase do cessar-fogo, que durará seis semanas. No domingo, foi entregue pelo Hamas uma lista especificando o estado das pessoas.

De acordo com autoridades israelenses, a maioria dos que estão em Gaza devem estar vivos, e receiam pelo estado dos demais. Banov presume que os próximos liberados estejam mais doentes, fora os que vieram a óbito durante seu período no território adversário.

Israel e Hamas chegam a um cessar-fogo após 17 meses de guerra

Depois de um longo e doloroso período de 17 meses de conflito, que deixou um saldo devastador de quase 48 mil mortes, Israel e Hamas finalmente chegaram a um acordo de cessar-fogo. O pacto, anunciado nesta quarta-feira (15), e previsto para entrar em vigor no próximo domingo (19), reacende a esperança de paz para milhões de pessoas afetadas pela violência.

O cessar-fogo não é apenas uma trégua temporária, mas um esforço para criar um caminho para o fim definitivo do conflito. Entre os pontos principais do acordo estão a libertação de reféns de ambos os lados e a retirada gradual das tropas israelenses de Gaza.


Cessar-fogo entre palestinos e israelenses (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)

O início do resgate

Na primeira fase do acordo, o Hamas se comprometeu a libertar 33 reféns israelenses e estrangeiros, em troca de centenas de palestinos presos em Israel. Para muitas famílias, a notícia traz alívio, mas também a angústia de esperar pela libertação de todos os cativos.

“Estamos muito felizes, mas isso é só o começo. Queremos que todos os reféns voltem para casa”, desabafou Arnon Cohen, amigo de dois israelenses capturados pelo Hamas no ataque de 7 de outubro de 2023.

Em frente ao Museu de Arte de Tel Aviv, no chamado “Praça dos Reféns”, amigos e familiares dos cativos celebram a notícia, enquanto mantêm a pressão sobre o governo israelense para garantir o retorno de todos.

No lado palestino, a população de Gaza também recebeu o anúncio com esperança e alívio. Em Khan Younis, uma das cidades mais destruídas pelos bombardeios, os moradores se reuniram para expressar otimismo com a trégua.

“Queremos apenas viver em paz, sem bombardeios ou destruição. Espero que possamos voltar às nossas casas e recomeçar”, disse Abdallah Al-Baysouni, deslocado após a ofensiva israelense.

Outro ponto celebrado pelos palestinos é o aumento da ajuda humanitária prometida no acordo. Gaza enfrenta uma crise severa, e muitos moradores dependem de alimentos, remédios e outros itens básicos para sobreviver.


Destruição da cidade de Gaza, cessar-fogo entre Israel e Hamas (Foto: reprodução/Pinterest/@usnewspe)

Detalhes do acordo

O cessar-fogo, mediado por Catar, Egito e Estados Unidos, inclui várias etapas, entre elas, Israel começará a retirar suas tropas de Gaza em fases, mas manterá controle em áreas estratégicas, como a fronteira com o Egito, para impedir o contrabando de armas. Assim como haverá uma entrada significativa de alimentos, medicamentos e outros suprimentos essenciais no território.

Sobre o futuro da cidade, ainda não está claro quem administrará a região após o conflito. Israel descarta o retorno do Hamas ao poder e também rejeita a Autoridade Palestina como única responsável.

Uma guerra marcada pela dor

O conflito teve início em outubro de 2023, devastou a Faixa de Gaza e matou mais de 46 mil pessoas, entre as quais mulheres e crianças. Em Israel, 1.200 pessoas foram mortas. Apesar do avanço das negociações, existem ainda muitas incertezas. A comunidade internacional está pressionando no sentido de uma solução duradoura, mas os desafios para o cumprimento do acordo são imensos.

Para os envolvidos, o cessar-fogo constitui uma chance para interromper o ciclo de violência. “É um pequeno passo para o futuro de paz”, disse o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman.

Enquanto isso, em Tel Aviv e no Gaza, famílias aguardam ansiosamente um fim ao conflito que leva de volta seus entes queridos e concede a ambas as populações a possibilidade de reconstruir suas vidas.

Governo brasileiro celebra cessar-fogo em Gaza

O governo brasileiro comemorou nesta quarta-feira (15) o anúncio de um cessar-fogo entre Israel e Hamas, mediado pelos governos do Catar, Egito e Estados Unidos. A medida interrompe um conflito de 15 meses, que já vitimou mais de 46 mil palestinos e 1.200 israelenses, além de causar grande destruição e deslocamento na região. O Ministério das Relações Exteriores emitiu nota destacando a importância do acordo e solicitando o cumprimento integral de suas cláusulas.

Se confirmado oficialmente pelas partes envolvidas, o acordo interrompe o conflito que, em 15 meses, vitimou fatalmente mais de 46 mil palestinos, com grande proporção de mulheres e crianças, e mais de 1.200 israelenses, além de mais de 160 jornalistas e 265 funcionários das Nações Unidas. O conflito causou ainda o deslocamento forçado de centenas de milhares de pessoas e a destruição da infraestrutura do território palestino, incluindo hospitais e escolas, gerando danos indiretos incalculáveis para gerações atuais e futuras. O Brasil exorta as partes envolvidas a respeitarem os termos do acordo e a garantirem a cessação permanente das hostilidades, a libertação de todos os reféns e a entrada desimpedida de ajuda humanitária a Gaza, assim como a assegurarem as condições necessárias para o início do urgente processo de reconstrução de sua infraestrutura civil“.

Prioridade à ajuda humanitária


Presidente Lula (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)


Um dos pontos ressaltados pelo governo brasileiro foi a entrada desimpedida de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. A região enfrenta uma crise humanitária severa, com infraestrutura devastada, incluindo hospitais e escolas. O Itamaraty enfatizou que o fim das hostilidades é essencial para permitir o início urgente do processo de reconstrução e para aliviar o sofrimento da população civil.

Além disso, o Brasil pediu a libertação imediata de todos os reféns, um dos aspectos centrais do acordo. Segundo o comunicado oficial, essas ações são fundamentais para estabelecer a confiança entre as partes e evitar o retorno das hostilidades.

Solução de dois estados

O governo brasileiro reafirmou seu compromisso histórico com a solução de dois Estados, defendendo a criação de um Estado palestino independente, viável e coexistente pacificamente com Israel, dentro das fronteiras de 1967. Para o Brasil, esse é o único caminho sustentável para resolver o conflito de forma duradoura. A nota também apela pela retomada do processo de paz, com Jerusalém Oriental como capital do futuro Estado palestino.

Papel da mediação internacional

O anúncio do cessar-fogo foi possível graças à mediação conjunta de Catar, Egito e Estados Unidos, destacando a relevância da diplomacia multilateral na resolução de conflitos. O acordo prevê um cessar-fogo inicial de seis semanas, com a retirada gradual das forças israelenses e a libertação de reféns em troca de prisioneiros mantidos por Israel.


Celebração pelo acordo de cessar-fogo (Foto: reprodução/Anadolu/Getty Images Embed)


Esperança e desafios

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou o anúncio em suas redes sociais, destacando a esperança trazida pela suspensão dos combates. “Que a interrupção dos conflitos e a libertação dos reféns ajudem a construir uma solução duradoura que traga paz e estabilidade a todo Oriente Médio”, afirmou.

Ainda assim, o sucesso do acordo depende de sua implementação rigorosa e da boa-fé das partes envolvidas. O Brasil e outros países continuarão acompanhando de perto o desenrolar da situação, reafirmando a importância de garantir a paz, a segurança e os direitos humanos na região.

Israel e Hamas: acordo de cessar-fogo põe fim a mais de 460 dias de guerra

Nesta quarta-feira (15), o primeiro-ministro do Qatar, Mohammed bin Abdulrahman bin Jassim Al Thani, declarou que o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas entrará em vigor no domingo (19). No entanto, ele destacou que as negociações sobre os detalhes da implementação continuam em andamento. Israel informou que alguns pontos ainda precisam ser definidos, e uma votação no governo israelense está marcada para quinta-feira.

O acordo inclui um cessar-fogo temporário que, por enquanto, interromperá a destruição em Gaza, juntamente com a libertação de 94 israelenses mantidos em cárcere, e cerca de 10 mil prisioneiros palestinos. Além disso, permitirá que os palestinos deslocados retornem às suas casas, embora muitas delas tenham sido destruídas pela força israelense.


Anúncio do Primeiro Ministro do Qatar feito em conferência. (Vídeo: reprodução/Youtube/ABC News)


O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, interrompeu sua viagem à Europa, para retornar ao país e participar de uma reunião do governo sobre o cessar-fogo, marcada para quinta-feira (16). O ministro da Cultura e Esportes, Miki Zohar, afirmou que votará a favor do acordo, considerando ser dever de todo ministro apoiar a medida.

Mais cedo, o Hamas divulgou uma declaração sobre uma reunião entre um de seus líderes, Mohammed Darwish, e Ziad al-Nakhalah, chefe do grupo Jihad Islâmica, destacando os esforços conjuntos para o sucesso das negociações.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, acolheu positivamente a notícia do acordo, afirmando: “Nossa prioridade deve ser aliviar o tremendo sofrimento causado por este conflito. Peço a todas as partes que facilitem o socorro humanitário rápido, desimpedido e seguro para todos os civis necessitados.”

Fases do Acordo

O acordo de cessar-fogo será implementado em duas fases. Na primeira fase, Hamas concordou em libertar 33 prisioneiros israelenses, incluindo mulheres, crianças e civis com mais de 50 anos. Em contrapartida, libertará um número maior de prisioneiros palestinos. Além disso, as forças israelenses irão se retirar das áreas residenciais de Gaza, limitando sua presença a, no máximo, 700 metros dentro da fronteira de Gaza.

Outra medida importante será a permissão para o retorno de civis ao norte de Gaza, além do aumento significativo na ajuda humanitária, com até 600 caminhões podendo entrar diariamente no enclave. Também será autorizado que palestinos feridos deixem Gaza para tratamento médico, com a passagem de Rafah sendo aberta em até sete dias, após o início da implementação dessa primeira fase.

O acordo também prevê a redução da presença militar israelense no Corredor Filadélfia, a área de fronteira entre Gaza e o Egito, com a retirada completa das forças israelenses até o 50º dia pós-implementação do cessar-fogo.

Na segunda fase, caso todas as condições sejam atendidas, o Hamas comprometer-se-á a liberar todos os prisioneiros israelenses restantes, que são, em sua maioria, soldados. Em troca, Israel libertará mais prisioneiros palestinos. A segunda fase culminará com o início da retirada total das forças israelenses de Gaza.

Reações e Expectativas

Até o presente momento, nem Israel nem o Hamas confirmaram oficialmente o acordo, mas fontes próximas às negociações disseram à National Public Radio (NPR), que ambas as partes concordaram com um cessar-fogo provisório, procurando encerrar mais de 15 meses de combate intenso.

Segundo a Al Jazeera, veículos de mídia israelenses relataram que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu não se dirigirá ao público, até que a votação sobre o cessar-fogo seja concluída e os processos formais sejam finalizados.


Anúncio Oficial do Presidente dos Estados Unidos para a imprensa. (Vídeo: reprodução/Youtube/ABC News)


Está prevista para amanhã uma reunião importante no gabinete de segurança de Israel. O acordo estabelece uma pausa no combate, mas ministros de extrema-direita temem que a guerra possa ser retomada após a primeira fase. “O público israelense quer um acordo de cessar-fogo para trazer de volta os prisioneiros, não para acabar com o sofrimento do povo palestino”, afirmou a repórter Hamdah Salhut.

O Presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, pronunciou-se nesta tarde, confirmando as tratativas de cessar fogo entre os dois países e que está em contato com os presidentes do Kuwait e Egito, para garantir que as negociações saiam nos conformes.

Belém, cidade de Jesus, cancela celebrações de Natal por guerra entre Israel e Hamas

Belém, cidade do nascimento de Jesus, cancelou pela segunda vez as celebrações de Natal. A decisão drástica foi tomada devido a guerra entre Israel e Hamas. O conflito não tem previsão para acabar.

Celebrações canceladas

Belém é um dos destinos mais visitados da região em período natalino pelo grande valor simbólico que a cidade representa para os cristãos. A Igreja da Natividade, local onde Jesus nasceu de acordo com a História, recebe centenas de milhares de turistas todos os anos neste período. No entanto, esse ano, os hotéis e a Igreja se encontram praticamente vazios.


Tradicional árvore de Natal não será montada esse ano (Foto: reprodução/UOL)

Centenas de fieis se reuniram ao redor da igreja nesta terça-feira (24). A praça da manjedoura também não recebeu a sua típica decoração de Natal e os clássicos desfiles foram cancelados. Os moradores e comerciantes locais lamentam a situação.

Meu filho me perguntou por que não há árvore de Natal este ano, não sei como explicar”,

Ali Thabet, moradora de uma aldeia próxima à Belém, à CNN.


Igreja da Natividade, construída no local onde Jesus nasceu, em Belém, na Cisjordânia (Foto/Reprodução/Viator)

A guerra

A decisão foi tomada pelas autoridades diante do avanço do conflito e em solidariedade à população palestina em Gaza. No dia 7 de outubro de 2023, terroristas do Hamas atacaram a região sul de Israel. Na ocasião, 1.2 mil pessoas foram mortas e 250 pessoas foram feitas reféns. Além disso, 380 soldados morreram no ataque. No entanto, não são apenas os moradores locais que foram afetados com o conflito, a violência também chegou na Cisjordânia, com aproximadamente 300 palestinos mortos pelas forças israelenses.

Nunca vi algo assim. Natal é alegria, amor e paz. Não temos paz. Não temos alegria”,

Padre Spiridon Sammour, sacerdote ortodoxo grego da Igreja da Natividade.

Autoridades palestinas e da Igreja Católica pediram que fieis não percam a esperança. De acordo com o prefeito, sem esperança, não é possível viver na Terra Santa.