Trump promete retaliação severa se reféns em Gaza não forem libertos até sua posse

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou suas declarações sobre o conflito na Faixa de Gaza, enviando um recado direto aos grupos palestinos que mantêm reféns desde o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023. Em publicação na rede social, Truth Social, nesta segunda-feira (2), Trump afirmou que, caso os reféns não sejam libertos até 20 de janeiro de 2025, data de sua posse, “os responsáveis ​​serão atingidos com mais força do que qualquer outro na longa e célebre história dos Estados Unidos da América, libertem os reféns agora!”.


O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump (Foto: reprodução/Anna Moneymaker/Getty Images Embed)


“Se reféns não forem libertados antes de 20 de janeiro de 2025, data em que assumirei com orgulho o cargo de presidente dos Estados Unidos, vão pagar caro no Oriente Médio aqueles que cometeram essas atrocidades contra a humanidade”

Além disso, o Trump ainda prometeu apoio firme a Gaza e a Israel, país que o atual presidente Joe Biden também tem apoiado, embora com críticas ocasionais a maneira como o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu conduz a ofensiva militar na faixa de gaza em 7 de outubro de 2023.

Crise humanitária

Essa declaração do presidente eleito, surge em meio à escalada de tensão na região Palestina e destaca a disposição do futuro governo americano em adotar medidas drásticas contra o palestino, Hamas. Grupo esse que foi responsável por realizar o ataque mais mortal já visto contra Israel, o que resultou em 1208 mortos, sendo a maioria civis. Além de capturarem mais de 250 pessoas, conforme registros israelenses, incluindo cidadãos israelenses e estrangeiros.

Fontes israelenses relatam que cerca de 97 reféns continuam sendo mantidas em cativeiro vivos, mas enfrentam condições precárias em cativeiro. O Hamas, por sua vez, informou que 33 reféns morreram durante a represália de Israel, que resultou na morte de mais de 44.000 pessoas em Gaza, de acordo com números do Ministério da Saúde dos territórios considerados confiáveis pela ONU.


Guerra no Oriente Médio é responsável pelo sumiço de diversos cidadãos (Foto: reprodução/Sean Gallup/Getty Images Embed)


Joe Biden adotou uma postura de apoio crítico ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. A insistência de Netanyahu em continuar a guerra até a erradicação completa do Hamas tem sido alvo de críticas internacionais, principalmente por rejeitar qualquer possibilidade de trégua, ocasionando protestos dentro de Israel que pedem negociações para um cessar-fogo e a liberação dos reféns.

Futuro do conflito

Com a posse de Trump se aproximando, o impasse sobre os reféns promete se tornar um ponto central na política internacional, na diplomacia e no conflito na região, mantendo o mundo em alerta para os desdobramentos dessa questão.

O grupo Hamas exige o fim das operações militares de Israel e a retirada total das forças israelenses de Gaza como condição para libertar os reféns. Netanyahu, no entanto, rejeita categoricamente.

O conflito, que já resultou em mais de 44.400 mortes de palestinos e no deslocamento de grande parte da população de Gaza, vem criando uma situação humanitária sem precedentes.  A situação agrava quando se pensa no alerta para a falta de alimentos, medicamentos e as possíveis doenças na população fora de seu território.

A expectativa em torno das ações do futuro governo americano mantém o mundo em alerta.

Trump promete consequências severas se Hamas não libertar reféns

Ontem (2) de dezembro, Donald Trump fez uma declaração importante durante a Convenção Nacional Republicana, direcionada ao Hamas, exigindo a libertação de reféns capturados em um ataque no sul de Israel em outubro de 2023. Ele afirmou que, caso os reféns não sejam soltos até sua possível posse em 20 de janeiro de 2025, o Hamas enfrentará consequências severas, embora não tenha detalhado que tipo de ação seria tomada.

Donald Trump promete mais rigor

Em suas falas Trump advertiu: “ Os responsáveis serão atingidos com mais força do que qualquer outra pessoa na longa e célebre história dos Estados Unidos da América”

Essa postura reflete o histórico de Trump em relação ao Oriente Médio. Durante seu primeiro mandato, ele adotou uma política agressiva e pró-Israel, sendo um dos arquitetos dos Acordos de Abraão, que normalizaram as relações de Israel com países árabes.

Começo da guerra

O ataque do Hamas contra Israel, que começou em 7 de outubro de 2023, foi um dos mais graves conflitos recentes na região. O grupo lançou uma operação chamada “Dilúvio de Al-Aqsa”, iniciando com um ataque surpresa de foguetes contra cidades israelenses, seguido por invasões terrestres em comunidades próximas à Faixa de Gaza.


Fotos dos Reféns do Hamas (Foto: reprodução/ Leon Neal/ Getty Images Embed)


Militantes do Hamas entraram em várias cidades, atacaram civis, sequestraram pessoas, e mataram centenas. Relatórios indicam que o grupo utilizou táticas coordenadas, incluindo o uso de motocicletas, drones e escavadeiras para atravessar barreiras e surpreender as forças de defesa israelenses. Durante os primeiros dias, milhares de foguetes foram disparados em direção a Israel, atingindo diversas áreas, incluindo Tel Aviv.

O ataque resultou em milhares de mortes e feridos, principalmente entre civis. Em resposta, Israel lançou uma grande ofensiva militar em Gaza, incluindo bombardeios aéreos e um bloqueio total ao território, resultando também em um alto número de vítimas palestinas. O conflito escalou rapidamente, gerando uma crise humanitária e atraindo a atenção global.

Segundo o site CNN, acredita-se que pelo menos 101 reféns estrangeiros e israelenses estão sob custódia do grupo sem comunicação em Gaza. Ainda segundo o site, o Hamas informou que 33 reféns morreram durante a guerra com Israel na Faixa de Gaza.

O primeiro-ministro israelense , Benjamin Netanyahu, declarou que continuará até que o Hamas seja erradicado e não representam mais ameaça.

Ataques em Gaza intensificam tensões antes de negociações no Egito

As forças israelenses realizaram ataques aéreos e terrestres na Faixa de Gaza, cerca de 70 mortes de palestinos foram registradas nas últimas 24h, segundo as autoridades locais. A ofensiva acontece enquanto o grupo Hamas se prepara para negociações de cessar-fogo no Cairo, com mediação do Egito. Diante do conflito que devasta o território da Faixa de Gaza, as negociações podem ser afetadas devido as tensões que se intensificam após ataques.


Crianças vasculham lixo em busca de comida após ataques na Faixa de Gaza (Foto: Reprodução/Reuters/AFP/Embed/Getty Images/Instagram/@cnnbrasil)

Ofensiva militar e crise humanitária

As operações israelenses estão concentradas em regiões como Beit Lahiya e Nuseira. Os bombardeios e mobilizações terrestres intensificam as tensões dos conflitos atuais. O exército afirma que as ações objetivam neutralizar os combates em Hamas e impedir novos ataques. Porém, mesmo com as medidas tomadas, muitos civis continuam sendo as principais vítimas que enfrentam condições críticas. No norte de Gaza, hospitais estão com as operações reduzidas devido à falta de recursos e ao deslocamento de profissionais de saúde.


Beirute, no Líbano, fica destruída após o cessar-fogo por Israel e Hezbollah (Foto: Reprodução/Reuters/AFP/Embed/Getty Imagens/Instagram/@bbcbrasil)

Esperanças para o cessamento do fogo

A delegação do Hamas, participará das negociações no Egito, busca um acordo que interrompa os ataques aéreos. Apesar das dificuldades, iniciativas recentes, como o cessar-fogo mediado pelo Líbano, renovam esperanças de avanço nas negociações e mudanças do cenário atual.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, solicitou esforços para consolidar a trégua na Faixa de Gaza, abrindo espaço para que Israel e Hamas aproveitem o momento para um diálogo significativo. O conflito foi iniciado há 13 meses após os ataques do Hamas às comunidades israelenses, com mais de 44 mil mortes na Faixa de Gaza, sendo clara a urgência de uma resolução que alivie o sofrimento da população na região.

Libaneses retornam ao país, após cessar-fogo entre Israel e Hezbollah

Israel e grupo armado libanês Hezbollah firmaram um cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos e pela França, encerrando um confronto que já resultou em milhares de mortos e 900 mil deslocados no Líbano, além de dezenas de milhares de pessoas obrigadas a fugir do norte de Israel. Porém, o confronto entre Israel e o grupo militante palestino Hamas continua na Faixa de Gaza.

A trégua, iniciada nesta quarta-feira (27), foi considerada uma rara vitória diplomática em meio às tensões regionais e permite uma pausa nas hostilidades que vinham acontecendo há alguns meses, além da volta de milhares de libaneses deslocados pelos confrontos, que começaram a voltar para suas casas.

Essa decisão, que começou às 4h (23h de terça-feira, no horário Brasília), exige que Israel retire gradualmente suas tropas do sul do Líbano, um reduto do Hezbollah, e que as forças militares libanesas se posicionem na região num prazo de 60 dias. O Exército libanês afirmou que já estava se preparando para despachar 5.000 soldados para a região.

Militares garantem a segurança

O Exército do Líbano, encarregado de garantir a manutenção do cessar-fogo, anunciou que está organizando sua mobilização para o sul do país, uma área devastada por intensos bombardeios de Israel durante os combates contra o Hezbollah. Essa região inclui vilarejos no leste e os subúrbios ao sul de Beirute.

Os militares orientaram os habitantes das áreas fronteiriças a adiar o retorno para suas residências, até que as tropas israelenses finalizem a retirada. Desde setembro, as forças israelenses avançaram cerca de 6 km em território libanês em operações terrestres. “Com a entrada em vigor do cessar-fogo, o exército está tomando medidas para finalizar sua implantação no Sul, conforme determinação do governo libanês”, declararam.

Enquanto isso, veículos carregados com colchões, bagagens e móveis foram vistos em direção ao sul, saindo da cidade de Tiro, duramente bombardeada. A intensificação dos confrontos nos últimos dois meses forçou milhares de libaneses a deixarem suas casas.

Israel afirmou ter identificado militantes do Hezbollah retornando para áreas próximas à fronteira e abriu fogo para impedi-los de se aproximarem, sem compromissos de que o incidente comprometesse a trégua.

Conflito histórico

O acordo, mediado pelos Estados Unidos e França, busca encerrar um conflito na fronteira entre Israel e Líbano que já deixou milhares de mortos, desencadeado pela guerra de Gaza no ano anterior. A administração de Joe Biden celebrou a trégua como um marco diplomático nos últimos dias de seu governo.

A atenção diplomática agora se volta para Gaza, devastada por ataques de Israel que visam desmantelar o Hamas, responsável pelos ataques de 7 de outubro de 2023 em território israelense. Israel declarou que o objetivo no Líbano era garantir a segurança de aproximadamente 60 mil israelenses deslocados, devido aos foguetes disparados pelo Hamas em Gaza.


Decisão de cessar-fogo marca retorno de libaneses ao Líbano, gerando congestionamento (Foto: reprodução/Mahmoud Zayyat/AFP/GZH)

Entre os que retornam ao Líbano, alguns exibem bandeiras nacionais, enquanto outros demonstram euforia. Apesar disso, muitas aldeias para onde os moradores voltam estão em ruínas. Hussam Arrout, pai de quatro filhos, afirmou que aguardará a retirada completa israelense antes de retornar.

“Os israelenses não se retiraram completamente, eles ainda estão no limite. Decidimos esperar até que o exército anuncie que podemos entrar. Então ligaremos os carros imediatamente e iremos para a vila”, disse ele.

Joe Biden destaca decisão

O presidente Joe Biden destacou que o cessar-fogo foi projetado para ser permanente e prometeu que o Hezbollah e outras organizações terroristas não serão mais ameaças.

“Isso foi projetado para ser um cessar-fogo permanente das hostilidades”, disse Biden. “O que resta do Hezbollah e de não será permitido ameaçar a segurança de Israel novamente.”

Israel iniciará a retirada de suas tropas nos próximos 60 dias, enquanto o Exército Libanês assumirá o controle das áreas limítrofes. Biden também mencionou os esforços para uma trégua em Gaza, onde os conflitos permanecem.

Essa pausa no conflito proporciona a Israel a oportunidade de restabelecer seus recursos militares e concentrar esforços na luta contra o Hamas em Gaza. A tensão permanece alta, mas o acordo marca um possível passo para o fim da guerra no Oriente Médio.

Bella Hadid e Kylie Jenner se reencontram após afastamento por divergências políticas

O nome de Kylie Jenner sempre reverbera no olhar público, principalmente quando o assunto são seus relacionamentos pessoais. Após chocar a internet dois meses atrás com o reencontro inesperado com sua ex-melhor amiga Jordyn Woods (que foi pivô do fim do relacionamento de Khloé Kardashian), agora Jenner, parece ter hasteado bandeira branca também com a modelo Bella Hadid. Em um vídeo publicado em na conta oficial da empresária no TikTok, ambas aparecem juntas, após burburinhos de uma relação estremecida desde 2023.


Bella Hadid e Kylie Jenner juntas após divergências políticas (Foto: reprodução/TikTok/@kyliejenner)

No vídeo, na companhia também de nomes como Kendall Jenner, Hailey Bieber e outras figurinhas carimbadas do alto escalão das it girls, Hadid e Jenner dublam de maneira descontraída um áudio da rede social.

As razões por trás do desentendimento

Muito se é especulado sobre o motivo concreto do afastamento entre Bella e Kylie. Ambas cresceram juntas pela alta classe da Califórnia e Hadid é uma das melhores amigas de Kendall Jenner, mas os fatos apontam precisamente para a divergência de opiniões políticas entre as fashionistas.


Bella Hadid, Kylie Jenner e Kendall Jenner juntas em um evento em 2015 (Foto: reprodução/Chris Weeks/Getty Images Embed)


Em meados de 2023, no auge do conflito em Gaza, a Jenner, magnata dos cosméticos, declarou publicamente seu posicionamento favorável a Israel, fato que entrou, em contrapartida, com clara posição política de Bella – filha do empresário Mohamed Hadid, que nasceu na Palestina e cresceu como refugiado na Síria. A modelo sempre se posicionou fortemente como apoiadora dos direitos humanos, tendo condenado publicamente as ações de Israel. 

A modelo inclusive esteve recentemente envolvida em uma polêmica com a gigante do esporte, a Adidas, por seu posicionamento. Em julho deste ano, a marca lançou uma campanha com Hadid para o lançamento da releitura de seu clássico modelo do tênis SL 72.

O marketing gerou polêmica, já que o público associou com os Jogos Olímpicos Munique, em 1972, em que o modelo foi usado pela primeira vez. Durante os jogos, no entanto, israelenses foram assassinados pelo grupo palestino Setembro Negro. Assim, depois de muitas críticas, a Adidas tirou a campanha com a modelo defensora do movimento Palestina Livre do ar. 

Reação dos fãs

Mesmo se tratando de um assunto grave e, ao mesmo tempo, delicado, muitos fãs celebraram a reunião de Hadid e Jenner. As redes sociais bombaram de comentários como: “Bella e Kylie? Uau!”; “Bella o que você está fazendo aí?”; “Meu Deus, aquela é a Bella Hadid?”. A surpresa e felicidade foram tão comoventes que os nomes das duas foram parar nos assuntos mais comentados das redes sociais na manhã dessa sexta-feira (25).

Com a possível morte de líder do Hamas, EUA avistam fim da guerra

Israel anunciou nesta quinta-feira (17) que eliminou Yahya Sinwar, líder do Hamas. Segundo as autoridades israelenses, ele foi um dos principais responsáveis pelo ataque de 7 de outubro. Sinwar foi uma figura crucial na criação do braço militar do Hamas, estabelecendo novos laços importantes com as potências árabes da região. Desde 2015 ele é visto como terrorista global pelo Departamento de Estado dos EUA.

Entretanto, Harel Chorev, pesquisador sênior do Centro Moshe Dayan para Estudos do Oriente Médio e da África, da Universidade de Tel Aviv, lembra que ele não deve ser visto como único líder.

“É bem-sabido que enquanto estava na prisão, ele torturou pessoas, principalmente membros do Hamas, usando prato quente para lhes causar queimaduras… o seu papel no Majd realmente diz muito sobre o seu caráter, a sua crueldade. Mas, ao mesmo tempo, os israelenses que o conheceram disseram que ele também pode ser muito prático, discutindo opções abertamente”, afirma o pesquisador. 

Condenações

O líder do Hamas passou mais de duas décadas na prisão israelense, após ser condenado em 1988 por fazer parte do assassinato de dois soldados israelenses e quatro palestinos suspeitos de colaboração com Israel. Em 2011, Sinwar foi liberado como parte do acordo de troca de prisioneiros, que resultou na libertação de mais de mil prisioneiros palestinos em troca de um soldado israelense que foi capturado e transportado para Gaza.


O chefe do Hamas em Gaza, Yahya Sinwar, participa de uma reunião com membros de grupos palestinos para discutir cessar-fogo em junho de 2021 (Foto: reprodução/Anadolu/ Getty Images Embed)


Análise de DNA

Os serviços de inteligência israelenses estão se empenhando para descobrir se o corpo é realmente de Sinwar por meio de análise de DNA, impressões digitais, além de registros dentários. Três terroristas foram mortos nas operações das Forças de Defesa de Israel na Faixa de Gaza. A inteligência israelense segue averiguando as chances de que o corpo encontrado sem vida seja de Yahya Sinwar. O resultado é muito aguardado.

Passados 5 dias, Israel reinicia os bombardeios na capital do Líbano

Militares israelenses afirmam ter acertado dezenas de alvos do grupo extremista no sul do país, além de um depósito de armas subterrâneo do Hezbollah em Beirute. Em outra frente da guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza, forças militares israelenses mataram mais de 50 combatentes, entre eles um comandante de grupo.

Embaixadora americana na ONU afirma que os Estados Unidos estão observando as ações de Israel para se certificar que não se configure uma “política de fome”, visto que, segundo o chefe da agência da ONU que dá assistência aos palestinos, a fome poderia ser evitada com a liberação de comboios que carregam ajuda.


Prédios destruídos por bombardeios em Beirute, capital do Líbano (Foto: reprodução/
Hans Neleman/ Getty Images Embed)


Prefeito morre em ataque

Um ataque aéreo israelense contra o prédio municipal de Nabatieh matou o prefeito Ahmed Kahil. Nabatieh é uma importante cidade do sul do Líbano, que funciona como capital da província. O ataque aconteceu mesmo com o temor demonstrado pelos Estados Unidos, devido a multiplicação do número de mortos.

O primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, condenou o ataque, sendo o mais significativo contra um edifício estatal libanês desde a última escalada dos combates, que começou há cerca de duas semanas, levantando preocupações sobre a segurança da infra-estrutura estatal do país. A governadora de Nabatieh, Howaida Turk, afirma que embora a maioria dos residentes de Nabatieh já tivesse deixado a área após pesados ​​​​ataques aéreos israelenses, o prefeito e outros funcionários municipais ficaram para trás para ajudar os que permaneceram.

“Eles atingiram civis, a Cruz Vermelha, a defesa civil. Agora eles têm como alvo um prédio do governo. É inaceitável. É um massacre”, ela disse.

ONU pede apuração sobre ataque israelense no norte do Líbano

O porta-voz Jeremy Laurence disse que o ataque, na aldeia de Aitou, levantou “preocupações reais” com respeito ao direito humanitário internacional. Cerca de 12 mulheres e 2 crianças estariam entre os mortos no bombardeio, que destruiu um prédio residencial. O ataque a edifícios residenciais sem aviso prévio trouxe questionamentos sobre as intenções reais por trás dos ataques. 

Chuva de mísseis atinge Tel Aviv em retaliação iraniana

Uma chuva de mísseis varreu o céu de Israel na tarde desta terça-feira (1º), quando o Irã lançou uma ofensiva de mais de 200 mísseis balísticos, com a maioria atingindo Tel Aviv e seus arredores. O ataque, que durou cerca de 12 minutos, foi uma retaliação direta à morte dos líderes do Hezbollah e Hamas, Hassan Nasrallah e Ismail Haniyeh, em uma série de bombardeios israelenses no Líbano e na Faixa de Gaza na última semana.

Imagens divulgadas por moradores e veículos de comunicação mostram mísseis cruzando o céu, enquanto as sirenes de alerta soavam em várias cidades israelenses. O famoso sistema de defesa antimísseis de Israel, conhecido como Domo de Ferro, conseguiu interceptar parte dos projéteis, mas muitas explosões atingiram áreas civis. O governo local informou que, até o momento, duas pessoas ficaram levemente feridas, e que a Universidade de Tel Aviv, além de um posto de gasolina, foram atingidos.

O ataque iraniano ocorre em meio à escalada de tensões entre Israel e o Hezbollah, o que levou Israel a lançar uma operação terrestre limitada no sul do Líbano contra alvos do grupo extremista. Este embate, que já dura semanas, tem elevado o grau de instabilidade na região, com o potencial de desdobramentos ainda mais graves. A ofensiva de hoje, no entanto, marcou a entrada oficial do Irã no confronto de forma direta, intensificando a crise.


Irã manda mísseis para Israel — (Vídeo: reprodução / YouTube / UOL)

Irã responde à mortes de seus aliados

O regime iraniano, por meio de sua agência estatal Irna, confirmou o lançamento dos mísseis como uma retaliação às ações militares israelenses, que resultaram na morte de dois de seus aliados mais estratégicos: Hassan Nasrallah, do Hezbollah, e Ismail Haniyeh, líder do Hamas. Além disso, o Irã condenou a incursão israelense no Líbano, que começou no dia 31 de outubro, e prometeu “reagir a qualquer novo ataque”.


Líder do Hezbollah, Hasan Nasrallah ao lado de Ismail Haniyeh —(Foto: Reprodução / Al-Manar/AFP)

O líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, foi colocado em um local seguro após o início da ofensiva. Segundo o governo iraniano, Khamenei está monitorando a situação de perto, enquanto o Irã mantém suas forças militares em estado de alerta.

Além de Israel, outros países do Oriente Médio foram afetados pelo ataque. Jordânia e Iraque chegaram a fechar seus espaços aéreos temporariamente como medida de segurança. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já havia alertado sobre a possibilidade de um ataque iraniano e, após o bombardeio, ordenou que as forças norte-americanas reforçassem a defesa de Israel. Em comunicado, a Casa Branca afirmou que as consequências para o Irã serão severas caso novos ataques sejam realizados.

Resposta de Israel e o papel dos EUA

O porta-voz do Exército israelense, Avichay Adraee, classificou o ataque como “sério” e afirmou que haverá consequências para o Irã. As forças de defesa aérea de Israel estão em alerta máximo, e aeronaves da Força Aérea intensificaram suas operações em resposta ao bombardeio.

Estamos no auge da nossa prontidão ofensiva e defensiva

disse Adraee em comunicado oficial.

Com a escalada militar, a expectativa é de que Israel responda de maneira proporcional nas próximas horas, especialmente após o anúncio de que mísseis iranianos atingiram Tel Aviv. O governo israelense se prepara para uma possível retaliação terrestre, aumentando a tensão no sul do Líbano, onde o Hezbollah também continua disparando foguetes em direção ao território israelense.

Invasão do Líbano e novas ameaças

A operação terrestre israelense no sul do Líbano, que começou nesta terça-feira (1º), marcou o primeiro confronto direto entre soldados de Israel e combatentes do Hezbollah desde o início dos bombardeios na Faixa de Gaza. A incursão, considerada “limitada”, busca destruir bases estratégicas do Hezbollah, mas a ação já gerou uma nova onda de retaliações. O Hezbollah respondeu ao ataque com o disparo de mísseis contra Tel Aviv e outras localidades, direcionando suas investidas a alvos do serviço secreto israelense, o Mossad.

Além disso, a milícia Houthi, financiada pelo Irã e que atua no Iêmen, afirmou ter disparado foguetes em apoio ao Hezbollah, aumentando ainda mais o cerco ao território israelense. A guerra na Faixa de Gaza, que já contava com a participação do Hamas, agora se expande para outras frentes, com a inclusão de novos aliados do Irã na luta contra Israel.

Nos últimos meses, Israel e Hezbollah vinham travando uma série de ataques esporádicos, mas a situação começou a se deteriorar após a morte do chefe do Hezbollah em um ataque israelense em Beirute no dia 27 de setembro. Desde então, a fronteira entre Israel e Líbano tornou-se palco de frequentes bombardeios e confrontos diretos.

Impacto humanitário e resposta internacional

A situação na região está levando a uma crescente preocupação internacional. O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, já está em contato com o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, para discutir possíveis soluções diplomáticas e garantir que os civis do norte de Israel possam retornar com segurança para suas casas. Nos últimos dias, Israel tem instado a população civil do sul do Líbano a deixar suas casas devido aos intensos bombardeios.

No entanto, a possibilidade de uma resolução pacífica parece cada vez mais distante. A guerra de mísseis entre Israel e o Irã, somada à operação terrestre no Líbano, cria um cenário explosivo, com o potencial de desencadear uma guerra regional ainda maior. Para os civis, tanto em Israel quanto no Líbano, a perspectiva de uma escalada de violência é uma realidade preocupante.

A crise atual é apenas mais um capítulo no longo e complicado histórico de conflitos no Oriente Médio, onde a rivalidade entre Israel e Irã tem alimentado guerras por procuração e intervenções militares ao longo das últimas décadas.

Líder do Hamas no Líbano é morto em ataque aéreo

O Hamas anunciou, nesta segunda-feira (30), a morte de seu líder no Líbano, Fatah Sharif Abu al-Amine, em um ataque aéreo no país. De acordo com um comunicado do grupo palestino, a esposa e os dois filhos de al-Amine também morreram no bombardeio, que atingiu sua residência na zona rural de Al Bass, perto da cidade de Tiro, no sul do Líbano. A agência oficial de notícias libanesa, ANI, confirmou o ataque aéreo na área, localizado em um campo de refugiados palestinos.

Segundo o Hamas, o ataque foi classificado como um “assassinato terrorista e criminoso”. Até o momento, nenhum país ou organização reivindicou oficialmente a responsabilidade pelo bombardeio e não foram fornecidos mais detalhes sobre a autoria do ataque, embora o histórico do conflito sugira a possibilidade de envolvimento de forças israelenses.

Contexto do conflito

O ataque ocorre em um momento de crescente tensão entre Israel e grupos militantes no Líbano, incluindo o Hamas. Desde o início do conflito em Gaza, há quase um ano, Israel tem direcionado seus ataques a líderes do Hamas em território libanês. Esse tipo de ataque faz parte de um cenário mais amplo de confrontos, que frequentemente se intensificam com ataques aéreos e operações militares, especialmente quando figuras de liderança são alvos.

A morte de al-Amine acontece poucas horas após outro ataque, que vitimou três membros da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), em Beirute, grupo secular de esquerda que também atua na resistência palestina.


Fatah Sharif Abu al-Amine, líder do grupo Hamas no Líbano (reprodução/gpsbrasilia)


Escalada de Ataques no Líbano

Esse acontecimento marca a primeira vez que o campo de refugiados de Al Bass, perto de Tiro, foi alvo direto de bombardeios. A escalada de violência na região preocupa analistas que veem o Líbano como um possível novo foco de confrontos entre Israel e facções palestinas, especialmente após o aumento das tensões em Gaza.

Comandante da Jihad Islâmica morre durante troca de tiros

O exército Israelense emitiu um comunicado anunciando a morte de 5 combatentes Palestinos, Abu Shuya comandante da Jidah Islâmica estava entre eles. A situação se iniciou após o país de Benjamin Netanyahu realizar um dos maiores ataques ao local em questão.

ONU se preocupa com conflito

De acordo com o Secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, a operação que Israel esta fazendo na Cisjordânia é preocupante. Nesta quinta (29), ele comentou:

Condeno veemente a perda de vidas, incluindo crianças, e peço a cessação imediata dessas operações”

António Guterres

Na ultima terça-feira, 27 de agosto, o Ministério da Saúde palestino divulgou que morreram mais de 600 pessoas, incluindo crianças. A Coordenação de Assuntos Humanitários, já sinalizou que estão realizando “operações militares perto de hospitais“, e nota-se que “há danos graves em diversos locais“.

Ocupação

Os Israelenses ocuparam o território palestino em 1967 e, desde então, vêm expandindo seus assentamentos, que são ilegais pela lei internacional. Esses confrontos estão crescendo desde quando se iniciou a guerra na faixa de Gaza.

Nas ultimas semanas o Exército Israelita divulgou a morte de 12 indivíduos considerados terroristas quando se teve a primeira operação em Jenin e Tulkarem, que se localizam ao norte da Margem Ocidental. Como descrito pelos militares, foram plantados explosivos para efetuar a eliminação. Israel Kats, o ministro das relações exteriores em sua conta no “X” disse:

Devemos lidar com a ameaça assim como lidamos com a infraestrutura terrorista em Gaza,incluindo a evacuação temporária de residentes palestinos e quaisquer medidas que sejam necessárias. Esta é uma guerra em todos os aspectos, e devemos vencê-la.”

Israel Kats

Israel Katz antes de uma reunião em Jerusalém (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)


Para Israel, as operações seriam necessárias para desestabilizar o Hamas, evitando ataques aos Israelenses. Desde os 11 meses em que se iniciou este embate, já morreram mais de 40 mil palestinos e ainda se tem 100 pessoas sequestradas de Israel.