O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou suas declarações sobre o conflito na Faixa de Gaza, enviando um recado direto aos grupos palestinos que mantêm reféns desde o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023. Em publicação na rede social, Truth Social, nesta segunda-feira (2), Trump afirmou que, caso os reféns não sejam libertos até 20 de janeiro de 2025, data de sua posse, “os responsáveis serão atingidos com mais força do que qualquer outro na longa e célebre história dos Estados Unidos da América, libertem os reféns agora!”.
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump (Foto: reprodução/Anna Moneymaker/Getty Images Embed)
“Se reféns não forem libertados antes de 20 de janeiro de 2025, data em que assumirei com orgulho o cargo de presidente dos Estados Unidos, vão pagar caro no Oriente Médio aqueles que cometeram essas atrocidades contra a humanidade”
Além disso, o Trump ainda prometeu apoio firme a Gaza e a Israel, país que o atual presidente Joe Biden também tem apoiado, embora com críticas ocasionais a maneira como o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu conduz a ofensiva militar na faixa de gaza em 7 de outubro de 2023.
Crise humanitária
Essa declaração do presidente eleito, surge em meio à escalada de tensão na região Palestina e destaca a disposição do futuro governo americano em adotar medidas drásticas contra o palestino, Hamas. Grupo esse que foi responsável por realizar o ataque mais mortal já visto contra Israel, o que resultou em 1208 mortos, sendo a maioria civis. Além de capturarem mais de 250 pessoas, conforme registros israelenses, incluindo cidadãos israelenses e estrangeiros.
Fontes israelenses relatam que cerca de 97 reféns continuam sendo mantidas em cativeiro vivos, mas enfrentam condições precárias em cativeiro. O Hamas, por sua vez, informou que 33 reféns morreram durante a represália de Israel, que resultou na morte de mais de 44.000 pessoas em Gaza, de acordo com números do Ministério da Saúde dos territórios considerados confiáveis pela ONU.
Guerra no Oriente Médio é responsável pelo sumiço de diversos cidadãos (Foto: reprodução/Sean Gallup/Getty Images Embed)
Joe Biden adotou uma postura de apoio crítico ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. A insistência de Netanyahu em continuar a guerra até a erradicação completa do Hamas tem sido alvo de críticas internacionais, principalmente por rejeitar qualquer possibilidade de trégua, ocasionando protestos dentro de Israel que pedem negociações para um cessar-fogo e a liberação dos reféns.
Futuro do conflito
Com a posse de Trump se aproximando, o impasse sobre os reféns promete se tornar um ponto central na política internacional, na diplomacia e no conflito na região, mantendo o mundo em alerta para os desdobramentos dessa questão.
O grupo Hamas exige o fim das operações militares de Israel e a retirada total das forças israelenses de Gaza como condição para libertar os reféns. Netanyahu, no entanto, rejeita categoricamente.
O conflito, que já resultou em mais de 44.400 mortes de palestinos e no deslocamento de grande parte da população de Gaza, vem criando uma situação humanitária sem precedentes. A situação agrava quando se pensa no alerta para a falta de alimentos, medicamentos e as possíveis doenças na população fora de seu território.
A expectativa em torno das ações do futuro governo americano mantém o mundo em alerta.