Saiba as reformas efetivadas pelo Papa Francisco

O Papa Francisco é um importante e indispensável pilar do século XXI, tendo afirmado a Igreja Católica. Na última segunda-feira (21), no Feriado de Tiradentes, o Papa Francisco faleceu aos 88 anos, sendo um dos protagonistas de seu período, por suas ações pastorais, como as reformas realizadas, e exemplo de vida.

A ausência do Papa, e o receio sobre quem o substituíra, preocupa não somente os bilhões de católicos ao redor do globo, mas todos os habitantes da Terra em si, visto sua importância e relevância, visto que muitos ouvem as suas palavras como verdade absoluta, tanto para o bem, quanto para o mal.

Papa Francisco e reformas sobre temas sociais

O último Papa Francisco agiu corajosamente, abordando questões que antes a Igreja tratava, muitas vezes, como um tabu, como a deterioração do meio ambiente, o individualismo ganancioso e corrupto, injustiças sociais, a intolerância aos minorizados e xenofobia contra imigrantes, e a obrigação de admitir e reparar as vítimas de crimes sexuais, principalmente nas Igrejas.


Papa Francisco fala sobre os homossexuais (Vídeo: reprodução/X/@Zamenza)

Uma das decisões do Papa que mais repercutiram e foram positivas até o seu último dia, foi manter contato com o único pároco católico da Faixa de Gaza. Segundo o padre Gabriel Romanelli, comandante do templo que serve como abrigo para 500 palestinos desde que Israel iniciou o genocídio em Gaza.

Conforme Romanelli, Francisco ligava todos os dias, rezava e dava sua bênção. Mesmo durante sua internação, o Papa continuava a ligar e mantinha-se próximo dos sobreviventes.


Papa Francisco fala sobre o contato que manteve com Gaza (Vídeo: reprodução/X/@FepalB)

Esperança

Papa Francisco apresentava-se cada vez mais de forma acolhedora e decidida, amando a todos independentemente de sua identidade de gênero, sexualidade ou status social.

Francisco foi o primeiro Pontífice rebatizado com o nome do santo dos pobres, e o primeiro Papa latino-americano e jesuíta.

Três dias antes de ser internado, o Papa enviou uma carta aberta para os bispos dos Estados Unidos, pedindo que eles reflitam sobre a violação da dignidade dos homens, das mulheres e das famílias, lembrando a todos que, toda e qualquer política gerada a partir da força, começa e termina mal, além de que, todo o amor cristão é revestido na fraternidade direcionada a todos, sem qualquer exceção.

O Papa disse ainda que o julgamento dos católicos deve acontecer perante a legalidade das políticas públicas e dos direitos humanos, e não o oposto.

Diretriz aprovada pelo Vaticano permite homens gays como candidatos ao sacerdócio

Foi aprovada pelo Vaticano uma diretriz que autoriza candidatos gays nos seminários. A informação foi compartilhada pela Conferência Episcopal Italiana (CEI) por um documento de 68 páginas divulgado nesta quinta-feira (9), aprovado pela 78ª Assembleia Geral da mesma, realizada em Assis em novembro de 2023.

As exigências de celibato e contra a “cultura gay” ainda são rígidas. As regras são válidas apenas na Itália e será implementada de forma experimental durante um período de três anos.

O que diz o documento 

O documento expõe a importância de não reduzir o vocacional apenas à orientação sexual para respeitar a complexidade de cada candidato. A diretriz orienta que as tendências homossexuais dos candidatos ao sacerdócio sejam vistas mais como aspecto de personalidade.

Ao referir-se às tendências homossexuais no processo de formação, também é oportuno não reduzir o discernimento apenas a este aspecto, mas compreender o seu significado dentro de todo o quadro da personalidade do jovem

Conferência Episcopal Italiana

O texto manteve posições duras sobre comportamentos e ideologias. Não será aceito práticas homossexuais, candidatos que possuem tendências fortes, ou que apoiam a “cultura gay” ativamente. Portanto, homens gays que sejam castos e fieis às normas poderão fazer parte dos seminários.


Notícia compartilhada pelo perfil oficial do Vatican News (Foto: reprodução/Instagram/@vaticannewspt)


Atualização das normas de 2016

A nova diretriz modifica uma das regras impostas no ano de 2016, que proibiam completamente homens com “tendências homossexuais profundamente enraizadas” de ingressarem no sacerdócio, como notificou o antigo documento. Agora o candidato será avaliado de forma geral.

Em coerência com o próprio Magistério, a Igreja, embora respeitando profundamente as pessoas em questão, não pode admitir no Seminário e nas Ordens Sagradas aqueles que praticam a homossexualidade, apresentam tendências homossexuais profundamente enraizadas ou apoiam a chamada cultura gay

Documento de 2016

A decisão é uma tentativa de adaptar as normas da Igreja Católica para a modernidade e as transformações sociais, porém sem abandonar seus princípios conservadores ainda. Essa mudança será analisada pelos próximos anos.

Christian Chávez fala sobre ser gay: ‘pedia para Deus tirar isso de mim’

Na última sexta-feira (24), o cantor e ator Christian Chávez (40), integrante da banda RBD, que marcou uma geração, relembrou da dificuldade em se assumir homossexual em uma entrevista no podcast Podpah, comandado por Igor Cavalari (Igão)e Thiago Marques (Mítico).

Atualmente assumido e bem resolvido sobre o assunto, relata que nem sempre foi assim, pois cresceu ouvindo de pessoas fundamentalistas religiosas que ser gay era pecado, o que o afetava seriamente.

Momento de se aceitar

O cantor conta que revelou sua orientação sexual em 2007, quando o RBD estava no topo do sucesso internacional. Ele ficou famoso com o personagem Giovanni em Rebelde, novela teen que passou de entre os anos 2004 a 2006. Antes disso, teve que lidar inúmeras vezes com boatos.


Christian Chávez em uma premiação da MTV Lationoamericana no México (Reprodução: Getty images/embed)


É difícil, porque o tempo todo estão falando que você não é bom e que Deus não quer que você seja assim. Eu lembro que pedia para Deus, quando tinha 10 anos a 14 anos, todas as noites ‘Por favor, Senhor, tira isso de mim’. Fico emocionado [ao falar disso] “, declarou o ator com os olhos cheios de lágrimas.

Bem resolvido consigo mesmo


No ano passado em uma turnê no Brasil, fez questão de deixar à mostra para o público o orgulho que sente em ser gay. Em um dos momentos de seu show, exibiu para seus fãs em um telão, um clipe em que aparece beijando outro homem.

Christian desembarcou em São Paulo na última quarta-feira (22) para diversos compromissos em solo brasileiro até a primeira semana de junho. Além da entrevista, ele também possui um encontro marcado com Joelma na “Micareta da Joelma” no dia 31 de maio e 7 de junho no “São João da Thay’ ,a influenciadora digital do Maranhão.

STF garante licença-maternidade à mãe não gestante em união homoafetiva

Nesta quarta-feira (13), o Supremo Tribunal Federal (STF), reconheceu o direito à licença maternidade para mães não gestantes em relações homoafetivas. A decisão ocorreu em unanimidade, após o relator Luiz Fux reconhecer a viabilidade do amparo.

Em contraponto, a mãe não gestante, ou seja, a que no processo de fertilização forneceu o óvulo para que a parceira pudesse gestar, terá direito a apenas 5 dias, tempo igualado à licença paternidade no Brasil, enquanto a maternidade se estende a 4 meses, podendo chegar a 6 quando o empregador faz parte do programa Empresa Cidadã.

O ministro Alexandre de Moraes defendeu o direito igual do benefício para as mães 

“A Constituição estabeleceu uma licença maior para a mãe, vislumbrando a condição de mulher. Se as duas são mulheres, as duas são mães, é o Supremo que vai dizer uma pode e a outra está equiparando a licença-paternidade? Estamos replicando o modelo tradicional, homem e mulher”

Alexandre de Moraes

Repercussão

A deputada Erika Hilton do PSOL, ativista da causa LGBTQIA+, comemorou a vitória com um post na rede social X, sem deixar de se posicionar a favor dos direitos iguais para as mães gestantes e não gestantes. Em maioria, os seguidores apoiaram Hilton.


Foto/Reprodução/ X/@ErikaHilton
https://twitter.com/ErikakHilton/status/1768022155860590963?t=O_ef2xPjLI_wCi9SUFxPAg&s=19

O início

A discussão teve início com o caso de uma servidora municipal de São Bernardo dos Campos (SP) que pediu licença-maternidade de 120 dias após o nascimento do filho, gerado por inseminação artificial. Mesmo com a comprovação de que era de fato seu filho, a licença foi negada pela administração por falta de amparo legal.

Com a negativa, a servidora levou o caso à Justiça de São Paulo, que chegou à corte em 2019.