Neste domingo (17), o plantão do Tribunal de Justiça de São Paulo ordenou que a empresa Google forneça os dados de um usuário do Gmail acusado de enviar ameaças de morte ao youtuber Felca. A decisão liminar atendeu a um pedido feito pelos advogados do criador de conteúdo.
As mensagens com as intimidações foram mandadas neste sábado (16) e mencionam o vídeo em que Felca expôs o influenciador Hytalo Santos, acusado de utilizar menores de idade em seus conteúdos publicados nas redes sociais.
Ameaças online
Em um dos e-mails, o autor afirmou que Felca não ficaria impune por ter denunciado Hytalo Santos. Na mesma mensagem, fez ameaças dizendo que o youtuber iria arruinar a própria vida, que deveria se preparar para morrer. Poucas horas depois, o mesmo remetente enviou um novo e-mail, reforçando as intimidações.
Na decisão deste domingo, o juiz determinou, emergencialmente, que a Google Brasil forneça no prazo de 24 horas as informações que permitam identificar o responsável pela conta utilizada para o envio das ameaças. A ordem judicial inclui os registros de IP dos últimos seis meses, portas lógicas de origem, além de data, hora, minutos, segundos e milésimos de segundo dos acessos, bem como eventuais dados que possam auxiliar na identificação do usuário.
A determinação ainda prevê multa diária de R$ 2 mil em caso de descumprimento, podendo chegar ao limite de R$ 100 mil.
Segurança de Felca
De acordo com o advogado João de Senzi, a repercussão do caso tem sido considerada positiva, já que o influenciador conseguiu utilizar sua exposição para chamar atenção para um tema que era pouco percebido ou compreendido pela maioria.
Por outro lado, o advogado ressaltou que, após a denúncia, o youtuber passou a ser alvo de constantes ameaças, o que o levou a adotar medidas de segurança, como o uso de carro blindado e a presença de seguranças em sua rotina. Segundo ele, intimidações de diferentes origens são esperadas quando se trata de assuntos delicados como este.
Inclusive, Felca já conquistou decisões favoráveis na Justiça de São Paulo em relação às ameaças recebidas nas redes. Na última terça-feira (12), atendendo a um pedido da defesa do youtuber, a Justiça determinou a quebra de sigilo de 233 perfis que o acusaram de pedofilia durante a investigação que resultou no vídeo divulgado.
