Justiça concede vitória a Felca após sofrer ameaças virtuais de morte

Neste domingo (17), o plantão do Tribunal de Justiça de São Paulo ordenou que a empresa Google forneça os dados de um usuário do Gmail acusado de enviar ameaças de morte ao youtuber Felca. A decisão liminar atendeu a um pedido feito pelos advogados do criador de conteúdo.

As mensagens com as intimidações foram mandadas neste sábado (16) e mencionam o vídeo em que Felca expôs o influenciador Hytalo Santos, acusado de utilizar menores de idade em seus conteúdos publicados nas redes sociais.

Ameaças online

Em um dos e-mails, o autor afirmou que Felca não ficaria impune por ter denunciado Hytalo Santos. Na mesma mensagem, fez ameaças dizendo que o youtuber iria arruinar a própria vida, que deveria se preparar para morrer. Poucas horas depois, o mesmo remetente enviou um novo e-mail, reforçando as intimidações.

Na decisão deste domingo, o juiz determinou, emergencialmente, que a Google Brasil forneça no prazo de 24 horas as informações que permitam identificar o responsável pela conta utilizada para o envio das ameaças. A ordem judicial inclui os registros de IP dos últimos seis meses, portas lógicas de origem, além de data, hora, minutos, segundos e milésimos de segundo dos acessos, bem como eventuais dados que possam auxiliar na identificação do usuário.

A determinação ainda prevê multa diária de R$ 2 mil em caso de descumprimento, podendo chegar ao limite de R$ 100 mil.

Segurança de Felca

De acordo com o advogado João de Senzi, a repercussão do caso tem sido considerada positiva, já que o influenciador conseguiu utilizar sua exposição para chamar atenção para um tema que era pouco percebido ou compreendido pela maioria.


Vídeo de Felca que viralizou sobre conteúdos de pedofilia no país (Vídeo: reprodução/YouTube/Felca)

Por outro lado, o advogado ressaltou que, após a denúncia, o youtuber passou a ser alvo de constantes ameaças, o que o levou a adotar medidas de segurança, como o uso de carro blindado e a presença de seguranças em sua rotina. Segundo ele, intimidações de diferentes origens são esperadas quando se trata de assuntos delicados como este.

Inclusive, Felca já conquistou decisões favoráveis na Justiça de São Paulo em relação às ameaças recebidas nas redes. Na última terça-feira (12), atendendo a um pedido da defesa do youtuber, a Justiça determinou a quebra de sigilo de 233 perfis que o acusaram de pedofilia durante a investigação que resultou no vídeo divulgado.

Justiça mantém prisão de Hytalo Santos e do marido após habeas corpus negado

O Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) negou neste sábado (16) o pedido de liberdade do influenciador Hytalo Santos e do marido, Israel Natã Vicente, o Euro. Anteriormente, a defesa havia ingressado com habeas corpus, mas a desembargadora plantonista Lilian Correia Cananéa rejeitou a liminar e manteve a prisão preventiva do casal.

A assessoria do TJPB confirmou a decisão. Hytalo e Euro foram presos na sexta-feira (15), em uma casa em Carapicuíba, na Grande São Paulo. Inicialmente, eles são suspeitos de exploração e exposição de menores em redes sociais, além de tráfico humano.

Prisão preventiva e rota de fuga

O delegado Fernando David de Melo Gonçalves, Departamento Estadual de Investigações Criminais, afirmou que o casal planejava deixar o Brasil. A polícia recebeu informações de que a fuga poderia ocorrer por Foz do Iguaçu ou pelo Sul do país. Segundo o delegado, a prisão preventiva foi necessária para proteger as investigações.

Nesse ínterim, o juiz Antônio Rudimacy Firmino, responsável pelas ordens de prisão, afirmou que existem “fortes indícios” de tráfico de pessoas, exploração sexual e trabalho infantil artístico. Ele destacou ainda que os investigados tentaram destruir provas e intimidar testemunhas, o que reforçou a necessidade da medida.


Justiça mantém prisão de influenciadores investigados (Vídeo: reprodução/YouTube/Jornal da Band)

Denúncias e repercussão nas redes sociais

O youtuber Felca denunciou Hytalo por promover a “adultização” de crianças e adolescentes em vídeos, o que deu visibilidade ao caso. Logo, o conteúdo viralizou e levou o Ministério Público da Paraíba (MPPB) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) a aprofundarem a apuração. Desde então, as plataformas derrubaram as redes sociais do influenciador e desmonetizaram seus conteúdos.

Paralelamente, o Ministério Público também investiga um possível esquema de emancipação irregular de menores em troca de presentes. Portanto, promotores afirmam que adolescentes participavam de festas e gravações em condições ilegais. A partir disso, já foram colhidos mais de 15 depoimentos e analisados 50 vídeos do influenciador.

Defesa contesta acusações

Por outro lado, a defesa de Hytalo afirma que as medidas judiciais são genéricas e ilegais. O advogado Felipe Cassimiro declarou que seu cliente está disposto a colaborar com a Justiça. Ainda assim, familiares e fãs defenderam Hytalo, alegando perseguição e motivação pessoal nas denúncias. O assessor do influenciador também afirmou que os vídeos removidos mostravam apenas dança e música, sem ilegalidades. Ele criticou a criminalização de gêneros como funk e brega funk, comuns em festas populares.

Enquanto isso, Felca afirmou que levou mais de um ano para publicar seu vídeo devido ao impacto emocional causado pela investigação. O youtuber relatou que vem sofrendo ameaças desde a divulgação do conteúdo.


Felca diz que investigou Hytalo por um ano (Vídeo: reprodução/YouTube/Uol)

Debate sobre limites digitais

Concomitantemente, o caso reacendeu o debate sobre os limites da participação de menores em conteúdos digitais. Especialistas apontam que o crescimento de canais voltados para crianças precisa ser acompanhado por fiscalização rigorosa.

Nesse sentido, o ministro Alexandre de Moraes já havia afirmado que as redes sociais necessitam de uma regulamentação e responsabilização para operar em território brasileiro. A investigação prossegue na Paraíba e deve resultar em novas medidas nos próximos dias.

Confusão em Aeroporto: Lucas Guedez afirma ter sido confundido com Hytalo Santos

O influenciador Lucas Guedez foi confundido no aeroporto em São Paulo enquanto retornava a cidade na tarde de quinta-feira (14) com Hytalo Santos, influencer que recentemente foi acusado e preso por crimes envolvendo exploração infantil.

Desenrolar da confusão

Lucas, que também é apresentador, compartilhou em suas redes sociais o constrangimento que enfrentou no aeroporto. Ele relata que foi abordado por duas senhoras que o chamaram de “pedófilo” e fizeram outras acusações graves: “Hoje duas senhoras começaram a me xingar no aeroporto. Me chamaram de pedófilo e disseram que a polícia estava atrás de mim… Foi uma situação tão constrangedora que eu não acreditei, fiquei pálido.”

O influenciador afirma que já havia sido confundido com Hytalo Santos outras vezes, mas nunca de forma tão grave. Uma funcionária da companhia aérea Gol interferiu e conseguiu esclarecer e reverter a situação com as duas senhoras.


Lucas Guedez em vídeo relatando o ocorrido no aeroporto (Reprodução/Twitter/@updatecharts)

Prisão de Hytalo Santos

Hytalo Santos, de 28 anos, teve sua prisão decretada nesta sexta-feira (15) pelo Ministério Público da Paraíba após ser acusado de exploração infantil e outros crimes, denunciados em um vídeo do youtuber Felca, intitulado “Adultização”, publicado na semana passada. O vídeo mostra os crimes e evidencia a problematização da exposição infantil.

Desde a publicação, as redes sociais de Hytalo foram banidas, e todos os vídeos que exibiam crianças e adolescentes foram removidos das redes. O MP da Paraíba, responsável pelas investigações junto à Polícia Civil e à Polícia Federal da Paraíba e de São Paulo, conseguiu localizar e prender Hytalo e seu marido Israel Nata Vicente, também conhecido como ‘’Euro’’ em uma casa em Carapicuíba – SP.


Hytalo Santos e seu marido Euro no casamento (Reprodução/Instagram/@HytaloSantos/G1)

Ambos responderão por tráfico de pessoas, exploração sexual e trabalho infantil. Atualmente, seguem detidos em São Paulo, sem previsão de transferência para João Pessoa. O advogado do influencer, Sean Abib, afirmou que irá analisar o decreto de prisão para avaliar a possibilidade de entrar com pedido de habeas corpus.

Assessor defende Hytalo Santos após prisão preventiva por suspeita de crimes

O assessor de Hytalo Santos defendeu o influenciador após ter prisão decretada em São Paulo nesta sexta-feira (15). Hytalo e seu marido, Israel Natã Vicente, são investigados por suspeita de exploração e exposição de menores em conteúdos para redes sociais, além de tráfico humano.

Na porta da delegacia, Derick Spazanelli declarou que o casal é inocente e que as acusações seriam motivadas por inveja. Ele afirmou que os vídeos apagados das redes de Hytalo continham apenas dança e música, sem qualquer ilegalidade. Segundo ele, o funk e o brega funk, presentes em festas de 15 anos, não deveriam ser criminalizados, pois são expressões artísticas.

Familiares negam tentativa de fuga de Hytalo

Josué, primo do influenciador, confirmou que o casal estava em São Paulo durante a operação realizada na Paraíba. Ele negou qualquer tentativa de fuga. Durante a coletiva de imprensa realizada na delegacia, fãs de Hytalo manifestaram apoio e reforçaram a tese de que a investigação tem motivação pessoal contra o influenciador.


Derick Spazanelli, primo e assessor do influenciador Hytalo Santos, o defende para a imprensa (Vídeo: reprodução/X/@balancogeral)

Josué também destacou que Hytalo e Israel são acompanhados pelo Ministério Público da Paraíba há dois anos e que contam com duas bancas de advogados para atuar no caso.

Investigação e repercussão política

O Ministério Público da Paraíba investiga denúncias contra Hytalo desde 2024. Entre os conteúdos analisados, há vídeos em que ele se refere a meninas como “filhas” e meninos como “genros”. O youtuber Felca o acusa de adultização e exploração infantil, o que gerou ampla repercussão nas redes e chegou ao debate político.


Momento em que a polícia decreta a prisão de Hytalo Santos e seu marido (Vídeo: reprodução/X/@brenno_moura)

O presidente da Câmara, Hugo Motta, afirmou que pretende pautar, nos próximos dias, projetos de lei que tratem diretamente da proteção de crianças e adolescentes no ambiente digital, reforçando regras para uso de imagem e responsabilização de quem viola a legislação. A medida, segundo ele, busca acelerar o debate e oferecer respostas concretas à sociedade diante de casos como o do influenciador paraibano. Já o deputado Reimont foi além e solicitou ao Ministério Público a prisão preventiva de Hytalo Santos, argumentando que a continuidade das suas atividades nas redes pode representar riscos à integridade das crianças envolvidas. Ambos destacaram que o episódio expôs fragilidades na aplicação do Estatuto da Criança e do Adolescente e apontaram a necessidade de ampliar mecanismos de fiscalização e punição.

“Tema tão aversivo”: Felca justifica espera de um ano para falar sobre Hytalo Santos

Felca está no centro de um dos assuntos mais comentados da última semana no Brasil. O youtuber, responsável pelo vídeo sobre “adultização” que já ultrapassou 40 milhões de visualizações, explicou que a demora de um ano para publicá-lo não se deveu apenas ao extenso trabalho de investigação, mas também ao impacto emocional que o conteúdo lhe causou. Segundo ele, por se tratar de um “tema tão aversivo”, foi necessário um preparo psicológico para conseguir expor a denúncia contra Hytalo Santos.

Segundo o portal Léo Dias, o youtuber participará dos programas Altas Horas e Fantástico, ambos da TV Globo, para falar sobre o assunto. Em um trecho divulgado à imprensa, Felca relatou a dificuldade de reunir todas as informações, por se tratar de um tema delicado e complexo.

“O mais difícil foi reunir essas informações, porque parte da demora, e demorei um ano para postar o vídeo, foi porque é um tema tão aversivo, que se você não tem sangue de barata você não consegue”, revelou Felca.

Vídeo de Felca é o estopim para a prisão de Hytalo Santos

O vídeo de Felca sobre “adultização”, que rapidamente se tornou um fenômeno nas redes e atingiu dezenas de milhões de visualizações, foi o estopim para a prisão de Hytalo Santos que aconteceu nesta sexta-feira (15), intensificando a pressão pública e acelerando as ações das autoridades.


Youtuber Felca (reprodução/@Instagram/@Felca0)

Felca conta que vem sofrendo ameaças após o vídeo

No entanto, as suspeitas contra o influenciador não eram novas: desde 2024, ele já figurava como alvo de denúncias e investigações, motivadas por relatos anônimos e acusações de exploração de menores. Também houve tentativas anteriores de expor o caso, como a denúncia feita por Antônia Fontenelle, que acabou removida por determinação judicial

Desde a divulgação do vídeo sobre “adultização”, Felca afirmou estar recebendo ameaças, críticas e sendo alvo de tentativas de difamação para desacreditá-lo. O youtuber relatou que já esperava esse tipo de reação devido à gravidade do conteúdo exposto, mas reforçou que não é ele quem deveria ter medo, e sim aqueles que praticam os crimes denunciados.

“Algumas ameaças, sim, algumas críticas, movimentos de difamação de tentar descredibilizar. Eu e meus amigos sabíamos o que estávamos fazendo, que era grande, tudo era esperado”, comentou Felca”.

Segundo Felca, pessoas insatisfeitas, incluindo pedófilos que se sentiram diretamente atingidos pela quebra de seus esquemas, têm reagido de forma hostil, mas isso não o fará recuar.

Advogados se pronunciam após prisão de Hytalo Santos em São Paulo

O influenciador digital Hytalo Santos e o seu companheiro Israel Nata Vicente, também conhecido como Euro, foram presos na manhã desta sexta-feira (15), em Carapicuíba, na Grande São Paulo, acusados de tráfico de pessoas, exploração sexual e trabalho infantil artístico irregular. A defesa do criador de conteúdo afirma que ainda não teve acesso à decisão judicial que determinou a prisão e promete adotar medidas para provar sua inocência.

Nota divulgada pela defesa de Hytalo

Em nota enviada ao portal LeoDias, os advogados afirmaram que tomaram conhecimento da ordem de prisão apenas nesta manhã e que a ausência de detalhes no momento impede um posicionamento mais aprofundado sobre o caso.

“Até o momento, não tivemos acesso ao conteúdo da decisão que determinou a medida extrema, o que impossibilita uma manifestação mais detalhada”, informou a defesa, que atua pelo escritório Ueno & Kompier Abib Advogados.


Hytalo Santos sendo preso em residência em Carapicuiba, São Paulo, na manhã de sexta-feira (15) (Foto: reprodução/divulgação/Odia)

Segundo os representantes legais, assim que forem esclarecidos os fundamentos da prisão, serão tomadas todas as providências jurídicas cabíveis, incluindo a possibilidade de ingresso com um pedido de habeas corpus. “Reafirmamos a inocência de Hytalo Santos, que sempre se colocou à disposição das autoridades”, destacou a nota.

Defesa anterior abandonou o caso

O escritório de advocacia que anteriormente representava o influenciador Hytalo Santos afirmou ter deixado o caso por “decisão empresarial”, alegando incompatibilidade com os interesses de outros clientes. A informação foi confirmada em contato com o portal LeoDias.

Enquanto isso, as investigações conduzidas pelo Ministério Público da Paraíba e pela Polícia Civil avançam nas esferas cível e criminal. As denúncias incluem relatos de festas realizadas na residência do influenciador, onde haveria consumo de bebidas alcoólicas e presença de adolescentes em situações inadequadas, inclusive topless.

De acordo com uma promotora do caso, o esquema investigado envolveria supostos benefícios concedidos a familiares dos menores em troca de emancipações, permitindo que eles participassem de gravações para conteúdos digitais.

A repercussão do caso ganhou força no início de agosto, após o youtuber Felca publicar um vídeo acusando Hytalo de “adultizar” menores em suas produções. O conteúdo viralizou, acumulando mais de 30 milhões de visualizações, e foi apontado como um dos fatores que impulsionaram a intensificação das apurações.

O caso segue sob investigação, e o influenciador permanece detido enquanto aguarda os próximos desdobramentos no processo. A defesa afirma confiar no devido processo legal e na atuação do Poder Judiciário.

Famosos comemoram a prisão de Hytalo Santos e seu marido Israel Vicente na grande São Paulo

Influenciador e criador de conteúdo digital Hytalo Santos e seu marido, Israel Nata Vicente, foram presos na manhã desta sexta-feira (15) na cidade de Carapicuíba, na Grande São Paulo, durante uma operação policial decorrente de investigações do Ministério Público do Estado da Paraíba (MPPB) e do Ministério Público do Trabalho (MPT). Ambos são suspeitos por  exploração e exposição de menores de idade em conteúdos produzidos para redes sociais. Ação policial que resultou na prisão foi autorizada pela Justiça da Paraíba, que também expediu mandados de apreensão e busca

Investigação do Ministério Público

A investigação sobre Hytalo e Israel teve início após serem denunciados por exploração de menores, que intensificadas a partir do dia 6 de agosto, quando o youtuber Felca publicou um vídeo apontando suposta “adultização” de crianças e adolescentes nos materiais divulgados por Hytalo. O conteúdo publicado gerou ampla repercussão nas redes e motivou a abertura de uma ação civil pública pelo MPPB. A partir daí, foram aplicadas medidas cautelares e diligências foram autorizadas para apurar as denúncias e as circunstâncias das produções e a participação de todos os envolvidos.

O caso passou a repercutir e ocupar espaço no debate público, envolvendo não apenas órgãos de investigação, mas também personalidades com notoriedades nas redes sociais. O tema reacendeu discussões sobre os limites legais e éticos na participação de menores em produções e exposição de imagens nas plataformas digitais, especialmente diante amplitude do crescimento de canais e perfis que utilizam crianças como protagonistas para atrair público e aumentar a audiência.

Especialistas de direitos das crianças e do adolescente foram ouvidos por autoridades afirmam que a prática, quando feita de forma inadequada, pode configurar violação de direitos fundamentais, com riscos à integridade física e emocional das vítimas. Infringindo Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018, tem como principal objetivo proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade dos indivíduos.


Hytalo Santos influenciador dgital desabafa com o público (vídeo: reprodução/instagram/@hytalosantos0oficial)


Prisão preventiva do influenciador

A atuação do influenciador digital Hytalo Santos e Israel Nata Vicente, assim como outros influenciadores na produção de conteúdos com menores tem sido alvo de atenção de órgãos de proteção à infância, que alertam para a necessidade de regulamentação mais rigorosa no ambiente virtual. Segundo autoridades do MPPB, investigações como esta são fundamentais para coibir práticas que possam expor crianças a riscos ou exploração com finalidade de obter vantagens, direta ou indireta, para fins de lucro ou engajamento digital com a audiência.

Com a prisão preventiva decretada, Hytalo Santos e Israel Nata Vicente devem permanecer à disposição da Justiça enquanto o inquérito segue em andamento para apuração. As autoridades ressaltam que as investigações ainda estão em curso e que novas informações poderão surgir à medida que a análise de materiais apreendidos for concluída. O caso continua sendo acompanhado de perto por órgãos de proteção à infância e adolescente e pela sociedade civil, que aguardam os próximos desdobramentos dos procedimentos judiciais.

Influenciador digital Hytalo Santos é preso em São Paulo

O influenciador paraibano Hytalo Santos e seu marido, Israel Nata Vicente, foram detidos nesta sexta-feira (15) em uma residência localizada em Carapicuíba, na Grande São Paulo.

Eles são alvos de investigações conduzidas pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), que apuram denúncias de exploração e exposição de menores em conteúdos publicados nas redes sociais. O caso ganhou destaque nacional após o youtuber Felca, que possui mais de 4 milhões de inscritos, denunciar vídeos que, segundo ele, “adultizavam” crianças e adolescentes.

Desde a publicação do vídeo, no dia 6, Hytalo passou a responder a ações judiciais na Paraíba, que incluíram busca e apreensão e medidas restritivas. A operação que levou à prisão contou com a atuação conjunta do MPPB, MPT, Polícias Civil da Paraíba e de São Paulo e Polícia Rodoviária Federal.

A ordem de prisão foi emitida pelo juiz Antônio Rudimacy Firmino de Sousa, da 2ª Vara de Bayeux, que apontou “fortes indícios” de crimes como tráfico de pessoas, exploração sexual, trabalho infantil artístico irregular e produção de vídeos com conteúdo constrangedor envolvendo menores. Segundo o magistrado, a detenção visa impedir destruição de provas, intimidação de testemunhas e continuidade das condutas investigadas.

Além disso, o juiz destacou que os acusados já teriam removido e destruído evidências e prejudicado o andamento das investigações.

Bloqueio de redes e corte de monetização

No dia 12, a Justiça determinou o bloqueio das contas de Hytalo nas redes sociais e autorizou a desmonetização de todos os seus vídeos, impedindo que gerem lucro. Ele também está proibido de entrar em contato com adolescentes citados nos processos.


Polícia grava momento que, Hytalo e seu marido Israel foram detidos (Vídeo: Reprodução/X/@updatecharts)


Na quinta-feira (14), foram apreendidos computadores e celulares na casa do influenciador em João Pessoa. Policiais tinham autorização judicial para forçar a entrada no imóvel, caso necessário. No dia anterior, uma tentativa de busca havia falhado porque o local estava vazio.

Posição da defesa

A defesa de Hytalo alegou que ele não sabia do mandado de busca e apreensão e que está à disposição da Justiça. Os advogados negam todas as acusações e afirmam que o influenciador “jamais praticou atos que atentassem contra a dignidade de crianças e adolescentes”.

Investigações antes do vídeo de Felca

O MPPB já investigava o caso desde o final de 2024. Em Bayeux, a promotora Ana Maria França apura denúncias de vizinhos que relataram festas com bebida alcoólica e adolescentes fazendo topless. Já em João Pessoa, o promotor João Arlindo investiga se Hytalo oferecia presentes, como celulares, em troca de que famílias aceitassem a emancipação dos menores, procedimento que permite a adolescentes de 16 a 18 anos agirem como adultos legalmente, podendo assinar contratos e realizar negócios.

Nos processos, Hytalo negou as acusações. Os jovens foram ouvidos apenas na investigação de João Pessoa para evitar revitimização.

Justiça autoriza quebra de sigilo de perfis que acusaram Felca no caso de adultização

O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou a quebra de sigilo dos nomes das pessoas que acusaram o influenciador Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, de pedofilia. A acusação ocorreu após vídeo em que ele denunciava a adultização de crianças e adolescentes na internet.

Segundo a Justiça, o influenciador demonstrava como o algoritmo dos aplicativos funciona e o modus operandi de pedófilos, para alertar pais sobre os riscos de expor filhos nas redes sociais. No mesmo vídeo, Felca anunciou que abriria processos contra mais de 200 perfis que o difamaram, mas propôs um acordo: caso os responsáveis doassem R$250 para instituições de proteção de crianças e adolescentes, os processos seriam retirados.

A repercussão do caso de adultização

​A repercussão do caso abriu uma discussão sobre a exploração da imagem de menores e a sexualização de crianças e adolescentes na internet. Em seu vídeo, o youtuber Felca explica casos de crianças que ensinam sobre investimentos até os mais extremos e pesados, como um reality com adolescentes em uma casa, com festas e namoro inadequado. O maior alvo de Felca foi o também influenciador digital Hytalo Santos e sua pupila, a menor Kamylinha

​A influenciadora, que está presente nos vídeos de Hytalo desde os 12 anos, é explorada de uma forma sexualizada, o que para muitos se enquadra no contexto de pedofilia, além de realizar shows em ambientes inadequados para um menor. O vídeo faz um alerta sobre o uso das redes e o intuito, por vezes indefeso, dos pais que mostram seus filhos em uma terra de ninguém que é a internet. Segundo Felca, o vídeo começa com exemplos mais leves de adultização e avança para os mais pesados, que ele considera como pedofilia.


Vídeo sobre a adultização entre crianças e adolescentes nas redes sociais (Vídeo: reprodução/ YouTube/ Felca)

O pronunciamento de Hytalo Santos

Em nota enviada à CNN na manhã desta quinta-feira (14), o influenciador digital declarou que sempre agiu de acordo com a lei e negou qualquer tipo de exploração de crianças e adolescentes.
A defesa de Hytalo Santos afirma estar à disposição da Justiça para colaborar e informa que o influenciador não tinha conhecimento sobre o mandado de busca e apreensão em uma de suas residências.

A Justiça da Paraíba determinou a suspensão de suas redes sociais, a desmonetização de seus conteúdos e proibiu qualquer contato com os menores citados na investigação em andamento. Desde 2024, o influenciador vem sendo alvo de investigações pelo crime de exploração de menores em seus conteúdos para a internet.

A Justiça da Paraíba determinou a suspensão de suas redes sociais, a desmonetização de seus conteúdos e proibiu qualquer contato com os menores citados na investigação em andamento. Desde 2024, o influenciador vem sendo alvo de investigações pelo crime de exploração de menores em seus conteúdos para a internet.

Hytalo Santos se pronuncia após investigação e nega acusações envolvendo menores

O influencer digital Hytalo Santos se pronunciou pela primeira vez nesta quinta-feira (14), após a investigação conduzida pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), iniciada a partir de um vídeo do influenciador Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, ganhar visibilidade nacional. Em nota enviada à CNN Brasil, Hytalo negou qualquer envolvimento com exploração e “adultização” infantojuvenil.

As declarações rebatem pontos da investigação realizada pelo MPPB, o qual requereu e obteve medidas liminares para os bloqueios dos perfis de Hytalo nas redes sociais. Inclusive, suspendendo a monetização de seus conteúdos e proibindo qualquer contato com os menores mencionados na apuração.

O pronunciamento

Em sua defesa, Hytalo Santos nega as acusações, informa que sempre atuou com responsabilidade e compromisso com a proteção de crianças e adolescentes. Reafirma que todo material foi produzido com consentimento dos responsáveis legais e sob sua supervisão. Colocando-se à disposição para prestar esclarecimentos às autoridades tanto na esfera cível quanto na criminal.

“Repudio categoricamente qualquer acusação de exploração de menores. Minha trajetória pessoal e profissional sempre foi guiada pelo compromisso inabalável com a proteção de crianças e adolescentes”. (Hytalo Santos)

Hytalo ressalta, ainda, que não ocultou provas e nem obstruiu o processo investigativo, deixando claro que nunca atrapalhou as investigações. Também declara que está em São Paulo há mais de um mês e continua à disposição das autoridades. Reforçando, inclusive, sua postura pública e evidenciando sua confiança na Justiça.


Publicação da CNN Brasil sobre a nota recebida de Hytalo Santos (Foto: reprodução/Instagram/@cnnbrasil)


O influenciador digital reforça, também, que não aceitará que sua imagem seja prejudicada por informações falsas. Alegando que todos os esclarecimentos serão prestados no processo, de forma transparente e legal, e permanece no aguardo e esclarecimento dos fatos.

O processo

Apesar de o caso ter ganho visibilidade midiática em decorrência do vídeo do influenciador Felca, a investigação tramitava desde o final de 2024. Motivada por denúncias recebidas via “Disque 100” e por relatos de moradores sobre festas com jovens, barulho e cenas sensuais envolvendo menores.

Com o vídeo, o impacto das medidas foi ampliado, impulsionando o debate público e pressionando o Congresso Nacional a discutir projetos que coíbam a erotização de crianças e adolescentes nas redes sociais.

 Referente às medidas emergenciais adotadas pela Justiça, as autoridades atrelam ao caráter sensível e urgente do caso. Para o juiz da 1ª Vara da Infância e Juventude de João Pessoa, na Paraíba, Adhailton Lacet Correia Port, as ações têm o caráter de resguardar a integridade de adolescentes expostos a conteúdo possivelmente inadequado e monetizado.


Reportagem do Jornal Nacional sobre o caso “Hytalo Santos” (Vídeo: reprodução/X/@jornalnacional)

O afastamento dos menores e a retirada dos conteúdos do ar foram fundamentados em indícios de exploração e erotização precoce, considerados incompatíveis com os princípios do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Agora, cabe ao processo judicial avançar, com as investigações aprofundando-se, enquanto o influenciador aguarda a resolução que, segundo ele, restabelecerá sua imagem. Complementar a isso, um mandado de busca e apreensão foi executado na residência do influenciador, resultando na apreensão de celulares, câmeras e outros dispositivos para análise pericial.