Dólar se recupera e Ibovespa fecha em queda

Em meio a uma sessão de negociações cheia de altos e baixos, o mercado financeiro brasileiro fechou a quarta-feira (13) em baixa, refletindo uma série de fatores internos e externos. Após uma alta significativa na véspera, o Ibovespa recuou 0,88%, fechando aos 136.704,65 pontos. Por outro lado, o dólar se valorizou ligeiramente, revertendo a forte queda do dia anterior.

Varejo Pressiona o Mercado Doméstico

Um dos principais motores para a queda do Ibovespa foi o setor de varejo. Dados divulgados pelo IBGE mostraram que as vendas no comércio brasileiro caíram 0,1% em junho, contrariando a expectativa do mercado de crescimento. Essa retração, somada às quedas de 0,4% em maio e 0,3% em abril, acendeu um alerta sobre a desaceleração da atividade econômica no país. O economista Bruno Martins, do BTG Pactual, explicou que esses números indicam uma forte contração nos segmentos cíclicos e reforçam a visão de que o PIB do segundo trimestre de 2025 pode ter um crescimento de apenas 0,2%.

A percepção de fraqueza no setor impactou diretamente as ações de empresas do segmento, como CVC Brasil (queda de 10,78%) e GPA (queda de 10,56%), que também enfrentaram desafios internos. A CVC, por exemplo, divulgou um prejuízo no segundo trimestre, enquanto a GPA teve a renúncia de um diretor-chave. Outras empresas de varejo, como Petz, Assaí e Magazine Luiza, também registraram perdas consideráveis.


Enquanto o Ibovespa sofria com as notícias domésticas, o dólar fechou em alta de 0,28%, cotado a R$ 5,40 (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Dólar e o Cenário Externo

Enquanto o Ibovespa sofria com as notícias domésticas, o dólar fechou em alta de 0,28%, cotado a R$ 5,40. A valorização da moeda veio após ter atingido seu menor valor no ano na véspera. O movimento, no entanto, foi contido e a cotação se manteve em uma faixa estreita, mesmo após o anúncio do governo brasileiro de um plano de ações para apoiar os setores afetados pela nova tarifa de 50% dos Estados Unidos. Esse plano, que inclui um montante de R$ 30 bilhões em crédito, já era amplamente esperado pelo mercado e, por isso, não gerou grandes movimentações cambiais.

A valorização do dólar no dia se contrapôs à tendência global de enfraquecimento da moeda americana. Nos EUA, a expectativa de que o Federal Reserve (Banco Central americano) possa cortar os juros em breve, impulsionada por dados fracos de emprego e inflação moderada, tem enfraquecido o dólar. No entanto, o cenário interno brasileiro, com incertezas sobre as contas públicas e o impasse nas negociações comerciais com os EUA, continua a influenciar o câmbio, deixando a moeda brasileira sensível. O especialista em investimentos Bruno Shahini, da Nomad, ressaltou que a cautela se mantém por conta das percepções de fragilidade fiscal.

Destaques e Outros Setores

Em contrapartida, às quedas, algumas empresas se destacaram positivamente. A MRV&Co, por exemplo, subiu 6,63% após apresentar sinalizações otimistas sobre suas margens e o guidance para 2025, apesar de ter divulgado um prejuízo no segundo trimestre. Outros setores também sentiram o impacto do pregão, com Petrobras e Vale fechando em queda, influenciadas pela fraqueza do petróleo e pela estabilidade do minério de ferro, respectivamente. O Banco do Brasil foi um dos poucos a registrar alta, com os investidores de olho no balanço do segundo trimestre que seria divulgado no dia seguinte.

Em Wall Street, o otimismo prevaleceu, com o S&P 500 atingindo uma nova máxima de fechamento, refletindo as esperanças de um afrouxamento monetário nos EUA. Esse cenário externo, no entanto, não foi suficiente para impulsionar o mercado brasileiro, que se manteve cauteloso e reagiu principalmente aos dados e às incertezas domésticas.

Ibovespa recua e dólar sobe após indicadores negativos de EUA e China

A quarta-feira (30) que antecedeu o feriado teve um impacto significativo nos mercados financeiros, com dados econômicos fracos tanto no Brasil quanto em outras economias globais. O dólar, que havia se mantido em queda por oito sessões consecutivas, voltou a subir, enquanto o Ibovespa recuou após oito dias de alta.

A desaceleração do PIB dos Estados Unidos foi um dos fatores que pesaram sobre o mercado, além da disputa em torno da Ptax, referência para a liquidação de contratos futuros.

Ptax e oscilação do dólar

A Ptax, calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista, é usada para a liquidação de contratos futuros e, no fim de cada mês, torna-se alvo de especulação por parte dos agentes financeiros.

No início da sessão, o dólar chegou a cair, com investidores vendidos tentando direcionar as cotações para a Ptax. Às 9h21, a moeda registrou uma mínima de R$ 5,6037 (-0,48%), mas rapidamente se reverteu para o território positivo.

Os mercados reagiram negativamente a dados econômicos fracos vindos da China e dos Estados Unidos. Na madrugada de quarta-feira, a China divulgou que seu Índice de Gerentes de Compras (PMI) caiu para 49 em abril, o menor nível desde dezembro de 2023, ficando abaixo da expectativa de 49,8. O PMI abaixo de 50 indica contração na atividade econômica do país.

Nos Estados Unidos, o mercado de trabalho também mostrou sinais de desaceleração. O setor privado criou apenas 62 mil postos de trabalho em abril, muito abaixo da expectativa de 115 mil vagas. Além disso, o PIB americano contraiu 0,3% nos três primeiros meses do ano, contrariando a previsão de crescimento de 0,3%.


Foto da Ibovespa(Foto: reprodução/E-investidor/Adobe Stock)

O presidente Donald Trump tentou minimizar os efeitos negativos, sugerindo que o baixo desempenho econômico era uma consequência das políticas de seu sucessor, Joe Biden, e pediu paciência à população americana. Trump também apontou as altas importações, com empresas tentando evitar os custos adicionais decorrentes das tarifas impostas pela administração.

No Brasil, o Ministério do Trabalho e Emprego divulgou a criação de 71.576 vagas formais de trabalho em março, um número bem abaixo das expectativas do mercado, que previa a geração de 200 mil vagas. O ministro Luiz Marinho já havia antecipado que os números seriam fracos.

Além disso, o mercado financeiro reagiu aos resultados corporativos de empresas como Marcopolo, ISA Energia, Iguatemi, Santander Brasil e WEG. A WEG foi destaque negativo, com ações despencando 11,55% após anunciar lucro líquido de R$ 1,54 bilhão, abaixo das expectativas do mercado.


Donald Trump durante posse como novo presidente dos EUA (Foto:reprodução/Greg Nash/EPA)

O setor de mineração também sofreu com a queda dos preços do minério de ferro. As ações da Vale recuaram 1,82%, influenciadas pela queda de 0,78% nos futuros do minério de ferro na Bolsa de Mercadorias de Dalian, na China.

As ações da Petrobras também apresentaram queda. As preferenciais (PETROBRAS PN) caíram 1,87%, e as ordinárias (PETROBRAS ON) perderam 1,54%, em linha com a nova desvalorização do petróleo no mercado internacional. O barril de Brent fechou a sessão com queda de 1,76%.

Setor bancário e expectativas para o ibovespa

No setor bancário, o Santander Brasil foi um dos destaques positivos, com alta de 3,94%, após o lucro líquido do primeiro trimestre ter superado as expectativas.

O banco também anunciou planos para lançar o “Pix automático” ainda em 2025, o que gerou expectativas positivas. Em contraste, os papéis de outros grandes bancos como Itaú Unibanco (ITAÚ UNIBANCO PN), Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC3) apresentaram avanços.

Além disso, a terceira e última prévia da carteira do Ibovespa confirmou a inclusão das ações da Smartfit e Direcional, enquanto as ações da LWSA e Automob foram excluídas.

Dólar volta a aumentar e chega na casa do R$ 6,00

Mercado em Alerta: Dólar Encosta nos R$ 6,00 e Ibovespa Cai com Nova Tensão entre EUA e China. O anúncio de um novo reajuste tarifário dos Estados Unidos sobre produtos chineses voltou a agitar os mercados globais nesta terça-feira (8). Em meio à escalada da guerra comercial entre as duas potências, o dólar disparou e encostou na marca simbólica dos R$ 6,00, enquanto o Ibovespa recuou, pressionado por gigantes como Petrobras e Vale.

Aumento do Dólar

Dólar em Alta: R$ 5,9985 no Fechamento. A moeda americana subiu 1,49% e encerrou o dia cotada a R$ 5,9985  o maior valor de fechamento desde 21 de janeiro. Nos últimos três pregões, o dólar acumulou alta de R$ 0,37, influenciado pelo aumento da tensão comercial entre EUA e China. No mês de abril, a valorização já chega a 5,11%.

Ibovespa em Queda: -1,32%

O principal índice da bolsa brasileira também sofreu. Apesar de ter conseguido se manter acima dos 123 mil pontos, o Ibovespa caiu 1,32%, fechando aos 123.931,89 pontos. O mercado foi impactado pela queda das commodities e o mau humor global.

Guerra Comercial: Trump Eleva Tarifas. O estopim da turbulência foi a decisão do governo de Donald Trump de aplicar tarifas de 104% sobre produtos chineses, válidas a partir desta quarta-feira (9). A medida foi uma resposta à manutenção da taxa de retaliação de 34% por parte da China sobre produtos americanos.

Em comunicado, a Casa Branca afirmou que cerca de 70 países demonstraram interesse em negociar seus regimes de importação. Segundo a porta-voz Karoline Leavitt, Trump “será incrivelmente gentil, se a China estender a mão mas fará o que for melhor para o povo americano.”


Foto Ibovespa(Foto: reprodução/Patrícia Valle)

Repercussões Globais :Em Wall Street, o otimismo inicial foi embora com o avanço da tensão. O S&P 500 recuou 1,57%. Por aqui, o dólar chegou a cair no começo do dia, mas  disparou ao longo da manhã, atingindo a máxima de R$ 6,0060 às 16h47. Segundo Jefferson Rugik, diretor da Correparti Corretora, o impacto no Brasil é inevitável:  “O Brasil tem muitos negócios com a China. Quando acontece algum problema por lá, isso se reflete aqui.”

Em Alta: Medo no Ar O índice conhecido como o “termômetro do medo” de Wall Street chegou a ultrapassar os 60 pontos, sinalizando forte volatilidade e insegurança nos mercados, como destacou Gabriel Redivo, da Aware Investments.

Principais Quedas do DiaVale (VALE ON): -5,48%   Com o minério de ferro caindo pelo terceiro dia consecutivo na China, a ação sofreu. O preço da tonelada caiu para o menor valor desde novembro de 2024.Petrobras (PETR4): -3,56%  ,  A queda do petróleo no exterior e rumores sobre um possível corte nos preços do diesel pesaram sobre a estatal. Magazine Luiza (MGLU3): -13,41%    A varejista foi rebaixada pelo Citi para “venda/alto risco”, em meio a um cenário macroeconômico desafiador e forte concorrência do Mercado Livre, que anunciou R$ 34 bilhões em investimentos no Brasil.

Minerva (BEEF3): -2,95%  A empresa anunciou proposta de aumento de capital de até R$ 2 bilhões, com emissão de novas ações a preço com desconto, o que assustou o mercado.

Algumas Altas: CPFL Energia (CPFE3): +3,39%  A ação chegou a bater máxima histórica, com a Aneel sinalizando apoio à incorporação de R$ 4,67 bilhões no reajuste tarifário da CPFL Paulista. Embraer (EMBR3): +0,82%  .  Apesar da tensão comercial, a empresa manteve confiança em seus planos e sinalizou que buscará alternativas para lidar com os novos desafios tarifários.

Dólar fica a R$ 5,91, e bolsa sobe 0,07%

Na última sexta-feira (24), o dólar teve sua terceira queda seguida, fechando próximo a R$ 5,90. Com a posse de Donald Trump, o mercado financeiro do mundo inteiro vem observando seu mandato, desde que tomou a posse no dia 20 deste mês.

No Brasil, os analistas vêm averiguando a ascensão da inflação, que aumentou mais que o esperado para o mês de janeiro, mesmo que quando comparado com dezembro haja uma lentidão.

O dólar ganhou forte intensidade nas horas finais da sessão, contudo, encerrou no campo negativo, a R$ 5,918 na venda, com queda de 0,12%, que fez com que encerrasse a semana com uma perda de 2,42% no total.


Com queda do dólar durante posse de Donald Trump, o mercado finaceiro global fica de olho no mandato do presidente dos Estados Unidos (Foto: reprodução/Freepik/@pikisuperstar)

Mercado nacional

O IBOVESPA não tinha um fim definitivo enquanto o mercado global passava pelo clima negativo. Somente no fechamento fixou-se em uma queda de 0,03%, com 122.446,94 pontos, em uma alta de 0,079%.

Além do principal índice do mercado doméstico, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve um aumento de 0,11% em janeiro, devido o alto preço dos alimentos, conforme dados divulgados pelo IBGE.

A alteração do IPCA-15 nos últimos 12 meses foi de 4,5%, uma pausa quando comparado com dezembro, quando ocorreu um acréscimo de 0,34%. Durante 2024, a alta total do índice foi de 4,71%.

Expectativa do mercado

Segundo a pesquisa da Reuters, a expectativa dos analistas do mercado era de que houvesse uma queda de 0,03% no mês, e uma alta total de 4,36% nos últimos 12 meses.

Os números estão acontecendo em conjunto com o ajuste do governo para redução dos preços dos alimentos, conforme reunião que o presidente teve na sexta-feira ao lado de um grupo de ministros.

A fim de resolver o preço dos alimentos, uma das soluções analisadas pelo governo é a de verificar os alimentos que estão mais caros no mercado interno do que no exterior, e diminuir as alíquotas de importação destes alimentos.

Rui Costa diz que, sendo aprovado, os alimentos vendidos no Brasil teriam um preço igual ou abaixo do mercado externo. Na mesma linha, Fernando Haddad confirmou na quinta-feira (24), que o governo federal vem trabalhando em alterações Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), para os alimentos ficarem mais baratos.

Dólar e IBOVESPA caem em sessão de baixa liquidez

Depois de uma sessão de alta no final de 2024, o dólar iniciou 2025 em baixa, assim como o IBOVESPA. O dólar à vista fechou em R$ 6,1651, em uma queda de 0,22%. O IBOVESPA teve uma queda de 0,13%, com 120.125,39 mil pontos.

Baixa do dólar e do IBOVESPA

Devido à alta da commodity no exterior, os contratos de petróleo tiveram uma alta, como os do petróleo Brent, que subiram 1,73%, sendo agora seu custo por barril US$ 75,93.

Gabriel Mollo, analista de investimentos da Daycoval Corretora, o aumento do petróleo no mercado exterior, impediu uma queda superior para o indicador. Essa alta impactou também os negócios da Petrobras, que tem um imenso peso no índice brasileiro. A baixa final do IBOVESPA foi mais leve que o momento do dia em que a perda chegou perto de 1%.


IBOVESPA teve queda de quase 1% (Foto: reprodução/Freepik/@pikisuperstar)

Houve pouca movimentação na bolsa devido às festas de fim de ano, e no caso da moeda estadunidense, o número de pedidos semanais de seguro-desemprego dos Estados Unidos foi menor que o esperado.

Início de ano controlado

O especialista da Valor Investimentos, Wagner Varejão, diz que o início do ano sempre tem uma liquidez reduzida, com poucas coisas movendo o mercado fortemente, havendo um alívio na tensão.

Ainda assim, segundo Varejão, os investidores ficam atentos a quaisquer mudanças que possam haver no cenário fiscal, e as novidades das contas públicas. Com a tensão extrema do final do ano, o câmbio e a posição do IBOVESPA foi impactada tanto nacionalmente, quanto internacionalmente.

O Banco Central informou que o Brasil registrou a terceira maior série histórica de saída de dólares, com US$ 15,918 bilhões no decorre do ano. Utilizando o real como medida, o IBOVESPA caiu 10% e, utilizando o dólar, há a maior queda desde 2015.

A última prévia da nova carteira do IBOVESPA foi divulgada na quinta-feira (2), pela operadora da bolsa paulista B3, onde aparecerem ações da Marcopolo e Porto Seguro, bem como a saída da Alpargatas e Eztec. A carteira efetiva entrará em vigor de 6 de janeiro a 2 de maio.    

Dólar e inflação aumentam, mas economia cresce e desemprego caí

Na última sexta-feira do ano, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou os índices de desemprego, empregos de carteira assinada, e o IPCA-15. Estes dados econômicos são muito relevantes para compreender como foi o ano para o país, em especial para a economia, e como o ano deve iniciar. Apesar do número positivo da queda do desemprego, os preços estão aumentando cada vez mais.

Os dados de economia divulgados pelo IBGE

O teto da inflação ultrapassou a meta definida pelo Banco Central, tendo crescido 0,34% em dezembro, e fechado o ano com uma alta de 4,71%. Os gastos que mais impactaram o bolso da população foram com alimentos, bebidas e despesas pessoais, como educação e saúde.

Segundo os índices de desemprego, a taxa de desocupação baixou para 6,1%, o menor patamar da história desde 2012, quando se iniciou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). Além disso, foram abertos mais de dois milhões de postos de empregos formais.

Aumento da taxa Selic

Em uma tentativa de frear o acréscimo pelo qual o país passou, o Banco Central elevou a taxa Selic para 12,25% na última reunião do Copom, além de ter sido deliberado novas adições para o próximo ano.

A decisão não foi bem aceita pelo presidente Lula e pela ala do PT, que passaram o ano criticando as decisões, como ter mantido a taxa em 10,5%. Em junho, o presidente havia dito que o mercado financeiro foi o enfoque para que o Banco Central mantivesse os juros na reunião que houve com o Copom.

Lula afirmou que seu governo investe no povo brasileiro, enquanto que o BC optou por focar no sistema financeiro, “nos especuladores que ganham dinheiro com os juros”.


O presidente Lula critica decisões do Banco Central (Vídeo: Reprodução/X/@lazarorosa25)

Reação do mercado financeiro perante a economia

A conduta não foi bem recebida no mercado financeiro, e economistas criticaram o modo como a equipe econômica agiu perante as contas públicas. Segundo estes, houve um pessimismo perante o corte incisivo nos gastos que não ocorreu, o que fez com que se duvidasse se o arcabouço fiscal seria ou não cumprido.

Essa incerteza causou um aumento no dólar de mais de 25%, fazendo-o atingir a alta de R$ 6,27. A fim de brecar a ação, o BC fez uma intervenção recorde na moeda estadunidense em dezembro, por meio de leilões.

As expectativas do mercado sobre o IBOVESPA também não foram atendidas, com o índice tendo caído mais de 10% em 2024; nesta sexta-feira, a queda fechou em 0,67%, com 120.269 pontos.

Dólar cai com aprovação de Pacote Fiscal e leilões do Banco Central

Após uma inclusão de US$ 8 bilhões no financeiro na última sexta-feira (20), o dólar decaiu no mesmo dia e, de modo a garantir que o valor da moeda aumente, neste sábado o Banco Central leiloou US$ 7 bilhões.

Na manhã deste sábado (21), o Banco Central vendeu por volta de US$ 3 bilhões, tendo realizado em seguida um leilão no valor de US$ 4 bilhões. Desde que o BC interviu por meio de leilões, que se iniciou na quinta-feira passada (12), a autarquia inseriu US$ 27,7 bilhões no financeiro.

O dólar fechou o dia com uma baixa de 0,87%, com uma cotação de R$ 0,6710. Somando o acúmulo da semana marcada pela alta oscilação do mercado, o dólar fechou em R$ 6,30, seu recorde, com a divisa tendo subido 0,69%. O IBOVESPA avançou 0,75%, com 122.102 pontos, e a queda da semana foi de 2,01%.

Presidente sobre as ações do Banco Central para queda do dólar

Os comentários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram bem recebidos sobre o Banco Central e a área fiscal, o que consolidou a diminuição convicta das cotações.

Lula afirmou que seu governo está atento às demandas e necessidades de novas medidas para a área fiscal, depois das ações efetuadas para proteção do arcabouço.

Os comentários do presidente foram acompanhados no vídeo pela presença de Fernando Haddad, ministro da Fazendo, Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento, e Gabriel Galípolo, futuro presidente do Banco Central.

O pacote fiscal que auxiliou no recuo da moeda estadunidense

Investidores também foram muito auxiliados com o pacote fiscal aprovado no Congresso, mesmo com algumas demandas não tendo sido atendidas pelo governo, como, por exemplo, o limite de renda para o benefício de prestação continuada.

Dois aspectos do pacote fiscal já haviam sido aprovados antes de sua plena aprovação: a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que reduz despesas obrigatórias do Executivo, que foi promulgada pelo Congresso no início da tarde da última sexta-feira, bem como um projeto de lei complementar que funciona como uma trava para a despesa pública.


Lula fala sobre a autonomia do Banco Central (Reprodução: Vídeo/Instagram/@lulaoficial)


Após a difusão da PEC, no meio da tarde, o movimento de câmbio intensificou-se após o presidente publicar um vídeo no Instagram informando que Galípolo, que atuará como presidente do Banco Central no futuro, possui o apoio e confiança de toda a equipe da presidência.

Apagão global causa queda em ações da empresa responsável 

Na última sexta-feira (19/07), a internet vivenciou um apagão global, tendo por responsável a empresa de tecnologia de segurança cibernética, CrowdStrike.

Desde a manhã de sexta-feira, as ações da empresa vêm sendo desvalorizadas na Bolsa de Valores dos Estados Unidos, e seu valor de mercado decaiu R$ 50 bilhões desde o apagão.

Ações na bolsa

O mercado mexicano abriu às 10h30 (horário de Brasília) e, cerca de meia hora depois, as ações da CrowdStrike estavam sendo vendidas a US$ 78,93, com recuo de 9,6%. A empresa mais afetada pela falha foi a Microsoft, a qual teve uma queda mínima, de 0,1%.

As ações da Microsoft e da CrowdStrike são negociadas na Bolsa de Tecnologia Nasdaq, que teve um aumento de 0, 05% no mesmo momento em que as ações destas duas caiam. Outras quedas ocorreram, como a da Bolsa de Nova Iorque, a qual teve uma decaída de 0,51%.

Mesmo com essas quedas, a Bolsa brasileira não teve impacto pelo apagão, com o principal índice acionário da B3, IBOVESPA, tendo inclusive um aumento de 0,48%.


Ações da CrowdStrike e da Microsoft decaem após apagão online (Foto: Reprodução/Pinterest/@themotleyfool)

Impacto do apagão

Além de ter afetado os sistemas da Microsoft, causando “tela azul” em computadores ao redor do mundo, bancos tiveram seus serviços prejudicados, voos foram atrasados, e serviços de comunicação foram afetados.

Através de seu site, a Microsoft relatou que as falhas iniciaram na quinta-feira (18/07), às 16h (horário de Brasília). Os problemas abalaram inclusive a plataforma de nuvem Azure, assegurada pelo software CrowdStrike Falcon.

Segundo George Kurtz, CEO das CrowdStrike, os usuários foram impactados devido uma falha de atualização de conteúdo do Windows. Em suas redes sociais, Kurtz declarou que a falha foi identificada, isolada e uma solução foi instaurada.

A Microsoft também informou que o problema foi resolvido, contudo, o Office 365 e alguns de seus aplicativos permanecem com falhas.

Ibovespa tem alta consecutiva e dólar fecha a R$ 5,44

O dólar fechou em alta na última segunda-feira, 15 de julho, após o atentado contra o ex-presidente Donald Trump, que elevou as apostas de sua vitória nas eleições de novembro nos EUA. O índice Ibovespa estendeu sua sequência de altas, impulsionado pelo desempenho positivo de Wall Street e das exportadoras brasileiras.

Moeda americana valoriza após atentado contra Trump

Na última segunda-feira (15), o dólar à vista encerrou em alta, refletindo o avanço da moeda americana em relação a outras divisas de países emergentes e exportadores de commodities.


Ibovespa (Foto: reprodução/Patricia Monteiro/Bloomberg via/Getty Images Embed)


Apesar da alta de 0,26% no dia, o dólar acumula uma baixa de 2,61% no mês de julho. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento também registrou alta, subindo 0,14% e sendo negociado a R$ 5,4510 na venda.

Ibovespa registra 11ª alta consecutiva

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, manteve sua sequência de ganhos, fechando em alta. O índice avançou 0,33%, encerrando o dia a 129.320,96 pontos, após atingir 129.485,44 pontos na máxima do dia e 128.723,20 pontos na mínima.

Com esse resultado, o Ibovespa se iguala a uma série de ganhos registrada entre o final de 2017 e o início de 2018, embora ainda acumule uma queda de mais de 3% no ano. O volume financeiro totalizou R$ 15,3 bilhões.

Esse cenário de otimismo no mercado brasileiro foi impulsionado pelo desempenho positivo das principais bolsas de valores globais, como o Dow Jones e o S&P 500 nos Estados Unidos, que fecharam em alta, refletindo expectativas de uma recuperação econômica favorável ao mercado de exportações. 


Bolsa de Valores Ibovespa (Foto: reprodução/Getty Images Embed)


Essa tendência, do excelente desempenho das exportadoras brasileiras, favorece a continuidade da alta nos índices no Ibovespa, demonstrando confiança dos investidores no potencial de recuperação e crescimento do mercado financeiro nacional.


Ações da Ambev caem mais de 7% após a divulgação do resultado trimestral

A Ambev, a maior fabricante de cervejas do Brasil, registrou baixa nas vendas na última quinta-feira (29). Em suma, o grupo que administra e comercializa cervejas como a Brahma e Antarctica Original caiu 11% em lucro líquido no quarto trimestre e 12% ao nível de recursos financeiros. 

Taxas de juros mais baixas, variações da moeda, além do custo da matéria-prima, estão entre os motivos apontados nesta última divulgação do resultado. 

Analistas apontam hiperinflação argentina como um dos motivos

Atuante também em outros territórios da América do Sul, como a Argentina, a hiperinflação da moeda do país justifica, em partes, a redução fiscal, de acordo com analistas do grupo XP: “Com impostos mais altos e a Argentina com ventos contrários, o desempenho operacional deve permanecer nos bastidores e, portanto, esperamos que as ações devolvam parte do desempenho positivo de ontem”, declararam.

Entretanto, o decréscimo não é de um todo ruim, mas balanceado. Para os profissionais da XP, houve uma melhora considerável na recuperação operacional e também expansão em outras linhas da empresa. 


A Ambev está em 31 localidades pelo Brasil (Foto: reprodução/Ambev)

Em território brasileiro, contam com mais de 30 mil funcionários. Ao todo, o grupo possui filiais em 16 países. Entre eles, estão: a Bolívia, Chile, Paraguai, Uruguai, Guatemala, República Dominicana, Cuba, Panamá, Barbados, Nicarágua, Saint Vincent, Dominica e Antígua, além de uma filial na Argentina.

Queda de ações aflige o mercado

Segundo o indicativo do Ibovespa, ontem (29), as ações caíram 7,36% atingindo o valor de R$ 12,46.

Para o banco de investimento do Bradesco, o motivo tem relação com a alta especulação dos resultados antes da divulgação oficial por parte da fabricante. Até então, acumulavam 4% de ganho.

Neste ano, a Ambev espera uma redução de 0,5% a 3% no custo do hectolitro da cerveja com base  em valores recentes das commodities e também nas flutuações cambiais.