EUA tentam impedir colapso na rede elétrica após grande demanda da IA

No começo de 2025, equipes de energia em vários estados começaram a notar um movimento que, à primeira vista, parecia só uma coincidência. Um pedido urgente aqui, outro ali, sempre vindo de novos datacenters que surgiam em terrenos antes vazios. Quando as requisições passaram a chegar quase toda semana, ficou claro que a rede elétrica já não dava conta. A sensação de pressa tomou conta das salas de operação, onde técnicos passaram a debater, quase diariamente, como evitar que a demanda crescente empurrasse o sistema para o limite.

A pressão não surgiu do nada. Ainda em 2024, gigantes como OpenAI, Google e Amazon anteciparam um salto na potência computacional até 2030. Desde então, muitas concessionárias admitem que estão correndo atrás. Projetos chegam antes das obras, que começam antes das licenças. É assim que se formam disputas por energia, ajustes provisórios e filas de espera espalhadas por todo o país.

Redes em alerta

No Oregon, a situação ficou evidente quando a Amazon voltou às reuniões com autoridades depois de ver parte de um investimento bilionário praticamente congelado por falta de energia disponível. A Pacificorp explicou que não poderia atender ao pedido de imediato, e o assunto acabou nas mesas regulatórias. Em Santa Clara, dois centros de 50 megawatts, erguidos pela Digital Realty e pela Stack Infrastructure, seguem sem operar desde 2024. A concessionária local prevê liberar energia só depois de 2028, quando concluir uma atualização cara e demorada.


IA acelera o consumo de energia nos EUA e pode gerar gargalos antes de 2030 (Foto: reprodução/X/@hectorchamizo)


Consultores que acompanham o setor dizem que esse tipo de impasse deixou de ser exceção. Ohio vive exemplo parecido: uma mudança na regra de contratação enxugou a fila de projetos de 30 para 13 gigawatts. Ainda assim, especialistas lembram que o país tem histórico de acelerar grandes obras quando há interesse econômico forte. Institutos de energia enxergam até um lado positivo nessa corrida, que pode destravar investimentos que ficaram engavetados por anos.

Datacenters viram usinas próprias

Com a rede pública pressionada, várias empresas passaram a montar suas próprias fontes de energia. No Texas, não é raro ver turbinas novas sendo instaladas a poucos metros dos prédios que abrigam servidores. O projeto Stargate, em Abilene, montado por OpenAI, SoftBank, Oracle e MGX, já funciona com dez turbinas só para garantir que nada desligue de surpresa. Esse movimento começou a atrair até grupos do setor de petróleo: a Chevron, por exemplo, planeja instalar 5 gigawatts em geração a gás até 2027, aproveitando o excedente da Bacia Permiana.

Startups e fornecedores menores oferecem células a combustível e turbinas compactas, uma solução rápida para novos datacenters. A xAI, de Elon Musk, já aplicou a estratégia em mais de um local. Especialistas estimam que o gás natural atenderá boa parte da demanda, enquanto o governo aposta em reatores nucleares antigos e novos modelos AP1000. Modernizar a rede e programas de resposta ao consumo poderiam liberar potência extra. Pesquisadores da Duke University calculam que reduzir apenas 1% do uso dos datacenters criaria uma folga de 125 gigawatts.

Amazon destina US$ 50 bilhões para ampliar infraestrutura de IA governamental

Em anúncio realizado nesta segunda-feira (24), a Amazon revelou que pretende investir até US$ 50 bilhões em infraestrutura de inteligência artificial e supercomputação voltada para o setor público dos Estados Unidos. O novo passo da gigante se torna um dos maiores investimentos direcionados à nuvem governamental do país norte-americano.

A aposta da Amazon reflete a crescente importância da IA para órgãos governamentais, especialmente no contexto da corrida tecnológica que o mundo vê acontecer atualmente. Empresas de tecnologias como a OpenAI e a Alphabet também vêm investindo bilhões de dólares em infraestrutura de IA, reforçando a briga pelo controle no mercado tecnológico.

Inteligência artificial e computação

As novas instalações de data centers têm previsão de início de obras para 2026 e devem acrescentar cerca de 1,3 gigawatts de capacidade dedicados a IA e computação de alto desempenho, com objetivo de fortalecer regiões de nuvem da AWS, que contam com mais de 11.000 agências públicas nos Estados Unidos. As mesmas são classificadas a depender do grau de confidencialidade dos dados, contando com três divisões: AWS Top Secret, AWS Secret e AWS GovCloud.


Data centers da Amazon em Virgínia, nos EUA (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Bloomberg)


Cada 1 gigawatt de potência computacional, por exemplo, tem capacidade de alimentar cerca de 750.000 residências norte-americanas. O acesso ao portfólio da Amazon dará ao governo maior liberdade e avanço nas barreiras tecnológicas, já que o governo federal dos Estados Unidos tem como objetivo o desenvolvimento de soluções de IA personalizadas e geração de economias eficientes, ao mesmo tempo, em que aproveita a capacidade da Amazon destinada a AWS.

Corrida da IA

O movimento da Amazon ocorre em um momento estratégico, onde não somente os Estados Unidos, mas outras potências como a China, buscam intensificar os esforços para garantir liderança e lugar na corrida da inteligência artificial.

A Amazon não é a única a investir nesse segmento, com empresas como OpenAI, Alphabet e Microsoft, também já destinando bilhões para expandir a infraestrutura de IA, por meio da construção de data centers. Contudo, a estratégia da gigante em oferecer serviços a órgãos públicos a alavanca no setor de tecnologia, em especial dos Estados Unidos, e torna a corrida mais acirrada.

Google anuncia investimento de US$ 40 bilhões para expansão de data centers no Texas

O Google anunciou um investimento de US$ 40 bilhões para ampliar sua infraestrutura de centro de dados no Texas, com a construção de três novos complexos. O projeto aumentará o número de data centers que a empresa já tem no estado norte-americano de dois para cinco, reforçando sua presença na corrida da inteligência artificial.

O investimento alto marca um momento estratégico para a gigante de tecnologia, que aposta no crescimento da demanda por IA. De acordo com a Bloomberg, o CEO do Google, Sundar Pichai afirmou que a construção dos data centers disponibilizará milhares de empregos, através de treinamentos.

Novos centros de dados

Os três novos data centers do Google serão distribuídos entre os condados de Armstrong e Haskell. Segundo a Bloomberg, um dos complexos em Haskell será alocado ao lado de uma nova usina solar com sistema de armazenamento de energia em baterias, que visa reduzir o impacto na rede elétrica do local e tornar o funcionamento mais sustentável.

Pichai reforçou que o investimento de US$ 40 bilhões não apenas irá alavancar a empresa na computação para IA, mas também irá fomentar a economia local por meio da criação de novos empregos e capacitação técnica. A empresa investirá em programas de treinamentos profissionais para estudantes de universidades e aprendizes de eletricista.


Data center do Google no Texas (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Ron Jenkins)


Por que o Texas?

O estado do Texas vem se tornando um polo atrativo para a criação de data centers, principalmente por sua combinação de disponibilidade de terrenos e custo de energia para uso industrial mais barato. Essas características tornam o estado do sul dos EUA especialmente competitivo entre as empresas de tecnologia, como o Google – que já mantém dois polos no local. Conforme a Bloomberg, o governador do Texas, Greg Abbott, afirmou que o estado pode se tornar o estado com o maior número de data centers do Google no mundo, se todos os projetos obterem sucesso.

Não somente o Google, mas também empresas como a OpenAI e Anthropic também tem anunciado grandes planos para erguer centros de dados no Texas. O centro de IA da OpenAI tem previsão para inaugurar em 2026, na cidade de Abilene; já a Anthropic anunciou um investimento de US$ 50 bilhões em data centers em estados norte-americanos, incluindo o Texas.

Nova fase da inteligência artificial pode redefinir o futuro das empresas

Após o auge da IA e o fascínio do mundo acerca da nova ferramenta de tecnologia, uma nova fase surge para a computação. A inteligência artificial entra agora em uma fase mais madura, voltada para o impacto real nos negócios, podendo mudar estratégias. 

As empresas começaram a notar que o valor real da tecnologia está em sua capacidade de transformar dados em inteligência estratégica, como parte essencial das operações. A inteligência artificial agora está dentro do cotidiano, não somente mais como uma ferramenta de apoio. 

Tendência da IA para empresas

Durante anos desde a sua criação, a corrida da IA foi marcada por testes isolados e projetos comuns, como uma assistente produtiva para os seres humanos. Agora, a tendência é de que as empresas comecem a integrar a inteligência artificial em seus sistemas internos – como bancos de dados e plataformas de atendimento, permitindo que a tecnologia atue diretamente com um contexto previamente dado e atue de forma mais produtiva.

Segundo especialistas do mercado tecnológico, a chave para a nova fase da IA é a combinação da tecnologia com dados próprios da empresa, fazendo com que eles se conversem. Isso torna possível que as respostas sejam mais precisas e personalizadas para cada usuário, virando uma estratégia essencial para o crescimento das empresas.


Tendência é de que IA se torne uma estratégia para empresas (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Smith Collection/Gado)


Avanço no mercado

Empresas que adotam políticas de gestão de dados, como a Nike e a Amazon, vêm se destacando no mercado, com resultados eficientes e mais rápidos por meio dessa combinação de IA com dados. Esse movimento tem impulsionado o conceito de que a inteligência artificial não é só mais um complemento às empresas, e sim o centro de estratégias. 

A capacidade da IA permite que as empresas revolucionem o modo como tratam os dados que recebem em seus bancos, e assim avancem cada vez mais no mercado mundial. A tendência é que esse movimento se alastre e os negócios se transformem, redefinindo mercados internos. 

Gastos bilionários da OpenAI e o papel de Sam Altman por trás da decisões da empresa

O CEO da OpenAI, Sam Altman, firmou uma série de acordos bilionários com empresas de tecnologia – como Microsoft, Amazon, Nvidia e Oracle – prevendo investimentos em data centers pelos próximos anos. Mesmo com uma previsão de receita em US$ 20 bilhões para 2025, os acordos chegam a US$ 1,4 trilhão, mostrando uma discrepância no que se tem e no que se promete investir. 

O cenário de expansão acelerada da OpenAI reflete a crença de Sam Altman nas leis de escala, onde quanto mais recursos significam maior inteligência e desempenho nas inteligências artificiais. Entretanto, apesar dos valores altos investidos, o CEO não deve arcar pessoalmente com esses custos. 

Acordos entre as empresas

De acordo com estimativas, para cumprir os acordos em computação, a OpenAI precisaria gerar uma renda de US$ 577 bilhões até 2029 – um salto de 2.900% em relação às projeções para 2025. 

Uma das possibilidades da OpenAI para resolver essa questão financeira é a renegociação de contratos. Algo comum no mundo das datacenters, significa que a empresa pode escolher pagar e utilizar apenas uma parte da computação que contratou, causando assim a renegociação dos contratos feitos pelas companhias de tecnologia. 

Entretanto, o que mais pesa para o CEO da gigante é a possibilidade de não ter acesso a computação para treinar e operar modelos de IA quando chegar a hora certa. O mesmo afirmou que o risco mais significativo para a empresa é não ter poder computacional, invés de ter muito.


Sam Altman, CEO da OpenAI (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Justin Sullivan)


O papel de Altman na OpenAI

Uma das ambições do CEO é a chegada da AGI, uma inteligência artificial geral que é capaz de igualar ou ser superior às habilidades dos seres humanos. Isso se reflete na sua ideia de que o melhor cenário para a OpenAI é ter poder computacional, pois assim, sua empresa teria capacidade para essa tecnologia no momento certo. Para ele, velocidade é essencial; primeiro é necessário crescer para depois descobrir o que acontece.

Contudo, essa ousadia e busca por velocidade podem atrapalhar os planos financeiros da OpenAI, como acontece agora, onde o valor de acordos ultrapassa o valor de receita anual. 

De acordo com declarações feitas pelo próprio Altman, o executivo não mantém participação acionário na OpenAI, e que mesmo após a reestruturação da gigante como corporação de benefício público isso não deve mudar. Ou seja, caso a empresa não consiga cumprir suas metas de receita, Altman não é afetado diretamente, já que não possui participação financeira. No fim, não importa quantos acordos e seus valores a OpenAI fechar, Altman não será atingido de forma direta. Danos como a sua reputação caso esses acordos não ocorram positivamente podem ocorrer, mas no papel Altman está protegido. 

OpenAI fecha contrato de US$ 38 bilhões com a Amazon em serviços de nuvem

Nesta segunda-feira (3), foi anunciado o acordo entre a OpenAI e a Amazon, avaliado no valor de US$ 38 bilhões. A parceria entre as companhias permite que a OpenAI compre serviços de computação em nuvem da Amazon, fortalecendo não somente a gigante de tecnologia, mas também o posicionamento da empresa de Jeff Bezos na corrida da IA.

Além do investimento em peso, a parceria marca um passo significativo para a OpenAI em seus planos de treino e execução de inteligência artificial. O impulso em tecnologia ocorre após a reestruturação da empresa, que possibilitou uma autonomia operacional e financeira maior do que antes.

Parceria entre OpenAI e Amazon

No acordo anunciado, a OpenAI se comprometeu a investir um valor de US$ 1,4 trilhão no desenvolvimento de 30 gigawatts de recursos em computadores. Além disso, a parceria vai permitir que a criadora do ChatGPT utilize milhares de processadores gráficos da Nvidia no treinamento e execução dos modelos de IA da gigante.

Segundo o presidente-executivo e cofundador da OpenAI, Sam Altman, o avanço da IA exige “uma computação massiva e confiável”. Altman afirmou que a parceria entre as duas empresas fortalece o sistema de computação e que isso tornará possível o avanço da inteligência artificial, permitindo que todos tenham acesso.


Sam Altman, presidente-executivo e cofundador da OpenAI (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Justin Sullivan)


A transação representa a confiança da empresa de tecnologia na nuvem da Amazon. Ao mesmo tempo, o acordo ocorre em um momento em que alguns investidores acreditavam que a unidade de nuvem da Amazon poderia estar ficando para trás em relação às rivais Microsoft e Google.

Tecnologia de ponta

Para dar suporte aos seus avanços, a OpenAI passará a utilizar centenas de milhares de chips da Amazon, que incluem aceleradores de IA – sendo eles, os chips GB200 e GB300 da Nvidia -, instalados em clusters de dados. Esses conjuntos de dados foram construídos para nutrir as respostas do ChatGPT e treinar os próximos modelos da OpenAI.

Paralelamente, a Amazon já trabalha junto a OpenAI por meio da oferta de modelos na Amazon Bedrock. O serviço disponibiliza diversos modelos de inteligência artificial para empresas que utilizam a infraestrutura da Amazon. O mais novo acordo entre as duas empresas as posicionam em um lugar estratégico no mercado, permitindo que disputem intensamente a corrida da IA.

Oakley estreia no mercado tech com óculos inteligentes em parceria com a Meta

A Oakley e a Meta iniciam um novo passo crucial no Brasil, com o lançamento do Oakley Meta HSNT, um óculos inteligente, resultado da nova parceria entre as duas marcas. Os óculos unem o design esportivo da Oakley com a inteligência artificial da Meta, marcando a entrada da marca esportiva no mercado de tecnologia.

A novidade busca entregar qualidade tanto para atletas, quanto para fãs da marca, misturando a funcionalidade da IA com o mercado esportivo e também expandindo o sucesso da Meta. A gigante de tecnologia já tinha uma parceria com a EssilorLuxottica, responsável pelos óculos inteligentes Ray-Ban Meta, considerado um dos mais vendidos no setor.

Características dos óculos

O Oakley Meta HSNT é equipado com uma câmera de alta resolução (3K), além da integração com um assistente de voz da Meta AI, que permite que o usuário registre vídeos e fotos através de comandos de voz. Ainda na área de inteligência artificial, os usuários também podem acessar informações sobre o clima e desempenho esportivo, sem ter que usar as mãos, o que facilita o trabalho dos atletas.

Outras características inovadoras do óculos são os alto-falantes open ear, que vem embutidos nas hastes do acessório, e a resistência à água, além de uma bateria que promete duração de até oito horas de uso contínuo, facilitando o uso aos atletas de esportes de longa duração e/ou aquáticos.

O preço de lançamento no Brasil do novo acessório é de R$3.459, estando disponível nas lojas Oakley e no Itaú Shop. Além disso, ele está disponível em diversas armações e lentes, possibilitando a customização de acordo com o gosto do usuário. A campanha reúne nomes como Gabriel Medina, J.R Smith, Ishod Wair, Boo Johnson e Bicho Carrera. 


Campanha do Oakley Meta HSTN com Gabriel Medina (Mídia: reprodução/Instagram/@oakleybr/@gabrielmedina)

Entrada da Oakley no mercado tech

Com o lançamento do Meta HSNT, a Oakley entra em um novo patamar do mercado. Agora oficialmente inserida no mercado tech, a marca esportiva se alinha ao movimento de unificação do esporte com a tecnologia, consolidando a sua posição agora em dois diferentes setores. 

A inovação faz parte da expansão também da Meta, que já vinha obtendo sucesso com os óculos Ray-Ban Meta. A aposta das duas marcas em unir tecnologia, performance e branding busca conquistar novos públicos, as consolidando como marcas de peso no universo tecnológico. Essa transição de ambas reforça a visão de que um setor não anda sozinho no mundo globalizado, em especial o de tecnologia, tornando possível que empresas ampliem seus negócios para além da sua área. 

Google Cloud amplia presença no Brasil com chips de inteligência artificial

Na era da tecnologia, o que mais tem sido investido pelas empresas é definitivamente a inteligência artificial. Apenas em 2025, mais da metade das empresas brasileiras relataram aumentos financeiros com a adoção da IA. Com esse cenário em avanço, o Google Cloud tomou um passo à frente, apostando no fortalecimento de sua presença no Brasil.

A companhia busca trazer seus chips de inteligência artificial para os data centers do país, reforçando assim sua estratégia de mercado e fortalecendo sua presença, através de infraestrutura local. De acordo com Oliver Parker, vice-presidente da inteligência artificial do Google Cloud, os clientes brasileiros devem contar com um maior desempenho, além de estruturas com melhores custos e o uso do Gemini em alta escala. 

Chips locais do Google 

O principal movimento da companhia é a implementação de TPUs no Brasil. Os chips desenvolvidos pelo Google têm como função acelerar aplicações da inteligência artificial. Com sua presença nacional, a ferramenta não somente vai apresentar uma melhoria de performance, como também reduzirá os custos para os usuários locais. 

Além do melhor desempenho e custo enfatizados por Oliver Parker, o vice-presidente também ressaltou que o Google é “o único provedor que permite que os usuários executem o Gemini em sua própria infraestrutura”, trazendo uma alternativa para empresas de terceiros que buscam uma soberania e segurança digital. 



Oliver Parker, vice-presidente da inteligência artificial do Google Cloud (Foto: Divulgação)

Diferenciais na estratégia

A estratégia do Google não se limita somente às grandes corporações, o que os posicionam de forma diferente no mercado brasileiro de tecnologia. Em entrevista para a Forbes Brasil, Marcel Silva, head de vendas do Google Cloud na América Latina, destaca que a gigante adota políticas comerciais flexíveis, além de existirem estratégias específicas para empresas de pequeno e médio porte. De acordo com Marcel, as políticas funcionam como “soluções adaptadas a necessidades”, fazendo com que o pagamento do cliente seja proporcional ao quanto ele estiver utilizando da nuvem geral e na IA.

O Google Cloud já realizou trabalhos com a Dasa – utilizando IA para aprimoração de imagens e modelos de treinamento nos diagnósticos -, e também com a Receita Federal, que usa o Gemini na função de processamento de imagens, possibilitando assim que seja detectado se há itens proibidos ou suspeitos em pacotes. Com o reforço da infraestrutura local e aplicação da IA nos serviços brasileiros, o Google Cloud vem se posicionando cada vez mais fortemente no mercado, oferecendo alternativas de escolhas para as empresas em meio a corrida mundial da tecnologia.

Musk nega rumores de captação de US$ 10 bilhões pela xAI

O empresário e dono da xAI, Elon Musk, negou a informação que sua empresa está levantando capital, em seu perfil no X, nesta sexta feira (19). Musk se pronunciou após a publicação de uma reportagem da CNBC, mostrando um levantamento de US$ 10 bilhões (R$ 53,2 bilhões), em uma avaliação US$ 200 bilhões (R$ 1,064 trilhão), obtido pela companhia. O bilionário afirmou que a xAI não está obtendo capital atualmente, e disse que a notícia não é verdadeira.

XAI mira liderança e infraestrutura em IA

A matéria da CNBC apontava que os recursos seriam destinados principalmente à expansão de infraestrutura, incluindo a construção de grandes data centers equipados com processadores gráficos de empresas como Nvidia e AMD. Esses chips são fundamentais para o desenvolvimento de modelos avançados de inteligência artificial e, segundo a publicação, também serviriam para reforçar a contratação de especialistas altamente qualificados no setor.

Fundada em 2023, a xAI busca competir diretamente com empresas já consolidadas no mercado de IA, como a OpenAI, criadora do ChatGPT, e a Anthropic, responsável pelo Claude. Para isso, a companhia tem ampliado a capacidade de seu supercomputador Colossus, instalado em Memphis, considerado o maior do mundo. O objetivo é acelerar o treinamento de modelos de próxima geração, além de consolidar espaço em um mercado que desperta cada vez mais interesse de investidores.


Símbolo da xAI (Foto: reprodução/NurPhoto/Getty Images Embed)


Gigantes da IA seguem atraindo bilhões

Caso a avaliação citada pela CNBC se confirmasse, a xAI mais que dobraria seu valor de mercado em relação aos US$ 75 bilhões (R$ 399 bilhões) estimados em julho pela Pitchbook. Esse salto a colocaria entre as startups mais valiosas do planeta, atrás apenas de gigantes como a OpenAI, a chinesa ByteDance e a SpaceX, também comandada por Musk.

Enquanto isso, outras concorrentes seguem movimentando cifras bilionárias. A OpenAI discute a possibilidade de uma nova venda de ações, que abriria a chance de elevar sua avaliação para cerca de US$ 500 bilhões (R$ 2,66 trilhões).

Já a ByteDance prepara uma recompra de papéis que deve avaliar a companhia em mais de US$ 330 bilhões (R$ 1,755 trilhão). A Anthropic, por sua vez, anunciou recentemente ter obtido US$ 13 bilhões (R$ 69 bilhões) em investimentos, alcançando um valor de mercado estimado em US$ 183 bilhões (R$ 972 bilhões). Apesar da negativa de Musk, o interesse do mercado em startups de IA continua em alta, mesmo diante de questionamentos sobre o ritmo e a sustentabilidade dos gastos no setor tecnológico.

Reese Witherspoon apoia uso de IA como ferramenta de apoio do cinema

A atriz Reese Witherspoon concedeu uma entrevista à revista Glamour nesta última terça-feira (2). Assim, a produtora explicou sua visão sobre o cinema atual com os avanços da tecnologia e sua experiência com o elenco de “Casamentos Cruzados”. Além disso, a queridinha de Hollywood defendeu sua paixão pelas artes cênicas e obras audiovisuais.

Para Reese, a inteligência artificial já faz parte de uma nova era do cinema. Ou seja, é inevitável que os avanços tecnológicos mudem a forma que os enredos serão criados. No entanto, essa novidade não significa que a criatividade humana irá sumir totalmente das obras.

Reese Witherspoon defende mulheres operando IAs

Dessa forma, a intérprete da carismática Elle Woods, em “Legalmente Loira”, acredita que a engenhosidade e a sensibilidade individual dos cineastas continuará sendo a alma de produtos audiovisuais. Por esse motivo, Reese destacou que é muito importante ter mulheres envolvidas com IA. Já que a inteligência artificial será o futuro do cinema. Sendo assim, ela concluiu que se a revolução tecnológica ficar apenas nas mãos de um grupo restrito, as mídias correm o risco de repetir desigualdades e perderem as oportunidades de serem inovadoras e diversas.


Reese Witherspoon posa para a Glamour ao lado de Jennifer Aniston, Karen Pittman, Marion Cotillard e Nicole Behari (Foto: reprodução/Instagram/@glamourmag)


Reese Witherspoon apoia integração de avanços tecnológicos na rotina

Vale ressaltar, que Reese segue como uma produtora influente de Hollywood atualmente. Aliás, sua empresa, “Hello Sunshine“, é reconhecida justamente por adaptar histórias com o protagonismo feminino. Com isso, a artista expressou que as pessoas podem lamentar ou se sentirem tristes. Porém, isso não muda que a mudança está realmente acontecendo e que a melhor opção é se adaptar e fazer parte dela.

Em seguida, Witherspoon revelou que já usa determinadas ferramentas diariamente. Assim, ela consegue estabelecer compromissos e otimizar seu tempo em ações burocráticas durante sua rotina corrida. Além disso, para Reese, cada dia nas artes cênicas já contém um novo desafio. Ainda mais, quando se chega no set de filmagens com pessoas que nunca trabalhou antes na vida.