Jair Bolsonaro transferiu R$ 800 mil para os EUA antes de viagem, revela investigação da PF

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo de investigação da Polícia Federal (PF) após uma transferência bancária de R$ 800 mil para os Estados Unidos em dezembro de 2022, antes de viajar ao país, segundo revelações da Operação Tempus Veritatis.

A ação da PF resultou na apreensão do passaporte de Bolsonaro e de outros investigados, evidenciando o cenário de incertezas e movimentações suspeitas após a tentativa de golpe de Estado no Brasil.

Conforme documentos obtidos pelo blog, a PF identificou a transferência de recursos para uma conta bancária nos EUA, realizada por Bolsonaro pouco antes de sua viagem. A operação de câmbio, no valor de R$ 800.000, ocorreu em 27 de dezembro de 2022, coincidindo com o período de tensão política no Brasil. A investigação sugere que tal movimentação visava resguardar o ex-presidente de possíveis implicações legais relacionadas aos atos ilícitos investigados.

Possível ligação com desvio de bens e saldo negativo no Brasil


Investigação diz que o ex-presidente viajou para a Flórida no final de seu mandato e transferiu recursos para financiar suas despesas no exterior (reprodução/UOL NOTÍCIAS)

A PF levanta a hipótese de que o montante transferido para os EUA possa incluir recursos provenientes de desvios de bens patrimoniais de alto valor, como no caso da venda de joias oferecidas pela Arábia Saudita ao governo brasileiro.

Além disso, após a transferência, Bolsonaro teria registrado um saldo negativo em sua poupança no Brasil, no valor de R$ 111 mil, posteriormente coberto por recursos de um fundo de investimentos.

Desdobramentos da investigação

A Operação Tempus Veritatis resultou na apreensão dos passaportes de Bolsonaro e de outros investigados, incluindo o ex-ministro da Justiça Anderson Torres. A PF sustenta que a não consumação do golpe de Estado levou diversos investigados a deixarem o país, sob justificativas como férias ou descanso, destacando a preocupação com a possibilidade de condenação criminal e a facilidade de saída do país com passaportes oficiais.

Até o momento, a defesa de Jair Bolsonaro não se pronunciou sobre as revelações da investigação da PF.

PF afirma que Bolsonaro é responsável por examinar e alterar minuta de decreto golpista

Nesta semana, a Polícia Federal entregou ao STF (Supremo Tribunal Federal) um relatório sobre a investigação de golpe de Estado realizada nos últimos dias. No documento, a PF afirma que o ex-presidente Jair Bolsonaro está de fato envolvido no golpe, pelo fato de ter examinado e alterado uma minuta de decreto relacionada ao golpe de Estado.

Dados comprometedores

Segundo o relatório da Polícia Federal, durante a investigação foram colhidos dados que provam a ligação de Jair Bolsonaro à conspiração nacional, no caso mensagens rastreadas que mostravam Bolsonaro recebendo um texto relacionado ao golpe de Estado e fazendo alterações no mesmo. Ainda é afirmado no relatório que Bolsonaro, após avaliar o texto, manteve a determinação de prisão de Alexandre de Moraes, ministro da Corte.


Palácio do Supremo Tribunal Federal (Foto: reprodução/cnnbrasil/Fabio Rodrigues)

O documento analisado pela PF, que serviu de base para o relatório em questão, possui diversos indicativos de mobilização para um golpe de Estado. Uma das características deste documento, é a proposta da instauração de um estado de sítio no Brasil, significando uma suspensão temporária dos direitos e garantias dos cidadãos e sobrepondo poder Executivo sobre o Judiciário e o Legislativo.

Defesa de Jair Bolsonaro

A defesa do ex-presidente da república assegurou em nota que o mesmo não participou de qualquer decreto que alterasse o Estado Democrático de Direito de forma ilegal, afirmando que quaisquer informações divulgadas com este tipo de afirmação não refletem a verdade, além de citar que Jair Bolsonaro manifestou-se contra os atos de vandalismo ocorridos aos prédios dos Três Poderes no dia 08/01/2023.

Enquanto eram cumpridos os mandados de prisão e busca e apreensão na última semana, a PF elencou diversas conversas sobre o assunto em questão. Uma das conversas apuradas pelas autoridades é a de Mauro Cid e Freire Gomes em dezembro de 2022. Esta troca de mensagens, para a Polícia Federal, confirma a existência do decreto analisado e ajustado por Jair Bolsonaro.

Polícia Federal investiga Bolsonaro e expõe vídeo com reunião controversa sobre as eleições

A Polícia Federal (PF) divulgou detalhes de uma reunião ocorrida em julho de 2022 entre a “alta cúpula” do governo Bolsonaro, que tem gerado repercussão pelas falas controversas e acusações de disseminação de desinformação e ataques à Justiça Eleitoral. O vídeo dessa reunião foi encontrado em um computador apreendido na casa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. O encontro levanta questões sobre a conduta do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus auxiliares em relação ao processo eleitoral.

Reunião estratégica para minar adversários políticos

Segundo as investigações da PF, a reunião teve como objetivo principal cobrar dos presentes uma atuação ativa na promoção da desinformação e ataques à Justiça Eleitoral. Participaram da reunião o então presidente Jair Bolsonaro, Anderson Torres (na época ministro da Justiça), Augusto Heleno (ministro do Gabinete de Segurança Institucional), Paulo Sérgio Nogueira (ministro da Defesa) e outros membros do governo.


Entenda a operação da Polícia Federal (vídeo: reprodução/YouTube/SBT News)

Durante o encontro, Bolsonaro teria admitido a possibilidade de uma vitória de Lula no primeiro turno, reconhecendo a legitimidade das pesquisas eleitorais e contradizendo suas declarações anteriores de questionamento aos institutos de pesquisa. Além disso, ele discutiu a convocação de embaixadores para denunciar supostas fraudes no sistema eleitoral brasileiro, o que posteriormente contribuiu para sua inelegibilidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 2030.

Bolsonaro também teria pressionado seus ministros a participarem ativamente na disseminação de informações fraudulentas, numa tentativa de reverter a situação desfavorável na disputa eleitoral. “Daqui pra frente, quero que todo ministro fale o que eu vou falar aqui“, teria afirmado o ex-presidente.

Manifestações de outros membros do governo

Augusto Heleno defendeu ações enérgicas antes das eleições e propôs medidas para minar instituições e indivíduos considerados adversários do grupo bolsonarista.

Anderson Torres utilizou o exemplo da Bolívia para justificar uma abordagem questionável por parte do governo e repetiu argumentos infundados sobre possíveis irregularidades nas urnas eletrônicas. Paulo Sérgio Nogueira classificou o TSE como “inimigo” e apoiou as acusações sem fundamento contra o órgão.

A divulgação desses detalhes pela Polícia Federal representa mais um capítulo na investigação sobre as ações do governo Bolsonaro em relação ao processo eleitoral de 2022, e deve gerar debates e análises sobre os limites éticos e legais da atuação dos líderes políticos durante campanhas eleitorais. Em entrevista cedida a jornalista Mônica Bergamo no dia de hoje, Bolsonaro revelou que tem 24 horas para entregar seu passaporte.

Caso Edson Davi: polícia foca na hipótese de afogamento e família acredita em sequestro

A Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) concluiu a análise das novas imagens relacionadas ao desaparecimento de Edson Davi Almeida, de apenas seis anos, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.

Contrariando as expectativas da família, as autoridades afirmam que as evidências não são suficientes para desviar a atenção da principal linha de investigação, que segue a hipótese de afogamento.

As imagens, capturadas por volta das 16h47 (horário de Brasília) do último dia 4, mostram o garoto com cabelo seco na barraca do pai. A família, ao compartilhar o registro, buscava refutar a possibilidade de afogamento, sugerindo que Davi teria sido sequestrado.

A argumentação se baseia na crença de que, caso ele tivesse entrado no mar, muitas pessoas na praia teriam testemunhado o ocorrido. Em entrevista, o advogado Marcelo Shad, representante dos pais de Davi, destacou a importância de não descartar nenhuma possibilidade.

Posicionamento da polícia

No entanto, a delegada Elen Souto reiterou que o vídeo mantém a localização de Davi na praia. As câmeras foram analisadas três vezes em um raio de dois quilômetros, e tecnicamente não há indícios de que a criança tenha deixado a areia.

Todas as testemunhas ouvidas confirmaram a intenção de Davi em entrar no mar, mesmo diante das condições desfavoráveis, com três bandeiras vermelhas e uma vala na frente da barraca do pai.


No dia 4 de janeiro, a criança desapareceu na Praia da Barra, situada na Zona Oeste do Rio de Janeiro (Foto: reprodução/Rádio Itatiaia)

Persistência nas buscas

O Corpo de Bombeiros, ao entrar no 27º dia de operações, mantém mergulhadores de prontidão para qualquer novo indício. A procura se estende por praias da Barra da Tijuca e do Recreio, alcançando a Restinga de Marambaia, direcionando-se para a zona oeste. Além disso, equipes estão atuando na zona sul do Rio de Janeiro, com quartéis na região oceânica de Niterói colaborando no esforço de busca.

O major Fábio Contreiras, porta-voz dos bombeiros, destacou a estratégia abrangente adotada desde o 11º dia de buscas, incorporando novas áreas na tentativa de encontrar pistas que possam levar ao paradeiro do menino.

Canais de denúncia

O Disque Denúncia, em conjunto com a Polícia Civil, solicita que qualquer informação relevante sobre o paradeiro de Edson Davi Almeida seja comunicada imediatamente por meio do número (21) 2253-1177.

Tragédia em São Paulo: jovem de 19 anos morre após encontro com jogador do Corinthians Sub-20

Uma tragédia abala o cenário esportivo em São Paulo, onde a jovem Livia Gabriele da Silva Matos, de 19 anos, perdeu a vida após um encontro com o jogador do Corinthians Sub-20, Dimas Cândido de Oliveira Filho.

O incidente, ainda sob investigação policial, levanta questões sobre as circunstâncias que resultaram nesse desfecho trágico.

Relato do atleta e resposta do Corinthians

Segundo relatos do atleta à polícia, durante um encontro íntimo, a jovem teria desmaiado, levando-o a agir prontamente e acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para prestar socorro. Entretanto, a vítima não resistiu e faleceu no pronto-socorro do Tatuapé.

A polícia revela que Livia Gabriele da Silva Matos sofreu quatro paradas cardiorrespiratórias e apresentava sangramento nas partes íntimas.

O Sport Club Corinthians Paulista emitiu uma nota oficial, expressando conhecimento dos acontecimentos e se colocando à disposição das autoridades para colaborar plenamente durante a investigação.


Jogador Dimas Cândido suspeito de crime
(foto: reprodução/Redes Sociais/TV Cultura)

Posicionamento da defesa

A advogada de Dimas Cândido de Oliveira Filho afirmou que seu cliente é inocente e aguarda os resultados das perícias para esclarecer os acontecimentos.

Em paralelo, as autoridades policiais estão empenhadas em desvendar as circunstâncias que levaram à morte da jovem, planejando realizar necrópsia no corpo e periciar o apartamento do jogador, onde foram encontrados indícios, como toalhas e lençóis sujos de sangue.

Investigação detalhada

A investigação do caso envolve uma abordagem meticulosa por parte da polícia para assegurar uma análise completa e justa dos eventos.

Inicialmente, são coletadas evidências variadas, como depoimentos de testemunhas, análises de mensagens e registros médicos.

Em seguida, uma equipe de peritos realiza exames técnicos, incluindo análises forenses e exames toxicológicos, para determinar a causa da morte e verificar a presença de substâncias relevantes.

Entrevistas e interrogatórios são conduzidos com o jogador envolvido e outras pessoas relacionadas ao caso para obter uma compreensão abrangente dos acontecimentos. A colaboração com especialistas, como psicólogos forenses, é buscada para aprofundar a compreensão das dinâmicas do relacionamento entre a vítima e o jogador.

Em última instância, o laudo necroscópico proveniente da autópsia é crucial para determinar a causa da morte.

Enquanto são investigados os detalhes do crime, família, amigos e comunidade aguardam o posicionamento das autoridades e medidas legais a serem tomadas conforme o caso continua em análise.

Investigação da PF apreende computadores e celulares de Carlos Bolsonaro

A Polícia Federal apreendeu, na manhã desta segunda-feira (29), o celular do vereador Carlos Bolsonaro e computadores da casa da família em Angra dos Reis, na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro. A família do ex-presidente Jair Bolsonaro estava presente no local onde a busca da PF foi realizada.

Apreensão dos eletrônicos

O vereador Carlos Bolsonaro é alvo de um mandado de busca e apreensão da PF que investiga a “Abin paralela” e o esquema de espionagem ilegal da agência durante a gestão de Alexandre Ramagem no período do mandato do ex-presidente Bolsonaro.

Segundo reportagem do O Globo, integrantes da Polícia Federal afirmaram que Bolsonaro e os filhos saíram da casa de Angra dos Reis às 6h30 para passear no mar com dois jets skis e uma lancha. Somente quando a família retornou para casa a polícia pôde entrar na casa e apreender alguns eletrônicos.


Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante batida da Polícia Federal na sua casa de Angra dos Reis (foto: reprodução/ TV Rio Sul/ Carta Capital)

A Polícia Federal também esteve no gabinete de Carlos Bolsonaro na Câmara dos Vereadores e na sua casa na cidade do Rio de Janeiro. No total foram apreendidos três computadores, o celular de Carlos Bolsonaro e alguns outros celulares encontrados na casa do vereador.

Suspeita da PF

Os investigadores responsáveis pelo caso suspeitam que a família tenha saído para passear de lancha e jet ski para dificultar a busca na casa. O advogado da família Bolsonaro, Fabio Wajngarten, disse que eles saíram às 5h para pescar. Porém, a apuração da PF indica que eles saíram para passear às 6h30, depois que a notícia sobre a operação já havia chegado em Carlos Bolsonaro.

Quando a polícia chegou ao local a casa estava vazia e precisaram aguardar o retorno da família para poder entrar na casa. Por volta de 11h, Bolsonaro e os filhos retornaram para a casa e, então, os investigadores conseguiram realizar a operação de busca e apreensão na casa de Angra dos Reis.

Edson Davi segue desaparecido no Rio; buscas completam 2 semanas

No dia 4 de janeiro, Edson Davi, um menino de apenas 6 anos, desapareceu na Praia da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, enquanto acompanhava seu pai, que trabalha como barraqueiro. Completando duas semanas nesta quinta-feira (17), as buscas continuam intensas, e a principal hipótese dos investigadores é um possível afogamento.

Acesso às câmeras


A família do menino e seu advogado tiveram uma reunião no dia 18 com o titular da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) para discutir novas informações e obter acesso às imagens de câmeras analisadas pela polícia. Até o momento, nenhuma câmera indicou que Edson Davi tenha saído da areia.

Buscas ampliadas e diversas linhas de investigação


Mesmo com a principal hipótese sendo afogamento, as buscas no mar foram ampliadas, incluindo o uso de um helicóptero da polícia. Agentes continuam a verificar outras linhas de investigação, esgotando todas as possibilidades, inclusive a de sequestro. A polícia analisou centenas de imagens, mas até agora não há indícios de que o menino tenha deixado a área da praia. Apesar disso, os pais não acreditam que o menino tenha se afogado.


Pais do menino Edson Davi contam sobre as buscas (vídeo: reprodução /YouTube/BastaCast)

O Corpo de Bombeiros realiza buscas de forma independente, enquanto a polícia enfrenta desafios com informações não confirmadas. Denúncias levaram as autoridades a São Paulo e a uma rede de fast food na Barra, resultando em situações de confusão. Até o momento, todas as pistas investigadas não levaram ao paradeiro do menino Edson Davi.