Cargo de vice-presidente de Kamala Harris está entre dois nomes

Em meio a uma série de entrevistas para escolher um vice-presidente de sua candidatura, a democrata Kamala Harris, atual vice de Joe Biden, deve ter um aliado escolhido e anunciado no comício da próxima terça-feira (6).

A candidata do Partido Democrata, segundo o portal Reuters, está entre dois nomes: os governadores de Minnesota e da Pensilvânia, que aparecem como principais candidatos para a vaga.


Vídeo explicando a importância do vice-presidente de Kamala Harris (Vídeo: Reprodução/Youtube/CNN Brasil)

Escolha de Kamala Harris

Após a desistência da candidatura de reeleição de Joe Biden, a atual vice-presidente Kamala Harris foi a escolhida para ocupar a vaga de candidata pelo Partido Democrata, tendo que escolher um vice-presidente até o comício de oficialização da candidatura.

Durante os últimos dias, Kamala realizou uma série de entrevistas com três candidatos diferentes. Segundo a agência de notícias Reuters, ela está entre dois candidatos entrevistados, sendo eles os governadores da Pensilvânia e de Minnesota, Josh Shapiro e Tim Walz, respectivamente.

O comício em que a candidatura e o vice-presidente devem ser oficializados, acontece na próxima terça (6), na Filadélfia.

Segundo fontes próximas à candidata, aconteceram mais entrevistas além das três oficiais, com aproximadamente outros três candidatos, entre governadores e secretários de diferentes regiões.

Entre eles estão Pete Buttigieg (Secretário de Transportes), Andy Beshear (Governador de Kentuchy) e J.B Pritzker (Governador de Oliinois), que foram entrevistados pela vice-presidente.

Segundo informações de pessoas próximas, as entrevistas duraram em torno de 1h30min com a maioria dos candidatos entrevistados, que aconteceram durante os últimos dias.

Candidatura de Kamala Harris

Kamala Harris já está confirmada como candidata democrata para as eleições dos Estados Unidos, enfrentando Donald Trump, que deve ser o candidato republicano.

Após a escolha de vice-presidente, Kamala e sua equipe devem fazer campanha em diferentes estados, num intervalo de cinco dias, visitando Filadélfia, Pensilvânia, Eau Claire, Wisconsin, Detroit, Michigan, Carolina do Norte, Phoenix, Arizona, Las Vegas e Nevada.

Presidente dos EUA apresenta projeto para reforma na Suprema Corte

Nesta segunda-feira (29), a Casa Branca anunciou um plano do governo para reformar a Suprema Corte dos Estados Unidos e excluir os cargos vitalícios dos juízes, no jornal “The Washington Post”. Além disso, o projeto ainda contempla que o Congresso estabeleça um código de ética para os magistrados.

A Corte tem maioria de magistrados conservadores. Atualmente, dos nove juízes, seis são conservadores e, dentre eles, três foram indicados pelo ex-presidente Donald Trump.


Joe Biden, atual presidente dos EUA (Reprodução/Win McNamee/Getty Images embed)


O que motivou Biden a propor o projeto

Atualmente, no entendimento dos juízes, presidentes e ex-presidentes dos EUA podem ficar parcialmente imunes em situações de âmbito criminal. A decisão, sem precedentes, feita pela Suprema Corte, no início deste mês a respeito da imunidade presidencial em processos criminais, em um caso envolvendo Trump, foi a motivação para esse projeto.

Desde quando atrasou o andamento do processo contra Trump, pelo fato dele ter conspirado para que fosse revertido o resultado das eleições de 2020, e ter incentivado manifestantes a invadirem o Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, Biden tem pressionado deputados e senadores a ratificarem uma emenda constitucional que limitaria a imunidade presidencial.

A proposta da reforma é a seguinte

  • Um juiz seria nomeado pelo presidente apenas a cada dois anos.
  • O nomeado passaria, no máximo, 18 anos na Suprema Corte — atualmente, o cargo é vitalício na prática e condicionado apenas à boa conduta do magistrado.
  • Um novo código de ética teria que ser seguido pelos magistrados. Dentre outros pontos, é esperado que os juízes que apresentem presentes recebidos, não se envolvam em atividade política pública e se abstenham de participar de situações, em que eles ou seus cônjuges possam ter conflitos de interesse financeiros ou outros.

O presidente norte-americano enfatizou que os limites de mandato ajudariam a garantir que a composição do tribunal mudasse com maior regularidade.

Biden afirmou que tem grande respeito pelas instituições e separação de poderes, mas o que está acontecendo na atualidade não é normal e prejudica a confiança do público nas decisões do tribunal; incluindo aquelas que afetam as liberdades pessoais. Ele conclui, dizendo que a violação impera.

A menos de cem dias das eleições presidenciais, é pouco provável que o Congresso aprove a medida.

Fala polêmica de Trump a cristãos gera críticas nas redes sociais

Após um comício realizado nesta última sexta-feira (26), falas de Donald Trump, candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, foram extremamente criticadas nas redes sociais. Na ocasião o ex-presidente disse que se os cristãos votarem nele daqui a quatro anos, ‘’não terão que votar de novo’’. 

Fala de Trump

O bilionário continua sua fala afirmando que seu governo irá ‘’consertar tudo’’, e seria a razão da comunidade cristã não precisar ir às urnas novamente, confira abaixo a fala completa de Trump. 

“Cristãos, saiam e votem, só desta vez. Vocês não terão que fazer mais isso. Mais quatro anos, quer saber, tudo estará resolvido, tudo ficará bem, vocês não terão mais que votar, meus cristãos lindos”. 


Donald Trump em comício ( Foto: Reprodução/Evan Vucci / AP / DPA)

Logo após o fim do comício, a frase do candidato tomou conta da internet com várias pessoas discuto e acreditando que poderia ser uma prova de uma possível tendencia antidemocrática e autoritária dele. Relembrado sua tentativa de anular a eleição de 2020 após ser derrotado para Joe Biden, essa atitude que levou os seus apoiadores a fazer o ataque ao capitólio em 6 de janeiro de 2021. 

Outra fala de Trump que voltou à tona aconteceu durante uma entrevista ao jornal Fox News em dezembro de 2023, onde ele comenta que se vencer as eleições em novembro atuaria como um ‘’ditador’’ durante o ‘’primeiro dia’’ de mandato para fechar a fronteira sul com o Mexico e expandir a perfuração de petróleo na região. 

Eleição americana

Após a decisão de Biden desistir de sua candidatura à reeleição e coloca a sua vice-presidente, Kamala Harris para ser tornar a candidata democrata a disputa se acirrou, com muitas pesquisas colocando-a e Trump empatados na margem de erro. 


A vice-presidente Kamala Harris (Foto: Reprodução/AP Photo/Tony Gutierrez)

A mais recente foi feita e divulgada pelo Jornal americano ‘’The New York Times’’ nesta terça-feira (23) possuindo a margem de erro de 3.3 pontos, o intuito entrevistou 1.142 eleitores do país entre os dias 22 e 24. 

Entre prováveis eleitores, aqueles que pensam em ir às urnas dia 5 de novembro, o ex-presidente tem o percentual de 48% e Kamala obtém 47%. Entre os registrados a intenção de voto de Trump continua com 48% enquanto a democrata abaixa para 46%.  

Barack Obama demonstra apoio a Kamala Harris

Após Biden desistir da corrida presidencial, o atual nome para assumir a candidatura pelo partido Democrata ficou para Kamala Harris, e nesta sexta-feira (26), o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama anunciou seu apoio a Kamala.

Kamala recebeu ligação do ex-presidente

A eleição presidencial nos Estados Unidos, ocorrerá no dia 5 de novembro. E segue em disputa pelo lado Republicano o ex-presidente Donald Trump, que já se mostrava preparado para o cenário onde não fosse mais concorrer à presidência com Biden. Contudo, ainda não há certeza de que Kamala Harris, realmente venha concorrer a presidência, o partido ainda pode optar em nomear o senador Sherrod Brown, a confirmação será no dia 19 de agosto, na convenção de Chicago.

Na manhã desta sexta-feira foi publicado no X (antigo twitter) um vídeo onde mostra Obama e Michele realizando uma ligação para Kamala, demonstrando seu apoio a sua candidatura.


Kamala Harris recebe ligação de Obama e Michelle (Reprodução/X/@michelleobama)

Harris e Trump seguem com troca de acusações

A corrida presidencial nos EUA, segue com um clima tenso, quando se trata da disputa entre Kamala e Trump, nos últimos dias, vem ocorrendo uma série de acusações por parte dos dois. Harris acusou Trump de arrastar o país para um “passado obscuro”, e Trump aponta que Biden foi tirado da disputa, para dar lugar a uma candidata “lunática” e “mentirosa”. A troca de acusações entre os dois segue. Kamala disse à Federação Americana de Professores que o programa dos republicanos nos EUA, é para desenvolver um passado obscuro.

Harris, se mostra preparada para disputar a presidência com Trump, em seu X, fez acusações indicando que Trump recuou de um debate no dia 10 de setembro.

Kamala pretende se tornar a primeira mulher a ser presidente dos Estados Unidos, deixando claro que usará sua experiencia como promotora para explorar as condenações de Trump. Vale lembrar que o republicano foi condenado em maio deste ano por 34 crimes de falsificação de registros financeiros.

Joe Biden faz primeiro pronunciamento oficial após desistir de candidatura à reeleição

Nesta quarta-feira (24), o presidente dos Estados Unidos Joe Biden fez seu primeiro pronunciamento após desistir de concorrer às eleições do país. O discurso realizado no Salão Oval da Casa Branca englobou o apoio de Biden para a candidatura de sua vice, Kamala Harris, o motivo de ele ter desistido e a defesa da democracia. 

“A salvação da democracia”

Biden iniciou seu discurso afirmando que merecia ter um segundo mandato como presidente, mas que decidiu focar no que seria melhor para o país. “Nada pode impedir a salvação da nossa democracia, isso inclui a ambição pessoal”, em seguida, o presidente declarou que estava passando o bastão para a nova geração com o objetivo de unificar os Estados Unidos. 


Trecho do pronunciamento de Joe Biden (Foto: reprodução/Instagram/@potus)


O presidente continuou dizendo que sua decisão de desistir da eleição foi como andar entre a linha da esperança e do ódio, destacando que foi a melhor escolha a ser feita. O democrata também afirmou que seu foco agora é terminar o mandato e defender os direitos dos americanos, e que era uma honra servir ao país. 

“Eu reverencio este cargo, mas amo mais o meu país. Foi a honra da minha vida servir como seu presidente. Mas a defesa da democracia, que está em jogo, é mais importante que qualquer título. Retiro força e encontro alegria em trabalhar para o povo americano. Mas esta tarefa sagrada de aperfeiçoar a nossa União não é sobre mim. É sobre vocês. Suas famílias. Seus futuros. É sobre nós, o povo”.

Joe Biden

Ademais, Biden também pediu para que o povo americano se una em uma luta para defender o país de pensamentos extremistas. “A causa sagrada deste país, é maior do que qualquer um de nós”. Devemos nos unir para protegê-lo”, completou o democrata. 

Próximos passos e apoio a Kamala

Joe Biden prometeu que nos últimos meses de seu mandato fará de tudo para derrotar o extremismo, ódio e violência no país. Além disso, destacou que defende a reforma da Suprema Corte americana e mudanças na economia, o democrata também prometeu que continuará tentando parar as ações de Vladimir Putin na Guerra da Ucrânia e manter a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) unida e forte. 

O presidente pontua que continuará na luta para encerrar a guerra no Oriente Médio e as tensões que surgiram na Ásia. 


Kamala Harris demonstrando apoio ao presidente (Foto: reprodução/X/@KamalaHarris)

Biden encerrou o discurso mostrando seu apoio à vice-presidente Kamala Harris. O democrata afirmou que Harris tem sido uma grande parceira na liderança do país e que ela é experiente, resistente e capaz de seguir na campanha. “Em apenas alguns meses, o povo americano escolherá o rumo do futuro da América. Eu fiz minha escolha e gostaria de agradecer a nossa grande vice-presidente, Kamala Harris. Agora a escolha cabe a vocês, povo americano.”

Kamala Harris, deve ser oficializada como a candidata do partido até o dia 7 de agosto em uma votação virtual, e sua nomeação ocorrerá na Convenção Democrata que acontece entre os dias 19 a 22 de agosto.

Kamala Harris ataca Trump em seu primeiro comício de campanha

Kamala Harris realizou nesta terça-feira (23), em Wisconsin, seu primeiro comício como candidata do Partido Democrata para as eleições presidenciais de 2024. A vice-presidente de Biden conseguiu a maioria dos delegados de seu partido e foi oficialmente indicada para substituir o presidente na corrida eleitoral na noite de segunda (22). Em seu discurso, Kamala disse que escolher Trump seria uma regressão e que as eleições são “uma escolha entre a liberdade e o caos”.

Comício em Wisconsin

A vice-presidente e candidata democrata Kamala Harris discursou em Milwaukee, no Wisconsin, considerado um estado-chave para as eleições presidenciais. A candidata disse que irá vencer Trump, repetindo o feito do presidente Biden em 2020. Ela agradeceu aos delegados democratas que garantiram a sua indicação, o que ocorreu cerca de 24 horas após a desistência de Biden. Kamala Harris, recebeu o apoio de dois membros sênior do partido, os líderes Chuck Schumer e Hakeem Jeffries. Apesar de ter a maioria, Kamala ainda precisa de uma formalização por parte do comitê do partido.

Kamala voltou a atacar o candidato republicano, dizendo que durante sua época como procuradora-geral da Califórnia “lidou com muitos criminosos” e que conhecia tipos como Trump, a quem chamou de retrocesso, pois disse que o candidato está focado no passado. A frase de Kamala foi dita enquanto falava sobre o Projeto 2025, muito criticado pelos democratas e também mencionado por Biden em um evento em Las Vegas este ano. A crítica dos democratas ao Projeto atribuído à campanha de Trump é devido às mudanças no poder presidencial e às ações nele que, supostamente, prejudicariam os norte-americanos.


Kamala Harris recebeu apoio para substituir Biden na campanha presidencial (Foto: reprodução/ Loren Elliott/Getty Images embed)


A candidata lembrou ainda sobre o escândalo envolvendo a ex-atriz pornô Stormy Daniels, que recebeu pagamentos por seu silêncio como gastos de campanha de Trump em 2016. O ex-presidente foi julgado culpado por fraude e sua pena será divulgada ainda neste mês. “Prometo que coloco meu histórico à prova contra o dele em qualquer dia da semana”, comentou Kamala.
Kamala Harris também mencionou as proibições sobre o aborto, prometendo que vai voltar a colocar esse direito na Constituição americana se for eleita.“Vamos parar com as proibições contra aborto, porque acreditamos que as mulheres podem tomar decisões sobre os próprios corpos, e não ter um governo para dizer o que fazer”, disse Kamala. Atualmente, a reversão Roe versus Wade fez com que muitos estados passassem a decidir sobre o assunto.

O apoio à Kamala

Apesar de não ser considerada uma candidata muito popular, uma pesquisa da Reuters/Ipsos mostrou que a intenção de voto estava 44% para Kamala e 42% para Trump, revelando um empate técnico entre os candidatos. Um levantamento feito pela Associated Press também ouviu os delegados democratas, mostrando que Kamala alcançou a aprovação de 2.579 delegados para concorrer ao assento na Casa Branca. 

Após a desistência de Biden para a reeleição, o presidente declarou seu apoio à Kamala Harris. As lideranças democratas também falaram o mesmo. O presidente do Comitê Nacional Democrata, que coordena a estratégia para apoiar candidatos do partido em todo o país, anunciou que o nome do candidato do partido será revelado no dia 7 de agosto. Já a convenção do Partido Democrata, que oficializa quem concorrerá a eleição, está marcada para acontecer entre os dias 19 e 22 de agosto.

Após período isolado por Covid-19, Joe Biden volta à Casa Branca

Nesta última terça-feira (23), o atual Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden foi avistado após ficar isolado por contrair Covid-19. Biden recebeu alta dos médicos, e voltou para Washington.

O presidente democrata ficou um total de cinco dias isolado em sua casa de praia em Delaware, a última vez que tínhamos visto Joe Biden foi na quarta-feira (17) após ser diagnosticado com Covid. 

Biden deixou a base aérea do Delaware no avião presidencial e seguiu para Washington, onde fará um discurso à nação na Sala Oval para explicar os motivos pelos quais desistiu da corrida às eleições de novembro.


Joe Biden em primeira aparição após receber alta. (Foto: Reprodução/Saul Loeb/Getty Images Embed)


Quando questionado pelos jornalistas que o esperavam atrás de um cordão de segurança, Joe Biden apenas respondeu que estava “bem”.

Já outro repórter perguntou a ele o que ele vai dizer nesse discurso.

“Espere e verá”, disse Biden.

As perguntas continuaram, e após ser questionado sobe sua desistência de se reeleger, Biden colocou os óculos escuros, riu e foi embora.

O líder democrata afirmou através de suas redes sociais que fará um pronunciamento à nação nesta quarta-feira (24), conforme antecipou que faria na carta em que anunciou a desistência da candidatura à reeleição.

À tarde, Biden conversou com seus assessores e retomou o trabalho.

Covid-19

Segundo o último relatório do seu médico, Kevin O’Connor, o atual presidente testou negativo hoje e não tem mais nenhum sintoma.

“Durante a infeção, nunca teve febre e os seus sinais vitais permaneceram normais, incluindo a oximetria de pulso. Os seus pulmões permaneceram limpos” indica o diagnóstico.

Desistência das eleições

O anúncio de sua desistência pegou todo mundo de surpresa, o presidente anunciou no último domingo o abandono da disputa pela reeleição, e também demostrou apoio a sua vice Kamala Harris, por telefone, durante seu comício e enfatizou que “desistir foi a coisa certa a se fazer”.

Joe Biden, de 81 anos, deixou claro que a vice-presidente Kamala Harris será sua sucessora.

Para se candidatar contra Trump em novembro, Kamala Harris, precisa ser confirmada pelos delegados na Convenção Nacional Democrata, que será realizada em Chicago entre os dias 19 a 22 de agosto.

Hillary Clinton escreve artigo apoiando a candidatura de Kamala Harris à presidência

Nesta terça-feira (23), Hillary Clinton divulgou um artigo de opinião que escreveu para o jornal The New York Times, destacando seu apoio para a candidatura de Kamala Harris para a presidência dos Estados Unidos. A ex-secretária de Estado do país discorreu no texto sobre a importância de Kamala ser escolhida como a candidata democrata e também sobre a desistência de Joe Biden. 

Palavras de Hillary Clinton

Clinton escreveu que Harris representa uma nova visão de esperança, unificação e recomeço para os americanos, destacando sua experiência como procuradora e vice-presidente. “Kamala Harris pode vencer e fazer história”, continuou ela, afirmando que a democrata pode derrotar Donald Trump nas eleições. 

A ex-primeira dama também declarou que as próximas semanas irão gerar grandes expectativas, “serão diferentes de tudo o que este país alguma vez viveu politicamente, mas não tenha dúvidas: esta é uma corrida que os democratas podem e devem vencer”. Esse período refere-se ao tempo que o partido democrata precisa para oficializar a campanha de Kamala Harris. 

Os democratas devem confirmar a escolha de Harris para as eleições até o dia 7 de agosto em uma votação online e sua nomeação é prevista para acontecer na Convenção Democrata, evento que durará de 19 a 22 de agosto. 


Post de Hillary Clinton apoiando Harris no Instagram (Foto: reprodução/Instagram/@hillaryclinton)


Ao falar sobre a desistência de Joe Biden das eleições, Hillary destacou o ato de coragem do atual presidente. “A decisão do presidente Biden de encerrar a sua campanha foi um ato de patriotismo tão puro quanto já vi em toda a minha vida”, escreveu a ex-secretária, afirmando que vive um sentimento agridoce em relação aos acontecimentos envolvendo seu amigo e apoiador. 

Ela reitera que Biden é um homem sábio e soube liderar o país, destacando que todos sentirão falta do espírito de luta do atual presidente. Porém, Hillary continua o artigo dizendo que, com Kamala, o país ganhou um novo campeão com um propósito renovado para seguir em frente. 

Desafios a serem enfrentados 

Hillary Clinton disputou as eleições para a presidência em 2016 contra Donald Trump, na época ela perdeu a disputa contra o republicano, e durante o artigo comparou as narrativas dela e de Harris, evidenciando os desafios que a vice-presidente deve enfrentar agora.

“Eu sei algumas coisas sobre como pode ser difícil para mulheres candidatas fortes lutarem contra o sexismo e os padrões duplos da política norte-americana. Já fui chamada de ‘bruxa’, de ‘mulher desagradável’ e coisa muito pior, fui até queimada em efígie. Como candidata, às vezes evitei falar sobre fazer história. Eu não tinha certeza se os eleitores estavam preparados para isso”

Hillary Clinton

A ex-primeira dama comentou que Harris enfrentará desafios maiores por ser a primeira mulher negra e do sul da Ásia a estar no topo da chapa de um partido grande como os democratas, mas que não é impossível atingir o progresso e o sucesso da campanha. 


Kamala Harris em discurso (Foto: reprodução/Andrew Harnik/Getty Images Embed)


Ela encerra o artigo comentando que um segundo mandado de Trump é extremamente perigoso para os Estados Unidos, afirmando que ele está mais desequilibrado e sem medo para tomar decisões prejudiciais ao povo. 

Ainda no último domingo (21), quando Joe Biden anunciou que iria desistir das eleições e demonstrou apoio para sua vice-presidente, Hillary e o marido, o ex-presidente Bill Clinton declaram apoio para a candidatura de Kamala Harris. Os governantes dos estados de Minnesota, Maryland, Kentucky e Wisconsin também declaram apoio, além de outros integrantes do partido. 

As eleições para eleger o 47º presidente dos Estados Unidos estão marcadas para o dia 5 de novembro, em uma disputa acirrada entre republicanos e democratas. 

Biden não desistiu da reeleição por problema médico, informa funcionário

Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, declarou neste domingo (21) que não buscará a reeleição. Em uma publicação na rede social X. Biden expressou que, apesar de sua vontade de concorrer a um novo mandato, considera que retirar sua candidatura é melhor tanto para o Partido Democrata quanto para o país. Ele também afirmou que se dedicará a suas funções presidenciais até o término de seu mandato em janeiro de 2025.


Joe Biden (Foto: Reprodução/Justin Sullivan/Getty Images Embed)


A decisão de Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, de não participar das eleições de 2024 não está relacionada a problemas médicos, conforme informou um funcionário da Casa Branca à CNN. Embora Biden tenha consultas diárias com seu médico, focadas recentemente no monitoramento de um diagnóstico de Covid-19, ele não realizou exames médicos significativos durante o período em que ponderava sobre sua carreira política, indicou a fonte.

Biden e a Casa Branca sobre a saúde do presidente

Na semana anterior, Biden havia mencionado que uma nova questão de saúde seria o único fator que o faria reconsiderar a busca por um segundo mandato, já que a pressão pública para que ele desistisse estava aumentando.

“Se eu tivesse algum problema médico que surgisse, se alguém — se os médicos viessem até mim e dissessem que você tem esse problema, aquele problema. Mas cometi um erro sério em todo o debate”, comentou Biden em entrevista a Ed Gordon, da BET News, na terça-feira. Seu último exame físico anual foi realizado em fevereiro.

A Casa Branca tem sido criticada por não liberar mais registros médicos de Biden ou por não disponibilizar seu médico para questionamentos, principalmente após seu desempenho desfavorável no debate, o que gerou preocupações sobre sua saúde.

Primeiro comício de campanha de Kamala Harris

A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, criticou o candidato republicano Donald Trump, descrevendo-o como um retrocesso. Durante seu primeiro comício de campanha em West Allis, Wisconsin, na terça-feira (23), Harris afirmou que as eleições de novembro representam “uma escolha entre a liberdade e o caos.” Wisconsin é considerado um estado crucial para a disputa presidencial.


Kamala Harris (Foto: Reprodução/Chris duMond/Getty Images Embed)


Em um discurso enérgico, Kamala Harris afirmou que vencerá as eleições contra Trump e elogiou o presidente Biden. “Vencemos em 2020 e em 2024 vamos vencer de novo”, declarou Harris.

A vice-presidente também expressou sua gratidão aos delegados democratas, que concluíram a escolha do candidato do partido apenas 24 horas após Biden retirar sua candidatura.

Kamala Harris atualiza logotipo da Campanha Presidencial

Kamala Harris apresentou um novo logotipo para a corrida presidencial na segunda-feira, (22). O novo logotipo, com a frase “Harris for President” (Harris para presidente), foi integrado às redes sociais do presidente e da vice-presidente dos EUA.

No domingo, (21), Joe Biden anunciou a desistência nas eleições dos EUA e declarou apoio à indicação da vice-presidente Kamala Harris. No dia seguinte, os logotipos de Biden e Harris foram atualizados nas suas redes sociais, em apoio à candidatura à presidência de Kamala.


Kamala Harris estreia novo logotipo de campanha (Foto: Reprodução/x/@joebiden)


O site também apresentou atualizações em sua loja online de produtos, incluindo novos itens com a imagem de Harris.

Desistência de Biden

Biden vivia sob pressão dentro do partido democrata. Assim, alguns parlamentares apontaram que Joe Biden estava enfraquecido e acreditavam que as chances de vitória sobre o rival, Donald Trump, eram pequenas.

Parlamentares aliados pediram que ele desistisse da candidatura, por essas razões. Além disso, doadores ameaçaram retirar seu apoio financeiro ao partido. Esses dilemas internos e a pressão dos doadores descontentes desfavorecem Biden na corrida eleitoral.

Quem é Kamala Harris?

A atual vice-presidente já concorreu à presidência em 2020, mas abandonou a disputa por falta de apoio e financiamento. Apesar disso, Kamala foi fundamental na campanha presidencial de Joe Biden, para atrair jovens e minorias que não se sentiam representadas.

O fato de Kamala ser uma mulher negra com origem indiana e jamaicana aproximou eleitores negros, mulheres e imigrantes. Filha de pais imigrantes da Jamaica e da Índia, Kamala Harris cresceu em Oakland nos anos 60 e completou seus estudos de Direito e Ciências Políticas. Mais tarde, Harris foi promotora e senadora, e a primeira mulher a servir como vice-presidente nos Estados Unidos.

Kamala Harris na disputa

Kamala é atualmente a favorita para concorrer no lugar de Biden. Além do apoio de Biden, vários políticos democratas manifestaram apoio à vice-presidente. No entanto, sua candidatura ainda não foi oficializada, ela precisa conquistar a quantidade de delegados suficientes do partido para se tornar a candidata da chapa nas eleições de 2024.