Biden nega que Israel pratica genocídio em Gaza

Joe Biden, o Presidente dos Estados Unidos, se manifestou em defesa de Israel, alegando que as forças israelenses não estão cometendo atos de genocídio em seus planos militares conta a força militante do Hamas na Faixa de Gaza, rejeitando as críticas de manifestantes conta o EUA e seu país aliado. 

Comunicado de Biden

O Comentário de Biden ocorreu em um evento do mês da herança Judaica Americana na Casa Branca, deixando de maneira enfática que acredita que Israel foi uma vítima no ataque que ocorreu em 7 de outubro no sul de Israel por militantes do grupo radical islâmico, que casou a morte de 1200 pessoas e fez centenas de reféns. 

“O que está acontecendo [em Gaza] não é genocídio. Rejeitamos isso”, disse o presidente sobre as recentes acusações, o democrata também deixou claro que o apoio dos EUA a segurança da população israelense continua ‘’Firme’’

Planos para salvar reféns e cessar-fogo

Biden comentou sobre as negociações para obter a liberdade de reféns doentes, feridos e idosos que estão detidos pelos militantes entre Israel e o Hamas estagnaram, porém prometeu que não pensar em desistir de obter sua liberdade. 

“Vamos levá-los para casa, vamos levá-los para casa, faça chuva ou faça sol”, comentou o presidente. 


Soldados de Israel (Foto: reprodução/Aris Messinis/AFP)

Biden também comentou sobre uma nova oferta de cessar-fogo em Gaza, algo que tinha reiterado no seu discurso de formatura no Morehouse College, no último domingo (26), mas agora acredita ser a melhor forma de encerrar o conflito. 

“Como alguém que tem um compromisso vitalício com Israel, como o único presidente americano que já foi a Israel em tempos de guerra, como alguém que acabou de enviar as forças dos EUA para defender diretamente Israel quando foi atacado pelo Irã, peço que deem um passo para trás e pensem no que acontecerá se esse momento for perdido. Não podemos perder este momento.”, continuou Biden. 


Joe Biden em visita a Israel (Foto: reprodução/Israeli Government Press Office/Anadolu Agency)

Nesses últimos messes, o político democrata, vem sofrendo uma crescente pressão política em seu partido pela maneira que está lindando com o conflito de Gaza.  

Biden anuncia proposta de cessar-fogo de Israel

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta sexta-feira (31), que Israel tem planos para um acordo de cessar-fogo “global”. Biden discursou na Casa Branca e apresentou a proposta do país, que consiste em um plano de três fases.

A proposta

Israel propôs três fases para negociar com o Hamas:

  • Primeira fase: prevê um cessar-fogo de seis semanas, onde as forças israelenses seriam retiradas de áreas onde habitam o povo no território palestino. Durante essa brecha na guerra, começariam as negociações para a próxima fase.
  • Segunda fase: consiste no fim dos combates e consequentemente a troca de reféns. Muitos palestinos estão presos em Israel, inclusive mulheres e crianças. Nessa fase, alguns reféns israelenses voltariam para seu povo, e eles libertariam o mesmo número de prisioneiros do rival, como recompensa.
  • Terceira fase: caso as anteriores sejam devidamente seguidas, e ainda seja o interesse, o cessar-fogo pode ganhar mais tempo, e chegar então à última fase: a libertação de todos os reféns de Gaza e o fim total do conflito.

O presidente Biden, apelou para que o Hamas considere e aceite o acordo, e que Israel resista a pressão de continuar a guerra.

Após o pedido do norte-americano, o Hamas (que já havia demostrado interesse em uma trégua na Faixa de Gaza, nesta quinta-feira (30), com a mesma troca de prisioneiros, mas tendo o cessar de bombardeios de Israel como tópico essencial) emitiu um comunicado onde diz que irá avaliar a proposta de forma positiva.

Invasão do centro de Rafah e a preocupação de Biden


Palestinos procuram vítimas nos escombros de uma casa destruída por Israel, no centro de Rafah (Foto: reprodução/AFP/Embed From Getty Images)


Em 7 de maio, Israel lançou uma operação a fim de eliminar o Hamas de uma vez por todas, e nesta sexta, seu exército confirmou o avanço de suas tropas no centro de Rafah.

Biden havia dado o ultimato, e ameaçou não apoiar Israel pela primeira vez em anos de história, caso a ofensiva terrestre continuasse. Esse posicionamento teria sido essencial para o pronunciamento de hoje na Casa Branca e todo o planejamento para que a paz reine entre os dois lugares. Segundo Biden esse é o “momento decisivo” e reforçou que criar uma relação aceitável dos israelense com a Arábia Saudita é um objetivo a longo prazo, citando inclusive um grande plano de reconstrução de Gaza ao fim da guerra.

Condenação de Trump não afeta campanha de Biden, entenda

Antes da deliberação do júri de Manhattan ser divulgada nesta quinta-feira (30), os conselheiros do atual presidente Joe Biden já sabiam que a condenação do ex-presidente Donald Trump não causaria alterações nas estratégias que eles já haviam decidido para as eleições de 2024.

Alimentando esperanças

Mesmo assim, isso alimentou esperanças dos apoiadores de Biden, uma vez que 12 pessoas consideraram Trump culpado é possível existirem eleitores indecisos que, ao se atentarem na campanha de Biden e nas acusações contra Trump poderiam votar para impedir o ex-presidente de retornar à Casa Branca.

Os assessores de Joe debateram se o termo “criminoso” seria utilizado para descrever o republicano durante a campanha. Apesar das implicações legais do ex-presidente estão esclarecidas, eles acreditam que os eleitores se preocupam com outras questões.


Condenação de Trump e o pleito eleitoral (Vídeo: reprodução/Youtube/CNN Brasil)

No caso de Donald Trump se tratam de 34 cinco acusações meses antes do pleito eleitoral. Em relato à CNN, pessoas próximas da campanha de reeleição de Joe afirmam que uma possível absolvição poderia ter ajudado Trump. Contudo, de acordo com a lei e constituição dos EUA, uma pessoa não pode ser impedida de se candidatar ainda que seja condenada.

Reação de Biden

Dick Durbin, senador de Illinois e também presidente do Comitê Judiciário, disse em comunicado: “Alinhado com o estado de direito, o júri decidiu que o ex-presidente era culpado em todas as acusações e, cabe agora ao cidadães americanos decidir se ele merece sentar no assento atrás da Mesa do Resolute no Salão Oval“. 


Tweet de Joe Biden (Foto: reprodução/Twitter/X/@joebiden)


Biden acompanhou a decisão do júri dentro de sua rotina, em sua casa de praia em Delaware com sua família. Coincidentemente, o dia que marcou o veredito histórico é o mesmo dia que marca o nono aniversário da morte do filho de Biden, Beau, que dizia que queria ser presidente dos EUA.

Possível pronunciamento

Ainda existe a chance de Biden se pronunciar ainda nesta sexta-feira (31) quando retornar à Casa Branca para realizar agendas com o primeiro-ministro belga para discutir planos relacionados à defesa da Ucrânia.

Acredita-se que a estratégia de Biden será alertar a população a respeito da ameaça que Trump apresenta à democracia ao invés de focar nesse novo condição de criminoso condenada de seu rival.

Os dois irão a debate no dia 27 de unho pela CNN. 

Biden volta a taxar centenas de produtos importados da China

Em anúncio oficial para o gabinete do representante de comércio dos EUA, o presidente americano, Joe Biden, voltará a impor tarifas sobre vários produtos importados da China, a ação faz parte de um amplo plano para proteger a fabricação estadunidense e aumentar taxas em setores estratégicos. 

Taxas aumentadas

A medida foi confirmada após o governo dizer que iria quadruplicar as tarifas sobre veículos elétricos importados da nação asiática. Além de outras taxas de importações em diversos produtos como baterias, células solares, semicondutores, produtos médicos e carros elétricos, confira abaixo uma lista das principais alterações: 

  • Veículos elétricos chineses: alíquota quadruplicada, indo de 25% para 100%, ainda em 2024. 
  • Baterias: alíquota das baterias de íons de lítio para veículos elétricos irá de 7,5% para 25% durante esse ano. 
  • Semicondutores: tarifas passarão de 25% para 50% a partir de 2025. 
  • Painéis solares: imposto de importação sobre células solares chinesas irá dobrar, passando de 25% para 50%. 
  • Aço e alumínio: tarifas sobre importações chinesas de aço e alumínio será triplicada ainda neste ano, dos atuais 7,5% para 25%. 
  • Produtos médicos: taxas sobre seringas e agulhas deixarão de ser zerada e saltarão para 50% em 2024. Já para determinadas EPI’s  (equipamentos de proteção individual), incluindo, respiradores e máscaras faciais, as alíquotas que hoje não ultrapassam 7,5% irão para 25% também em 2024. Enquanto isso, tarifas sobre luvas médicas e cirúrgicas de borracha aumentarão de 7,5% para 25% a partir de 2026. 
  • Guindastes Ship-to-shore: a tarifa dos guindastes de uso para carga ou descarga de contêineres em navios aumentará de 0 para 25% em 2024. 

Seagull, veiculo elétrico da marca chinesa BYD(Foto/Reprodução/BYD)

Biden também confirmou que as isenções, tarifarias, programadas para o final deste mês, serão prorrogadas até a data de 14 de junho, assim, permitido um período de transição para aquelas que não serão renovadas. 

Governo chinês responde

Em reposta a ação americana, o Ministério do Comércio da China, informou em um comunicado que a nação está bastante insatisfeita com a decisão tomada pelo governo norte-americano, revelando que tomará firmes medidas para reverter o caso. 

Joe Biden diz não reconhecer jurisdição do Tribunal Penal Internacional

Nesta quinta-feira (23), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que não reconhece a jurisdição do Tribunal Penal Internacional (TPI). Além disso, reiterou que não há equivalência entre o ataque do Hamas em 7 de outubro e a resposta de Israel.

Pedido de prisão

Na última segunda-feira (20), o procurador-geral do TPI, Karim Khan, solicitou mandados de prisão não só para Benjamin Netanyahu e seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, mas também para o líder do Hamas, Yahya Sinwar, e de seu gabinete político, Ismail Haniyeh. A motivação seriam os crimes de guerra e contra a humanidade na Faixa de Gaza.


Benjamin Netanyahu em discurso durante cerimônia (foto: reprodução/Debbie Hill/Getty Images Embed)


Essa decisão foi a primeira tentativa do procurador-geral de perseguir um chefe de Estado apoiado pelo Ocidente. Essa ação ainda precisa ser revista pelos juízes do Tribunal Penal Internacional, uma vez que eles ainda podem alterar, rejeitar ou aprovar o pedido.

Mesmo não fazendo parte da lista de membros da TPI, os EUA apoiaram processos anteriores, incluindo a emissão de um mandado de prisão contra o presidente russo, Vladimir Putin, devido à guerra na Ucrânia.

Para os Estados Unidos, a decisão de Karim Khan pode prejudicar as negociações para um acordo entre Israel e Hamas para um cessar-fogo na Faixa de Gaza e também para a liberação de reféns. Além disso, em entrevista, Joe Biden afirmou que não reconhece a jurisdição do TPI e que os EUA não acreditam em uma equivalência entre Israel e o Hamas.

Ataques do Hamas

Nesta quinta-feira (23), o Ministério da Saúde de Gaza revelou que ataques israelenses deixaram mais de 90 mortos nas últimas 24 horas. Controlado pelo Hamas, desde o início dos ataques, o número de mortos já chegou a 35.800 na Faixa de Gaza.

Além disso, o Hamas ainda informou que suas tropas foram para Rafah e já mataram pessoas que presumiram ser milicianos do grupo islamita, enquanto ataques aéreos também foram realizados.

Presidente Biden defende Israel e rejeita acusações de genocídio em Gaza

Nesta segunda-feira (20), durante um evento do Mês da Herança Judaica Americana na Casa Branca, o presidente dos EUA, Joe Biden, fez uma firme defesa de Israel. Ele rejeitou as acusações de genocídio das forças israelenses contra o Hamas em Gaza.

O presidente dos EUA enfatizou que, desde o ataque do Hamas em 7 de outubro que resultou na morte de 1.200 pessoas e no sequestro de centenas, Israel tem sido a vítima. “O que está acontecendo em Gaza não é genocídio”, declarou Biden.

O líder americano reafirmou o compromisso dos EUA com a segurança israelense: “estamos ao lado de Israel para eliminar Yahya Sinwar e os outros membros do Hamas. Queremos o Hamas derrotado. Estamos trabalhando com Israel para que isso aconteça.”

Críticas de ativistas pró- palestinos 

O presidente dos EUA, Joe Biden, tem sido alvo de intensas críticas de ativistas pró- palestinos. Em eventos pelo país, manifestantes têm protestado contra seu apoio a Israel, rotulando-o como “Joe Genocida”.

A pressão política sobre Biden aumentou dentro de seu próprio partido, devido à maneira como ele lidou com o conflito entre Israel x Palestina. De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, o número de mortos palestinos ultrapassou 35 mil, e o governo israelense criou  péssimas condições humanitárias no território.


Nuvem de fumaça sobre Khan Yunis de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, durante o bombardeio israelense em 8 de janeiro de 2024 (Reprodução/ Said KHATIB /Getty Images Embed)


Biden critica pedido de prisão contra Netanyahu

Além disso, o líder americano criticou a decisão do promotor do Tribunal Penal Internacional (TPI) de solicitar mandados de prisão contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e seu chefe de Defesa por supostos crimes de guerra.

O promotor do TPI também anunciou a solicitação de mandados de prisão para o líder do Hamas, Yahya Sinwar, e outros dois dirigentes do grupo.

As negociações entre Israel e o Hamas estagnaram na tentativa de libertar reféns doentes, idosos e feridos ainda mantidos pelos militantes. No entanto, Biden assegurou que continuará buscando uma solução para esse impasse. O presidente também fez um apelo por um cessar-fogo imediato em Gaza.

Casa Branca rejeita pedidos republicanos por gravações de depoimento de Biden


O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, nesta quinta-feira (16), tomou medidas que impedem que os republicanos na Câmara dos EUA tivessem acesso a gravações de áudio de um depoimento do próprio Biden ao procurador especial Robert Hur a respeito da retenção de alguns documentos confidenciais.

Carta

Uma carta foi emitida aos presidentes dos comitês Judiciário e da Supervisão da Câmara dos Representantes pelo Departamento de Justiça e, o documento dizia que Biden havia reivindicado o privilégio executivo – doutrina jurídica que garante ao presidente a retenção de certas informações em circunstâncias específicas.


Procurador especial investiga documentos confidenciais do presidente (Vídeo: Youtube/UOL)

Essa solicitação do privilégio executivo pode ter como finalidade a proteção das comunicações confidenciais entre Joe e seus conselheiros, algumas deliberações internas do governo ou até mesmo informações críticas relacionadas à segurança nacional. 

Neste caso, o Departamento de Justiça buscava comunicar que Biden havia invocado o privilégio executivo a fim de proteger registros ou informações devido à investigação feita pelos comitês da Câmara dos Representantes. 

Na carta, também dizia que o presidente exigia o privilégio executivo sobre as gravações de áudio que o procurador Hur teve com o seu “ghostwriter”, Mark Zwonitzer. O ghostwriting é o processo pelo qual uma pessoa, conhecida como “ghostwriter”, é contratada para escrever um texto ou obra em nome de outra pessoa, que geralmente é creditada como o autor oficial do trabalho.

Conflito de interesses

O Comitê de Supervisão da Câmara se prepara para tomar medidas processuais ainda nesta quinta-feira (16) visando iniciar uma votação para decidir responsabilizar ou não Garland (procurador-geral dos EUA) por desacato ao Congresso ao se recusar a entregar as gravações de áudio. 

Garland nomeou Hur para investigar Biden no ano passado, querendo investigar a retenção de registros confidenciais desde a época em que Joe era vice-presidente de Obama. 

Hur se recusou a continuar com as acusações criminais e adicionou que Biden tinha sido cooperativo com a investigação, diferentemente do antigo presidente Donald Trump que bloqueou um inquérito similar durante seu governo e agora enfrenta acusações federais pela retenção de registros confidenciais.

Governo americano aprova envio de US$ 1 bilhão em armas para Israel

O governo dos Estados Unidos aprovou o envio de um pacote de armas no valor de US$ 1 bilhão para Israel. Essa medida ocorre em meio a crescentes tensões no conflito entre Israel e o grupo Hamas, na Faixa de Gaza, e menos de uma semana após o presidente Joe Biden indicar a possibilidade de suspender o fornecimento de armas ao aliado israelense.

Segundo informações de autoridades americanas à agência Reuters, o pacote de armamentos inclui projéteis de tanque, morteiros e veículos táticos blindados, sendo elaborado pelo Departamento de Estado dos EUA.

Os detalhes sobre o envio de armas foram discutidos em alto nível, envolvendo presidentes e membros dos Comitês de Relações Exteriores do Senado e dos Assuntos Exteriores da Câmara. Isso ocorreu em meio a uma discordância sobre a operação israelense em Rafah, cidade ao sul da Faixa de Gaza, que abriga mais de 1 milhão de palestinos refugiados dos conflitos entre Israel e o Hamas.


“Somos nós ou os monstros do Hamas” disse Netanyahu no Memorial Day (Foto: reprodução/Instagram/Shalev Shalom)

Restrições ao fornecimento de armas

As tensões aumentaram após declarações de Biden no dia 8 de maio, quando ele indicou que interromperia o fornecimento de artilharia e outras armas a Israel caso o país lançasse uma grande ofensiva contra Rafah. O presidente dos EUA enfatizou que não forneceria armas utilizadas em ataques contra o Hamas, especialmente se Israel visasse centros populacionais.

Biden deixou claro a Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, e ao gabinete de guerra, que os Estados Unidos não apoiariam ataques a áreas civis. No entanto, ele ressaltou que isso não significava um afastamento da segurança de Israel, mas sim uma limitação da capacidade de Israel de travar guerra nessas áreas.

Tensões

Inicialmente, houve uma interrupção no envio de armas, incluindo bombas de diferentes tamanhos, mas não foi tomada uma decisão definitiva sobre como proceder. Essas declarações e ações destacam a tensão crescente entre os EUA e Israel sobre as operações militares em Gaza e a proteção de civis palestinos.

O posicionamento de Biden tenta equilibrar o apoio tradicional dos EUA a Israel com uma crescente preocupação com os direitos humanos e a proteção de civis em conflitos armados, um tema que tem sido cada vez mais debatido internacionalmente.

Joe Biden bloqueia entrega de bombas a Israel em ato considerado simbólico

Nesta terça-feira (7), foi divulgada a informação de que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, suspendeu o envio de 3.500 bombas a Israel para evitar que fossem destinadas a ataques a Rafah, cidade no sul da Faixa de Gaza. A cidade serve de refúgio para os cidadãos palestinos e estima-se que Rafah abrigue mais de um milhão de pessoas.

Decisão de Biden

O presidente dos EUA, Joe Biden, suspende o fornecimento de bombas a Israel, uma vez que muitas delas foram usadas para matar civis em Rafah, cidade ao sul da Faixa de Gaza, que abriga mais de 1,4 milhão de palestinos, entre moradores locais e desabrigados.

O recado foi dado junto com essa rara admissão de que bombas americanas mataram civis palestinos. O ato de Biden é simbólico, já que é a primeira vez que o político demonstra em ações a insatisfação em relação ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, após o governo não responder às preocupações de Washington sobre Rafah.

“Deixei claro a Bibi [Netanyahu] e ao gabinete de guerra que não terão o nosso apoio se, de fato, atacarem esses centros populacionais. Não nos distanciamos da segurança de Israel. Nós nos distanciamos da capacidade de Israel de travar guerra nessas áreas”

A preocupação do estado de Biden é de que bombas mais pesadas causariam uma catástrofe em Rafah por ser uma área urbana densamente povoada. Essa é a primeira vez que o repasse de armas é usado pelo governo americano para tentar influenciar na abordagem israelense na Faixa de Gaza. Tanto Israel quanto Estados Unidos tentaram chegar a um acordo para que não houvesse a suspensão das armas, porém a decisão de Israel de atacar Rafah pesou profundamente.

Ataques à Rafah

Nesta terça-feira (7), a cidade de Rafah sofreu com ataques aéreos israelenses que deixaram 15 mortos segundo informações de hospitais Abu Yousef e Al Kuwaiti, localizados no sul da Faixa de Gaza. A Defesa Civil da Palestina afirmou que equipes resgataram corpos de várias casas atingidas pelos aviões israelitas.


Rafah, cidade ao sul de Gaza, sofre com ataques aéreos israelenses (foto: reprodução/Getty Images Embed)


Os ataques ocorreram mesmo após a oposição clara do presidente dos EUA, Joe Biden, a respeito dos ataques a Rafah. A pressão para a interrupção dos atques israelenses à cidade de Gaza segue sendo uma das advertências americanas sobre a violência na qual mais de 34 mil pessoas já morreram diante.

Em entrevista à CNN, Joe Biden garante que Trump não aceitará uma derrota nas eleições

O atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, comentou em entrevista à CNN o quanto as possíveis reações de seu rival na corrida presidencial podem ser perigosas. O democrata afirmou que Trump não aceitaria a derrota caso o atual fosse reeleito.  

Suas palavras na entrevista

Nesta quarta-feira (8), em entrevista à CNN a respeito das eleições presidenciais que estão para acontecer em novembro, o atual presidente e candidato à presidência, Joe Biden, declarou que em um possível quadro onde ganhe receberia um difícil comportamento de seu rival republicano, Donald Trump, onde o ex-presidente e também candidato não aceitasse o resultado.  

Ele pode não aceitar o resultado das eleições. Eu garanto que ele não aceitará, o que é perigoso, disse o presidente em entrevista.  

Tal possibilidade não pode ser descartada, considerando atitudes passadas do ex-presidente que alegou haver erros no resultado da eleição de 2020 onde também disputou a presidência com Joe Biden. Sua forte discordância com o resultado passado, sucedeu momentos inoportunos e históricos na política norte-americana, um deles sendo a Invasão ao Capitólio, comandado em sua maioria por eleitores que também não aceitaram a derrota do republicano. 

Ainda na entrevista, o presidente dos Estados Unidos mencionou determinadas afirmações feitas por governantes de países aliados: Veja, eu viajo por todo o mundo; outros líderes mundiais, vocês sabem o que eles dizem? Não é piada. Depois de uma reunião importante, 80% [dizem] ‘você tem que ganhar… minha democracia está em jogo'”, alegou o democrata.  O presidente continuou analisando comentários e críticas de Trump durante as campanhas eleitorais, onde o rival ressaltou a ideia de utilizar a presidência para fins próprios caso haja retorno à Casa Branca.


Donald Trump em campanha eleitoral para as eleições de novembro deste ano (Foto: reprodução/Christian Monterrosa/Bloomberg)


“[Trump] está dizendo que vai garantir que o procurador-geral processe quem ele mandar, e que o despedirá se não fizer isso. […] Ele disse isso, sobretudo o que tem a ver com processos judiciais […] Que presidente já disse algo assim? Mas ele está falando sério”acrescentou o candidato.  

Eleições americanas

eleição presidencial nos Estados Unidos de 2024 está para ocorrer no dia 5 de novembro de 2024, uma terça-feira. Esta será a 60.ª eleição presidencial quadrienal e a primeira eleição após a redistribuição dos votos eleitorais de acordo com o censo pós-2020.  

Joe Biden, representando os democratas, é um dos candidatos da corrida presidencial e já é o mandatário mais velho a ocupar o cargo presidencial, com 81 anos. Donald Trump, de 77, é outro forte candidato e principal rival de Biden. Mesmo após 91 acusações criminais em quatro quadros diferentes, o ex-presidente já conquistou o número de 1.215 delegados para ser candidato necessário além de um grande número de eleitores.  

Robert F. Kennedy Jr., Corney West e Jill Stein são outros três candidatos que concorrem mas apresentam baixas pontuações nas pesquisas.