Casa Branca rejeita pedidos republicanos por gravações de depoimento de Biden

Laura Galdino Por Laura Galdino
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Joe Biden, presidente democrata dos Estados Unidos (Foto: Jim Watson/AFP)


O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, nesta quinta-feira (16), tomou medidas que impedem que os republicanos na Câmara dos EUA tivessem acesso a gravações de áudio de um depoimento do próprio Biden ao procurador especial Robert Hur a respeito da retenção de alguns documentos confidenciais.

Carta

Uma carta foi emitida aos presidentes dos comitês Judiciário e da Supervisão da Câmara dos Representantes pelo Departamento de Justiça e, o documento dizia que Biden havia reivindicado o privilégio executivo – doutrina jurídica que garante ao presidente a retenção de certas informações em circunstâncias específicas.


Procurador especial investiga documentos confidenciais do presidente (Vídeo: Youtube/UOL)

Essa solicitação do privilégio executivo pode ter como finalidade a proteção das comunicações confidenciais entre Joe e seus conselheiros, algumas deliberações internas do governo ou até mesmo informações críticas relacionadas à segurança nacional. 

Neste caso, o Departamento de Justiça buscava comunicar que Biden havia invocado o privilégio executivo a fim de proteger registros ou informações devido à investigação feita pelos comitês da Câmara dos Representantes. 

Na carta, também dizia que o presidente exigia o privilégio executivo sobre as gravações de áudio que o procurador Hur teve com o seu “ghostwriter”, Mark Zwonitzer. O ghostwriting é o processo pelo qual uma pessoa, conhecida como “ghostwriter”, é contratada para escrever um texto ou obra em nome de outra pessoa, que geralmente é creditada como o autor oficial do trabalho.

Conflito de interesses

O Comitê de Supervisão da Câmara se prepara para tomar medidas processuais ainda nesta quinta-feira (16) visando iniciar uma votação para decidir responsabilizar ou não Garland (procurador-geral dos EUA) por desacato ao Congresso ao se recusar a entregar as gravações de áudio. 

Garland nomeou Hur para investigar Biden no ano passado, querendo investigar a retenção de registros confidenciais desde a época em que Joe era vice-presidente de Obama. 

Hur se recusou a continuar com as acusações criminais e adicionou que Biden tinha sido cooperativo com a investigação, diferentemente do antigo presidente Donald Trump que bloqueou um inquérito similar durante seu governo e agora enfrenta acusações federais pela retenção de registros confidenciais.

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Redatora do site In Magazine (Ig);
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