Atos pró-Palestina nos EUA preocupam campanha de Biden


Desde o dia 18 de abril, protestos pró-Palestina tomaram conta das universidades dos Estados Unidos. A partir daí, mais de 1500 pessoas foram presas em todo o país, segundo análise feita pela CNN.

Manifestações

Os manifestantes estavam acampados em meio às suas universidades e suas exigências eram variáveis de campus a campus, porém tinham como objetivo conjunto a desvinculação das universidades com empresas que têm laços financeiros com Israel mesmo em meio a guerra com Hamas.

Na universidade de Columbia, por exemplo, os alunos exigiam que a universidade não só cortasse os laços, mas também se comprometesse a parar de fazer negócios com empresas que apoiam a guerra.


Protestos pró-Palestina terminam em confronto nos EUA (Vídeo: reprodução/Youtube/CNN Brasil)

Prisões

Na Universidade da Califórnia em Los Angeles, havia um acampamento montado por um grupo pró-Palestina e outro grupo apoiantes de Israel que avançou contra a multidão, derrubou as barricadas e atiraram fogos de artifício em direção aos manifestantes, com a chegada da polícia foram usados sprays de pimenta e detenções em massa para repreender a multidão.

Segundo a prefeita de Los Angeles, Karen Bass, a polícia foi solicitada para apoio depois do confronto entre os manifestantes. Nessa ação, os policiais retiraram estudantes que haviam invadido a universidade e prenderam cerca de 300 manifestantes.

Essas detenções aconteceram em cerca de 30 campus distintos em 23 estado. O rol de detidos incluía estudantes e professores, os quais alguns ficaram feridos durante a ação policial.


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Biden comenta protestos nas universidades (Vídeo: reprodução/Youtube/Band Jornalismo)

Biden

Esses crescentes protestos nas universidades causam um aumento de repressões policiais que tendem a ser violentas, o que leva a uma chuva de críticas ao presidente Biden e sua postura política em relação a Israel.

Assessores de Biden descartam a ideia de que a onda de protestos ou seus apoiadores possam ocasionar a perda da Casa Branca na eleição presidencial que ocorrerá em novembro. Eles ainda declaram que o número de participantes aptos a votar é pequeno comparado a 41 milhões de eleitores da “Geração Z”.


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Campanha de Biden em risco (Vídeo: reprodução/Youtube/Band Jornalismo)

Entretanto, com a postura do presidente frente aos protestos pró-Palestina, os democratas alertam que jovens eleitores, que já não gostam de Joe Biden, podem mudar de voto por conta de Israel.

A pesquisa de campanha do candidato, todavia, mostra que a maioria dos eleitores de 2024 – incluindo os jovens – tendem a escolher um presidente baseado em questões como economia, e não guerras.

Apesar de alguns dados favorecerem e desfavorecer Biden ou Trump, os percentuais refletem uma juventude que apoia Joe acima de Donald, mas que, em contrapartida, não apoia ajuda a Israel.



Protestantes podem afetar as reeleições de Joe Biden

Estudantes e professores manifestantes estão mobilizados nos campi de algumas instituições de ensino nos EUA exigindo o fim imediato da guerra. Eles alegam que Joe Biden tem participação culposa nas mortes durante o período de conflito entre Israel e Hamas, com mais de 34 mil mortes, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas. Tais conflitos podem afetar seriamente a campanha de reeleição do atual presidente, afastando os eleitores jovens e judeus, dois segmentos que ajudaram na sua vitória no ano eleitoral de 2020. 

Neste sábado (27), os protestos estenderam-se para a parte externa do jantar anual de Biden, na Casa Branca, em Washington, onde ocorreram casos de hostilidade aos jornalistas por parte dos manifestantes. 


Manifestação a favor dos palestinos (Foto: reprodução/Ehimetalor Akhere Unuabona/Unsplash)

Precedente histórico demonstra riscos para as eleições 

Após a reitora da Universidade de Columbia, em Nova York, pedir a intervenção de policiais para retirar os manifestantes do campus, os oficiais, em atos violentos, prenderam centenas de estudantes, atos esses que se pareciam com os protestos de 1968.

No mesmo ano, com a Guerra do Vietnã, os estudantes se posicionaram também contra o apoio dos EUA e se manifestaram no mesmo campus da Universidade de Columbia. 

Tanto a preocupações quanto as coincidências das manifestações da época e atuais, estão relacionadqs ao resultado do desaponho dos jovens ao presidente Lyndon Johnson, que liderou os estadunidenses para o maior fracasso da história do país, resultando em sua derrota em 1968 na política. 

Apesar de Biden, atual presidente dos EUA, apoiar fortemente Israel após o massacre do Hamas, ele vem manifestando divergências com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Contudo, mesmo com as declarações de Biden em estar à procura da paz e contra às mortes civis, isso não tem conquistados os estudantes indignados. Uma pesquisa da CNN mostra que o apoio à gestão de Biden, caiu cerca de 6% de janeiro até abril. 

Protestos pró-Palestina crescem em universidades dos EUA e influenciam campanha eleitoral

Nos últimos dias, as universidades mais prestigiadas dos Estados Unidos, como Columbia, Harvard e Yale, tornaram-se palcos de uma série intensa de protestos pró-Palestina. Os manifestantes, compostos majoritariamente por estudantes e membros da comunidade acadêmica, demandam que as instituições cortem laços com Israel e com empresas que apoiam suas ações na guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza. Essas manifestações, que começaram no dia 18 de abril na Universidade Columbia em Nova York, já resultaram em cerca de 700 detenções em todo o país.

Impacto político e segurança nos campus

O conflito entre Israel e o Hamas, que escalou após o grupo, classificado como terrorista pelos EUA e outros países, invadir Israel em outubro de 2023, matando e sequestrando cidadãos, tem repercutido fortemente no ambiente universitário. Os protestos estão sendo vistos como um potencial divisor de águas para o apoio dos jovens americanos ao governo Biden nas próximas eleições presidenciais, devido ao seu suporte às ações israelenses em Gaza.


Esquerda: Shai Davidai, professor associado da Universidade de Columbia, em uma entrevista do 60 Minutes. Direita: Manifestantes em apoio aos palestinos fora da Universidade de Columbia, em Nova York (Captura de tela via 60 Minutes/YouTube, Eduardo Muñoz/Reuters)

“Sinto-me cada vez mais isolado e preocupado com a minha segurança aqui.”

Davidai, ressaltando a tensão vivenciada por membros da comunidade judaica.

Manifestantes pró-Gaza na Universidade Columbia, em NY, epicentro de um movimento que está se espalhando para outras instituições – Foto: Ted Shaffrey

A tensão nos campus é palpável, com relatos de incidentes antissemitas aumentando a polarização. Professores e alunos judeus, como Shai Davidai da Universidade Columbia, expressaram medo e preocupação com a segurança, destacando um ambiente cada vez mais hostil.

As autoridades universitárias têm respondido com medidas severas. A polícia foi chamada em várias universidades para dispersar os protestos, resultando em um número significativo de prisões. Em locais como a Universidade Northeastern em Boston e a Universidade de Washington em St. Louis, grandes operações de detenção foram realizadas.

Debate eleitoral e cobertura internacional

Esses eventos têm sido amplamente cobertos pela imprensa internacional, destacando a magnitude e a disseminação dos protestos. Com a eleição presidencial se aproximando, o tema já se tornou um ponto de debate entre os candidatos. Donald Trump criticou a abordagem de Biden, que tenta equilibrar condenações aos protestos com uma compreensão das preocupações palestinas, enquanto Jill Stein, candidata do Partido Verde, foi detida durante um desses protestos, marcando sua posição sobre o conflito.


Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e os ex-presidente Donald Trump (Reprodução: Getty Images

Especialistas, como o cientista político Paulo Velasco, veem essas manifestações como um momento decisivo, não apenas para a política externa dos EUA, mas também para o futuro político de Biden, cujo apoio entre os jovens americanos e a comunidade árabe está em risco.

À medida que o fim do ano letivo se aproxima, a continuidade dos protestos permanece incerta, mas o impacto já deixado nas universidades e na política americana será sentido por muito tempo.

Desenvolvedora do Tik Tok cogita encerramento das atividades nos EUA

Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, comunicou na última quarta-feira (24) que pretende ordenar que o Tik Tok tenha nova regência em território americano dentro de um ano. Em contato com o jornal britânico The Guardian, a chinesa ByteDance, desenvolvedora do aplicativo, citou que prefere vendê-la a dar essa possibilidade aos americanos

Para o presidente, o aplicativo atua como meio de filtrar dados confidenciais dos usuários. Desta forma, representa um risco à segurança nacional. Uma proposta similar já havia sido discutida pelo ex-presidente Donald Trump. Entretanto, no atual momento eleitoral, o candidato republicano não é tão enfático e cita existir “muita coisa boa e muita coisa ruim” com o aplicativo.

Paralisação do Tik Tok representa risco limitado para desenvolvedora

De acordo com fontes do jornal, o Tik Tok opera com algoritmos essenciais para o seu funcionamento. Logo, vendê-lo com essas características seria improvável, uma vez que é impossível separar o aplicativo do software. Tal complicação implica também na propriedade intelectual registrada na China perante o nome da ByteDance, o que dificulta o processo de separação.


Algoritmo do Tik Tok é curado com base nos gostos do usuário (Foto: reprodução/Joe Raedle/Getty Images Embed)


Embora o aplicativo seja um sucesso no mundo inteiro, na casa dos 1 bilhão de usuários, as fontes informam que o aplicativo gera prejuízo. Se fosse o caso de cessar as operações no país, teria uma repercussão reduzida para a gigante chinesa. Porém, se perderem a batalha judicial, preferem que o aplicativo deixe a localidade do que cogitar vender para outro comprador.

Receita financeira da empresa aumentou no ano passado

Apesar de não divulgar dados financeiros de nenhum dos seus negócios, fontes revelam que boa parte da receita provém da própria China. Aplicativos como o Douyin, uma versão do Tik Tok da região, são vantajosos financeiramente. Uma outra fonte escutada pela reportagem alega que os EUA foram responsáveis por 25% das receitas globais em 2023. 

No aplicativo Toutiao, uma plataforma com conteúdo informativo de propriedade da ByteDance, o Tik Tok declarou não ter interesse em vender as operações do aplicativo nos Estados Unidos. Shou Zi Crew, CEO do Tik Tok, assegurou que a empresa espera sair vitoriosa contra o projeto de lei assinado por Joe Biden. 

Empresa responsável pelo TikTok rebate críticas sobre controle de dados

Nesta última quarta-feira (24), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sancionou a lei que visa um possível banimento do aplicativo TikTok dentro do país. A plataforma utilizada por milhares de americanos é controlada pela empresa chinesa ByteDance.

Segundo o governo americano, o armazenamento de dados realizado pela companhia estrangeira configura-se como uma possível ameaça à segurança nacional. O TikTok rebateu tais acusações, ao alegar que o controle de dados da rede apresenta fórmulas semelhantes à de outros aplicativos de origem americana, como Instagram e Facebook.

Mais detalhes sobre a defesa do TikTok

“Em linha com as práticas do setor, coletamos informações que as pessoas fornecem para ajudar o aplicativo a funcionar, operar com segurança e melhorar a experiência do usuário.” relatou a plataforma. Os responsáveis pela rede social ainda ressaltaram que os dados dos usuários do EUA estão restritos a empresa americana Oracle, uma ordem imposta no país ainda durante o governo do ex-presidente Donald Trump.

Em comparação entre a plataforma do TikTok e as redes do Instagram e do Facebook, os dados acumulados estão conectados desde a identificação do usuário como, nome, e-mail e telefone de contato, até atividades rotineiras dentro do aplicativo e movimentações financeiras.

Esta não é a primeira vez que o aplicativo pode ser banido dos EUA

Como mencionado anteriormente, durante o governo Trump, a discussão acerca das diretrizes da rede social oriunda da Ásia já havia gerado controvérsias. Em 2020, por exemplo, o presidente chegou a dar o aplicativo como banido no país, porém a atitude foi logo derrubada pela Justiça.


Discurso de Joe Biden realizado na Casa Branca na última quarta-feira (24) (Foto: reprodução/JIM WATSON/AFP via Getty Images embed)


Atualmente, a política de Biden percorre um caminho um tanto semelhante no quesito argumentação contra a ByteDance. Até o momento, a decisão provisória instituída pelas autoridades é de que a plataforma do TikTok encontre um comprador americano até janeiro de 2025. A medida poderá ser renovada por mais 90 dias, caso necessário, mas deve ser cumprida até segunda ordem a fim de que não haja o banimento geral do aplicativo.

Nova versão de lei aprovada pela Câmara dos EUA busca banir TikTok do país

Um projeto de lei foi aprovado, no último sábado (20), pela Câmera dos Estados Unidos, que prevê a proibição do TikTok no país caso a ByteDance não venda sua participação a uma companhia norte-americana. A nova medida se assemelha a que foi apresentada em março, onde era previsto a proibição da plataforma chinesa no território estadunidense. Contudo, a condição adicionada nessa nova versão dá mais tempo para o TikTok abdicar de sua desenvolvedora e arrumar um comprador de confiança do país. Esse projeto foi aprovado por 360 votos a 58. 

“É lamentável que a Câmara dos Deputados esteja usando a cobertura de importante assistência externa e humanitária para mais uma vez aprovar um projeto de lei que atropelaria os direitos de liberdade de expressão de 170 milhões de americanos”, pronunciou o TikTok, domingo (23). 


Pronunciamento do TikTok quanto ao projeto de lei (Reprodução/X/@TikTokPolicy)


Caso o projeto seja assinado, a nova versão daria 270 dias para que a empresa encontre um novo proprietário, podendo se estender para mais 90 dias. Essa nova empresa não poderá ter qualquer relação com a empresa chinesa ByteDance, atual dona do TikTok. 

Por que a iniciativa desse projeto de lei?

Desde o governo de Donald Trump, o país tem demonstrado preocupações quanto a ByteDance, pois acreditam que representa um risco para a segurança do país. Alguns afirmam que a empresa chinesa poderia se aproveitar do poder para obter dados de usuários americanos, usando a plataforma como uma forma de espionagem. 

Para que o projeto saísse da paralisação que acontecia desde março, os congressistas alteraram para um projeto de lei de financiamento, pois, além de ser prioridade do presidente Joe Biden, costumam ter um processamento mais rápido nas casas. Com isso, o TikTok será incluído em um pacote de ajuda econômica externa, que visa auxiliar a países aliados dos EUA que se encontram em estado de guerra, como Ucrânia e Israel. 

EUA aprovam ajuda de US$ 95 bilhões para Ucrânia, Taiwan e Israel

Neste sábado (20) a câmara dos deputados dos Estados Unidos da América aprovou um grande apoio bipartidário, um pacote legislativo de US$ 95 bilhões (ou cerca de 500 bilhões de reais na contação atual) para fornecer assistência de segurança para Israel, Taiwan e Ucrania, apesar de diversas críticas e objeções de figuras republicanas. 

Projeto passa pela câmara

Em fevereiro, os senadores americanos, em sua maioria democratas, aprovou uma medida semelhante. Após a criação do pedido, líderes do país, Desde do Presidente democrata Joe Biden e o Senador Mitch McConnell, pressionaram o presidente republicano da câmara Mike Johnson para levar o assunto para votação. 

Na proposta são previstos US$ 60,8 bilhões para a Ucrânia, cerca de US$ 8 bilhões para a Taiwan e a região do Indo-Pacífico e aproximadamente US$ 26 bilhões para Israel. 


Presidente da câmara Mike Johnson (Foto/reprodução/Win McNamee/Getty Images/AFP)

Proibição do TikTok

Outra medida aprovada pela câmera foi uma eventual proibição ao aplicativo TikTok no país, determinando é necessário a plataforma cortar seus vínculos com a empresa chinesa ByteDance se quiser continuar operando nos EUA. 

A legislação agora seguira para o senado americano, formado em sua maioria por políticos democratas, é previsto que a primeira seja feita na próxima terça-feira (23), como a provável aprovação, a medida será enviada a Biden para sancioná-la. 

Reações mistas

Uns dos primeiros a comentar sobre a aprovação foi o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy, que agradeceu a câmara pelo projeto que ajudará seu país. 

“Sou grato à Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, a ambos os partidos e pessoalmente ao presidente [da Câmara] Mike Johnson pela decisão que mantém a história no caminho certo”, postou Zelenskiy no X (o antigo Twitter). 



Enquanto isso, alguns republicanos da ala linha-dura, continuaram a forte oposição ao pacote de ajuda, aguentando que os Estados Unidos, não teria como arcar com o valor quando já obtém uma dívida interna de 34 trilhões de dólares. 

Homem ateia fogo em si mesmo após julgamento de Donald Trump

Nesta sexta-feira (19), um homem ateou fogo em si mesmo no Collect Pond Park em Nova York, em frente ao tribunal Lower Manhattan onde Donald Trump está sendo julgado.

Segundo informações do The New York Times, o homem estava em uma área para apoiadores do ex-presidente, no parque em frente ao tribunal, quando jogou um líquido inflamável em seu corpo e colocou fogo, o corpo de bombeiros de Nova York informou que ele foi encaminhado para Centro Médico Presbiteriano New-York/Weill Cornell, segue em estado crítico e com poucas chances de sobreviver.

Como ocorreu


Max Azzarello protesta em frente ao tribunal ” Trump está com Biden e eles estão prestes a nos dar um golpe fascista” (Foto: reprodução/David Dee Delgado/Getty Images)


Segundo testemunhas, o homem identificado como Max Azzarello, de 37 anos, jogou panfletos defendendo teorias de conspiração antigovernamentais no ar, antes de se incendiar. As pessoas tentaram correr até ele e apagar o fogo, mas a intensidade das chamas era alta.

O incidente ocorreu imediatamente após a conclusão da seleção do júri para o julgamento de Trump, que permitirá que promotores e advogados de defesa apresentem suas declarações iniciais na próxima semana. O júri é composto por duas pessoas.

Azzarello mantinha um site onde transformava os mesmos cartazes negacionistas em posts, apresentando um longo histórico de teorias da conspiração, prisões e também internações em clínicas psiquiátricas. A apuração foi feita pelo The New York Times.

O julgamento

Donald Trump está sendo acusado por esconder pagamentos feito à atriz pornô Stormy Daniels com dinheiro público, para esconder a história de uma ligação sexual com a mulher em 2006. Na época ele alegou que teriam sido “gastos com campanha”, já que estava concorrendo à presidência dos Estados Unidos e no auge de sua campanha. Ele é o primeiro ex-presidente do país a ser julgado criminalmente.

Apoiadores de Trump têm se manifestado em frente ao tribunal desde a segunda-feira (15), quando o julgamento iniciou. O número de pessoas ocupando o espaço vem diminuindo com o passar dos dias.

Se for condenado, Trump enfrentará uma pena de prisão de quatro anos ou menos, ou poderá receber liberdade condicional.

Retaliaçâo: Irã envia drones e mísseis em direção a Israel

De acordo com fontes militares israelenses, neste sábado (13), o Irã realizou um ataque com drones e mísseis contra o território de Israel. Os drones levaram horas para alcançar seu alvo, enquanto explosões foram ouvidas em Jerusalém pouco antes das 20h. Sirenes de alerta foram ativadas em várias regiões do país, conforme relatado pela mídia local.

Em um comunicado lançado na última sexta-feira (12), os Estados Unidos confirmaram que havia uma grande possibilidade de Irã revidar contra Israel pelo ataque ao consulado iraniano na Síria que ocorreu no dia 1. Joe Biden, o presidente dos EUA, afirmou que ataque ocorreria em breve.

Planos Revelados

Conforme o jornal “The Wall Street Journal”, Israel está em alerta para o possível ataque, onde podem ser bombardeados por mísseis iranianos, que serão utilizados para retaliar seus rivais geopolíticos, e depois como instrumentos para afastar outros países que que poderiam ficar contra eles. 


ataque de Israel a Siría(Foto/reprodução/Firas Makdesi/Reuters)

Revelados em junho do ano passado, o Irã demostrou seus primeiros misseis balísticos, baseados nos designs de armas russas e da coreia do norte, os projeteis podem chegar à velocidade próxima a cinco vezes a velocidade do som, difíceis de ser interceptados por conseguir realizar trajetórias complexas. 

Mísseis do Irã

Na semana passada, a ISNA, uma agência de notícias semioficial, postou um gráfico que revela alguns misseis em posse do país do oriente médio entre elas, são: 

  • ‘Sejil’, que tem a capacidade de voar a 17 mil km por hora e possui um alcance de 2.500 quilômetros. 
  • ‘Kheibar’, pode alcançar 2.000 kms. 
  • ‘Haj Qasem’, consegue tem o alcance de 1.400 kms (recebeu tal nome em sua forma de homenagem ao comandante das forças Quds Qasem Soleimani, vítima em um ataque dos EUA em Bagdá, no Iraque, em 2020). 

Desde que foram revelados, os Estados unidos e as nações do continente europeu se declaram contra o programa de mísseis do Irã, a nação em informou que mesmo com as críticas iriam continuar com seus planos  

Auxilio a Israel

John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA informou que o seu país garantirá suporte aos israelenses ao tudo que precisarem para se defender, inclusive estão a analisando a possibilidade de envio de milhares de soldados americanos para a região. 


John Kirby em entrevista ( Foto/reprodução/SAUL LOEB-POOL/GETTY IMAGES)

“tenham o que precisam e que sejam capazes de se defender“. Disse Kirby. “garantir que estamos devidamente preparados”. Completou o porta voz. 

Biden faz críticas a  Netanyahu sobre a guerra em Gaza

Em entrevista ao canal de TV Univision que foi ao ar nesta terça–feira (09), Joe Biden criticou abertamente o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em relação à sua atuação na Faixa de Gaza. Além disso, Biden também cobrou que o chefe do poder  Executivo de Israel acate um cessar-fogo com o Hamas. 

“Peço simplesmente que os israelenses estabeleçam um cessar-fogo, que permitam durante as próximas seis, oito semanas, acesso total a todos os alimentos e medicamentos que entrem [em Gaza]” , enfatizou Joe Biden em entrevista à televisão norte-americana que foi ao ar nesta terça-feira (09). 

Além disso, Biden também teceu fortes críticas direcionadas ao primeiro-ministro israelense, inclusive apontando que não concorda com seu posicionamento diante do conflito. “Acho que ele comete um erro no que faz. Não concordo com o ponto de vista dele”, concluiu o presidente dos EUA. 


Mais de 30 mil pessoas foram mortas na Faixa de Gaza em seis meses de conflito. (Foto: reprodução/Mohammed Faeq/AFP)

Seis meses de guerra em Gaza

O conflito que teve início em outubro de 2023 devido a um ataque do Hamas, que matou cerca de 1.200 pessoas e fez mais de 200 reféns, na fronteira de Gaza com Israel, acaba de completar seis meses de duração. Na atual situação em que se encontra a guerra, tropas israelenses continuam seu domínio sob a Faixa de Gaza, além de bombardeamentos constantes que se concentram principalmente no norte e no centro do território. 

Nesses seis meses em que se perdura o conflito, mais de 30.000 pessoas já foram mortas na Faixa de Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde palestino, controlado pelo Hamas. No entanto, no último domingo (7),  países que atuam como mediadores do diálogo entre o grupo terrorista e Israel , como Egito, Estados Unidos e Catar, apresentaram uma proposta de trégua dividida em três fases. 

Histórico do conflito

Em 1947 a Organização das Nações Unidas (ONU) propôs a criação do  Estado de Israel em área na qual pertencia à Palestina, com o intuito de solucionar o antissemitismo. Assim, a partir de 1948, a região foi dividida em dois Estados, um judeu, pertencente à Israel e um árebe, pertencente à Palestina

A configuração proposta pela ONU gerou uma série de conflitos históricos entre os dois povos, com a ocupação de judeus em áreas que, inicialmente, deveriam pertencer aos palestinos.

 Segundo relatório da ONU, desde 2008, Israel matou mais de 6.300 árabes, sendo mais da metade civis, e feriu cerca de 150 mil. Pelo outro lado, o relatório registrou 308  mortes de israelenses por palestinos, no qual 131 eram civis, os feridos somam-se mais de 6.307.