Flávia Saraiva assume protagonismo do Brasil no Mundial de Ginástica Artística de Jacarta

O Brasil inicia neste domingo (19) mais uma jornada no cenário internacional da ginástica artística, desta vez no Mundial de Jacarta, na Indonésia, com grandes expectativas e uma nova liderança. Após o ciclo vitorioso de Rebeca Andrade — que conquistou quatro medalhas nos Jogos Olímpicos de Paris e optou por um ano de descanso —, a responsabilidade de comandar a equipe verde-amarela recai sobre Flávia Saraiva, uma das ginastas mais experientes e carismáticas do país.

A competição vai até o dia 25 de outubro e contará com nove representantes brasileiros, entre mulheres e homens, todos de olho no pódio e em um início sólido rumo aos Jogos de Los Angeles 2028. O SporTV 2 transmite ao vivo as finais do torneio, que promete alto nível técnico e duelos emocionantes entre as maiores potências da modalidade.

Flávia Saraiva: a nova referência da equipe

Aos 26 anos, Flávia Saraiva se torna o principal nome da delegação. Medalhista olímpica e figura constante nas competições internacionais, ela chega à Indonésia com foco total na trave, seu aparelho mais consistente. A carioca foi finalista olímpica duas vezes nesse aparelho e, em 2019, conquistou a sexta colocação no Mundial de Stuttgart.

Nas quatro apresentações feitas nesta temporada — duas no Campeonato Brasileiro e duas na Copa do Mundo de Szombathely —, Flávia mostrou estabilidade e confiança, alcançando até 14,250 pontos na classificatória da Hungria. Se repetir a performance em Jacarta, tem boas chances de brigar por uma medalha.

Mesmo assim, a brasileira não entra como favorita. A disputa promete ser intensa, com a chinesa Zhou Yaqin, atual vice-campeã olímpica e mundial, liderando as apostas após alcançar 15,233 pontos nesta temporada. Outras fortes candidatas são Zhang Qingying (China), Kaylia Nemour (Argélia) e Hwang Seo-hyun (Coreia do Sul).

Além da trave, Flávia pode disputar o solo, aparelho em que foi bronze no último Mundial. Após uma cirurgia no ombro realizada em setembro de 2024, a atleta ainda recupera a forma física ideal, o que torna sua participação nas provas do solo e do individual geral incerta. Mesmo assim, caso entre nessas categorias, deve figurar entre as finalistas.


Apresentação de Flávia Saraiva na trave de equílibrio (Vídeo: reprodução/YouTube/Gymnastics Memories)

Juventude e experiência na busca por finais

O Brasil chega ao Mundial com um equilíbrio entre nomes consagrados e novas promessas. Entre as mulheres, Júlia Soares, finalista da trave nas Olimpíadas de Paris, também é uma das apostas. Embora ainda busque consistência em 2025, ela tem boas chances de alcançar a final tanto na trave quanto no solo. A coreografia ao som de “Cheia de Manias”, sucesso do Raça Negra, volta a embalar sua apresentação, que conquistou o público nos Jogos de Paris.

Na equipe masculina, o destaque é Arthur Nory, campeão mundial na barra fixa em 2019 e bronze em 2022. Aos 32 anos, o veterano tenta recuperar a regularidade e voltar ao pódio de seu aparelho preferido. A concorrência, no entanto, é pesada: os japoneses Daiki Hashimoto e Shinnosuke Oka, o americano Brody Malone e o chinês Zhang Boheng figuram entre os principais adversários.

Outro nome importante é Caio Souza, que retorna ao Mundial após ficar fora em 2023 por lesão. Atual campeão brasileiro, ele é o principal representante do país no individual geral, além de competir em diversos aparelhos, como barra fixa, argolas e salto. Caio busca repetir o bom desempenho de 2022, quando terminou entre os dez melhores do mundo.

Diogo Soares, por sua vez, também carrega boas expectativas no individual geral. O ginasta, de 23 anos, coleciona finais em grandes torneios e deve figurar novamente entre os 24 melhores.

Novas promessas e olho no futuro

O time feminino ganha reforços de duas estreantes de 15 anos: Sophia Weisberg e Júlia Coutinho. Sophia chega embalada após vencer o Campeonato Brasileiro e pode alcançar a final do individual geral caso repita os 51,231 pontos que obteve na competição nacional. Já Júlia Coutinho, especialista no solo, encantou o público com uma coreografia ao som de “Maria, Maria”, de Milton Nascimento, e conquistou duas medalhas em etapas da Copa do Mundo nesta temporada.


Júlia Coutinho com sua medalhe de Bronze na competição da Hungria (Foto: reprodução/Instagram/@juliacoutinhooficial)

Entre os homens, Vitaly Guimarães e Tomás Florêncio fazem suas estreias em Mundiais. Ambos não figuram entre os favoritos, mas podem surpreender e garantir finais em aparelhos específicos. Vitaly, nascido nos Estados Unidos, defende o Brasil pela primeira vez em uma grande competição.

Um novo ciclo sem Rebeca, mas com o mesmo brilho

Mesmo sem a estrela maior da ginástica brasileira, o país chega ao Mundial com um elenco técnico e promissor, disposto a manter o nome do Brasil entre as grandes potências da modalidade. Após seis medalhas no Mundial de 2023 e quatro pódios nas Olimpíadas de Paris, a delegação verde-amarela inicia sua caminhada rumo a 2028 com renovação, talento e esperança. Flávia Saraiva carrega o peso da liderança, mas também o entusiasmo de uma equipe pronta para surpreender. Em Jacarta, a missão é clara: mostrar que o Brasil continua brilhando, mesmo sem Rebeca Andrade em ação.

Skate Park: trio brasileiro chega na disputa da final das Olimpíadas de Paris 2024

Pela segunda vez consecutiva, o Skate Park recebeu três brasileiros disputando a final. Além de Pedro Barros, atual vice-campeão olímpico, Augusto Akio e Luigi Cini conseguiram vaga nas eliminatórias para a disputa de medalhas.

Pedro Barros teve a melhor classificação com 89.24 e ficou em sexto lugar, já Luigi Cini ficou com o sétimo lugar com pontuação de 89.10. Augusto Akio garantiu a oitava vaga com 88.98.

O primeiro lugar ficou com o australiano Keegan Palmer, com a nota de 93.78 e os dois americanos, Tom Schaar e Tate Carew, garantiram o segundo e terceiro lugar, respectivamente.


Pedro Barros na final Skate Park nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 (Foto: reprodução/Tom Weller/VOIGT/Getty Images Sport Embed)


A competição, que aconteceu há algumas horas atrás (às 12h30), começou do zero, com o total de três voltas por skatista de 45 segundos cada e com a classificação que levou em conta a melhor nota.

Final no Skate Par

A final foi marcada por um longo desafio, especialmente para o trio brasileiro. Logo na primeira volta, Augusto errou a manobra e marcou 2,66; Luigi 19.70 e Pedro 22.10. Tom Schaar e Keegan Palmer levaram a melhor com 90.11 e 93.11.

A segunda volta foi melhor para Augusto, com 81.34, mas Luigi caiu na primeira manobra (2.36); Pedro marcou 86.41. Na terceira e última volta Augusto conseguiu superar a nota com 91.85, Pedro ficou bem próximo com 91.65 e Luigi falhou na manobra finalizando com 76.89.


Luigi Cini na final Skate Park dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 (Foto: reprodução/Andy Cheung/Getty Images Sport Embed)


Bronze para o Brasil

A colocação final permitiu ao Brasil mais uma bronze, dessa vez por Augusto Akio, que competiu nas Olimpíadas pela primeira vez e já garantiu sua medalha. Vale lembrar que Akio conquistou a medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Santiago no ano de 2023, sendo o sexto no ranking mundial.

O skatista chegou a ser eliminado no Mundial Park em São Paulo e ficou de fora das Olimpíadas de Tóquio em 2020, mas isso o motivou a chegar até as Olimpíadas de Paris deste ano, conseguindo a terceira colocação da competição.


Augusto Akio recebe o bronze na competição Skate Park nas Olimpíadas Paris 2024 (Foto: reprodução/Eurasia Sport Images/Getty Images Sport Embed)


A medalha de ouro ficou para a Austrália, com Keegan Palmer que fez 93.11 pontos; a de prata para os Estados Unidos, com Tom Schaar que fez 92.23 pontos e a de bronze veio para o Brasil, com os 91.85 pontos de Augusto Akio.

Lançamentos olímpicos dominam por completo o mundo da moda

O espírito olímpico definitivamente não rodeia apenas Paris. Sua presença se fez evidente em múltiplos cenários diferentes nos últimos meses, e o mundo da moda não ficaria de fora.

Desde do começo do ano, diversas marcas apostaram na estética esportiva e trouxeram referências ao universo para suas coleções, entre elas a tradicional Lacoste e a inovadora collab entre Jacquemus e a gigante esportiva Nike.


Campanha collab Jacquemus X Nike (Foto: reprodução/Instagram/@nike)

Herança olímpica: Paris 1924 

Com o título “Paris 1924”, a Lacoste lançou no início deste mês sua sexta coleção Olympic Heritage, em parceria com o Comitê Olímpico Internacional. Com apenas oito peças, a linha relembra os marcantes jogos que conquistaram a capital francesa a mais de 100 anos atrás.


Campanha da Lacoste para coleção de temática olímpica (Foto: reprodução/Instagram/@lacoste)

A marca já é consagrada no âmbito esportivo pela sua história. Fundada em 1933, pelo tenista francês René Lacoste, o símbolo do crocodilo se estabeleceu um ícone no mundo da moda como significado de qualidade, autenticidade e ousadia, mesclando o espírito esportivo com a tradição francesa. A linha Paris 1924 reflete esses mesmos ideais, enquanto remete aos cortes e desenhos clássicos dos jogos que aconteceram no século XX.


Campanha da Lacoste para coleção de temática olímpica (Foto: reprodução/Instagram/@lacoste)

O drop traz códigos vintage, desde a camisa polo até o boné e a jaqueta impermeável, a maioria em tons amenos de azul e bege. Para todas as gerações e gostos, a coleção já está disponível no e-commerce da marca, além das lojas físicas. 

O “Swoosh” de Jacquemus e Nike

Os olhos no universo da moda já não se espantam mas com uma colaboração entre clássicas maisons e gigantes do mundo esportivo, mas com o evento das Olimpíadas de Paris este ano, esses breves casamentos se tornaram mais frequentes ainda. E um dos que mais recebeu relevância recentemente foi entre a Jacquemus e a estadunidense Nike.


Campanha collab Jacquemus X Nike (Foto: reprodução/Instagram/@nike)

Em uma coleção de 10 peças, Simon Porte Jacquemus, em parceria com a direção criativa da Nike, se inspirou na capacidade dos jogos em reunir o maior número de povos e mesclar as mais diferentes culturas em uma única atmosfera, sob as luzes da cidade parisiense e sua cultura. 


Bolsa “Swoosh” da collab Jacquemus X Nike (Foto: reprodução/Instagram/@nike)

Entre agasalhos, camiseta, tops e calças. Os itens da linha que mais encantam os consumidores são o tênis Nike x Jacquemus Air Max 1, que repagina uma silhueta clássica da marca esportiva, e a bolsa “Swoosh”, que toma a forma do logo conhecido pelo mundo todo. Ambos estão disponíveis para compra no site das duas. 


Olimpíada 2024: Time Brasil registra conquistas e recordes históricos

A um pouco mais de uma semana do início dos Jogos Olímpicos em Paris, a quantidade de conquistas inéditas alcançadas pelo Brasil vem chamando atenção dos torcedores. O desempenho de atletas em esportes como o Badmínton deu destaque àqueles antes pouco conhecidos, além de nutrir expectativas para a próxima Olimpíada, que será sediada em Los Angeles, em 2028.

Ginástica Artística 

A Arena Bercy, na França, está sendo palco de grandes conquistas para a Ginástica Artística feminina.

Medalha por equipes

Liderada por Jade Barbosa, Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Lorrane Oliveira e Júlia Soares, a equipe brasileira conquistou a primeira medalha da história na modalidade da competição por equipes, na qual é feita uma somatória das notas das atletas em todos os aparelhos: salto, solo, barras assimétricas e trave. Com 164.497 pontos, o Brasil conquistou o bronze, superando a equipe da Grã-Bretanha (164.263) e ficando atrás da Itália (165.494) e dos Estados Unidos (171.296). 


No quarto dia de competição (30/07), a equipe feminina de Ginástica Artística conquistou o bronze histórico (Foto: reprodução/Ricardo Bufolin/CBG)

Tal feito emocionou a nação, tendo em vista a trajetória de luta dos ginastas anteriores, como Daiane dos Santos, que apesar de ter se consagrado um símbolo no esporte, ao ser a primeira mulher negra do mundo a vencer o Mundial de Ginástica, a atleta não conquistou medalha nas Olimpíadas.

Rebeca Andrade

A ginasta tornou-se a brasileira com mais medalhas olímpicas e a primeira a conquistar quatro medalhas em uma mesma Olimpíada. Além do bronze por equipes, Rebeca conquistou duas medalhas de prata, na competição individual geral e na disputa de salto, e a tão almejada medalha de ouro, na disputa do solo na manhã desta segunda-feira (5). Rebeca atingiu a nota 14,166 e superou Simone Biles, que tirou 14,133.

Com isso, ela ultrapassou os maiores medalhistas olímpicos do Brasil, os velejadores Torben Grael e Robert Scheidt, que têm cinco medalhas cada, e tornou-se a maior medalhista da história no Brasil, com seis medalhas.



Na competição do individual geral, na quinta-feira (1), Rebeca foi superada apenas pela bicampeã olímpica Simone Biles, dos Estados Unidos. As duas ginastas protagonizaram uma verdadeira disputa de estrelas, com pontuações muito próximas. O desempenho de Rebeca nos quatro aparelhos somou a nota de 57.932, atrás de Biles, com 59.131, e seguida de Sunisa Lee, com 56.465.

Já na final do salto feminino, neste sábado (3), Rebeca mais uma vez dividiu o pódio com duas estadunidenses, Biles, com a medalha de outro, e Jade Carey, com a de bronze.

Atletismo

Lançamento de dardo

Na manhã desta terça-feira (6), Luiz Maurício da Silva avançou à final do lançamento de dardo em Paris em grande estilo. Dono do recorde sul-americano, o brasileiro se superou e aumentou o próprio recorde de 85m57 para 85m91.


Luiz Maurício da Silva nesta manhã (Foto: reprodução/ @miriamjeske_ Miriam Jeske/COB)

Além disso, há 92 anos, o Brasil não competia uma final na modalidade. A última vez ocorreu somente em 1932, com Heitor Medina em Los Angeles.

Marcha Atlética

Na quinta-feira (1), Caio Bonfim, atleta de 33 anos, fez história ao conquistar a primeira medalha do país na modalidade. O experiente atleta alcançou a medalha de prata em uma corrida emocionante, em que brigou pelo ouro até o fim, tendo concluído com o tempo de 1h19m09s, a melhor marca de sua carreira. Com apenas 14s de vantagem, o equatoriano Brian Daniel Pintado ganhou o ouro, com o tempo de 1h18m55s.

Caio também é o primeiro brasileiro da história a estrear no pódio na 4° Olimpíada. Ele já havia participado dos Jogos de Londres, em 2012, quando ficou em 39º. No Rio, em 2016, esteve muito próximo com a 4° colocação. Já em Tóquio 2021, terminou em 13º.

Ginástica de Trampolim feminino

O Brasil obteve uma participação inédita na ginástica de trampolim feminina em Jogos Olímpicos. Na disputa pela vaga em Paris, que foi feita no Mundial de ginástica de trampolim, em Birmingham, pela primeira vez o Brasil avançou à final, com Alice Gomes e Camilla Gomes. Com o resultado do ranking final, apenas Camilla garantiu a vaga olímpica.

Já na classificação na Olimpíada, a ginasta, de 30 anos, ficou em 15º lugar, de 16 posições. Cada atleta tem a chance a duas apresentações, na primeira Camilla acabou sofrendo uma queda e pontuou 42.920. Na segunda, ela conseguiu melhorar a nota para 50.580, mas não alcançou o mínimo necessário de 54.500 pontos para avançar na classificação.

Ginástica de Trampolim masculino

Rayan Castro, de 22 anos, assegurou ao Brasil uma vaga nos Jogos Olímpicos de Paris, por meio da sua pontuação no ranking da Copa do Mundo da modalidade. É a primeira vez que o país tem participação na ginástica de trampolim. Anteriormente, apenas Rafael Andrade havia competido, no Rio 2016, cuja vaga, no entanto, foi assegurada pela utilização da cota de país-sede.

Rayan alcançou a melhor posição de um brasileiro em Olimpíadas, com o 12º lugar geral, mantendo a melhor pontuação na primeira série, com a nota 56.370. Apesar de não ter sido suficiente para estar entre os oito primeiros e avançar na classificatória, o atleta quebrou barreiras na modalidade em questão.

Salto em altura

Valdileia Martins classificou-se para a final do salto em altura feminino, no primeiro dia de atletismo da Olimpíada. A atleta atingiu a marca de 1,92 m e igualou o recorde brasileiro feminino estabelecido em 1989 por Orlane Maria dos Santos, Bogotá, na Colômbia.


Valdileia Martins no salto (Foto: reprodução/Wagner do Carmo/CBAT)

Ao realizar o salto, Valdileia sentiu dores no tornozelo esquerdo e iniciou tratamento para entorse, segundo a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt). Infelizmente, o tempo para recuperação não foi suficiente para a competição da final, que aconteceu neste domingo (4). A atual recordista não conseguiu completar a tentativa do salto, ao sentir dores novamente.

Triatlo

Miguel Hidalgo estreou sua participação nas Olimpíadas já garantindo o melhor resultado da história do triatlo brasileiro. O atleta, de apenas 23 anos, garantiu o primeiro top 10 do Brasil, ao fechar o triatlo na décima colocação, com o tempo de 1h42m33s.


Miguel Hidalgo, do Time Brasil, competindo pelo triatlo (Foto: reprodução/Getty Images embed)


Miguel chegou a estar apenas 3 segundos do terceiro colocado, mas perdeu força nos metros finais. Convicto de ter entregado tudo de si, Miguel declarou confiança de que ainda conquistará uma medalha.

Antes da prova eu falei que independentemente de ganhar ou não queria terminar no meu máximo. Foi o suficiente para ser o décimo. Tirei tudo do meu corpo hoje. Não tinha como diminuir um segundo. Sei que vou ganhar um dia. Espero que seja daqui a quatro anos“.

Tênis de mesa 

Em um esporte dominado por chineses e europeus, Hugo Calderano, mesa-tenista brasileiro, fez história ao ser o primeiro latino a disputar uma semifinal olímpica na modalidade. Calderano chegou muito próximo de ser o primeiro medalhista das Américas, no entanto, foi derrotado na manhã deste domingo (4) na disputa pelo bronze. Mesmo abrindo vantagem em diversos momentos, Hugo acabou perdendo para o francês Felix Lebrun por 4 a 0.


Hugo vence Alexis Lebrun e avança para a semifinal, feito inédito no continente americado (Foto: reprodução/@abelardomendesjr @correio.braziliense)

O craque brasileiro iniciou abrindo a classificação com uma vitória sobre o espanhol Álvaro Robles, por 4 sets a 2, e avançou às oitavas de final. Em seguida, o adversário foi o francês Alexis Lebrun, vencido por 4 sets a 1. Chegando às quartas, Hugo encontrou o adversário sul-coreano Woojin Jang, o qual venceu por 4 sets a 0. Já na semi, na disputa inédita pela final do torneio individual do tênis de mesa masculino nas Olimpíadas, o atleta não conseguiu vencer Truls Moregard, mesa-tenista sueco.

Badmínton 

Juliana Viana, piauiense de 19 anos, conquistou a primeira vitória de uma brasileira em Olimpíadas nesta modalidade.

Na Arena La Chapelle, Juliana perdeu a primeira rodada para a tailandesa Supanida Kathetong, por 2 sets a 0. Na segunda rodada, a atleta se recuperou e venceu Lo Sin Yan Happy, de Hong Kong, por 2 sets a 0, fazendo história no esporte.



Com classificação única por grupos na fase inicial, a atleta brasileira de badmínton precisava que Katethong perdesse por 2 sets a 0. Porém, Katethong seguiu vitoriosa contra Happy e avançou de fase no Grupo D. Juliana acabou sendo desclassificada.

Ciclismo BMX 

Gustavo Bala Loka, como é conhecido, obteve a melhor nota registrada por um brasileiro nas modalidades de ciclismo nas Olimpíadas. No ciclismo BMX freestyle, os competidores têm direito a realizar duas apresentações, de 60 segundos cada, com manobras utilizando rampas e obstáculos. Apesar de ter feito as duas sem erros, Bala Loka se apresentou com um menor nível de dificuldade que os rivais, o que o levou a ficar em sexto lugar, com as notas 90.20 e 88.88, valendo a maior delas.


Manobra de Gustavo Bala Loka (Foto: reprodução/Gaspar Nóbrega/COB)

Em entrevista ao Sportv, Gustavo reconheceu o feito histórico e disse que o próximo passo é conseguir a medalha para o Brasil. O ouro ficou com o argentino Jose Torres Gil (94.82), primeira medalha sul-americana na categoria.

Natação

400 metros livres masculino

3min42s76 é o novo melhor tempo das Américas na história dos 400m livre. O novo recorde pan-americano foi atingido pelo brasileiro Guilherme Costa na disputa pela medalha em Paris. Cachorrão, como é conhecido, ficou a 26 centésimos de segundos do terceiro colocado e conquistou a quinta colocação.


Reação de Guilherme Costa após competição pelos 400m livres em Paris (Foto: reprodução/Getty Images embed)


O forte do nadador costuma ser crescer nos últimos 50 metros, e realmente chegou a estar na quarta posição, no entanto, “faltou alguma coisa“, segundo ele, e ficou em quinto por uma diferença mínima. “Faltou alguma coisa nos últimos 50 metros, que são meu ponto forte. (…) Acabei não conseguindo fechar da forma como eu sempre fecho. Só sei que não quero sentir isso nunca mais“, disse Cachorrão em entrevista à TV Globo. Confira o tempo dos nadadores:

  • L. Maertens (Alemanha) – 3:41.78
  • E. Winnington (Austrália) – 3:42.21
  • W.M. Kim (Coreia do Sul) – 3:42.50
  • S.Short (Austrália) – 3:42.64
  • G. Costa (Brasil) – 3:42.76
1500 metros livres feminino

Beatriz Dizotti tornou-se a primeira brasileira a disputar uma final olímpica dos 1500 metros livres de natação. A nadadora conseguiu a sétima colocação nas eliminatórias, com o tempo de 16min05s40, sua quinta melhor marca.

Na decisão final, a brasileira novamente ficou em sétimo, apesar de ter completado a prova em menor tempo, 16min02s86, marca próxima ao recorde brasileiro, o qual é dela: 16min01s95. O ouro ficou com Katie Ledecky, nadadora dos Estados Unidos, com o recorde de 15min30s02, o melhor das Olimpíadas.

Com apenas 24 anos, Beatriz tornou-se um símbolo de superação, devido ao diagnóstico de tumor no ovário em 2022, dois anos após ter estreado nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Ela conseguiu evoluir no tratamento a tempo de competir no Mundial de Natação de Doha, onde conseguiu a vaga para Paris.

400 metros livres feminino

Em 76 anos, Mafê Costa é a primeira brasileira a alcançar a final nos 400 metros livres em Jogos Olímpicos. Tal conquista havia sido realizada somente em 1948, nos Jogos Olímpicos de Verão em Londres, pela nadadora Piedade Coutinho.

Mafê obteve a sétima colocação, com 4min03s53. Aos 21 anos, afirmou em entrevista à Globo que contiuará a busca pela medalha.

Tênis

Há nove Olimpíadas, o Brasil não vencia uma partida olímpica de tênis no simples. Bia Haddad Maia quebrou a barreira e tornou-se a primeira brasileira a vencer desde Gisele Miró, em Seul em 1988.

Bia Haddad, principal nome do tênis brasileiro, derrotou a russa Varvara Gracheva por 2 sets a 1. Na rodada seguinte, acabou perdendo para a eslovaca Anna Schmiedlova por 2 sets a 0 e deu adeus à competição.

Judô

O Time Brasil conquistou a primeira medalha na modalidade do judô por equipes. Formada por Rafaela Silva, Bia Souza, Ketleyn Quadros, Larissa Pimenta, Daniel Cargnin, Willian Lima, Guilherme Schimidt, Rafael Macedo, Leonardo Gonçalves e Rafael Silva, a equipe levou a medalha de bronze. Em um embate sofrido, a vitória veio no desempate contra a equipe da Itália, por 4 a 3. A luta de Rafaela Silva e Veronica Toniolo foi decisiva e decidida no var, em que foi constatada a pontuação da brasileira com um waza-ari.


Medalha de bronze inédita na modalidade por equipes (Foto: reprodução/Getty Images embed)


Tal feito, juntamente ao ouro de Bia Souza, à prata de Willian Lima e ao bronze de Larissa Pimentel, consagraram o Brasil como o quinto melhor país do mundo no judô, com 28 medalhas e atrás somente dos países Japão, França, Coreia do Sul e Cuba.

Além disso, o judoca Rafael Silva, de 37 anos, é o mais velho da história a ir ao pódio, superando o alemão Arthur Schnabel, que subiu com 36 anos em 1984.

Skate

A mais jovem atleta do mundo a conquistar medalhas em edições diferentes de Jogos Olímpicos é brasileira, do Maranhão. Aos 16 anos e seis meses, Rayssa Leal bateu a marca que perdurava há quase um século, desde 1932, da nadadora americana Dorothy Poynton-Hill, que conseguiu as duas medalhas com 17 anos.



A Fadinha, como é conhecida, já subiu ao pódio na estreia olímpica em Tóquio, em 2020, quando conquistou a medalha de prata aos 13 anos. Já nos Jogos de Paris, a skatista foi medalha de bronze, com a nota 253,37.

Surfe

Esta segunda-feira (6) ficará marcada para a modalidade do surfe brasileiro. Disputado em Teahupo’o, pela primeira vez na história o Brasil consegue duas medalhas na modalidade. Tatiana Weston-Webb garantiu a primeira medalha olímpica do surfe feminino brasileiro.


Melhores momentos da conquista da medalha de prata de Tatiana Weston-Webb (Vídeo: reprodução/YouTube/ge)


Gabriel Medina também subiu ao pódio com a medalha de bronze. Grande promessa de ouro, o surfista acabou enfrentando um mar com poucas ondas, e não pôde entregar todo o potencial.

O desempenho do time brasileiro vem garantindo resultados nunca vistos na história, o que, de um certo ponto de vista, é tão empolgante e digno de reconhecimento quanto ganhar o ouro. Diante de um vasto território e população, a existência de tantos potenciais trazem à tona a questão social e de valorização do esporte no país.

Foto destaque: Rebeca Andrade (Reprodução/@wander_imagem | Wander Roberto/COB) e Rayssa Leal (Reprodução/Julian Finney/Getty Images embed)

Janja e André Fufuca fazem parte da comitiva brasileira na abertura da Olimpíada de Paris

Janja Lula da Silva, de 57 anos, esposa do atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, de 78 anos, está em solo francês para o cumprimento de atividades diplomáticas, representando o marido durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024.

Entre os diversos compromissos a serem cumpridos, está inclusa a participação na cerimônia que iniciará oficialmente as olimpíadas que ocorrerá este ano. Janja já participou de uma refeição com Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional, de 70 anos, que ofereceu um jantar de recepção as comitivas e delegações dos países integrantes da edição das Olimpíadas deste ano.

Os representantes da nação brasileira

A comitiva representativa do Brasil está contando com a presença do médico, deputado federal e chefe do ministério do Esporte, André Fufuca, de 34 anos, e também do embaixador brasileiro em terras francesas, Ricardo Neiva Tavares, de 66 anos. A presença de todos está confirmada para o cerimonial de abertura da disputa multiesportiva, de participação internacional, que ocorrerá em Paris.

Agenda de compromissos

Nesta sexta-feira (26), Janja Lula da Silva, terá de comparecer ao evento de boas-vindas proporcionada por Macron, presidente da França, de 46 anos, e por sua esposa Brigitte Macron, a primeira-dama francesa, de 71 anos. A recepção é oferecida para as mais diversas autoridades de distintos países, e seus atletas participarão dos Jogos Olímpicos como representantes de suas respectivas nações, em múltiplas modalidades esportivas.


Macron, Janja e primeira-dama francesa (Foto: reprodução/X/Cláudio Kbene/@JanjaLula)

Já no dia seguinte, 27 de julho, a primeira-dama fará uma breve participação na exposição do vídeo “Juntos somos imbatíveis”, projeto que envolve atletas participantes das olimpíadas, em prol da “Aliança Global contra a Fome e a Pobreza”.

Ela também fará parte da estreia da campanha que promoverá o Brasil na Europa, uma iniciativa da Embratur e Sebrae, que tem como chamada: “Visite o Brasil. Aqui você sempre ganha”.

Representando o presidente

No dia 11 de julho, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou publicamente que sua esposa iria representá-lo como figura política e de autoridade em todos os compromissos que ocorrerão durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024.

Em discurso, o atual presidente do Brasil, maior cargo de chefia da nação, comentou que havia recebido o convite do próprio presidente da França, Macron, para a abertura das olimpíadas. Contudo, Lula afirmou que não compareceria ao evento, pois tinha “muita coisa para fazer”, e que enviaria sua esposa em seu lugar.