Entre o alívio e a cautela: Fed reduz juros, mas incerteza domina mercados

O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, concretizou nesta quarta-feira (29), a esperada redução de 0,25 ponto percentual na sua taxa básica de juros, movendo-a para a faixa entre 3,75% e 4,00%. Contudo, o alívio inicial nos mercados globais foi efêmero, rapidamente substituído por um tom de cautela após as declarações do presidente Jerome Powell, que explicitamente deixou em aberto a possibilidade de um novo recuo em dezembro. A frase “outro corte em dezembro está longe de estar assegurado” soou como um balde de água fria, refletindo a complexa equação econômica que a autoridade monetária tenta equilibrar.

O efeito da hesitação de Powell foi imediato e perceptível no pregão americano. Próximo ao horário da coletiva de imprensa, o índice Dow Jones chegou a recuar cerca de 200 pontos, sinalizando a frustração dos investidores que esperavam um caminho mais linear para o afrouxamento monetário. O compromisso do Fed com a meta de inflação de 2% foi reafirmado, mas o caminho para alcançá-la depende agora de uma leitura atenta dos dados econômicos futuros, em um cenário de tensões entre o risco de desaquecimento do emprego e a persistência inflacionária.

Fed reforça cautela e critica impacto do impasse político nos EUA

“Não há um caminho sem riscos”, pontuou Powell, enfatizando a necessidade de manter a flexibilidade para responder a novos desenvolvimentos. A autoridade monetária também criticou indiretamente a recente paralisação do governo americano (o shutdown), sugerindo que o crescimento econômico poderia estar mais robusto na ausência do impasse político.


Matéria sobre a redução da taxa de juros do Fed (Vídeo: reprodução/YouTube/InfoMoney)


O comunicado prévio do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) já prenunciava as divergências internas, com o corte sendo aprovado em uma votação de 10 a 2. Enquanto alguns membros defendiam a observação dos efeitos dos cortes anteriores, outros pleiteavam uma redução mais substancial. Powell, alinhado à maioria, indicou que as taxas já se aproximam do nível neutro, aquele que não estimula nem freia a economia. A falta de visibilidade em indicadores oficiais devido ao shutdown levou o presidente a usar uma analogia marcante: “Quando você está dirigindo sem visibilidade, é melhor desacelerar”.

Fed sinaliza cautela diante de mercado de trabalho resiliente e inflação moderada

No quesito mercado de trabalho, Powell reconheceu a desaceleração na criação de vagas, mas a atribuiu a fatores estruturais, como menor participação na força de trabalho e imigração reduzida. No front inflacionário, apesar dos preços permanecerem acima da meta, foram notados sinais de moderação, sobretudo nos serviços. Ele minimizou o impacto de novas tarifas comerciais, prevendo um efeito inflacionário transitório.

Em um movimento adicional de flexibilização, o Fed também anunciou o fim gradual da política de aperto quantitativo (QT) a partir de 1º de dezembro. Analistas do mercado, como André Muller da AZ Quest e Maria Irene Jordão da XP, destacaram a importância dos detalhes dos votos divergentes, que serão cruciais para entender a dinâmica interna do FOMC.

A resiliência do emprego, apesar do enfraquecimento recente, é vista como o principal fator que sustenta a postura cautelosa de Powell, segundo a economista Andressa Durão, da ASA Investimentos, que prevê a manutenção dos juros estáveis até que pressões inflacionárias sejam definitivamente controladas. Em um ambiente de incertezas multiplicadas, a mensagem final é clara: o ciclo de cortes não está garantido, e a decisão de dezembro permanece em aberto, forçando o mercado a operar sob um manto de prudência renovada.

Ouro atinge novo recorde com tensão global e corte de juros à vista

O ouro ultrapassou a marca histórica de US$ 4.100 por onça na segunda-feira (13), em meio ao aumento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China e à expectativa de corte nas taxas de juros pelo Federal Reserve. A cotação à vista chegou a US$ 4.116,77 no início da tarde, segundo dados de mercado. O movimento reflete a busca global por ativos considerados seguros em um cenário de instabilidade geopolítica e incertezas econômicas.

Investidores apostam em ouro meio à incerteza

A valorização do ouro neste ano já acumula alta de 56%, impulsionada por fatores como compras de bancos centrais, fluxo crescente de investidores institucionais e sinais de desaceleração monetária nos EUA. Com a tensão política reacendida pelo presidente americano Donald Trump e a sinalização do Fed para cortes em outubro e dezembro, investidores correram para proteger seus ativos.


Publicação da CNN Brasil (Vídeo: reprodução/Youtube/CNN Brasil Money)

A corrida por segurança vem crescendo desde o rompimento da trégua comercial entre EUA e China. O anúncio de Trump, feito na última sexta-feira, desestabilizou os mercados globais e reforçou o papel do ouro como proteção contra riscos. Além disso, o Federal Reserve deve cortar os juros em 0,25 ponto percentual ainda em outubro, com chances de nova redução em dezembro. Taxas mais baixas favorecem o ouro, por se tratar de um ativo sem rendimento, que se valoriza quando o custo de oportunidade de mantê-lo cai.

Alta histórica atrai investidores e movimenta mercado brasileiro

Com o novo recorde internacional, o ouro também despertou o interesse de investidores brasileiros. Dados da B3 apontam crescimento de 700% no volume de negociação do Contrato Futuro de Ouro no último trimestre, com destaque para a participação de estrangeiros e pessoas físicas. Esse movimento reflete a busca por ativos mais seguros em meio à volatilidade do cenário econômico.

Além disso, a isenção de tarifas oferecida pela bolsa brasileira até novembro impulsionou ainda mais o número de negociações. Especialistas afirmam que, diante da valorização histórica, o ouro volta a ganhar força como alternativa de proteção e diversificação de carteira. ETFs como o GOLD11 e GLDX11 também ganharam força, oferecendo exposição direta ao metal. Para especialistas, a tendência é que o ouro continue em alta, podendo chegar a US$ 5.000 até o fim de 2026, especialmente se as tensões geopolíticas persistirem e os cortes de juros se confirmarem.

Quem pode fazer consórcio de motos? Descubra se essa modalidade é para você

Você já pensou em comprar uma moto, mas ficou em dúvida sobre como pagar? Talvez esteja entre o financiamento e o consórcio, ou queria mesmo ter o valor à vista, mas ainda não conseguiu juntar tudo de uma vez. Se esse é o seu caso, pode ser que você se encaixe no perfil ideal de quem pode fazer consórcio de motos.

  • Precisa de uma moto para facilitar o dia a dia, seja no trabalho ou nos estudos?
  • Está em busca de uma forma mais econômica de conquistar seu veículo?
  • Quer evitar juros, mas ainda assim prefere pagar de forma parcelada?
  • Pensa em se planejar para realizar o sonho de ter uma moto sem comprometer o orçamento?

Se você se identificou com algum desses pontos, continue a leitura!

O que é e como funciona o consórcio de motos?

O consórcio é uma modalidade de compra colaborativa. Em termos simples, um grupo de pessoas se reúne, por meio de uma administradora autorizada pelo Banco Central, para contribuir mensalmente com valores que formam um fundo comum. Esse fundo é utilizado para contemplar os participantes com a chamada carta de crédito, que equivale ao valor da moto que você escolheu ao entrar no grupo.

Ao contrário do financiamento, no consórcio você não paga juros. Isso torna a modalidade muito mais vantajosa para quem busca planejamento. Por isso, quando falamos em quem pode fazer consórcio de motos, a resposta passa por pessoas que não têm pressa imediata, mas que desejam programar a compra.

Variedade de modelos e flexibilidade de escolha

Uma das grandes vantagens do consórcio de motos é que ele não limita o tipo de moto que você pode comprar. Desde modelos mais populares, como motos de 125cc ideais para o dia a dia, até motocicletas maiores e mais sofisticadas, o consórcio oferece liberdade para o cliente decidir.

Empresas como a Embracon, por exemplo, disponibilizam cartas de crédito que podem ser utilizadas em diversos modelos e concessionárias. Isso significa que você escolhe o valor da sua carta de crédito (R$ 15 mil, R$ 25 mil, R$ 40 mil, ou mais, dependendo da moto que deseja) e paga parcelas proporcionais a essa escolha.

Como funciona a contemplação no consórcio de motos

Depois de contratado o plano, surge uma das principais dúvidas: como ter acesso à carta de crédito? Isso acontece por meio da contemplação.

Existem basicamente duas formas de ser contemplado:

  • Sorteio: todos os meses, os participantes têm chance de serem sorteados com base nos resultados da Loteria Federal.
  • Lance: o participante pode ofertar valores adicionais no decorrer do consórcio (em diferentes formatos oferecidos pela administradora) para tentar ser contemplado mais rapidamente. Esses lances são apenas propostas: você só precisa pagar se o seu lance for o vencedor. Se for o maior (ou um dos aceitos pela administradora), aí sim o valor deve ser pago para garantir a contemplação.

Essa flexibilidade é um dos pontos que tornam o consórcio atrativo. Quem pode fazer consórcio de motos é justamente quem se sente confortável em esperar ser sorteado ou quem tem a possibilidade de ofertar lances estratégicos.



Aprovação e análise de crédito: como funciona?

Aqui está uma diferença importante em relação ao financiamento. No financiamento, a análise de crédito é feita logo no início, de forma mais rígida, e pode impedir que muitas pessoas tenham acesso ao crédito.

Já no consórcio, o processo é mais acessível. Para contratar, a análise é simples e menos exigente. Porém, quando o participante é contemplado, aí sim acontece uma verificação mais detalhada para liberar a carta de crédito. Essa etapa garante que o consorciado terá condições de arcar com as parcelas até o fim do contrato, protegendo o grupo todo.

Afinal, quem pode fazer consórcio de motos?

O consórcio surgiu no Brasil justamente como uma alternativa democrática, acessível e colaborativa. Qualquer pessoa maior de 18 anos pode participar. Empresas também podem aderir.

No entanto, mais do que idade ou documentação, o que realmente importa é o perfil. O consórcio é ideal para quem busca:

  • Planejamento financeiro
  • Parcelas acessíveis
  • Evitar juros
  • A chance de comprar à vista no futuro, com poder de negociação maior

Um exemplo: uma carta de crédito de R$ 20 mil pode ter parcelas a partir de cerca de R$ 350 por mês (valores ilustrativos). Isso mostra como a modalidade pode se encaixar no orçamento de diferentes perfis.

Conclusão

Então, quem pode fazer consórcio de motos? A resposta é simples: qualquer pessoa que queira se planejar, pagar parcelas acessíveis e evitar juros.

Se você sonha em ter sua moto, seja para o dia a dia ou para realizar esse sonho, vale a pena simular diferentes valores de carta de crédito no site de uma administradora autorizada pelo Banco Central e entender qual plano caberia no seu orçamento.

Este conteúdo é de caráter informativo. Recomendamos que os leitores verifiquem detalhes e condições diretamente nos canais oficiais da empresa.

Fed corta juros nos EUA e dólar recua frente ao real

O dólar oscilou nesta quarta (17), após decisão do Federal Reserve (Fed), que anunciou o primeiro corte de juros de 2025. A medida, prevista pelo mercado, pressionou a moeda americana, e o dólar recuou frente ao real enquanto investidores monitoram os próximos passos da política monetária nos EUA e no Brasil. A expectativa é que a Selic, taxa básica de juros brasileira, mantenha-se elevada, reforçando a atratividade do real.

Mercado global reage ao corte de juros do Fed

O Fed reduziu a taxa de referência em 0,25 ponto percentual, estabelecendo o intervalo entre 4,00% e 4,25%. Além disso, a instituição indicou a possibilidade de mais dois cortes ainda neste ano. A decisão pressionou o dólar, reforçando o movimento de queda frente a moedas de países emergentes, incluindo o real.

O impacto se refletiu globalmente. O dólar oscilou e investidores ajustaram suas posições. No entanto, especialistas apontam que, embora o corte tenha sido modesto, a sinalização dovish do Fed aumenta a probabilidade de capital fluir para mercados com juros mais atrativos, como o Brasil.

Efeito sobre o Brasil e valorização do real frente ao dólar

A manutenção da Selic em níveis elevados no Brasil contribui para sustentar o real frente ao dólar, tornando o país mais atrativo para investidores estrangeiros. Esse diferencial de juros ajuda a sustentar a valorização da moeda mesmo diante de oscilações pontuais no mercado.

Indicadores domésticos mostram um cenário mais complexo: inflação e produção industrial apresentam moderada estabilidade, enquanto o mercado de trabalho mantém sinais de resiliência, indicando um equilíbrio delicado. Analistas ressaltam que a estabilidade do real dependerá tanto do cenário externo quanto das decisões da política monetária interna.


Análise: Dólar recua com expectativa de corte de juros nos EUA (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Perspectivas para o dólar e próximos movimentos

A primeira redução de juros do Fed em 2025 contou com apenas uma dissidência: Stephen Miran, indicado por Donald Trump, votou a favor de um corte mais agressivo. Economistas afirmam que o ciclo de ajustes será gradual e controlado, garantindo a estabilidade econômica nos EUA.

Com isso, o dólar recua frente ao real, enquanto investidores observam a continuidade dos cortes americanos e as decisões do Copom. O real pode seguir se valorizando, embora movimentos globais e indicadores internos ainda possam provocar novas oscilações.

Trump volta atrás após fazer declarações com a intenção de demitir Jerome Powell

Nesta terça-feira (15), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a gerar controvérsia ao comentar sobre o futuro de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), o banco central americano. Em um curto intervalo de tempo, Trump fez declarações contraditórias que reacenderam o debate sobre a independência da política monetária nos EUA.

Durante uma reunião com parlamentares republicanos na Casa Branca, Trump teria sinalizado a intenção de demitir Powell, demonstrando insatisfação com a condução da política de juros. No entanto, no dia seguinte, recuou publicamente, afirmando que a demissão era “altamente improvável”. Essa mudança repentina de postura gerou incertezas nos mercados financeiros, que reagiram negativamente à possibilidade de interferência política no Fed.

Taxa de juros no centro do embate entre Trump e Powell

O principal ponto de tensão entre Trump e Powell gira em torno da taxa de juros. Enquanto o presidente do Fed adota uma postura cautelosa, argumentando que cortes prematuros podem agravar a inflação, Trump pressiona por reduções mais agressivas, com o objetivo de impulsionar o crescimento econômico. Essa divergência se intensificou especialmente diante dos impactos da política comercial adotada por Trump durante seu mandato, que, segundo Powell, contribuiu para a instabilidade econômica.

Do ponto de vista legal, a demissão de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, não é simples e apresenta múltiplos desafios. A legislação americana prevê que o presidente do Fed só pode ser destituído em casos de má conduta grave, e não há precedentes claros sobre a possibilidade de o presidente dos EUA tomar essa iniciativa unilateralmente. Ainda assim, Trump já demonstrou disposição para desafiar normas institucionais em outras ocasiões, o que torna o cenário ainda mais incerto e cheio de controvérsias.


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Matéria da Real time sobre a intenção de Trump na demissão de Powell (Vídeo: reprodução/X/CNBC/@roloureirotv)


Desafios à Autonomia Institucional e o Papel do Congresso

A situação levanta questionamentos significativos sobre os limites da autoridade presidencial e o respeito à autonomia das instituições econômicas vitais para a estabilidade do país. Caso a ameaça se concretize, o Congresso poderá ser forçado a se posicionar diante de uma possível crise institucional sem precedentes, com sérias implicações.

Queda nos preços surpreende produtor dos EUA e renova expectativas sobre juros

Os preços ao produtor nos Estados Unidos registraram uma queda inesperada de 0,4% em março de 2025, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (11) pelo Departamento do Trabalho. O recuo foi observado em âmbito nacional e atribuído, principalmente, à forte redução nos custos com energia. A informação surpreendeu analistas, que previam um avanço de 0,2% no índice, e reacendeu discussões sobre os próximos passos do Federal Reserve em relação às taxas de juros.

Embora o recuo pontual tenha sido recebido com certo alívio por parte dos investidores, o cenário econômico dos EUA segue influenciado por diversos fatores. Entre eles, destacam-se as tensões comerciais com a China e o aumento de tarifas sobre importações, que podem pressionar a inflação nos próximos meses.

Índice anual segue em alta, mas perde força

Apesar da queda mensal, o índice de preços ao produtor (PPI) acumulou uma alta de 2,7% nos 12 meses até março, abaixo dos 3,2% registrados em fevereiro. Essa desaceleração indica uma possível mudança na trajetória da inflação, ainda que o cenário continue instável.

Economistas avaliam que a queda inesperada nos preços ao produtor pode ser levada em consideração pelo Federal Reserve na formulação da política monetária. Com a inflação mostrando sinais de desaceleração, crescem as expectativas de que o banco central norte-americano possa iniciar cortes nas taxas de juros já a partir de junho.

Tarifas e tensões comerciais ainda preocupam

Mesmo diante da retração no PPI, especialistas alertam para os riscos inflacionários associados às recentes medidas do governo dos Estados Unidos. As tarifas impostas sobre produtos chineses foram ampliadas para 125% pelo presidente Donald Trump, o que provocou uma resposta imediata da China com retaliações comerciais. Essas tensões podem limitar os efeitos positivos da queda nos preços ao produtor e influenciar negativamente os custos de produção no médio prazo.


Supermercado no estado americano da Califórnia (Foto: reprodução/AFP/Arquivos)

O dado divulgado nesta sexta-feira é considerado crucial para o mercado financeiro e para os formuladores de políticas públicas, pois o PPI é usado como um dos indicadores antecedentes da inflação ao consumidor. A depender da evolução dos próximos meses, os efeitos podem ser sentidos também em outras economias, inclusive a brasileira.

Novo empréstimo consignado para trabalhadores CLT começa hoje

O governo liberou, nesta sexta-feira (21), uma nova modalidade de empréstimo consignado (descontado diretamente da folha de pagamento) para trabalhadores CLT do setor privado. O trabalhador que realizar o empréstimo poderá comprometer até 35% de seu salário bruto, incluindo benefícios, abonos e comissões. 

Nessa modalidade, os trabalhadores poderão utilizar como garantia até 10% do saldo do Fundo de Garantia por Serviço (FGTS), ou então 100% da multa rescisória na demissão por justa causa.

O empréstimo consignado é uma modalidade de empréstimo que já era disponível para aposentados, pensionistas, beneficiários do INSS e servidores públicos. Ao contratá-lo, o trabalhador tem acesso a taxas de juros mais baixas, com o desconto direto do contracheque, ou seja, do salário do funcionário.


Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante discurso sobre novo crédito consignado (Reprodução/Youtube/Canal Gov)

Como contratar o empréstimo consignado?

Segundo o Ministério do Trabalho, esta modalidade de empréstimo já está disponível no  aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital).

No entanto, o uso do FGTS como garantia para o pagamento das parcelas, justamente o que garante taxas de juros mais baixas, ainda não foi regulamentado.

Apesar de o governo ter prometido esta possibilidade, ela ainda tem de passar formalmente pela análise do Conselho Curador do FGTS para entrar em vigor. 

A previsão é que esta análise seja concluída apenas no dia 15 de julho, mas este prazo pode ser reduzido.

Riscos do empréstimo consignado para trabalhadores CLT

Para contratar o empréstimo consignado, o trabalhador deve estar ciente de que esta modalidade não é um benefício, mas um empréstimo com juros.

Desta forma, fazendo uma simulação de um trabalhador que recebe um salário mínimo, que atualmente está em R$1.518, e decide contratar um empréstimo comprometendo os 35% de seu salário, seu salário será descontado em R$531,00 ao mês. Com isso, a renda já com a parcela descontada, ou seja, o dinheiro líquido para passar o mês deste trabalhador será de R$986,70, menos de mil reais.

De quanto será a redução dos juros?

Utilizando as garantias do FGTS e da multa rescisória, a expectativa é de que a taxa de juros caia cerca de 40% nesta modalidade de crédito consignado.

Em dezembro do ano passado, a taxa média de juros cobrada no consignado do setor privado foi de 2,89% ao mês. A expectativa é de que a competição entre os grandes bancos públicos e privados melhore a oferta de crédito e as taxas de juros sejam reduzidas, em um momento em que a taxa Selic (juros básicos da economia brasileira), que no momento está em 14,25% ao ano, tem expectativa para subir ainda mais em 2025.

Investimentos no exterior: Como aproveitar a queda de juros nos EUA

A recente queda de juros nos Estados Unidos, que reduziu as taxas em 0,5 ponto percentual, trouxe um novo cenário para o mercado financeiro internacional. Com a taxa agora variando entre 4,75% e 5% ao ano, especialistas apontam que esse movimento pode impulsionar o crescimento econômico e criar novas oportunidades de investimento, principalmente no exterior.

Mas quais são os setores e ativos mais promissores nesse novo contexto? A renda variável, especialmente ações nas áreas de logística e tecnologia, tendem a ganhar força, enquanto os títulos de renda fixa ainda mantêm atratividade para investidores mais conservadores e cautelosos.

Melhores investimentos no exterior

Com a recente queda na taxa Selic, os investidores brasileiros estão buscando alternativas mais rentáveis para proteger e aumentar seu patrimônio. O corte dos juros afeta diretamente o rendimento dos investimentos tradicionais de renda fixa no Brasil, como o Tesouro Direto e os CDBs, o que está levando muitos brasileiros a olharem para o mercado internacional em busca de oportunidades mais atrativas. Entre as opções mais recomendadas, a diversificação em ações, ETFs (Fundo Negociado em Bolsa) e títulos estrangeiros tem ganhado destaque, especialmente em mercados maduros e estáveis como o dos Estados Unidos.

Na renda variável, empresas dos setores de tecnologia e transporte estão entre as mais recomendadas. Ações de gigantes como Meta (proprietária do Facebook, Instagram e WhatsApp), Alphabet (Google), Nvidia e empresas de logística como Union Pacific e CSX Corporation são alternativas de grande potencial de crescimento. Além disso, ETFs que englobam uma variedade de empresas e setores, como o iShares SP500 (IVV) e o Vanguard Real Estate (VNQ), que investe em imóveis comerciais, também são opções que proporcionam exposição a múltiplos ativos com menores riscos individuais.

Para quem prefere a renda fixa, os títulos públicos norte-americanos, como os Treasury Bonds, são uma escolha segura, oferecendo retornos que podem chegar a 3,97% ao ano para títulos com vencimento em 12 meses. Já para investidores que buscam exposição à dívida corporativa, o ETF LQD é uma excelente opção, investindo em títulos de grandes corporações. Outras opções de ETFs de renda fixa incluem o ETF TLT, que investe em títulos de longo prazo da dívida pública dos EUA.


Maioria dos brasileiros tem dúvidas sobre como investir (Foto: reprodução/Halfpoint Images/Getty Images Embed)


Dúvidas dos brasileiros sobre investir no exterior

Apesar das oportunidades, muitos brasileiros ainda têm dúvidas sobre como investir no exterior e quais são os melhores caminhos para começar. Um dos pontos mais levantados é o valor mínimo necessário para iniciar esse tipo de investimento. A boa notícia é que, ao contrário do que muitos pensam, não há um valor mínimo fixo. Ações podem ser adquiridas em frações, e para títulos públicos, os valores variam entre US$ 1.000 e US$ 5.000.

Outro ponto de questionamento é a escolha da plataforma correta para realizar esses investimentos. No Brasil, existem várias corretoras que facilitam o acesso ao mercado americano, como Avenue, Nomad, Inter, C6 e Webull Brasil. Essas plataformas oferecem a facilidade de operar em dólares e permitem que o investidor diversifique sua carteira com ativos internacionais de forma simples e prática.

Os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) também surgem como uma alternativa para quem não quer sair da B3. Esses recibos simulam o desempenho de ações estrangeiras na bolsa brasileira, permitindo que o investidor participe de mercados internacionais sem precisar abrir uma conta fora do país.

Uma questão recorrente é: por que investir em dólar? A resposta é simples. O dólar é uma moeda estável e globalmente valorizada, além de ser uma forma eficaz de proteção contra a desvalorização do real e a volatilidade econômica do Brasil. Além disso, investir em ativos internacionais traz uma importante diversificação geográfica, protegendo o patrimônio contra riscos locais e permitindo uma exposição a mercados que, muitas vezes, apresentam maior estabilidade e crescimento.

Finalmente, a diversificação é uma das principais recomendações dos especialistas. Alocar recursos em diferentes ativos e mercados ajuda a diluir riscos e protege o patrimônio contra as flutuações econômicas locais. Seja através de ações, títulos ou ETFs, investir no exterior não só oferece rentabilidade potencialmente maior, como também proporciona uma proteção cambial e inflacionária, importante para o investidor brasileiro que busca preservar e aumentar seus rendimentos.

Concessões de empréstimos no Brasil sobem em junho

As concessões de empréstimos no Brasil apresentaram um crescimento de 2,4% em junho, na comparação com o mês anterior, segundo dados divulgados pelo Banco Central na última sexta-feira, (26). Esse aumento reflete uma retomada na demanda por crédito no país, com o estoque total de crédito aumentando 1,2% no período, atingindo R$ 6,019 trilhões.

Houve um crescimento significativo no estoque de crédito tanto para empresas quanto para famílias. O crédito destinado às empresas subiu 2,2%, alcançando R$ 2,3 trilhões, enquanto o crédito para famílias aumentou 0,6%, totalizando R$ 3,7 trilhões. Esses números indicam uma confiança crescente por parte dos tomadores de crédito, seja para expansão de negócios ou para consumo pessoal.


Concessões de empréstimos sobem no Brasil (Foto: Reprodução/Pinterest/@Slade)

Inadimplência e juros

Apesar do aumento nas concessões de empréstimos, a inadimplência no segmento de recursos livres também apresentou um leve aumento, passando de 4,5% em maio para 4,6% em junho. Esse segmento é caracterizado por condições de empréstimo livremente negociadas entre bancos e tomadores. Já os juros cobrados pelas instituições financeiras nesse tipo de crédito registraram uma queda de 0,3 ponto percentual, situando-se em 39,6%.

No caso dos recursos direcionados, que seguem parâmetros estabelecidos pelo governo, a inadimplência manteve-se controlada, mas os juros tiveram um aumento de 0,2 ponto percentual, alcançando 10,6%. Esse cenário mostra uma pressão sobre as taxas de juros, possivelmente influenciada por fatores econômicos e de mercado.

Spread bancário em queda

O spread bancário, que é a diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa final cobrada dos clientes, apresentou uma redução significativa nos recursos livres. Em junho, o spread caiu para 28,3 pontos percentuais, comparado aos 29,0 pontos registrados em maio. Essa redução no spread pode indicar uma competição mais acirrada entre as instituições financeiras para atrair clientes, resultando em condições de crédito potencialmente mais favoráveis para os tomadores.

Em resumo, o cenário de crédito no Brasil em junho aponta para um aumento na confiança dos tomadores de empréstimos, refletido no crescimento das concessões. No entanto, o leve aumento na inadimplência e as variações nas taxas de juros sugerem que os bancos e tomadores de crédito ainda enfrentam desafios em um ambiente econômico desequilibrado.

Reduza juros e simplifique finanças com a portabilidade de dívidas

Desde o dia primeiro de julho, brasileiros com dívidas em cartões de crédito têm a oportunidade de transferir seus saldos devedores para outras instituições financeiras que ofereçam condições mais vantajosas. Esta medida visa proporcionar alívio financeiro aos consumidores, permitindo-lhes consolidar suas dívidas e melhorar sua gestão financeira.


Benefícios para os consumidores (Foto: reprodução/pixabay)

A portabilidade da dívida do cartão de crédito oferece diversos benefícios significativos para os consumidores. Um dos principais é a possibilidade de conseguir uma taxa de juros menor, o que pode reduzir consideravelmente o valor total a ser pago. Além disso, os consumidores podem obter prazos de pagamento mais longos ou condições mais favoráveis, facilitando a quitação da dívida. Outro benefício importante é a simplificação da gestão financeira, pois consolidar várias dívidas em um único cartão torna o controle e o planejamento mais fáceis.


Entenda como funciona a portabilidade

Passo a passo:

  1. Pesquisa de condições: O primeiro passo é o consumidor pesquisar diferentes bancos ou instituições financeiras que ofereçam cartões de crédito com condições mais vantajosas, como taxas de juros menores.
  2. Solicitação da portabilidade: Após escolher a nova instituição, o consumidor deve solicitar a portabilidade, apresentando todos os dados da dívida atual, como saldo devedor e condições atuais.
  3. Análise da nova instituição: A nova instituição financeira fará uma análise de crédito para avaliar a viabilidade da transferência da dívida. Se aprovado, ela pagará a dívida na instituição original.
  4. Transferência da dívida: A dívida será transferida para o novo cartão de crédito, e o consumidor começará a pagar as parcelas para a nova instituição, de acordo com as novas condições negociadas.

A portabilidade precisa ser cuidadosa para tomar uma decisão coesa (Foto: reprodução/Freepik)

Cuidados ao fazer a portabilidade

Ao considerar a portabilidade da dívida, é essencial comparar cuidadosamente as condições oferecidas por diferentes instituições antes de tomar uma decisão. Verificar se há taxas adicionais ou encargos envolvidos na portabilidade também é crucial para evitar surpresas desagradáveis. Além disso, é importante analisar se as novas condições realmente se adequam à sua capacidade financeira, garantindo que você não enfrentará futuros problemas de endividamento.


Portabilidade pode ser uma ferramenta de organização (Foto: reprodução/Freepik)

A portabilidade da dívida do cartão de crédito pode ser uma excelente ferramenta para reduzir custos e melhorar a gestão financeira pessoal, desde que seja realizada com cuidado e planejamento. Avaliar todas as opções e ler atentamente os termos e condições é fundamental para aproveitar ao máximo os benefícios dessa opção financeira.