Kamala Harris faz discurso oficial como candidata à presidência dos EUA

Nesta quinta-feira (22), Kamala Harris fez seu primeiro discurso formal após a proposta de “assumir” o lugar de Joe Biden, aceitando a indicação do Partido Democrata na candidatura à presidência dos Estados Unidos, que acontecerá em novembro. 

O discurso feito por Harris na convenção do partido em Chicago, durou cerca de 45 minutos e  abordou temas relacionados aos direitos humanos, democracia, economia e política interna, além de críticas o ex-presidente Donald Trump.

A candidata ainda fez questão de alertar a população dos riscos que acompanham a volta de Trump ao poder, afirmando que a democracia está em jogo, aproveitando o momento para lembrar dos feitos do atual presidente Joe Biden e que as decisões tomadas podem impactar gerações futuras.

Síntese do discurso de Kamala Harris

Em suma, Kamala Harris fez um chamado para que a união dos americanos seja independente de partidos ou divisão política e prometeu governar para todos, enfatizando a importância dos princípios democráticos e da integridade constitucional do país.

Serei uma presidente que nos une em torno de nossas maiores aspirações. Uma presidente que lidera e escuta. Que é realista, prática e com bom senso. E que sempre luta pelo povo americano. Do tribunal à Casa Branca, esse tem sido o trabalho da minha vida , afirmou em seu discurso.

Kamala trouxe ainda uma de suas pautas principais que é o direito das mulheres e homenageou sua mãe enfatizando como ela foi sua referência para a causa e defesa. Além disso, prometeu restaurar direitos reprodutivos das mulheres com a sanção de uma lei, reiterando seu compromisso com a proteção dos direitos que foram ameaçados por Trump e aliados.

Na economia, a candidata anunciou que tem planos para o corte de impostos a classe média e aumento de impostos a classes superiores e que seu objetivo é tornar a compra de imóveis, alimentos e medicamentos cada vez mais acessível à população (plano já criticado por economistas).


Centenas de apoiadores do partido Democratas compareceram ao discurso de Kamala Harris, no último dia 22 (Foto: Reprodução/Chip Somodevilla/Getty Images News)


Ao falar sobre Israel e a Palestina, Harris apoiou o direito de autodefesa de Israel e condenou ações na Faixa de Gaza, responsável pela morte de civis e palestinos, tentando equilibrar as palavras entre os dois grupos (judeus e árabes-americanos). Ao falar sobre o direito dos palestinos, Kamala foi aplaudida pelo público presente:

“O presidente Biden e eu estamos trabalhando para acabar com esta guerra de modo que Israel esteja seguro, os reféns sejam libertados, o sofrimento em Gaza acabe e o povo palestino possa realizar seu direito à dignidade. Segurança! Liberdade! Autodeterminação.”, afirmou.

Ao mesmo tempo, manifestantes ao lado de fora da convenção pediam pelo cessar-fogo tecendo críticas aos democratas por apoiarem Israel.

A candidata também falou sobre imigração, criticando a postura dos republicanos e prometeu intervenção com objetivo de resolver a emergência na fronteira.

Embates e Debates contra Trump

Além de lembrar aos eleitores sobre os danos de uma possível eleição de Trump, Kamala enfatizou as acusações legitimadas ao ex-presidente dos Estados Unidos que responde a alguns processos entre fraudes, interferência nas eleições e ataques:

“Donald Trump tentou jogar fora os votos que recebeu quando falhou”, continuou. Ele foi considerado culpado de fraude por um júri de americanos comuns. E separadamente considerado responsável por cometer abuso sexual“, disse.

Harris afirmou que Trump é defensor de interesses pessoais, além de criticar o “Projeto 2025” que foi criado por apoiadores do republicano e foca em reformas governamentais, políticas conservadoras e mudanças judiciais.

O candidato a vice-presidente de Kamala Harris, Tim Walz, fez um breve discurso sobre sua trajetória pessoal e assim como Harris, criticou o “Projeto 2025” afirmando que os ideais privilegiam apenas as classes mais ricas e radicais, relembrando que o direito das mulheres está em risco.


O candidato á vice-presidência do Partido Democratas, Tim Walz, discursou brevemente (Foto: Reprodução/Al Drago/Bloomberg/Getty Images Embed)


Kamala Harris abrangeu a população dos Estados Unidos com uma série de pautas abordadas com objetivo de criar conexão com os eleitores que acreditam em ideais democráticos e que não desejam a volta de Donald Trump ao poder.

Após finalizar seu discurso, Harris se reuniu com seu marido e o candidato a vice-presidente, Tim Walz com sua esposa. Juntos, celebraram o momento com balões e música.

Kamala Harris traz significado político para look em convenção

Na segunda-feira, dia 19, Chicago foi o palco da Convenção do Partido Democrata. Figuras importantes do partido se reuniram, e Kamala Harris foi o centro das atenções. O evento também trouxe uma surpresa: Joe Biden, atual presidente dos Estados Unidos, anunciou sua retirada da corrida presidencial, deixando o caminho aberto para que sua vice tome a liderança na disputa.

A moda vai muito além do que se vê e, em um mundo repleto de tendências passageiras, ela se destaca como uma linguagem silenciosa, mas poderosa, especialmente no universo político. Kamala Harris, atual vice-presidente dos Estados Unidos e agora candidata à presidência, trouxe essa proposta para sua última aparição pública. Nesse cenário, Harris decidiu trazer em seu look um simbolismo, indo além da estética e sendo uma declaração, uma forma de comunicação.

O look da noite

Vestindo um conjunto de alfaiataria bege, Harris optou por uma criação personalizada de Chemena Kamali, a mente por trás da Chloé. O traje, que à primeira vista pode parecer despretensioso para a ocasião, desperta curiosidade. A moda neste contexto vai além da estética, sugerindo um significado político oculto.


Kamala Harris na Convenção do Partido Democrata nos EUA (Foto: reprodução/Alex Wong/Getty Images Embed)


Conceito do look

O conjunto de alfaiataria bege escolhido por Harris pode ser visto como uma referência sutil ao famoso “tan suit” de Barack Obama. Assim como o terno claro de Obama em 2014, que gerou uma controvérsia inesperada, a roupa da vice-presidente se destaca pela simplicidade, desafiando as normas tradicionais de vestuário para ocasiões formais. Esta escolha não só remete ao episódio histórico, mas também sugere uma continuidade na abordagem da moda como um meio de expressão política.

Hoje, a controvérsia em torno do “tan suit” é considerada uma questão política exagerada, já que outros presidentes americanos usaram ternos semelhantes em contextos sérios sem receber tais críticas.

Embora seu traje possa ter uma referência ao “tan suit”, é possível que Kamala Harris o tenha escolhido por ser mais casual, já que seu discurso na convenção não estava previsto. De qualquer forma, seu visual rapidamente ganhou destaque no “X” (antigo Twitter), aumentando o “buzz” em torno de sua campanha presidencial.

Ex-secretária de Trump na Casa Branca declara que o republicano não tem empatia

O ex-presidente Donald Trump serviu ao seu país por quatro anos, quando venceu Hillary Clinton nas eleições de 2016. Mas o empresário não fez muitos amigos durante seu mandato, incluindo os funcionários da Casa Branca. Stephanie Grisham, ex-secretária de Trump quando ele comandava o Salão Oval, disse nesta terça-feira (20), durante a Convenção Democrata, que Trump é um ser humano sem empatia, moral ou fidelidade à verdade.

A declaração da ex-secretária

Stephanie Grisham relatou como Trump se tornou sua família e como o candidato à presidência se comporta quando não há ninguém olhando. “Passei a Páscoa, o Dia de Ação de Graças, o Natal e o Ano Novo, tudo em Mar-a-Lago. Eu o vi quando as câmeras estavam desligadas, a portas fechadas, Trump zomba de seus apoiadores — ele os chama de moradores do porão, declarou ela.

Grisham trabalhou para o governo Trump (2017-2020) nos cargos de diretora de comunicações da Ala Leste, secretária de imprensa da Casa Branca e chefe de gabinete da ex-primeira-dama Melania Trump. Ela relata estar “apavorada” com a possibilidade de um segundo mandato para Trump e afirma que não votou nele nas últimas eleições, mesmo trabalhando para a família.


A ex-secretária de Trump falou sobre a índole de Trump e declarou apoio a Kamala Harris (Foto: Reprodução/David Paul Morris/Bloomberg/Getty Images Embed)


Grisham renunciou ao seu cargo após conversar com a ex-primeira-dama durante o ataque ao Capitólio, em janeiro de 2021. “Perguntei a Melania se poderíamos pelo menos publicar que, embora o protesto pacífico seja um direito de todo americano, não há lugar para ilegalidade ou violência. Ela respondeu com uma palavra: ‘Não.’”, contou Stephanie. Ela também ressalta que estava na convenção “defendendo um democrata” porque ama seu país mais do que o seu partido.

“Kamala Harris diz a verdade, ela respeita o povo americano e tem meu voto”, disse Stephanie Grisham no palco da Convenção Democrata.

Convenção Democrata

Após ser confirmada pelo Partido como a candidata democrata, Kamala Harris tem uma árdua campanha à frente. A Convenção acontece no estado de Chicago, no saguão do United Center. Geralmente as reuniões atraem ex-presidentes, secretários de gabinete e assessores importantes. A convenção deste ano contará com discursos de Barack Obama e Bill Clinton. 

Uma das principais figuras democratas, o quase centenário ex-presidente Jimmy Carter, não poderá participar por questões de saúde. Mas o seu neto disse ao Atlanta-Journal Constitution que o avô quer viver um pouco mais para poder votar em Kamala nas eleições de novembro.

Obama endossa Kamala Harris e convoca eleitores para defendê-la

No segundo dia da Convenção Nacional Democrata, Barack Obama, ex-presidente dos Estados Unidos, fez um fervoroso discurso em apoio a Kamala Harris, candidata à presidência. Revivendo seu icônico slogan “Yes, we can” para “Yes, she can”, Obama destacou Harris como um símbolo da verdadeira liberdade americana, uma figura capaz de abrir um novo capítulo na história do país.

Ele ressaltou a importância histórica de eleger a primeira mulher negra ao Salão Oval, enquanto alertava sobre as graves ameaças que pairam sobre a democracia com as eleições de novembro.

Com um tom que mesclava humor e seriedade, Obama traçou um contraste claro entre a visão inclusiva e libertadora de Harris e o clima de divisão e caos promovido por Donald Trump. Ele fez um apelo urgente aos eleitores, convocando todos a se unirem em uma mobilização massiva nos próximos 77 dias para garantir a vitória de Kamala Harris e proteger o futuro da nação.


Discurso do ex-presidente Barack Obama (Vídeo: Reprodução/X/NBCPolitics)

A visão de liberdade de Kamala e Tim Walz

Durante seu discurso, Barack Obama reforçou que Kamala Harris e Tim Walz representam uma visão mais ampla e inclusiva de liberdade nos Estados Unidos, centrada na valorização da diversidade e no direito de todos tomarem suas próprias decisões.

Ele destacou que a verdadeira liberdade está na capacidade de cada indivíduo escolher seu próprio caminho, sem que essas escolhas sejam impostas ou limitadas por preconceitos e divisões. Obama afirmou que Harris e Walz acreditam em uma América onde as escolhas individuais são respeitadas e onde a liberdade vai além das palavras, sendo refletida em ações que promovem igualdade e justiça para todos.

Ao dizer “Sim, ela pode”, Obama sublinhou a importância de reconhecer e respeitar as escolhas e as liberdades dos outros, enfatizando que essa visão é o que distingue a chapa democrata e representa a verdadeira essência dos valores americanos, em contraste com a polarização e o autoritarismo promovidos pela atual administração.

A mensagem central do ex-presidente foi clara: a liberdade que Harris representa é essencial para um futuro onde todos os americanos possam prosperar em igualdade de condições.


A vice-presidente Kamala Harris, candidata democrata à presidência, e seu companheiro de chapa, o governador de Minnesota, Tim Walz (Foto: Reprodução/Tom Williams/CQ Roll Call )

Mobilização urgente para eleger Kamala Harris

Obama fez um apelo fervoroso à mobilização dos eleitores, sublinhando que o futuro da democracia americana depende de uma ação coordenada e enérgica nos próximos 77 dias. Ele destacou a necessidade de uma campanha vigorosa para garantir a vitória de Kamala Harris e Tim Walz, enfatizando que cada esforço individual conta na construção de uma vitória coletiva.

O ex-presidente pediu que os apoiadores se envolvessem ativamente na campanha: “É hora de batermos nas portas, fazer ligações, e conversar com nossos amigos e vizinhos“, disse Obama, destacando a importância da mobilização de base.

Ele também alertou sobre as consequências da inação, ressaltando que a eleição é uma oportunidade crítica para reverter a polarização e o caos da administração atual.

Segundo Obama, o sucesso da campanha depende da determinação e do engajamento de cada eleitor, que deve se comprometer com a causa e lutar para garantir um futuro mais inclusivo e justo para todos os americanos.

Republicanos vão discursar a favor de Kamala Harris na convenção democrata

Durante esta semana o Partido Democrata está realizando a convenção que formalizará a candidatura de Kamala Harris. E neste evento irão acontecer discursos de republicanos, contra Donald Trump.

A estratégia dos democratas é de levarem figuras muito associadas aos republicanos como John Giles, prefeito de Mesa, e Geoff Duncan, que foi vice-governador da Geórgia. Este movimento tem como intenção conseguir votos de eleitores republicanos que não estão mais satisfeitos com Donald Trump.

Outra pessoa que deve discursar no evento é Olivia Troye, ex-funcionária de segurança nacional da Casa Branca do governo de Trump, ela se juntou a campanha democrata poucos dias antes de Joe Biden deixar a corrida eleitoral.


Kamala Harris discursando no primeiro dia da convenção democrata (Foto: reprodução/Anadolu/Getty Images Embed)


O primeiro dia da convenção democrata

O primeiro dia do evento marcou a passagem de bastão de Joe Biden a Kamala Harris. Quando foi discursar na convenção, Biden ficou emocionado por ser ovacionado por quatro minutos antes de iniciar seu discurso. Em seu discurso, Joe Biden fez críticas ao candidato republicano, Donald Trump, e passou uma enérgica mensagem a Kamala Harris e seu companheiro de chapa, Tim Walz.

Hillary Clinton, adversaria de Donald Trump nas eleições de 2016, teve um dos discursos mais inflamados da noite, em um dos principais momentos de seu discurso foi quando declarou que as pessoas que a apoiaram em 2016 “votaram por um futuro onde não há limites para nossos sonhos”.

Também discursaram no primeiro dia de convenção a primeira-dama, Jill Biden e a filha do casal, Ashley Biden. E, quebrando o protocolo, Kamala Harris falou rapidamente no evento.

A corrida eleitoral segue acirrada

A disputa eleitoral segue acirrada, a mais nova pesquisa da The Washington Post-ABC News-Ipsos, aponta que Kamala Harris está quatro pontos a frente de Trump. Harris aparece com 49%, enquanto Trump está com 45% neste levantamento.

Em outras pesquisas eleitorais mostram que a eleição está disputada por conta dos swings states. Esses estados são chamados de roxos, por serem estados que a cada eleição podem ser republicanos ou democratas.

Biden exalta Kamala e crítica Trump na Convenção do Partido Democrata

Joe Biden fez seu discurso no primeiro dia na Convenção do Partido Democrata nesta segunda-feira (19). Ele reflete sobre seus anos na Casa Branca e passa o bastão para Kamala Harris, sua vice, que enfrentará Donald Trump nas eleições de novembro. Biden exalta Kamala, afirmando que os Estados Unidos estão prontos para eleger a primeira mulher presidente.

Ao subir ao palco, Biden foi recebido com carinho pelo público. No seu discurso, ele pergunta se os eleitores estão prontos para votar pela liberdade e destaca a necessidade de preservar a democracia. Biden recordou o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021 e ressalta que a violência política não tem lugar no país.

“Vocês não podem dizer que amam o país só quando ganham”, disse Biden. “A democracia precisa ser preservada. Vocês me ouviram dizer isso antes, mas estamos em um momento de inflexão.”


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Kamala Harris durante a Convenção Nacional Democrata de 2024, em Chicago no dia 19 de agosto (Reprodução/Jacek Boczarski/Anadolu/Getty Images Embed)


Críticas ao candidato Trump

Presidente dos EUA acusou Trump de intensificar ódio e extremismo no seu mandato. Biden também acusou o ex-presidente de manipular os dados sobre segurança pública. Na convenção republicana, Trump declarou que os índices de violência aumentaram por causa da imigração ilegal.

“Os crimes violentos caíram para o nível mais baixo em mais de 50 anos. E a criminalidade continuará diminuindo quando colocarmos uma promotora [Kamala] no Salão Oval, em vez de um criminoso condenado”, disse Biden.

Balanço do seu governo

Biden fez uma avaliação sobre seus anos como presidente. O democrata afirmou que fez um governo em defesa da democracia e na reconstrução da economia. Biden disse que durante seu mandato criou empregos, reduziu desigualdades e controlou a inflação.

O presidente concluiu seu discurso admitindo que, ao longo de sua carreira, cometeu muitos erros, mas sempre deu o seu melhor pelo bem do país. Biden também ressaltou as políticas públicas para a saúde e defendeu o direito ao aborto.

“Por 50 anos, como muitos de vocês, dei meu coração e alma a nossa nação e fui abençoado milhões de vezes em troca do apoio das pessoas.”

Desistência de Biden

Aos 81 anos, Joe Biden desistiu de concorrer às eleições presidenciais dos EUA em julho e declarou apoio à indicação da vice-presidente Kamala Harris. O presidente Biden vivia sob pressão dentro do Partido Democrata. Alguns parlamentares apontaram que Biden estava “enfraquecido” e acreditavam que as chances de vitória sobre o rival eram pequenas.

Tanto parlamentares aliados e doadores pediram que ele desistisse da candidatura, ameaçando retirar seu apoio financeiro ao partido. Houve questionamentos sobre sua idade e se ele estaria preparado para mais uma eleição. A pressão dos doadores contribuiu para a saída de Biden na corrida eleitoral.

Campanha de Trump afirma não facilitar para a equipe de Kamala em Convenção Democrata

Donald Trump diz que não facilitará as coisas para a equipe de Kamala Harris durante a semana da Convenção Nacional Democrata. De acordo com uma teleconferência realizada no último domingo (18), serão realizados eventos diários em estados-chave durante a campanha do republicano, oferecendo oportunidades para repórteres de participarem de conferências de imprensa com a presença de Trump e sua equipe.

Pressão na campanha

O porta-voz da campanha de Trump, Jason Miller, afirmou que sua equipe está há algum tempo enviando sinais de que não irão facilitar para sua adversária: “Se os democratas fizerem campanha, então nós também faremos campanha todos os dias”.

Donald Trump e seu companheiro de chapa, JD Vance, realizarão eventos em estados-chave, incluindo Pensilvânia, Michigan, Carolina do Norte e Arizona, segundo a campanha do candidato.


Donald Trump em sua campanha para as eleições americanas (Foto: reprodução/Instagram/@realdonaldtrump)

Enquanto os democratas se reúnem em Chicago para a sua convenção, a campanha de Trump realizará conferências de imprensa diárias na cidade, no Trump International Hotel & Tower, com a presença de representantes importantes, como o senador da Flórida, Rick Scott, o senador de Wisconsin, Ron Johnson, e o deputado da Flórida, Byron Donalds.

Um oficial da campanha de Trump disse que os repórteres terão a oportunidade de falar com o candidato Trump e seu companheiro de chapa, JD Vance, durante a semana. A campanha pretende realçar o contraste com sua adversária, Kamala Harris, já que, segundo a campanha republicana, ela tem se destacado por estar fora da mídia.

Semana de Conversão Democrata

A Convenção Nacional Democrata (DNC) começa nesta segunda-feira (19), em Chicago, Illinois. O evento termina na quinta-feira. Os organizadores esperam receber mais de 5 mil delegados democratas, incluindo convidados e autoridades partidárias de todo o país. A convenção terá 12 mil voluntários e cerca de 50 mil visitantes. Milhares de repórteres irão cobrir o evento.

Os eventos da convenção serão realizados em dois locais principais: no estádio United Center, onde ocorrerá os discursos, eventos para a TV e procedimentos oficiais, e para as reuniões diárias, consultas e briefings, a equipe de Harris irá usar o centro de convenções McCormick Place.

A campanha deste ano para os democratas não tem sido nada tradicional, devido à desistência do presidente Joe Biden na disputa da corrida do pleito americano no mês passado, e à algumas preocupações legais em relação à votação em Ohio. O partido já realizou uma chamada nominal virtual para confirmar a vice-presidente americana, Kamala Harris, como sua candidata na corrida eleitoral.

Antes da convenção democrata, Kamala Harris tenta evitar protestos contra Israel

A candidata do partido democrata, Kamala Harris, se encontra em uma situação delicada envolvendo a questão da guerra de Israel e a Palestina. Isso ocorre por conta de que o governo americano, na qual ela é a vice-presidente, apoia as ações de Israel.

Para evitar a perda de eleitores judeus ou árabes-americanos, grupo de eleitores relevantes para os democratas, Harris tenta não se posicionar nesse momento promissor de sua campanha.

Kamala Harris pode até mesmo perder alguns eleitores universitários, há poucos meses protestos pró-palestina se espalharam por muitas universidades americanas.

A questão da guerra de Israel deve retornar na convenção democrata, que será realizada nos dias 19 e 22 em Chicago.


Kamala Harris e Tim Walz em um evento da campanha presidencial (Foto: reprodução/Andrew Harnik/Getty Images Embed)


Protestos pressionam os democratas

O aumento de protestos pró-palestina nos Estados Unidos começa a colocar pressão em Joe Biden e Kamala Harris. Estes manifestantes pedem que o governo americano exerça mais influência em busca de um acordo de paz. Algumas das reivindicações dos manifestantes é de que Joe Biden corte uma parte da assistência americana para assim pressionar Israel a negocia um acordo para encerrar o conflito.

O voto dos jovens uma grande preocupação democrata pode escapar, isso porque em abril deste ano houve muitos protestos pró-palestina nos campos universitários americanos, esse massivo apoio universitário colocou a cúpula democrata em alerta.

As manifestações pró-palestina aconteceram também em um comício da Kamala Harris em Detroit, estudantes gritaram: “Kamala, você não pode se esconder, não votaremos em genocídio.”

Início de campanha de Kamala Harris

Kamala Harris tem um início de campanha promissor, depois da desistência de Joe Biden a candidata democrata teve que agilizar o andamento de sua campanha.

Harris optou por ocupar todos os espaços possíveis na mídia, criando assim uma onda a seu favor, que consequentemente gerou um impacto positivo para ela nas pesquisas de opinião. Essa estratégia conseguiu neutralizar qualquer impacto que o atentado contra Trump poderia causar nas eleições americanas.

Kamala Harris, por ser uma novidade na corrida presidencial pode estar se beneficiando disso e conseguido crescer nas pesquisas. Mas as próximas semanas podem ser decisivas para a imagem de Kamala na disputa, isso por conta que os Estados Unidos está perto de uma recessão econômica.

ABC divulga debate entre Trump e Kamala Harris no dia 10 de setembro

Donald Trump e Kamala Harris, candidatos à presidência dos Estados Unidos, anunciam suas participações em debate marcado para o dia 10 de setembro, conforme anunciado nesta quinta-feira(8), pela emissora ABC (responsável pela realização do evento). Trump mencionou em uma coletiva de imprensa que havia sugerido três debates com três diferentes redes de televisão. Seriam elas:

  • “Fox News” – 4 de setembro;
  • “ABC” – 10 de setembro;
  • “NBC” – 25 de setembro.

Dentre as emissoras mencionadas, apenas a “ABC” confirmou a realização do debate entre os candidatos à presidência.

Pronunciamento de Trump

De acordo com Trump, “Kamala não é capaz de realizar uma entrevista, o que será revelador“. Em seguida diz: ”É muito importante termos debates. Falamos com as lideranças das redes e tudo foi confirmado. (…) O outro lado terá que acordar com os termos, mas não sabemos se isso irá acontecer. Ela não fez uma entrevista, não consegue fazer uma, não consegue fazer uma coletiva de imprensa e ela é uma má debatedora, não sabe debater. Mas é importante, temos que ter debate e colocar os pingos nos i’s. Estou ansioso por eles, creio que serão esclarecedores”, falou Trump.


Donald Trump (Foto: reprodução/Jim Watson/AFP)

Carreira de Donald Trump

Donald Trump é um empresário, apresentador de reality show e político que ocupou a presidência dos Estados Unidos como o 45º presidente, de 2017 a 2021. Ele é reconhecido por suas opiniões conservadoras e sua maneira direta e controversa de se comunicar, abordando questões como imigração, economia e a política de “America First” durante seu mandato. Antes de entrar para a política, Trump foi um destacado magnata do mercado imobiliário.

Carreira de Kamala Harris

Kamala Harris é uma advogada e política que atualmente ocupa o cargo de vice-presidente dos Estados Unidos, posição que assumiu em 2021. Antes de se tornar vice-presidente, ela serviu como senadora pela Califórnia e foi procuradora-geral do estado.

Harris fez história ao se tornar a primeira mulher – além da primeira mulher negra e de origem indiana – a assumir a vice-presidência. Ela é reconhecida por seu envolvimento em temas relacionados à justiça social, direitos civis e reforma do sistema penal.

Kamala Harris faz primeiro comício ao lado de Tim Walz

Em sua primeira aparição, Kamala Harris estava ao lado do candidato vice Tim Walz nesta terça-feira (6), em um comício preparado aos apoiadores de Filadélfia. Segundo a candidata à presidência, Walz será o “vice-presidente que a América merece“.

Tim Walz já demonstrou que é capaz de ganhar votos entre os eleitores rurais e conservadores do seu estado e deve agora tentar ampliar o seu apelo, mesmo que tenha a desvantagem de ser pouco conhecido nacionalmente. Recentemente, porém, ganhou visibilidade com ataques ao candidato republicano Donald Trump e ao seu vice.

“Somos azarados nesta corrida, mas temos o impulso necessário e sabemos exatamente o que estamos enfrentando”, disse Kamala Harris.


Kamala e Walz fazem comício na Filadélfia (Foto: Reprodução/Getty Images Embed)

Ataque ao Trump

No comício realizado na Filadélfia, tanto a candidata à Presidência dos Estados Unidos quanto Tim Walz atacaram Trump nos discursos realizados. Kamala Harris deixou claro que as eleições deste ano são uma luta por liberdade e voltou a colocar em pauta alguns direitos dos americanos, como o direito ao aborto. 

“Walz e eu enviamos uma mensagem para aqueles que desejam voltar no tempo. Não vamos voltar”, disse a candidata.

Tim Walz argumentou que o candidato Trump semeia o caos e a divisão nos EUA, e que o crime violento e organizado estava no ápice no mandato do republicano.

“Trump tem uma perspectiva diferente da nossa. Em primeiro lugar, ele não tem familiaridade com o serviço militar e, consequentemente, não tem tempo para isso, uma vez que está ocupado demais servindo a si mesmo. Isso, sem mencionar os crimes cometidos por ele”, completou Walz.

Tim Walz também agradeceu a nomeação feita por Kamala Harris. “Não poderia estar mais feliz e orgulhoso de fazer parte desta chapa”, disse.

Quem é Tim Walz?

Tim Walz, atual vice escolhido por Kamala Harris para ser seu companheiro de chapa, tem 60 anos e é um ex-membro do Exército dos EUA. O democrata atuava na Guarda Nacional.

Na sua vida na política, Walz foi eleito para um cargo público pela primeira vez em 2006, quando se tornou deputado na Câmara dos EUA. Após isso, foi eleito governador de Minnesota em 2018 e reeleito em 2022.

Além disso, no início de sua carreira pública, Walz defendeu o acesso às armas e foi muito bem recebido pela Associação Nacional de Rifles dos Estados Unidos. Walz sofreu uma mudança significativa de opinião após o massacre em uma escola na Flórida, em 2018. O vice de Kamala defende, atualmente, leis que proíbam o acesso às armas.

Walz defende também os direitos reprodutivos das mulheres, que é uma das principais pautas de campanha da candidata Kamala Harris. A principal questão agora é se Tim Walz pode ajudar Kamala Harris a vencer Trump nas eleições. E essa pergunta só terá resposta no dia 5 de novembro.