Pabllo Vittar anuncia estreia de novo clipe com Nathy Peluso

Durante a manhã desta sexta-feira (11), Pabllo Vittar, postou uma sequência de fotos ao lado da cantora argentina, Nathy Peluso, para anunciar a estreia do clipe do single “Fantasía”. Assim, a obra audiovisual estará à disposição dos fãs na próxima quarta-feira, 16 de abril.

A música com apenas dois minutos e 30 segundos de duração foi lançada nessa última quinta-feira (10). Por esse motivo, o novo hit é considerado, pela página R7 entretenimento, o primeiro lançamento de 2025 da artista maranhense.

Sabor latino

Segundo a PAPELPOP, os takes foram gravados em terras brasileiras, especificamente em São Paulo, em meados de março. Contando com a direção de Bruno Ilogti, que já produziu clipes de canções como “Sua Cara”, “Paradinha” e trabalhou com artistas estrangeiros como Fergie, Nicki Minaj e J. Balvin.

Vittar ainda admite para o portal R7 entretenimento, que sentiu falta de cantar em espanhol para seus fãs latinos e que em sua visão, trabalhar com Nathy, uma artista que Pabllo se considera fã há um tempo, foi uma experiência incrível e gratificante.


A produtora argentina Nathy Peluso se apresenta em um show na Colômbia (Foto: reprodução/Instagram/@nathypeluso)

Nas redes sociais, internautas nacionais e internacionais celebram a parceria e se questionam o porquê da demora do lançamento do clipe. Em resposta aos fãs, a figura da televisão brasileira pediu em seu Instagram para que seus “Vittar Lovers”, nome do fandom da artista, “continuem ouvindo esse sabor latino“.

Novas línguas

A compositora, também, garantiu lançar mais produções em diversas línguas, como inglês e espanhol.


Pabllo Vittar e Nathy Peluso protagonizam o clipe do feat “Fantasía” (Foto: reprodução/Instagram/@pablovittar)

E não é a primeira vez da drag queen produzindo feats com artistas hispânicos, ou seja, fluentes no espanhol. Portanto, seu mais novo reggaeton contém uma carga de mais experiência com o estilo musical estrangeiro e promete contar um romance profundo, intenso e fantasioso.

Fernando Félix leva representatividade e diversidade ao Carnaval 2025

O Carnaval é mais do que uma festa; é um palco de expressão, resistência e celebração da diversidade. Para Fernando Félix, influenciador LGBT que se tornou referência no ramo de reformas e na militância contra a homofobia, essa será uma oportunidade especial de amplificar sua voz e reforçar a importância da inclusão. Em 2025, ele marcará presença em eventos de grande visibilidade, consolidando sua trajetória como representante da comunidade LGBTQIAP+ dentro e fora do universo digital.

Entre suas participações, está o convite da Telhanorte para participar do Bloco “Me Lembra que Eu Vou”. A marca, que mantém um compromisso contínuo com a diversidade, aposta na presença de Fernando para fortalecer ainda mais sua mensagem de inclusão. “Tem empresas que esperam o mês do orgulho LGBT para se posicionar, mas a Telhanorte está sempre apoiando”, afirma o influenciador, ressaltando a importância de ações genuínas por parte das marcas.

Além do bloco, Fernando terá um papel especial no desfile da escola de samba Estrela do Terceiro Milênio. Com enredo assinado pelo carnavalesco Murilo Lobo, o tema “Muito Além do Arco-Íris” leva à avenida a luta contra a homofobia de forma artística e envolvente. Para ele, o Carnaval é o momento ideal para abordar questões sociais de maneira acessível e impactante.



A agenda de Fernando ainda inclui uma passagem pelo Camarote Brahma, um dos espaços mais disputados da folia paulistana. A experiência será uma oportunidade de troca e conexão com outras personalidades que compartilham a mesma luta. Entre compromissos, gravações e a criação de conteúdo, o influenciador segue focado em transmitir sua mensagem de forma autêntica e engajadora.

E como Carnaval também é sinônimo de estilo, os looks de Fernando prometem ser um espetáculo à parte. As peças, assinadas pelos estilistas Clara Valentino e Blacy Gulfier, do O Clube da Moda Brasil, refletem sua essência vibrante e ousada. “A moda é uma forma poderosa de expressão, e estou animado para mostrar como podemos ser autênticos e ousados, tanto na vida quanto na arte”, afirma.



Com uma agenda intensa e um propósito claro, Fernando Félix se prepara para um Carnaval inesquecível. Entre purpurina, samba e representatividade, ele reforça que a festa mais popular do Brasil também pode ser um espaço de luta e transformação.

Para acompanhar tudo de perto, siga o Fernando Félix nas redes sociais e fique por dentro de cada momento dessa jornada de alegria e resistência!

Javier Milei proíbe tratamento hormonal e cirurgia de gênero para menores de idade 

Na última quarta (5), o gabinete presidencial da Argentina informou que o atual presidente Javier Milei decidiu proibir o acesso de menores de idade aos tratamentos hormonais e às cirurgias de troca de gênero. A decisão, segundo Manuel Ardoni, porta-voz oficial da presidência, tem como objetivo proteger a saúde mental das crianças.

Além da proibição do acesso aos menores de idade, Milei também deverá impor limites para mulheres trans serem alojadas em presídios femininos. O presidente determinará que as presidiárias sejam alocadas conforme o gênero registrado no momento em que cometeram o crime. Segundo a nota do gabinete, mulheres trans acusadas de cometer crimes sexuais, tráfico de pessoas ou crimes de violência não serão alocadas em prisões femininas. 

Protestos na Argentina 

O anúncio do gabinete ocorre dias após protestos de argentinos a favor dos direitos LGBTQIA +. No último sábado (1), milhares de pessoas protestaram em Buenos Aires em defesa dos direitos da comunidade LGBTQIA + e contra as falas do presidente no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. 


Argentinos vão para as ruas manifestar contra o presidente Javier Milei (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)

Em seu discurso, Milei questionou temas como o feminismo, diversidade, inclusão e aborto. O presidente argentino criticou a “agenda woke”, que se refere a pautas direcionadas à igualdade racial, social e de gênero e chegou a relacionar as políticas de inclusão com um câncer. As manifestações em resposta ao presidente aconteceram na Praça do Congresso até a Praça de Maio, onde fica localizada a Casa do Governo. 

Influência dos EUA 

O anúncio de Milei é mais uma medida que segue influência do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em seu primeiro dia de mandato, o presidente americano decretou a transferência de 16 mulheres trans que estavam em presídios femininos, para instituições masculinas. No entanto, o decreto foi bloqueado por um juiz no país. Atualmente, a maioria das mulheres transsexuais dos EUA estão mantidas em prisões masculinas. 

Mudanças da Meta sobre temas LGBT+ e discurso de ódio provocam críticas

A Meta, empresa responsável por redes como Facebook, Instagram e Threads, realizou mudanças que afetam diretamente a comunidade LGBTQIA+.

A gigante da tecnologia voltou atrás nas alterações realizadas nos temas LGBT+ disponíveis no Messenger, mas excluiu opções importantes e atualizou suas políticas, permitindo que orientações sexuais e identidades de gênero sejam associadas a doenças mentais. As alterações, anunciadas na última terça-feira (7), estão causando revolta entre usuários, especialistas e organizações que defendem os direitos humanos.

Mudanças nos temas LGBT+ geram críticas

A troca dos temas no Messenger gerou grande repercussão. O tema “Orgulho LGBTQIA+”, que havia sido renomeado para “Arco-Íris”, foi restaurado após críticas nas redes sociais.

Porém, outras opções de diversidade ainda não tiveram o mesmo destino: “Transgênero” foi renomeado para “Doce”, e o tema “Não Binário” simplesmente foi retirado.


Temas alterados do Messenger, que voltaram ao normal após críticas (Foto: reprodução/X)

Ao mesmo tempo, a Meta atualizou suas diretrizes sobre discurso de ódio, permitindo que gênero ou orientação sexual sejam associados a doenças mentais em discussões políticas, ou religiosas.

Para a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), isso representa um grave retrocesso. A entidade já levou o caso ao Ministério Público Federal, pedindo providências, assim como fez no passado com outra rede social, o X (antigo Twitter).

Mudanças nas diretrizes e o fim da checagem de dados

As ações fazem parte de uma reformulação nas políticas da Meta, que inclui o fim do sistema de checagem de fatos nas plataformas e a flexibilização de regras contra discursos de ódio.

Em um vídeo publicado no Instagram, o CEO Mark Zuckerberg justificou as mudanças com a necessidade de proteger a “liberdade de expressão”, apesar dos riscos apontados por especialistas.

As reações nas redes sociais foram imediatas. Especialistas alertam que essas mudanças podem aumentar a disseminação de discursos de ódio e desinformação, especialmente contra minorias.

Para a Antra, a nova postura da empresa pode aumentar casos de discriminação e violência online, principalmente contra pessoas LGBTQIA+.


Mark Zuckerberg falando sobre as novas diretrizes da Meta (Vídeo: reprodução/Instagram/@zuck)


Resta saber como a Meta vai lidar com a crescente pressão por regulamentação em suas redes sociais e pelo respeito aos direitos humanos.

Marco Pigossi celebra casamento com cineasta na Itália

O ator Marco Pigossi oficializou sua união com o cineasta Marco Calvani em uma cerimônia intimista realizada neste sábado (31) na Toscana, Itália. O casal optou por ternos iguais e dispensou os sapatos, celebrando o amor cercado apenas por familiares e amigos próximos.

Amor em Toscana

A cerimônia, realizada ao ar livre na bela região da Toscana, teve um clima de simplicidade e descontração. Marco Pigossi e Marco Calvani entraram juntos, de mãos dadas, esbanjando alegria e grandes sorrisos enquanto caminhavam até o altar. O momento foi registrado em um vídeo compartilhado por Hugo Gloss, no qual é possível ver a felicidade do casal ao trocar votos e participar da tradicional chuva de arroz ao final da celebração.


Momentos da cerimônia realizada ao ar livre (Reprodução/Instagram/@hugogloss)


União discreta

A história de amor entre Pigossi e Calvani se tornou pública em 2021, quando o casal compartilhou sua relação nas redes sociais. No final de 2022, os dois já haviam oficializado a união civil em uma cerimônia reservada na Zona Oeste de São Paulo. Mesmo com a discrição que sempre pautou o relacionamento, o ator brasileiro havia comentado anteriormente sobre os planos de realizar uma celebração maior, e o cenário da Toscana foi escolhido para este momento especial.

Em uma entrevista recente, Marco Pigossi revelou que o pedido de casamento aconteceu durante as gravações do filme “High Tide”, dirigido por Marco Calvani. O ator comentou que o filme, que eles consideram como o “primeiro filho” do casal, possui elementos inspirados em sua própria história de amor. O pedido de casamento no último dia de filmagem foi um dos momentos mais memoráveis para ambos, marcando o início de uma nova fase em suas vidas.

Marco Pigossi e o medo de se assumir

Em junho do ano passado, Marco Pigossi revelou em entrevista ao programa Conversa com Bial que, no início, teve medo de falar sobre sua sexualidade, temendo que isso pudesse prejudicar sua carreira. “A gente tem muito medo de como isso vai ressoar para as pessoas ao redor” disse o ator, lembrando das frases e discursos dos pais preocupados com a reação da sociedade. Pigossi também expressou sua gratidão às gerações anteriores que lutaram por maior aceitação e igualdade, dizendo ser extremamente grato a todas as gerações anteriores que vieram antes dele tomando essa decisão corajosa.


Aplicativo do SUS começa a aceitar novas formas de autoidentificação

Pacientes do SUS poderão fazer sua autodeclaração pelo aplicativo “Meu SUS Digital” e na ficha de cadastro de qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS) a partir desta segunda (8). As novas opções servem para um melhor mapeamento das condições de saúde dos diversos grupos atendidos pelo SUS. Dentre as opções de declaração estão: raça/cor, nome social, identidade de gênero e orientação sexual.

Um dos principais objetivos dessa novidade é dar uma maior autonomia para os usuários e aperfeiçoar a atenção a todos os cidadãos com equidade. Além disso, o novo cadastro vai permitir a viabilização de novas políticas públicas que atendam a todos os brasileiros. A medida vai garantir que as informações sejam integradas no Cadastro Nacional de Usuários do SUS (CadSUS) e elas vão ser espelhadas nos sistemas das UBS pelo país.

Como vai funcionar

Ao acessar o aplicativo “Meu SUS Digital”, o paciente vai ser convidado a preencher a autodeclaração. Uma mensagem vai aparecer explicando a importância desta e o campo de raça/etnia será de preenchimento obrigatório. O usuário poderá editar as informações através da aba “Meu Perfil” no aplicativo. 


As medidas buscam viabilizar políticas públicas que abrangem todos os brasileiros (Foto: Reprodução/Agência Gov)

O usuário só poderá fazer a autodeclaração se tiver uma conta no site GOV.BR com o selo de confiabilidade Prata ou Ouro. Se ele tiver nível Bronze o site vai dar informações de como subir de nível de segurança. 

Nas UBSs, os campos de sexualidade e identidade de gênero terão preenchimento opcional respeitando a autonomia do paciente. Sete orientações sexuais estarão inclusas, sendo heterossexual, gay, lésbica, bissexual, panssexual, assexual e outro. Nas identidades de gênero estão incluídas homem cisgênero, mulher cisgênero, homem trangênero, mulher transgênero, travesti, não-binário e outro.

O SUS e a população LGBT

O SUS vem implementando medidas que buscam acolher pessoas LGBT como uma forma de garantir o apoio a todos os brasileiros. Desde 2011, o SUS tem políticas voltadas exclusivamente a essa população como Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), processo transsexualizador e a disponibilização da Profilaxia Pré-Exposição (Prep). Além das faz rodas de debate sobre temas relacionados à comunidade, oferecidas pelo SUS.

Tailandia se torna o primeiro país do sudeste asiático a aprovar o casamento entre pessoas do mesmo sexo

Em um movimento histórico, o Parlamento tailandês deu um passo significativo em direção à igualdade de direitos ao aprovar um projeto de lei que visa regular o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Com uma votação expressiva de 400 membros a favor, o projeto representa uma mudança monumental na legislação tailandesa, que até então não reconhecia o casamento entre casais homossexuais.

Sobre a lei

O projeto de lei proposto busca substituir os termos tradicionais de gênero, como “homens” e “mulheres”, por linguagem neutra, como “indivíduos” e “companheiros de casamento”, refletindo assim o compromisso com a igualdade de gênero e orientação sexual. Além disso, se aprovado pelo Senado, o projeto garantirá aos casais do mesmo sexo direitos legais abrangentes, incluindo questões de adoção e herança, anteriormente indisponíveis para eles.

A Tailândia está prestes a se tornar o primeiro país do Sudeste Asiático a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, um feito que até agora só foi alcançado por Taiwan e Nepal na região. Esse avanço reflete não apenas a crescente aceitação da diversidade sexual na sociedade tailandesa, mas também a determinação do país em promover a igualdade e os direitos humanos para todos os seus cidadãos.

Apoio de Thavisin

O apoio do primeiro-ministro Srettha Thavisin a essa iniciativa é um sinal encorajador de mudança. Thavisin afirmou anteriormente que a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo fortalecerá as estruturas familiares e é um passo em direção a uma sociedade mais inclusiva e tolerante. Sua postura progressista em relação aos direitos LGBTQ+ destaca um compromisso governamental com a proteção e promoção dos direitos de todas as minorias.


Casamento entre pessoas do mesmo sexo (Foto: Canva)

No entanto, apesar desse progresso legislativo, a Tailândia ainda enfrenta desafios relacionados à discriminação e aos direitos LGBTQ+, especialmente em áreas mais conservadoras da sociedade. Ainda assim, a aprovação deste projeto de lei representa um marco significativo na jornada em direção a uma Tailândia mais igualitária e justa para todos os seus cidadãos, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero.

Casamentos LGBT bateram recorde em 2022

O número de casamentos entre pessoas do mesmo sexo atingiu um novo recorde em 2022, representando um progresso significativo na aceitação e reconhecimento dessas uniões, de acordo com dados divulgados pelo IBGE.

Com um aumento de 20% em relação ao ano anterior, os casamentos homoafetivos totalizaram 11 mil registros, marcando o maior número desde 2013. Essas uniões representaram 1,1% do total de casamentos civis registrados no país durante o período.

O crescimento foi observado em todas as regiões do Brasil, com destaque para o Norte, que registrou um aumento de 32,8%, seguido pelo Sudeste com 23,9% e Sul com 19,5%.


Membros do movimento LGBT em Atenas celebram voto do parlamento grego a favor de união civil homoafetiva (Foto: reprodução/Louisa Gouliamaki/Reuters)

Mudanças no paradigma social

O aumento dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo reflete não apenas uma mudança nas leis e regulamentações, mas também uma evolução na mentalidade e percepção da sociedade em relação a esse tema, que durante muito tempo foi um tabu.

À medida que a sociedade se torna mais inclusiva e respeitosa com a diversidade, mais casais LGBT se sentem encorajados a oficializar sua união.

Em diversos países a união homoafetiva já é aceita sem implicações com a lei ou organizações religiosas, que passaram a ter menos ênfase em torno dessas decisões.

Controvérsias

Em outubro de 2023, a Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados aprovou um projeto que proíbe o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

O relator, deputado Pastor Eurico (PL-PE), defendeu a competência do Legislativo sobre o tema, apesar do reconhecimento da união homoafetiva pelo STF desde 2011. O projeto ainda precisa passar por outras comissões da Câmara e pelo Senado.

Deputados contrários alertaram para a inconstitucionalidade da proposta devido à jurisprudência do STF e ressaltaram a possível retirada de direitos adquiridos por casais homoafetivos.

Já os favoráveis argumentaram que o tema já foi amplamente discutido na comissão e criticaram o reconhecimento da união homoafetiva pelo STF como uma “gambiarra”. Houve discordância sobre um acordo prévio para votação do projeto, e integrantes da sociedade civil protestaram contra a retirada de direitos da comunidade LGBTQIA+.

Conscientização

Apesar dos avanços, persistem desafios relacionados à aceitação e igualdade para a comunidade LGBT. Narrativas contrárias aos casamentos entre pessoas do mesmo sexo ainda são presentes em alguns setores da sociedade, muitas vezes baseadas em preconceitos enraizados e desinformação.

Tais narrativas erroneamente retratam essas uniões como uma ameaça à ordem social, ignorando o princípio fundamental da liberdade individual e do direito de escolha.

Reconhecer e celebrar o amor e o compromisso em todas as suas formas garante que todos os indivíduos tenham a liberdade de viver suas vidas de acordo com seus próprios valores e desejos, sem discriminação ou coerção.

STF garante licença-maternidade à mãe não gestante em união homoafetiva

Nesta quarta-feira (13), o Supremo Tribunal Federal (STF), reconheceu o direito à licença maternidade para mães não gestantes em relações homoafetivas. A decisão ocorreu em unanimidade, após o relator Luiz Fux reconhecer a viabilidade do amparo.

Em contraponto, a mãe não gestante, ou seja, a que no processo de fertilização forneceu o óvulo para que a parceira pudesse gestar, terá direito a apenas 5 dias, tempo igualado à licença paternidade no Brasil, enquanto a maternidade se estende a 4 meses, podendo chegar a 6 quando o empregador faz parte do programa Empresa Cidadã.

O ministro Alexandre de Moraes defendeu o direito igual do benefício para as mães 

“A Constituição estabeleceu uma licença maior para a mãe, vislumbrando a condição de mulher. Se as duas são mulheres, as duas são mães, é o Supremo que vai dizer uma pode e a outra está equiparando a licença-paternidade? Estamos replicando o modelo tradicional, homem e mulher”

Alexandre de Moraes

Repercussão

A deputada Erika Hilton do PSOL, ativista da causa LGBTQIA+, comemorou a vitória com um post na rede social X, sem deixar de se posicionar a favor dos direitos iguais para as mães gestantes e não gestantes. Em maioria, os seguidores apoiaram Hilton.


Foto/Reprodução/ X/@ErikaHilton
https://twitter.com/ErikakHilton/status/1768022155860590963?t=O_ef2xPjLI_wCi9SUFxPAg&s=19

O início

A discussão teve início com o caso de uma servidora municipal de São Bernardo dos Campos (SP) que pediu licença-maternidade de 120 dias após o nascimento do filho, gerado por inseminação artificial. Mesmo com a comprovação de que era de fato seu filho, a licença foi negada pela administração por falta de amparo legal.

Com a negativa, a servidora levou o caso à Justiça de São Paulo, que chegou à corte em 2019.