Ex-BBB Lucas Pizane expõe importunação sexual sofrida em pagode

O Influencer e Ex-BBB , Lucas Pizane desabafou em seus stories do Instagram, sobre importunação sexual sofrida durante um pagode, onde uma mulher estranha o tocou sem consentimento. O influenciador relatou choque e indignação nas redes sociais, e refletiu sobre aderência social à cultura do assédio. O episódio ascendeu um debate sobre normalização do assédio masculino e empatia às vítimas.

Lucas Pizane relata assédio em espaço público

Nesta segunda-feira (04), Lucas Pizane utilizou as redes sociais para compartilhar com os seguidores uma situação que aconteceu com ele. Enquanto estava curtindo um pagode, quando uma mulher desconhecida aparentando ser mais velha o agarrou por trás, tocando em seus glúteos. Ele questionou o ato diretamente, mas a mulher negou. O influenciador descreveu sentir uma mistura de choque, raiva e incredulidade pelo ocorrido, algo que nunca havia vivido. A situação o levou a se afastar imediatamente, ainda abalado pela situação.

Ele compartilhou que, ao relatar a situação às amigas que estavam presentes, pediu que olhassem intimidadoras para a mulher. A repercussão dentro do grupo reforçou seu desconforto. Pizane declarou que a sensação de desrespeito foi tamanha que o sangue chegou a ferver, desabafando que esse tipo de situação não deve ser normalizada.


Postagem de Pizane comentando com seus seguidores sobre o assédio que sofreu (Foto: reprodução/Instagram/@lucaspizane)


O influenciador criticou a reação de homens que tentaram justificar ou minimizar o episódio, com alguns até rindo e fazendo comentários preconceituosos. Para ele, isso evidencia como o assédio é banalizado quando o papel é invertido, um comportamento inaceitável que reforça o machismo vivido na sociedade.

Reflexão sobre a cultura do assédio masculino

Lucas comentou que recebeu mensagens de seguidores relatando experiências semelhantes, inclusive com traumas. Ele afirmou que a importunação masculina, embora rara de ser discutida, precisa ser visibilizada. O influencer recebeu o apoio de inúmeras pessoas, que infelizmente também já sofreram situações parecidas, mas nunca comentaram. Segundo ele, é preciso quebrar a ideia de que homens não podem se sentir vulneráveis sexualmente.

“Quando a gente fala da normalização disso para os homens, conseguem entender o perigo disso para uma criança e um adolescente? As situações que eles podem ser colocados. Sem conseguir dizer ‘não’, porque aquela situação está normalizada. Quantas histórias eu conheço de amigos que perderam a virgindade porque o pai levou em um puteir*. Foi assediado, abusado, e nem entende na hora que aquilo aconteceu.”

Lucas Pizane

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Lucas Pizane comentando sobre a cultura do assédio masculino (Vídeo: reprodução/Instagram/@lucaspizane)


Lucas enfatizou que episódios como esse, que ocorreu com ele, deveriam servir como alerta e educação contra o assédio, que deve começar desde cedo, e não virar alvo de comentários maldosos com julgamentos. O influenciador aproveitou para reforçar que o respeito deve ser um valor inegociável, independentemente de gênero, idade ou contexto.

Ministra Marina Silva denuncia machismo e racismo após ataque no Senado

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, detalhou os motivos que a levaram a se retirar de uma audiência no Senado Federal na última semana. Durante a sessão da Comissão de Infraestrutura, a ministra foi alvo de declarações consideradas ofensivas pelo senador Plínio Valério (PSDB-AM). Segundo Marina, sua permanência no espaço seria “incompatível com o respeito institucional”. O episódio provocou forte reação entre parlamentares e representantes do Executivo.

Constrangimento em ambiente institucional

Durante o embate, Marina relatou ter concedido ao senador a chance de se retratar. “Dei a oportunidade do senador se desculpar. E eu pedi pra ele, se o senhor me pedir desculpa eu permaneço. Se não pedir desculpa, eu me retiro.” Diante da negativa de Plínio Valério, a ministra optou por deixar o plenário. A atitude foi interpretada por membros do governo como uma resposta firme diante de um comportamento misógino e desrespeitoso.

Durante evento na Universidade de Brasília (UnB), Marina contextualizou sua decisão e fez duras críticas ao que chamou de “misoginia institucionalizada”. “Porque se eu permanecesse, eu estaria sendo cúmplice com o ultraje que ele estava fazendo, com uma visão misógina, com o machismo, racismo, que deve ser repudiado por todas nós”, afirmou. O discurso foi recebido com aplausos e destacou a importância de espaços públicos livres de discriminação.

O momento mais tenso ocorreu quando o senador declarou que “a mulher merece respeito, a ministra, não”. Marina, com o microfone desligado, respondeu: “Eu sou as duas coisas. O senhor está falando com as duas coisas.” A declaração viralizou nas redes sociais e gerou repercussão em diversos setores da sociedade civil. A fala do senador foi amplamente criticada por organizações que atuam pela equidade de gênero e representatividade política.


Marina Silva no Senado (Foto: reprodução/Instagram/@marinasilvaoficial)


Solidariedade institucional e defesa da ministra

Após o ocorrido, integrantes do governo federal se manifestaram em solidariedade a Marina Silva. A ministra, que falava sobre a proposta de criação de uma unidade de conservação marinha na Margem Equatorial, classificou o episódio como uma agressão institucional. O caso reacende o debate sobre os limites do discurso político e a urgência em combater práticas discriminatórias nos espaços de poder, sobretudo contra mulheres negras em posição de liderança.

O episódio entre Marina e o senador Plínio Valério se insere em um contexto de crescente polarização dentro do Congresso. A presença da ministra tem sido recorrente em pautas ambientais e de desenvolvimento sustentável, frequentemente enfrentando resistência por parte de setores mais conservadores. A reação ao ataque sofrido por Marina Silva reforça a necessidade de um ambiente parlamentar mais respeitoso e plural, capaz de sustentar o debate democrático com civilidade.

O incidente gerou repercussão além das fronteiras institucionais, com manifestações de apoio vindas de universidades, movimentos sociais e personalidades da política. O caso evidencia o desafio ainda enfrentado por mulheres, especialmente negras, em cargos de liderança no Brasil. Marina, que acumula décadas de trajetória na política ambiental, reafirmou seu compromisso com o respeito e a dignidade, afirmando que seguirá em frente e não se calará ante a intolerância.

Andréia Horta faz postagem contra homens abusivos e Internet aponta indireta para Cauã Reymond

Na manhã desta quinta-feira (17) a atriz Andréia Horta publicou nas suas redes sociais um texto criticando a impunidade que homens abusivos sofrem mesmo após denúncias, “doloroso e revoltante” foram algumas das palavras usadas. Imediatamente o burburinho foi gerado e internautas apontam indireta para o ator Cauã Reymond, já que os dois trabalharam juntos na novela Um Lugar ao Sol e o ator anda colecionando notícias sobre sua postura nos bastidores.

Entenda a polêmica

Desde o início da semana notícia sobre supostos desentendimentos no elenco de Vale Tudo estão agitando o mundo das celebridades, Cauã Reymond seria o causador dos conflitos. Segundo o colunista Valmir Moratelli para a Veja, Cauã e Bella Campos, sua parceira de elenco, teriam discutido de forma acalorada no estacionamento dos Estúdios Globo, além da atriz já ter levado reclamações sobre a postura do ator para a direção.


Desabafo de Andréia Horta (Reprodução/Instagram/@aandreiahorta)

Os desentendimentos não param por aí, além da intérprete de Maria de Fátima, o galã também não teria um bom relacionamento com Humberto Carrão. Segundo fontes da revista, Cauã se irritou com o jeito de falar de Carrão, encostando nas pessoas, e ameaçou partir para a agressão contra o ator.

Reação de famosos

Alguns famosos que conviveram com Cauã parecem endossar as críticas sobre o galã por meio de suas redes sociais, assim como Andréia Horta. Alice Wegmann, que também faz parte do elenco de Vale Tudo como Solange Duprat, postou na terça-feira (15) ao lado de Bella Campos e Lucas Leto uma foto com a legenda “A delícia de trabalhar com quem a gente gosta!”

Duas ex-companheiras do astro fizeram publicações em suas redes sociais que só aumentam as especulações sobre um caráter machista do ator: Grazi Massafera, que teve um relacionamento de sete anos com o artista e uma filha fruto da relação, publicou a foto de uma xícara de café com a frase estampada “lágrimas do patriarcado”.

Outra ex-companheira de Reymond, publicou um story dizendo:

Tudo que eu falei sobre misoginia, violência, machismo… Está vindo à tona. Ninguém quis escutar. Agora vou assistir de camarote”

Mariana Goldfarb

A influenciadora já havia feito relatos sobre ter vivido um relacionamento abusivo, mas nunca citou nomes.

“Incel”: entenda o termo popularizado pela série “Adolescência”

O termo “incel” tem gerado cada vez mais discussões online e na mídia, especialmente após ser abordado pela série “Adolescência” da Netflix. Muitos telespectadores passaram a questionar o significado da palavra e por que ela está associada a questões tão sensíveis, como misoginia e violência.

Mas, o que é incel exatamente? Incel, une as palavras celibatário e involuntário para descrever um homem sexualmente frustrado. Geralmente, a palavra é usada de forma pejorativa.

Origem

Apesar da ligação com a misoginia e com grupos predominantemente masculinos, uma mulher foi responsável pela criação do termo “incel”. O termo ganhou popularidade na década de 1990, quando se tornou parte da linguagem que essa mulher usava em seu site. Nessa época, ela o utilizava para se comunicar com seus seguidores enquanto discutiam sentimentos de timidez e constrangimento social. No entanto, à medida que o termo se espalhou, ele começou a assumir significados diferentes.

“Com um termo como ‘incel’ e com qualquer termo de identidade, a definição depende de como as pessoas o usam para descrever a si mesmas e aos outros. Por isso, as origens do incel diferem de seu uso atual, o que torna difícil chegar a uma definição exata”, explicou Brette Steele, diretora sênior de Prevenção da Violência Direcionada do Instituto McCain, à CNN.


Trailer da série “Adolescência”, que populariza a discussão em torno do termo “Incel” (Vídeo: reprodução/YouTube/Netflix Brasil)


Riscos do incel

Especialistas e estudos observaram que a cultura incel frequentemente se cruza com ideologias de extrema-direita e com a supremacia branca. Nos últimos 10 anos, vários atos de violência em massa foram cometidos por homens que se identificaram como incels.

Elliot Rodger, responsável por esfaquear e atirar em Isla Vista, Califórnia, em 2014, se autodenominava incel. Após o ataque, que matou seis pessoas, Rodger se tornou uma figura icônica, dentro das comunidades incel.

Outros incidentes também demonstram que o comportamento incel e suas consequências violentas não se limitam aos Estados Unidos. O homem responsável por um ataque em Toronto, no ano de 2021, falou sobre uma “rebelião incel” e se referiu a Rodger como “O Cavalheiro Supremo”. Da mesma forma, um homem que matou cinco pessoas durante um tiroteio em Plymouth, Inglaterra, em 2021, expressou solidariedade à cultura incel e tinha um fascínio por homens violentos.

Por fim, a série “Adolescência” desempenha um papel crucial ao trazer à tona o debate sobre o termo, permitindo que o público reflita sobre as implicações dessa ideologia na sociedade. Portanto, ao abordar o conceito de forma acessível e impactante, a produção abre espaço para discussões importantes.

Luana Targino quase ataca Fernando Presto em “A Fazenda 16”

Luana Targino protagonizou uma cena polêmica na madrugada desta terça-feira (22), em A Fazenda 16. Após uma discussão com Fernando Presto, a modelo chegou a pegar fezes para jogar nos pertences do cozinheiro. A confusão começou quando Fernando insinuou que o namorado de Luana poderia estar desconfortável com ela usando roupas de Caue Fantin. Furiosa, a peoa ameaçou retaliar, mas desistiu do ato por medo de ser eliminada do programa.

Conflito devido à insinuação sobre roupas

A discussão iniciou-se após Fernando fazer um comentário sobre o comportamento de Luana, perguntando se o namorado dela não se sentiria incomodado ao vê-la usando roupas de outro participante para dormir. “Quem ele pensa que é para falar do meu relacionamento?”, disparou Luana, visivelmente irritada.

A ameaça de sujar os pertences de Fernando com fezes foi frustrada por Gizelly Bicalho, que rapidamente tentou impedir a amiga. “Você não vai fazer isso, Luana, é loucura!”, aconselhou a ex-BBB ao perceber a intenção da modelo. Mesmo assim, Luana continuou revoltada: “Ele provocou, agora vai lidar com as consequências.” Fernando, por sua vez, reagiu provocando ainda mais: “Vai em frente, faça o que quiser. Depois não reclame quando for cancelada”, desafiou o cozinheiro.


Luana com o saco de fezes na mão (Foto: reprodução/X/A Fazenda/Pipoca Moderna)

Acusações de machismo e roubo de comida

Ainda mais irritada, Luana mencionou outro episódio em que Fernando teria dito que ela usava biquíni o tempo todo para “chamar atenção”. Gizelly tentou, mais uma vez, acalmar a amiga: “Ele está tentando te desestabilizar. Não cai nessa armadilha, isso não vale a pena”, insistiu.

Mesmo após desistir do ataque, Luana seguiu discutindo com Fernando. Ele, então, mudou de tática, acusando a modelo de roubar leite condensado do grupo: “Você é uma ladra, escondeu o leite condensado de todo mundo”, gritou Fernando, tentando irritá-la ainda mais. “Não vou dar mais palco para ele”, respondeu Luana, encerrando a discussão e afirmando que não daria mais atenção ao peão. O clima na casa continua tenso após o desentendimento, e a produção do reality ainda não se pronunciou sobre possíveis consequências para os envolvidos.

Diferença salarial entre mulheres e homens cresce no Brasil

A diferença salarial entre homens e mulheres cresceu desde o começo do ano, de acordo com o novo relatório publicado pelo Ministério do Trabalho e Emprego nesta quarta-feira (18). O 2° Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios,  revelou que atualmente mulheres recebem 20,7% a menos que homens empregados no setor privado do Brasil. Até março, a diferença salarial era de 19,4%. O levantamento analisou 18 milhões de trabalhadores em 50.692 empresas com 100 ou mais empregados.

O relatório ainda destaca que essa diferença se torna ainda mais gritante quando são analisados cargos de liderança como direção e gerência em que as mulheres ganham 27% a menos do que os homens que executam a mesma tarefa. Em 85 das empresas pesquisadas, não há registros de mulheres empregadas. Apenas 0,2% das empresas possui mulheres em cargos de liderança.

O governo também divulgou um Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre Homens e Mulheres, que é um documento que lista 79 ações, em três eixos, que buscam estimular a equiparação das funções e dos rendimentos entre homens e mulheres.

Discrepância salarial entre brancos e negros


Mulheres negras ganham ainda menos quando comparadas a mulheres brancas (Foto: reprodução/
MoMo Productions/ Getty Images)


O relatório também destacou que a falta de igualdade salarial atinge principalmente pessoas negras, em especial mulheres negras. De acordo com os dados, mulheres negras ganham 35,38% a menos que mulheres não negras e 21,4% a menos que homens negros. Esse número aumenta quando a comparação é com homens não negros, com salários cerca de 49,75% menores. Segundo o governo, 27,9% das empresas pesquisadas possuem políticas de incentivo à contratação de mulheres negras.

Dia Internacional da Igualdade Salarial

A segunda edição do Relatório foi lançada no Dia Internacional da Igualdade Salarial. Este é um dia, criado pela ONU em 2019, para relembrar a luta contra a discrepância salarial entre homens e mulheres. A data é uma lembrança de que a luta pela igualdade de gênero está presente em diferentes esferas da sociedade. A ONU diz que, no ritmo atual, o mundo só alcançará a igualdade de gênero em 300 anos.

Lei Maria da Penha completa 18 anos com desafios persistentes

A Lei Maria da Penha, que se destaca como um marco na proteção dos direitos das mulheres, completa 18 anos nesta quarta-feira (7). Embora a legislação tenha avançado significativamente, a opressão contra as mulheres continua sendo um grave problema social no Brasil. Ao contrário de outros tipos de violência, a violência contra a mulher tem aumentado.

Dados oficiais indicam que o serviço Ligue 180, do governo federal, tem registrado um aumento constante nas denúncias de violência contra a mulher. Em 2021, foram 82.872 denúncias; em 2022, 87.794; e em 2023, 114.848. No primeiro semestre de 2024, o aumento continua em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo o Ministério das Mulheres, embora os números ainda não estejam consolidados.

O 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em julho pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, revelou dados alarmantes sobre a violência contra a mulher. Em 2023, os casos de estupro aumentaram 6,5% em relação ao ano anterior, com um total de 83.988 ocorrências, o que equivale a um estupro a cada 6 minutos no Brasil. Esse é o maior número da série histórica iniciada em 2011, com as principais vítimas sendo meninas negras de até 13 anos. Esse aumento contrasta com a queda nas mortes violentas intencionais em 2023.

Especialistas apontam que a mistura de machismo e misoginia — o ódio e a repulsa às mulheres e tudo relacionado ao universo feminino — é um dos principais fatores para o aumento da violência contra a mulher. A advogada especialista em questões de gênero, Maíra Recchia, afirma que o Brasil ainda é um país extremamente machista e misógino.

O que é a Lei Maria da Penha?

Sancionada em 2006, a Lei Maria da Penha foi criada para combater a violência doméstica e familiar contra a mulher no Brasil. Nomeada em homenagem à farmacêutica Maria da Penha, que sobreviveu a uma tentativa de homicídio cometida pelo marido, a lei prevê medidas para proteger as vítimas, incluindo a criação de juizados especiais de violência doméstica, concessão de medidas protetivas de urgência e garantia de assistência às vítimas.

O não saber dos direitos

A ministra da Mulher, Cida Gonçalves, atribui o crescimento da violência a esses fatores e também ao desconhecimento dos direitos. Segundo ela, a Lei Maria da Penha ainda não chega a todas as partes do país. Em entrevista ao g1, a ministra destacou o momento de misoginia e ódio, a polarização no Brasil e a dificuldade em implementar a lei em todo o território nacional.

Um levantamento do Observatório da Mulher contra a Violência revelou que oito em cada dez mulheres se consideram mal informadas sobre a Lei Maria da Penha. Para ampliar o combate à violência, o Ministério da Mulher lançou o novo serviço 180, visando maior agilidade e integração com órgãos de polícia. Ellen Costa, coordenadora-geral do Ligue 180, afirmou que as atendentes estão sendo constantemente capacitadas para melhorar o atendimento e encaminhamento das denúncias.


Mulher em protesto contra o feminicídio, ano de 2016 (Foto: reprodução/Paulo Pinto/Agência PT)



Violência ‘constante e generalizada’

A promotora de Justiça do Ministério Público de São Paulo, Silvia Chakian, ressalta que a Lei Maria da Penha trouxe à tona uma forma de violência que permaneceu oculta por anos. Ela afirma que a violência contra as mulheres é persistente e endêmica, com índices alarmantes no Brasil e no mundo. A Lei Maria da Penha quebra a tradição de tolerância e omissão do Estado, da sociedade e da Justiça em relação a esse tipo de violência.

Ao longo dos anos, a lei passou por atualizações. Em 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou mudanças para garantir que medidas protetivas de urgência sejam concedidas no momento da denúncia.

Especialistas destacam a necessidade de reduzir a desigualdade de gênero e ampliar o debate sobre o tema para solucionar o problema a longo prazo. Maíra Recchia enfatiza a importância da reeducação dos agressores para evitar a repetição de comportamentos agressivos. A promotora Silvia Chakian conclui que a violência contra a mulher é um fenômeno social que exige a participação masculina na solução do problema.

Anitta rebate comentários polêmicos durante entrevista de rádio de Nova York

Um episódio ao vivo da última sexta-feira, durante entrevista à radio La Mega, de Nova York, Anitta deixou os locutores em uma situação bastante embaraçosa. Na entrevista, a cantora falou sobre sua carreira, seus projetos futuros e seu mais novo álbum ‘Funk Generation’, quando um dos apresentadores do programa, Du Carlito, sugeriu que ela fechasse contrato com a revista masculina Playboy.

A sugestão descontextualizada não passou batido pela cantora, que respondeu com rapidez e perspicácia. Anitta ficou em silêncio algum tempo e logo respondeu: “De escritora! Sim, de escritora”. Ela acrescentou: “talvez eu pudesse ser uma escritora incrível para a Playboy”, despertando uma onda de risos entre os outros entrevistadores. A cantora complementa que não se preocupa apenas com sua aparência e vida sexual, mas também com os estudos que possibilitaram fazer o gerenciamento da própria carreira.

Assista:

https://twitter.com/pmaanitta/status/1786529203866738840
Anitta rebate comentários em entrevista (Reprodução/X/@pmaanitta)

“Há muito aprendizado e trabalho duro por trás da minha carreira. Por exemplo, como você acha que administrei minha carreira durante tantos anos? Não apenas trep*. Para entrar nesse ramo é preciso estudar muito.”

Anitta, em entrevista para rádio La Mega, de Nova York

Este é apenas mais um episódio a se juntar à lista em que a artista usou sua influência e visibilidade para combater atitudes preconceituosas e misóginas, destacando-se não apenas pela sua estética, mas também pelo seu inegável talento artístico e sua inteligência. A forma como Anitta enfrenta esses problemas se mostra bastante assertiva, e suas atitudes criam discussões importantes sobre o machismo e o respeito às mulheres. A cantora frequentemente recebe amplo apoio de seus fãs nas redes sociais.


Anitta na lista das mulheres mais poderosas do Brasil pela Revista Forbes (Reprodução/Instagram/@victoraffaro

O apresentador que fez esses comentários ficou sem palavras após a resposta contundente. Anitta, que ocupou o primeiro lugar do ranking global do Spotify com a música ‘Envolver’, também já esteve presente na lista de mulheres mais poderosas do Brasil segundo a Revista Forbes.