Julian Klausner reinventa o guarda-roupa masculino para a Dries Van Noten na Paris Fashion Week

Julian Klausner foi nomeado em dezembro de 2024 para suceder a Dries Van Noten, uma da maison belga. Estreando sua primeira coleção feminina na Paris Fashion Week de outubro passado. O diretor criativo foi elogiado pela fusão de sutileza clássica e inesperadas pinceladas contemporâneas.

Nesta manhã de 26 de junho, Klausner apresentou seu segundo desfile, sendo o primeiro masculino, na Semana de Moda Masculina de Paris, intitulado “Mission Accomplished”.


Desfile masculino Dries Van Noten (Foto: reprodução/Instagram/@antonioskami)


A coleção primavera-verão 2026 revisita os clássicos do guarda-roupa masculino através de volumes controlados: abrigos trapezoidais, gabardinas de seda, mini-shorts e tops ajustados com gola barco ou ombreiras, todos numa paleta vibrante de vermelho, fúcsia, azul profundo, verde e laranja, enriquecidos por listras, estampas e bordados de pérolas luminosas. Também foi notável como a cintura ganha protagonismo com um pareô anudado, sugerindo uma estética praiana refinada.

Mensagem de Julian Klaus ao público presente

Segundo Klausner, seu objetivo era infundir alegria e espontaneidade em peças clássicas:

“Eu realmente tinha em mente essas peças clássicas, esses designs básicos provenientes do guarda-roupa masculino tradicional…eu quis elevar o casual e dar certa leveza ao formal”, explicou Julian Klausner ao término do desfile.

“Estava refletindo sobre a diferença entre o formal e o casual: o que faz uma peça parecer formal ou, ao contrário, casual? Como posso elevar elementos casuais ou atenuar os formais? Isso esteve no núcleo do exercício.”


Julian Klauster discursando pós-desfile masculino da Dries Van Noten (Foto: reprodução/ Stories Instagram/@driesvannoten)


Desde o final do desfile, o criador belga provou que seu talento vai além da herança histórica de Van Noten, trazendo frescor e uma interpretação nova dos códigos masculinos tradicionais.

Críticas ao desfile

Críticos da revista Elle Brasil ressaltaram que a estreia de Klausner no feminino, em março, ficou inferior à riqueza de texturas e da paleta exuberante que marcaram a trajetória de Van Noten. Já o masculino, apresentado nesta manhã, foi visto como um acerto mais potente, graças à fusão entre alfaiataria estruturada e toques esportivos.


Desfile masculino Dries Van Noten (Vídeo: reprodução/Instagram/@DriesVanNoten)


A Vogue EUA elogiou a ousadia cromática e a costura impecável de Klausner, mas destacou algumas arestas. Embora tenha pontuado positivamente a fusão entre alfaiataria clássica e toques esportivos, a revista destacou que o jogo de volumes, soou, por vezes, “heterogêneo”, corroendo a visão geral do desfile. Além disso, os editores questionaram a usabilidade de algumas peças no dia a dia, sugerindo que o jovem designer ainda precisa equilibrar o caráter conceitual com a praticidade. Por fim, Vogue EUA enxergou um risco de diluir a personalidade marcante da maison, mas ainda assim reconhecendo o talento de Klausner em imprimir contemporaneidade ao legado belga.


Desfile masculino Dries Van Noten (Foto: reprodução/Instagram/@DriesVanNoten)


Apesar disso, vários especialistas alertam para o risco de sua ênfase em volumes controlados e silhuetas quase esquemáticas (como os abrigos trapezoidais e mini-shorts ultracurtos) acabar gerando um código visual extremamente uniforme, desafiando o designer a manter o frescor sem perder o DNA maximalista da maison nos desfiles futuros.

O legado da marca

O criador da marca, Van Noten, foi um dos responsáveis por colocar a cidade belga no mapa da moda internacional nos anos 80. Ele era filho de uma família de alfaiates e cofundador do influente grupo Antwerp Six (que era formado por ex-alunos da Royal Academy of Fine Arts de Antuérpia).


Desfile masculino Dries Van Noten (Foto: reprodução/Instagram/@DriesVanNoten)


A marca Dries Van Noten ganhou renome graças ao uso ousado de cores, padronagens e bordados, trazendo uma estética única e atemporal. Desde o lançamento de sua linha masculina em 1986, o nome Van Noten virou sinônimo de inovação e sofisticação. Com a expansão para a moda feminina em 1993, consolidando-se de vez na cena europeia. Hoje, a marca possui butiques em diversas cidades, como: Paris, Antuérpia e Tóquio.

Nova coleção de alta joalheria da Louis Vuitton conta com pedras brasileiras

A Maison francesa de luxo Louis Vuitton revelou sua mais nova oferta para a alta joalheria, com a coleção “Virtuosity”. Composta por 110 peças únicas, a coleção histórica explora a arte da joalheria fina, por meio da tradição. Com pedras brasileiras como diamantes, esmeraldas e turmalinas, cada peça é uma criação única.

O acervo tem o objetivo de representar 12 temas, que vão de “Savoir” e “Maestria” a “Eternal Sun”. O primeiro “Savoir” revisita a essência da grife com pedras como a opala australiana, de 30,56 quilates, em raro corte triangular, combinadas com o emblemático “V”. Maestria, que apresenta o icônico padrão Apogée.

“Como o ethos orientador da própria Louis Vuitton, a coleção ‘Virtuosity’ é, em última análise, um convite para viajar – uma rica jornada de maestria e criatividade sem limites. Ele galvaniza a inventividade, com cada criação impulsionando a próxima, avançando para sempre em direção à expressão máxima da liberdade criativa”

Grupo Louis Vuitton

Colar Apogee da Louis Vuitton (Foto: reprodução/Louis Vuitton/site oficial)

“Virtuosity” e seus universos criativos

Em seu núcleo conceitual, a “Virtuosity” divide esses doze temas em dois universos criativos, The World of Mastery, que representa a precisão, a disciplina e a experiência. Ele celebra os padrões a serem mantidos, valorizados e transmitidos aos futuros artesãos.

E o “The World of Creativity”, oferece uma perspectiva mais expressiva e fluida. Ele explora a jornada da exploração artística, onde o patrimônio encontra a inovação. Com esta coleção, a Maison francesa, conhecida por seu legado de exclusividade, luxo e artesanato, mais uma vez reafirma sua posição não apenas como uma casa de moda, mas como uma forte visionária no reino da alta joalheria.


Colar Eternal Sun da Louis Vuitton (Foto: reprodução/Louis Vuitton/site oficial)

Os doze temas da alta joalheria

The World of Creativity, ou “Mundo da Criatividade”, traz cinco temas:

  • Connection, com peças cravejadas de diamantes;
  • Florescence, com joias coloridas;
  • Motion, que explora o conceito de fluidez, com safiras e diamantes, porém joias mais minimalistas;
  • Joy, que dá destaque ao dourado, simbolizando felicidade;
  • Aura, inspirada por uma estrela-guia que dá nova vida à icônica flor do Monograma;
  • e Eternal Sun, que celebra uma saturação solar de ouro amarelo e diamantes amarelos, da qual a curadoria das pedras levou sete anos para ser concluída.

The World of Mastery, ou “O Mundo do Domínio”, apresenta outros sete temas: Keeper e Protection, com peças com motivos gráficos marcantes, como o formato de escudo e de um olho; Savoir, com pedras australianas; Maestria, Monumental, e Apogée.