Protestos no Quênia deixam 16 mortos e expõem crise no governo Ruto

Pelo menos 16 pessoas morreram durante protestos contra o governo do Quênia nesta quarta-feira (25), a maioria foi baleada pela polícia. As manifestações marcaram um ano dos atos de 2024 quando mais de 60 pessoas morreram ao protestar contra um projeto de lei fiscal.

Milhares de manifestantes foram às ruas em Nairóbi e em outras cidades, avançando até a residência presidencial e até o Parlamento, mesmo sob forte repressão da polícia local.

Força policial é alvo de críticas

A Anistia Internacional e a Comissão Nacional de Direitos Humanos do Quênia confirmaram o número de mortos e relataram uso excessivo da força por parte da polícia. Pelo menos cinco vítimas foram atingidas por tiros e cerca de 400 pessoas ficaram feridas, incluindo jornalistas e policiais.

Ao menos 107 feridos foram atendidos no maior hospital de Nairóbi, sendo a maioria por armas de fogo. A polícia não respondeu às acusações de violência. Uma emissora local informou que um segurança da companhia elétrica nacional morreu a tiros enquanto patrulhava a sede da empresa.

As transmissões ao vivo dos protestos foram suspensas, mas restabelecidas após decisão judicial. Tal medida gerou críticas sobre a liberdade de imprensa no país.


Protestos contra a polícia na capital Nairóbi, no Quênia (Reprodução/YouTube/@TheTimes)

Tensão e crise fiscal

As manifestações ganharam força após a morte do blogueiro Albert Ojwang, sob custódia policial. Ao menos seis pessoas foram acusadas, incluindo três policiais. O episódio reacendeu o debate sobre abusos cometidos por forças de segurança no país.

A repressão aos protestos provocou a maior crise política do presidente William Ruto desde o início do mandato. Em 25 de junho de 2024, manifestantes invadiram o Parlamento do Quênia em protesto contra novos impostos, o que ocasionou o confronto com a polícia, em incêndios e 10 mortos, em decorrência de uma crise fiscal agravada pela pandemia, pela seca e pela guerra entre Rússia e Ucrânia.

A comunidade internacional acompanha o caso com preocupação, principalmente diante do histórico de violência policial no país.

Manifestação de Bolsonaro pede anistia para condenados do ataque de 8 de janeiro

Na tarde deste domingo (6), apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) se reuniram na Avenida Paulista, no Centro de São Paulo, em um ato convocado pelo ex-presidente. A manifestação teve como principal pauta o pedido de anistia para os envolvidos no ataque às sedes dos Três Poderes em Brasília, em 8 de janeiro de 2023, considerado o mais grave atentado contra as instituições democráticas do país desde a redemocratização.

O evento contou com a presença de diversas lideranças políticas, incluindo os governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo, Republicanos), Romeu Zema (Minas Gerais, Novo), Ratinho Junior (Paraná), Wilson Lima (Amazonas), Ronaldo Caiado (Goiás, União Brasil), Mauro Mendes (Mato Grosso, União Brasil) e Jorginho Mello (Santa Catarina, PL).

A manifestação

A manifestação teve início por volta das 14h, com uma oração conduzida pela deputada federal Priscila Costa (PL-CE), que ocupa o cargo de vice-presidente do PL Mulher.

Depois, Michelle Bolsonaro defendeu publicamente a cabeleireira Débora Rodrigues Santos, detida após usar um batom para pichar a estátua “A Justiça”, localizada em frente ao Supremo Tribunal Federal, em Brasília. Entre os manifestantes, muitos trajavam roupas verde e amarela e exibiam batons em alusão ao episódio que transformou Débora em um mártir da narrativa direitista de perseguição política.


Ato de Jair Bolsonaro na Avenida Paulista (Foto: reprodução/X/JairBolsonaro)

Durante a tarde, durante seu discurso, Jair Bolsonaro defendeu a concessão de anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro, criticou o Supremo Tribunal Federal e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Ao exaltar sua gestão, destacou a atuação da equipe econômica e mencionou a implementação do PIX como um dos avanços sob seu comando. Ele também alegou que houve uma interferência que teria alterado o desfecho das eleições de 2022.

O ex-presidente ainda comentou sobre sua viagem aos Estados Unidos, feita poucos dias antes de deixar o cargo, e afirmou que, caso estivesse no Brasil no dia dos ataques, provavelmente teria sido preso e estaria “apodrecendo ou até mesmo assassinado”.

Pesquisa sobre anistia

No levantamento do centro de pesquisa da Quaest, divulgado neste domingo, revela que 56% da população brasileira se posiciona contra a anistia aos participantes dos atos de 8 de janeiro de 2022.

Por outro lado, 34% defendem a libertação dos envolvidos, seja por considerarem que não deveriam ter sido presos ou por acreditarem que o tempo de detenção já foi excessivo. Os outros 10% não sabiam ou não responderam.

Leila Pereira critica jogadores que pediram pelo fim do gramado sintético

Em entrevista ao Globo Esporte, a presidente do Palmeiras, Leila Pereira deu declarações polêmicas contra jogadores que protestaram contra o futebol em gramados artificiais. No fim do mês passado, atletas publicaram manifesto coletivo sobre o tema. Assim, estão entre os que pediam pelo fim do gramado sintético, Neymar, pelo Santos, Thiago Silva, do Fluminense, Coutinho, do Vasco e Bruno Henrique, do Flamengo.

“Normalmente são atletas que já deveriam ter parado de jogar futebol ao invés de ficar reclamando do gramado” disse a presidente do Palmeiras. Ainda, completou que “se os gramados europeus são tão bons, ótimo, fiquem lá, não venham para cá“.

Manifesto coletivo pelo fim do gramado sintético

No mês passado, atletas de vários times publicaram manifestação pelo fim do gramado sintético no futebol brasileiro. Atletas de longa experiência internacional como Neymar, Thiago Silva, Philippe Coutinho lideraram o movimento para cobrar investimentos para “assegurar a qualidade do gramado nos estádios”.


“Futebol é natural, não sintético” em publicação do atacante Gabriel Barbosa, do Cruzeiro (Foto: reprodução X/@gabigol)

Respostas de Leila Pereira

No entanto, como resposta, Leila Pereira afirma que “não existe nenhuma comprovação de que o gramado sintético causa qualquer dano para o atleta.” Ainda, se posiciona no sentido de que a cobrança é para que os gramados sejam melhores, independente de serem naturais ou artificiais.

Por consequência, o tema foi objeto de deliberação em reunião na CBF, na tarde desta quarta-feira (12). No encontro foi formado um conselho de clubes para aprofundar o debate. Participarão deste conselho, representantes do Palmeiras, Flamengo, Fortaleza, Internacional, São Paulo e Vasco.

“Houve um compromisso do Conselho Nacional de Clubes de aprofundar nesse assunto e chegar a uma conclusão onde todos os clubes sejam atendidos.” – afirmou Leila.


Trecho de entrevista de Leila Pereira (Vídeo: reprodução X/@sportv)

Ainda, cabe evidenciar que o Palmeiras é um dos principais interessados no assunto. Os estádios, para os quais costuma mandar seus jogos, possuem gramados sintéticos. No entanto, à frente da gestão de Leila, o Allianz Parque e a Arena Barueri adotaram esse modelo de gramado. A estratégia garante aos clubes menor gasto com manutenção.

Oposição da Venezuela denuncia prisão de María Corina Machado

A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, foi detida nesta quinta-feira (9/1), mas , conforme relato de seu partido. A ativista, que havia permanecido escondida por meses, apareceu em um protesto contra a posse de Nicolás Maduro, marcada para esta sexta-feira (10/1). Desde o fim de agosto, ela não se apresentava em público, em meio a uma crescente onda de detenções de opositores e cidadãos comuns.

Protestos na Venezuela

María Corina Machado convocou manifestações para exigir o reconhecimento do resultado das eleições presidenciais de 28 de julho, nas quais a oposição afirma que Edmundo González teria vencido com 67% dos votos, contra 30% de Nicolás Maduro. A oposição obteve acesso à maioria das atas de votação, mas o governo se recusou a divulgar os boletins das urnas. Durante um protesto nesta quinta-feira (9), Machado discursou para uma multidão nos arredores de Caracas. No entanto, ao deixar o local, foi detida pela polícia de Maduro.


Opositores de Maduro fazem manifestação na Venezuela contra resultados da eleição (Foto: reprodução/AFP/THOMAS COEX/Getty Images Embed)


Este foi o primeiro ato público de María Corina Machado após cinco meses de ocultação, período em que se manteve escondida devido a ameaças do regime de Nicolás Maduro. Seu retorno às ruas aconteceu exatamente na véspera da posse de Maduro para um novo mandato, em meio a denúncias de fraude nas eleições, feitas tanto pela oposição quanto pela comunidade internacional.

Cerca de uma hora e meia após a denúncia da detenção de Machado, ela foi libertada. Fontes afirmam que durante seu sequestro, ela foi forçada a gravar vários vídeos e depois foi liberada. “Nas próximas horas, ela se dirigirá ao país para explicar os acontecimentos”, adicionaram.

Entenda a crise na Venezuela

A oposição venezuelana e a maior parte da comunidade internacional não reconhecem os resultados oficiais das eleições presidenciais de 28 de julho, divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que apontaram Nicolás Maduro como vencedor com mais de 50% dos votos. Esses resultados, no entanto, nunca foram validados pela divulgação das atas eleitorais, documentos que detalham os votos por mesa de votação.

Em contrapartida, a oposição divulgou as atas que afirma ter obtido com seus fiscais partidários, apontando uma vitória de Edmundo González, ex-diplomata e aliado de María Corina Machado, com quase 70% dos votos. O chavismo, por sua vez, acusa a oposição de falsificar 80% desses documentos, mas não apresentou nenhuma ata oficial para refutar as alegações. O Ministério Público venezuelano, por sua vez, iniciou uma investigação contra González por suposta usurpação das funções do poder eleitoral, intimando-o a depor três vezes.

Após a emissão de um mandado de prisão contra ele, González se asilou na Espanha no início de setembro. Desde o início do processo eleitoral, diversas figuras da oposição foram detidas, com pelo menos 2.400 prisões e 24 mortes registradas após o pleito, de acordo com organizações de Direitos Humanos.

Presidente da Coreia do Sul promete lutar até o fim contra impeachment

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, afirmou na quinta-feira (12) que “lutará até o fim” para defender suas ações, incluindo a polêmica declaração de lei marcial e o envio de soldados ao Parlamento. Seu discurso ocorre em meio a crescentes pressões, com seu próprio partido considerando se aliar à oposição para buscar sua destituição.

Discurso presidencial

Em um longo discurso televisionado, o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, acusou a Coreia do Norte de hackear a comissão eleitoral sul-coreana, levantando suspeitas sobre a derrota de seu partido nas eleições de abril. Yoon, que lidera a quarta maior economia da Ásia, espera o apoio de seus aliados políticos, mas sua situação se torna mais complicada após suas declarações.


Vídeo do novo discurso do presidente Yoon Suk Yeol (Reprodução/Youtube/BBC News)


Na semana passada, Yoon Suk Yeol declarou lei marcial na Coreia do Sul, mas logo em seguida desistiu. Ele afirmou na quinta-feira (12) que o objetivo era proteger a democracia.

Durante o discurso, o presidente pediu desculpas ao povo, mas também fez duras críticas à oposição, acusando-a de tentar destruir a ordem constitucional e de causar uma “crise nacional”. Yoon afirmou que lutará com o povo até o último minuto, enquanto seu índice de popularidade despencava para 13% após o anúncio da medida. A nova moção de impeachment será votada no sábado, às 17h (5h de Brasília), na Assembleia Nacional.

Novo pedido de impeachment

O líder do Partido do Poder Popular (PPP), partido de Yoon, declarou que chegou o momento para o presidente renunciar ou enfrentar um processo de impeachment pelo Parlamento. Investigado por insurreição junto com seus aliados próximos, Yoon está proibido de deixar o país e enfrentará, no próximo sábado (14), uma segunda votação de impeachment, depois de escapar por pouco de uma moção de destituição na semana passada.

Na votação realizada no último sábado, apenas dois deputados do PPP apoiaram o impeachment de Yoon, enquanto os demais se retiraram da Assembleia Nacional, o que garantiu a continuidade de seu mandato. O líder do partido, Han Dong-hoon, instruiu os parlamentares a participarem do debate e a votarem de acordo com suas convicções e consciência.

Desde então, Seul tem sido palco de protestos diários, com milhares de manifestantes exigindo a renúncia do presidente Yoon.

Manifestação antirracista acontece no Reino Unido após protestos violentos  

Na noite da quarta-feira (07), diversos britânicos se reuniram para protestar contra os ataques e manifestações racistas que vêm acontecendo no país desde a semana passada. Os atos violentos se iniciaram após um ataque a uma escola de dança em Southport na Inglaterra, onde três crianças foram mortas e oito ficaram feridas. 

Este atentado gerou uma onda de manifestações intolerantes da extrema-direita contra imigrantes e muçulmanos. 

Manifestação pacífica

O movimento organizado por manifestantes antirracistas aconteceu nas principais cidades do Reino Unido: Londres, Southampton, Birmingham, Brighton, Bristol, Newcastle e algumas outras menores. Devido aos atos violentos que ocorreram, o governo reforçou o policiamento e cerca de 6 mil novos agentes foram instruídos para conterem a violência e manter a segurança dos civis. 

Publicações realizadas em redes sociais convocando novos manifestantes para mais protestos violentos também chamaram a atenção das autoridades. As postagens indicavam que os ataques iriam ocorrer em centros de acolhimento e escritórios de advocacia que auxiliam imigrantes do país. 

A polícia, por meio destas postagens, identificou também que os grupos planejavam realizar cerca de 100 manifestações violentas.


Reportagem da GloboNews mostrando imagens da manifestação (Foto: reprodução/X/@GloboNews)

Os britânicos, vendo essa possibilidade, se uniram em manifestações pacíficas, eles se reuniram nos lugares que seriam alvos dos atos violentos para evitar os ataques. Além disso, os protestos exigiam justiça e punição aos intolerantes, sendo confirmado posteriormente que essas manifestações impediram que os extremistas chegassem aos pontos de encontro, ocasionando na desistência deles. 

Segundo uma reportagem do Jornal Nacional, comerciantes de Londres colocaram tapumes em suas lojas e moradores protegeram os muçulmanos da região oferecendo abrigo. As autoridades agradeceram os manifestantes que fizeram os atos pacíficos no país e declararam que essa união é fundamental para combater o racismo e a intolerância. 


Embed from Getty Images

Protesto violento ocorrido no Reino Unido (Foto: reprodução/Christopher Furlong/Getty Images Embed)


Início dos ataques violentos 

Na segunda-feira (29), algumas crianças estavam praticando uma aula de dança inspirada nas músicas de Taylor Swift em Southport quando foram surpreendidas por um adolescente de 17 anos que entrou no local com uma faca e começou um ataque. Bebe King, de 6 anos, Alice Aguiar, de 9 anos, e Elsie Dot, de 7, faleceram devido a esfaqueamentos múltiplos. Cinco crianças estão no hospital em estado crítico e dois adultos foram gravemente feridos. 

O suspeito foi preso e boatos de que ele era muçulmano começaram a surgir nas redes sociais. No dia seguinte, manifestantes invadiram uma vigília para as vítimas. Logo, grupos da extrema-direita, neonazistas, anti-imigrantistas e racistas começaram a realizar seus protestos violentos. 

Os grupos entraram em confronto com os policiais, jogaram pedras em estabelecimentos enquanto gritavam falas racistas. O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, em uma coletiva com a imprensa, declarou que o governo irá intensificar as ações dos policiais e que qualquer pessoa que participar dos ataques terá que enfrentar as leis do país. 

Manifestação contra Augusto Melo toma conta da sede social do Corinthians e presidente do clube responde

Na noite de sexta-feira (21), um protesto tomou conta do Parque São Jorge, com membros de uma torcida organizada do Corinthians manifestando descontentamento com a gestão do presidente Augusto Melo. O foco das críticas esteve nas promessas não cumpridas e na falta de novas contratações, enquanto jogadores e o técnico António Oliveira foram poupados.

A manifestação

Os manifestantes expressaram sua insatisfação com gritos e cantos que cobravam mudanças e a saída do presidente. A tensão aumentou quando alguns membros foram convidados para uma conversa dentro do clube com Augusto Melo, enquanto os que ficaram do lado de fora continuaram a protestar em tom ameaçador.

Depois de longas negociações, Augusto Melo decidiu sair da sede administrativa do Corinthians e dialogar diretamente com os torcedores na entrada do clube. Ele buscou esclarecer as ações que estão sendo tomadas para enfrentar as dificuldades atuais do clube, tanto dentro quanto fora de campo. Em suas palavras:

“Estou aqui para dar a cara a tapa, não tenho medo. Nenhum presidente fez isso. A gente sabe que isso aqui está destruído, largando minha família e tudo por isso. Sempre dou satisfação, tenho reunião com as torcidas todos os meses. Isso aqui está destruído, mas estamos aqui para consertar, sou torcedor como vocês. (…) Não me deixam trabalhar, mas estamos com uma auditoria para sair em breve que vai mostrar muitas coisas. Vamos contratar quatro jogadores.”


Augusto Melo conversa com os manifestantes (Foto: reprodução/João Pedro Brandão)

Outras dificuldades

As críticas não se limitaram à gestão atual; ex-presidentes do clube também foram alvo das reclamações. O contexto do protesto é agravado pela situação do Corinthians fora de campo: perda do patrocinador máster, investigação sobre um suposto laranja envolvido em transações financeiras, saída de vários diretores e aumento da dívida. Dentro de campo, o cenário é igualmente preocupante, com o time na zona de rebaixamento do Brasileirão, sem vitórias há seis jogos e com gols em apenas três das dez rodadas disputadas.

Na quinta-feira anterior, membros de outra torcida organizada já haviam invadido a sede social exigindo uma conversa com Augusto Melo. Em resposta, o presidente prometeu paciência e a contratação de quatro reforços importantes para a equipe.

O próximo desafio do Corinthians será amanhã (23), às 16h (horário de Brasília), contra o Athletico-PR na Ligga Arena, pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Argentinos protestam novamente após apresentação de nova versão da Lei Ônibus

Nesta quarta-feira (10), a Argentina enfrentou novos protestos contra as medidas econômicas impostas pelo presidente Javier Milei. A manifestação se deu pela apresentação final da Lei Ônibus, documento que defende reformas no estado argentino. 

Os manifestantes reuniram-se por volta das 11h no antigo local do Ministério de Desenvolvimento Social e foram caminhando até chegarem num trecho da Avenida 9 de Julho, principal passagem do centro de Buenos Aires. Eles foram imediatamente parados pela polícia, que utilizou balas de borracha, gás lacrimogêneo e canhões de jatos d’água para conter as pessoas. 


Embed from Getty Imageswindow.gie=window.gie||function(c){(gie.q=gie.q||[]).push(c)};gie(function(){gie.widgets.load({id:’JxDT40WcSVxHjgplDZoLdg’,sig:’2pgx8tMCiHYlZ4GlxSqkhR8W8RTrVAgKlqcH6KxAeFs=’,w:’594px’,h:’396px’,items:’1988837456′,caption: true ,tld:’com’,is360: false })});

Policiais contendo manifestantes (Foto: reprodução/Matias Baglietto/NurPhoto/Getty Images Embed)


 Os participantes do protesto defendiam também o auxílio a refeitórios populares revogado em dezembro, em nota, o estado afirma que busca uma forma de ajudar diretamente os necessitados sem o intermédio de organizações.  

Greve e demissões

O novo governo enfrenta diversas manifestações diárias desde o seu início no ano passado, uma das medidas tomadas para evitar essas ações foi um protocolo para impedir que participantes bloqueiem estradas e tráfego. 


Embed from Getty Imageswindow.gie=window.gie||function(c){(gie.q=gie.q||[]).push(c)};gie(function(){gie.widgets.load({id:’un2RtsdvRHhiT1fuQn9dmQ’,sig:’rRJ720pGreuPQCYEVvelhjEVDoJO3RursONdgjsoJyI=’,w:’594px’,h:’396px’,items:’2115634909′,caption: true ,tld:’com’,is360: false })});

Presidente Javier Milei discursando em evento (Foto: reprodução/Tomas Cuesta/Getty Image Embed)


Os acontecimentos de ontem, além de serem contra o presidente, também evidenciavam demissões de funcionários públicos ocorridos na semana passada que afetou cerca de 15 mil servidores. A operação terminou com 11 presos e vários feridos, segundo Waldo Wolf, ministro de Segurança de Buenos Aires, os policiais também foram atacados com pedras pelos manifestantes. 

Lei Ônibus

A Lei Ônibus foi apresentada pela primeira vez por Javier Milei em dezembro, e estabelece que na atual emergência pública nas áreas econômicas, fiscal, financeira, segurança e defesa, Milei teria o direito de intervir em diversos aspectos do governo até o fim do seu mandato, mas mudou alguns aspectos devido a negociações. 

A versão, entregue na última terça-feira (09), afirma o poder do presidente de governar sem o Congresso nos campos do administrativo, energético, financeiro e econômico.  Além de definir a diminuição de 40 empresas estatais para apenas 18, e o desconto do salário de trabalhadores que participarem de protestos. 

Jair Bolsonaro fala em pacificação e não cita STF durante manifestação em São Paulo

Aconteceu neste domingo (25), durante a tarde, na Avenida Paulista, em São Paulo, uma manifestação em prol do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Presente em trio elétrico com apoiadores, Bolsonaro afirmou em discurso para eleitores, que “busca pacificação e deseja borracha no passado”, além de ressaltar que não houve tentativa de golpe no atentado de 8 de janeiro de 2023.

Durante as suas falas, Bolsonaro não citou o Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes ou a Polícia Federal, e do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Bolsonaro disse: “Com essa fotografia, mostramos que podemos até ver um time de futebol sem torcida ser campeão, mas não conseguimos entender como existe um presidente sem povo ao teu lado”, sem mencionar os nomes dos concorrentes. Também pediu ao Congresso que faça nova análise para os “pobres coitados do 8 de janeiro”, avaliando que as penas contra aqueles que invadiram as sedes dos Três Poderes “fogem ao mínimo da razoabilidade”.

“Saí do Brasil e essa perseguição não terminou. É joia, é questão de importunação da baleia, dinheiro que teria mandado para fora, é tanta coisa que eles até mesmo acabam trabalhando contra si. O que eu busco é a pacificação, é passar uma borracha no passado. É buscar uma maneira de continuarmos em paz. Não continuaremos sobressaltados”

Jair Bolsonaro em discurso na Avenida Paulista, em São Paulo

Revista Veja mostra a manifestação completa (Vídeo: reprodução/YouTube/vejapontocom)


No final da fala, o ex-presidente também pediu que os eleitores “caprichem no voto”, fazendo referência as eleições municipais de 2024. E falou aos apoiadores, também, sobre “nos prepararmos para 2026“, a qual Bolsonaro não poderá se candidatar pois foi considerado inelegível por oito anos.

Informações gerais do evento

A ideia do evento foi rebater todas as acusaões à Bolsonaro. O ex-presidente é investigado em um inquérito que apura suposto plano golpista para mantê-lo à frente do Palácio do Planalto após a derrota nas eleições de 2022 e em outros casos, como suposto desvio de jóias, a acusação de que ele teria participado de um plano de golpe de Estado nos atentados de 8 de janeiro de 2023, e a exaltação o estado democrático de direito. 

Apoiadores de Bolsonaro estiveram ao lado do ex-presidente

Dois trios elétricos foram alugados pelo pastor Silas Malafaia para que Bolsonaro e outras figuras políticas pudessem discursar. O evento começou com oração da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), e seguiu com discursos dos deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO), além do senador Magno Malta (PL-ES) e do pastor Silas Malafaia.

Os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União), e de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), também estiveram presentes. Tarcício de Freitas, governador de São Paulo discursou: “Minha gente, quem eu era? Eu não era ninguém, e o presidente apostou em pessoas como eu. Como tantos outros que surgiram, que tiveram posição de destaque, que ele acreditou”.

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) também marcou presença, além de vários deputados distritais: o líder da bancada o PL na Câmara Legislativa, Joaquim Roriz Neto; Thiago Manzoni (PL); Iolando Almeida (MDB); Paula Belmonte (Cidadania); Pastor Daniel de Castro (PP); e Roosevelt Vilela (PL). Entre os deputados federais pelo DF, estavam: Bia Kicis, presidente do PL no DF, e Alberto Fraga (PL).

Matéria por Carol Aguilera (Lorena – R7)