Nesta semana (16 a 18 de julho de 2025), a cena musical foi movimentada por lançamentos que transitam entre diversos ritmos da música brasileira. Como, por exemplo, pagode, piseiro e sertanejo, além de novidades do pop internacional. Entre os destaques estão o EP Banjo e Boné, de Thiaguinho, e o single Nois Não é Migo 3, de MC Ryan SP. Confira os lançamentos que prometem ficar no repeat.
Thiaguinho — Banjo e Boné (EP)
Thiaguinho lançou o EP Banjo e Boné em 16 de julho. Em um tributo moderno às suas raízes no pagode. Contudo, são cinco faixas, incluindo uma inédita e quatro regravações de sucessos do gênero. O projeto traz instrumentação ao vivo e arranjos que refletem uma sonoridade mais intimista, em line-up reduzido, como revelado pela assessoria do artista.
— Thiaguinho em Banjo e Boné (Vídeo: Reprodução/YouTube/Thiaguinho)
MC Ryan SP — Nois Não é Migo 3 (Single) O lançamento
O funkeiro MC Ryan SP continua firme em sua ascensão com o single Nois Não é Migo 3. Ademais, a faixa já presente nas playlists de funk e piseiro do Spotify e YouTube. Essa, reforça, no entanto, a mistura de batida acelerada e letras que falam sobre amizade e rivalidade .
Os lançamentos da semana
No pagode romântico, o grupo Sorriso Maroto se uniu a Yan no single Fica com Deus, adicionando um toque nostálgico aos lançamentos da semana. E também, o rap ganhou força com a nova edição do projeto Poesia Acústica 17, que reúne MC Cabelinho, Duquesa, Alee, Sant, Luccas Carlos, Lukinhas e TZ da Coronel, em uma mistura de vozes, estilos e mensagens que refletem o cotidiano das periferias.
Ademais, no sertanejo, destaque para Já Vai Sabendo, de Fernando & Sorocaba com Murilo Huff, além do álbum Nosso Sonho, de Bruno & Denner. Também merece atenção o EP Capítulo 1, de Matheus Marcolino. No pop nacional, Ana Gabriela lançou o álbum Baseado Em Fatos Reais (menos as partes que eu inventei), enquanto o single Beatriz, de 2ZDinizz, e o álbum Nume Epílogo, de Filipe Ret, reforçam a diversidade da produção independente. Já o EP You’ll Be Alright Kid, de Alex Warren, traz uma presença internacional, e o álbum Voltmix, de Kevin O Chris, aposta em versões remixadas do funk. Por fim, o projeto Bodega do Pablo, de Pablo, reafirma o apelo popular da sofrência e arrocha.
A música como espelho e força cultural
Portanto, mais do que tendências sonoras, os lançamentos da semana revelam como a música brasileira é um retrato vivo das emoções, histórias e transformações sociais do país. É possível perceber que, circular entre gêneros populares e dialogar com diferentes vivências, os artistas criam pontes afetivas com o público e fortalecem a identidade cultural nacional. Em tempos de crise e incerteza, a música se consolida como forma de resistência, expressão e pertencimento. Em suma, um patrimônio coletivo que pulsa nas vozes e batidas que embalam o cotidiano.
