Kim Kardashian é criticada por usar bolsa rara de couro de elefante

A influenciadora Kim Kardashian voltou a ser alvo de críticas durante a última semana por aparecer utilizando uma bolsa que supostamente foi produzida com couro de elefante. A peça, considerada rara — e também proibida —, pertence à marca de luxo Hermès e reacendeu o debate sobre a problemática envolvendo a vida animal e a ética da maison.

Polêmica do couro

A aparição da socialite utilizando a bolsa de grife causou forte reação do público e gerou diversos debates pela internet criticando o uso da peça. Muitos internautas defensores dos direitos dos animais se pronunciaram e chegaram a acusar Kim de hipocrisia. Além disso, a bolsa rara levantou críticas sobre a própria Hermès. “Kim precisou ser fotografada com uma Birkin de elefante para as pessoas notarem como a Hermès é cruel?” – disse um internauta na rede X.


Vídeo Kim Kardashian em produção de série (Vídeo: reprodução/Instagram/@kimkardashian)


Até o momento, não há posicionamentos nem da parte de Kim Kardashian nem da maison Hermès. Segundo o canal Marie Claire, a organização internacional Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais (PETA) informou que a grife jamais comercializou itens de origem animal. Porém, ainda segundo o canal, por volta dos anos 80, a Hermès foi contratada por caçadores para a produção de peças feitas a partir de material vindo de uma caça em um safári.

Sobre a peça

A bolsa é um modelo Birkin da Hermès feito em couro raríssimo, e existem poucas unidades no mercado, possíveis de serem encontradas apenas em brechós de luxo. Dependendo do material, os valores podem variar entre R$ 200 e R$ 600 mil dólares, podendo chegar a cifras ainda maiores conforme a raridade da peça. A bolsa em questão, utilizada por Kim Kardashian, está avaliada em cerca de R$ 675 mil reais já convertidos.

Kim Kardashian, que atualmente está investindo na carreira de atriz, é conhecida por sua vida ativa no universo das grifes e do luxo. A última vez em que a Kardashian gerou comoção foi ao aparecer com uma bolsa avaliada em mais de R$ 2 milhões de reais, também um modelo Birkin da Hermès. Mais do que uma polêmica de estilo, a situação reacende um debate essencial sobre consumo consciente e a responsabilidade das celebridades no cenário que vai além da moda.

Alemanha decide investir cerca de R$ 6,150 bilhões em ideia proposta pelo Brasil na COP30

Nesta quarta-feira (19), em Belém, no Estado do Pará, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva — que está no local por conta da COP30 — afirmou que a Alemanha fará um aporte financeiro de € 1 bilhão (cerca de R$ 6,150 bilhões) para o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF).

 O fundo (TFFF) é considerado a principal estratégia do Brasil para a reunião da COP30 e, em consequência disso, tornou-se a principal vitrine diplomática do país nesta conferência. 

Portanto, essa proposta, anunciada de início pelo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, propõe que países com grandes áreas de floresta tropical — como Brasil, Indonésia e República Democrática do Congo — possam ser incentivados financeiramente e receber uma remuneração pela conservação dos seus respectivos biomas.

Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) 

O Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) é um mecanismo financeiro proposto pelo Brasil na conferência da COP30. Enquanto muitos países focam na redução do carbono, o Brasil tenta atacar o problema da poluição por outro ponto. Nesse modelo, investe-se para preservar as florestas, utilizando um fundo de renda fixa para gerar recursos e, assim, destinar um incentivo à conservação de florestas tropicais.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirma não ser um mecanismo de doações, e sim investimentos e incentivos financeiros para a conservação de florestas. Desse modo, o lucro das aplicações será usado para remunerar países que mantêm suas florestas bem, com prioridade para nações como Brasil, Indonésia e Congo, pelo tamanho de florestas tropicais úmidas que eles possuem.


Ministra do Meio Ambiente Marina Silva e o Presidente do Brasil Lula discursando sobre investimentos no TFFF (Vídeo: reprodução/Instagram/@canalgov)


A ideia é que esse mecanismo funcione como uma espécie de “renda florestal global”, sendo aberto na bolsa de valores para investidores, assim incentivando a adesão de investimentos públicos e privados para compensar o valor econômico. Também terá alguns critérios bem claros e simples de compreensão para que os países recebam esse incentivo financeiro para manter a floresta viva e não derrubá-las.

Critérios e funcionabilidade do TFFF

 Para resumir, o TFFF funciona com uma estrutura que adota um modelo de fundo de investimento com gestão de carteira de renda fixa voltado ao financiamento climático. Assim, pretende mobilizar cerca de R$ 625 bilhões (US$ 125 bilhões) em recursos, juntando aportes de países e fundações com emissões de títulos no mercado financeiro para o funcionamento do fundo.

E, portanto, o dinheiro será aplicado em ativos globais, com foco em investimentos seguros e sustentáveis que gerem retorno acima do custo do fundo. Parte do lucro irá para os investidores, e a outra parte será usada para remunerar países que preservam florestas tropicais, proporcionalmente à área conservada.

Desse modo, temos como critérios o pagamento anual por hectare de floresta preservado; e, neste pagamento, cerca de 20% no mínimo são destinados a recursos a povos indígenas e comunidades locais. Além disso, é proibido utilizar esse dinheiro para investir em combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás).


Imagem da Floresta Amazônia próximo ao Rio Tocantins no Estado do Pará (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Mauro Pimentel)


Para concluir, a verdade, olhando pelo lado somente financeiro, é que, na prática, a destruição das florestas tropicais ainda gera mais retorno econômico do que sua conservação. O TFFF aparece na contramão para criar um incentivo para ter lucro em preservar as florestas.

O Fundo Florestas Tropicais para Sempre acaba se diferenciando de outros mecanismos, como o REDD+, ao propor um modelo de pagamento direto para a preservação das florestas, e não somente pelo carbono que deixa de ser emitido. O modelo do REDD+ é uma espécie de mecanismo criado pela ONU que recompensa financeiramente alguns países pela redução de emissões de carbono causadas pelo desmatamento e pela degradação florestal.

Porém, no caso do TFFF, o plano proposto pelo Brasil vai muito além da lógica de só diminuir a produção de carbono, sendo um pagamento direto pela floresta que permanece em pé e pela conservação a longo prazo dessas mesmas florestas tropicais.

 

 

Na véspera da COP30, líderes selam clima com imagem

Belém, no Pará, se tornou o centro das atenções globais ao receber a cúpula pré-COP30, um encontro preparatório que reuniu chefes de Estado e representantes de diversos países para alinhar compromissos e discutir metas ambientais. O momento mais marcante do evento foi a tradicional foto de família, em que os líderes posaram juntos em um gesto simbólico de união e compromisso pela proteção do planeta.

A imagem, registrada no Hangar Centro de Convenções, marcou o encerramento das reuniões da pré-COP30 e reforçou a expectativa para a conferência oficial, que acontecerá em 2025. A fotografia foi vista como um símbolo de cooperação internacional e uma mensagem de que o mundo está atento às ações climáticas. Em meio aos desafios globais, o Brasil busca se firmar como protagonista na transição verde e na construção de um futuro sustentável.

Belém no centro das atenções globais

A cúpula pré-COP30 contou com a presença de representantes de dezenas de países, além de organizações internacionais e especialistas em meio ambiente. O evento teve como objetivo preparar o terreno para as negociações da COP30, que será realizada em Belém no próximo ano, e definir os pontos mais urgentes da agenda climática.

Durante os encontros, os líderes discutiram a necessidade de transformar promessas em ações concretas para conter o aquecimento global. Foram debatidos temas como financiamento climático, preservação de florestas tropicais e redução das emissões de carbono. A presença de tantos chefes de Estado reforçou a importância da Amazônia nas decisões ambientais e consolidou o papel do Brasil como referência em diplomacia ecológica.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou que o país está pronto para conduzir o debate sobre sustentabilidade de forma justa e equilibrada. Ele ressaltou que o desenvolvimento econômico pode caminhar ao lado da preservação ambiental e reafirmou o compromisso do governo em reduzir o desmatamento e incentivar fontes de energia limpa. Lula também afirmou que o Brasil quer liderar pelo exemplo e cobrar dos países desenvolvidos ações concretas, especialmente no financiamento de projetos verdes em nações em desenvolvimento.

A realização da pré-COP30 em Belém foi elogiada por lideranças internacionais, que destacaram o simbolismo de realizar um encontro desse porte no coração da Amazônia. A cidade se transformou em um ponto de convergência global, reunindo vozes de diferentes partes do mundo em defesa do meio ambiente. Além dos debates políticos, o evento também contou com apresentações culturais e manifestações de povos indígenas e comunidades tradicionais, que pediram mais respeito aos territórios e participação nas decisões climáticas.


O presidente Lula e líderes mundiais (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Pablo Porciuncula)

Foto de família reforça união e compromisso

A tradicional foto de família, tirada ao fim da cúpula, representou mais do que um simples registro oficial. Reunidos lado a lado, os líderes expressaram, em um gesto coletivo, o compromisso de fortalecer a cooperação internacional para enfrentar os desafios ambientais. A imagem simbolizou a necessidade de união global diante das crises climáticas que afetam o planeta de forma cada vez mais intensa.

O encontro em Belém reforçou que a COP30 será um marco importante para as negociações climáticas. Com o Brasil na presidência da conferência, a expectativa é de que o país apresente propostas voltadas à preservação da Amazônia e ao desenvolvimento sustentável. A região amazônica, por sua biodiversidade e papel essencial na regulação do clima, foi um dos principais temas abordados pelos participantes.

Além dos líderes políticos, o evento contou com a presença de cientistas e representantes de entidades ambientais, que alertaram sobre a urgência de ações conjuntas. De acordo com especialistas, a próxima década será decisiva para limitar o aumento da temperatura global e evitar danos irreversíveis aos ecossistemas. Eles destacaram que as metas atuais ainda são insuficientes e que é preciso fortalecer os compromissos assumidos no Acordo de Paris.

Durante o encerramento, Lula ressaltou que a união entre os países é a chave para enfrentar a crise climática. Ele defendeu a criação de mecanismos que garantam o cumprimento das metas ambientais e destacou que o planeta não pode mais esperar. “A foto de família simboliza nossa esperança, mas também nossa responsabilidade”, afirmou o presidente, lembrando que a próxima conferência em Belém será o momento de transformar palavras em atitudes concretas.

O clima de cooperação e otimismo marcou o fim da cúpula pré-COP30. Belém saiu fortalecida como anfitriã do maior evento ambiental do planeta, enquanto o mundo volta os olhos para a Amazônia. A imagem dos líderes reunidos ficará como símbolo de uma nova fase do debate climático, em que a união e a ação serão decisivas para garantir o futuro das próximas gerações.

Na COP30, Brasil exige ação concreta pelo clima

A preparação para a COP30, que acontecerá em 2025 em Belém do Pará, já movimenta discussões em todo o mundo. Em meio às expectativas para a conferência, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou que o evento precisa marcar um novo momento na luta contra as mudanças climáticas. Segundo ele, é hora de transformar as promessas feitas em encontros anteriores em ações reais e mensuráveis.

Durante seu discurso, Lula destacou que a COP30 não pode ser apenas mais uma reunião com discursos ambiciosos e metas vagas. O presidente afirmou que o Brasil está pronto para assumir um papel de liderança global na defesa do meio ambiente, mas ressaltou que isso só será possível se houver compromisso coletivo e responsabilidade compartilhada entre os países.

Brasil quer liderar a transição verde

Ao falar sobre o papel do Brasil na agenda ambiental, Lula lembrou que o país tem um dos maiores patrimônios naturais do planeta, com a Amazônia, o Pantanal e outros biomas essenciais para o equilíbrio climático global. Ele destacou que o governo federal vem reforçando políticas de preservação e combate ao desmatamento ilegal, que já apresentou redução significativa nos últimos meses, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

O presidente também ressaltou a importância de unir desenvolvimento econômico e sustentabilidade. Segundo ele, é possível gerar emprego e renda sem destruir o meio ambiente. Como exemplo, citou o avanço de projetos de energia limpa e de incentivo à agricultura de baixo carbono. Lula reafirmou ainda que o Brasil quer atrair investimentos verdes, capazes de impulsionar a economia e, ao mesmo tempo, reduzir emissões de gases poluentes.

Além disso, Lula defendeu o fortalecimento da diplomacia ambiental. O governo brasileiro vem buscando aproximação com outros países da América Latina e da África para firmar parcerias em pesquisas e projetos sustentáveis. A meta é apresentar na COP30 um conjunto de compromissos regionais que demonstrem que o combate à crise climática depende da cooperação internacional.

“Queremos mostrar que é possível crescer e proteger a natureza. O Brasil vai liderar pelo exemplo e cobrar o mesmo de outros países”, afirmou Lula, reforçando que o evento de Belém será uma oportunidade de reafirmar o compromisso global com o futuro do planeta.


Presidente Lula na COP30 (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Pablo Porciuncula)

Desafios e expectativas para a COP30

Marcada para ocorrer em novembro de 2025, a COP30 reunirá líderes mundiais, cientistas e ativistas para discutir políticas de mitigação das mudanças climáticas. Pela primeira vez, o evento será realizado na Amazônia, o que aumenta o simbolismo e a responsabilidade do Brasil como anfitrião. A escolha de Belém reflete o desejo de dar visibilidade às populações que vivem na floresta e que enfrentam, diariamente, os efeitos da degradação ambiental.

Entre os principais temas que devem ser debatidos estão o financiamento climático, a preservação das florestas, a redução das emissões de carbono e a adaptação das cidades às novas condições climáticas. Especialistas afirmam que a COP30 precisa ir além das promessas e apresentar resultados concretos, especialmente em relação ao cumprimento do Acordo de Paris.

O governo brasileiro aposta em uma conferência inclusiva, com a participação ativa de povos indígenas, comunidades tradicionais e representantes da sociedade civil. Para Lula, dar voz a essas populações é essencial para construir políticas que respeitem a diversidade e o conhecimento local. Ele também destacou que o Brasil pretende propor metas ambiciosas, mas realistas, alinhadas com o desenvolvimento sustentável e a proteção da Amazônia.

Apesar do otimismo, o caminho até a COP30 ainda apresenta desafios. A necessidade de equilibrar crescimento econômico e preservação ambiental continua sendo um ponto delicado. Além disso, a cooperação internacional nem sempre avança na mesma velocidade das urgências climáticas. Muitos países ainda resistem em adotar medidas que possam reduzir lucros no curto prazo, mesmo que isso comprometa o futuro das próximas gerações.

Lula reconheceu as dificuldades, mas reforçou que a crise climática não pode ser tratada como um problema distante. Ele lembrou que as enchentes, secas extremas e queimadas são sinais de que o tempo para agir está se esgotando. “O planeta está cobrando um preço alto pela nossa demora. A COP30 será o momento de mostrar que aprendemos a lição”, disse o presidente.

Com o olhar voltado para Belém, o Brasil busca inspirar o mundo a agir. A expectativa é que a COP30 se torne um marco histórico, não apenas por reunir os principais líderes globais, mas por transformar discursos em compromissos reais. A conferência será um teste para a capacidade coletiva de enfrentar um dos maiores desafios da humanidade: garantir um futuro sustentável e equilibrado para todos.

Belém se torna o centro do mundo na luta climática durante a COP30

A Amazônia, maior floresta tropical do mundo, é o palco da nova Cúpula dos Líderes, que começou nesta quinta-feira (6) em Belém, no Pará. A cidade recebe líderes de diversos países para discutir ações contra as mudanças climáticas, em preparação para a COP30, que será realizada oficialmente na próxima segunda-feira (10). O evento acontece em dois espaços principais: a “Zona Azul”, onde ficam os representantes oficiais e jornalistas, e a “Zona Verde”, destinada a ONGs, comunidades indígenas e à sociedade civil.

Agenda lotada dos chefes de Estado

Durante o primeiro dia, o clima foi quente, com pancadas de chuva no fim da tarde, e uma longa recepção marcada por 127 apertos de mão entre chefes de Estado, que foram recebidos pelo grupo paraense Arraial da Pavulagem. O secretário-geral da ONU, António Guterres, foi direto ao ponto, dizendo que o mundo falhou moralmente ao não conter o aquecimento global em até 1,5°C, como prometido no Acordo de Paris. De janeiro a agosto deste ano, a média global já chegou a 1,42°C acima do nível pré-industrial.


líderes mundiais reunidos para a foto (Foto: reprodução/X/@LulaOficial)


Lula faz discurso otimista com relação ao meio ambiente

O presidente Lula abriu seu discurso destacando que ainda é possível reverter os danos ambientais. Ele defendeu ações conjuntas para frear o desmatamento e reduzir a dependência de combustíveis fósseis. Também afirmou que o combate às mudanças climáticas deve estar ligado à luta contra a fome, a pobreza e as desigualdades sociais.

Outros líderes também se pronunciaram. O presidente chileno, Gabriel Boric, criticou Donald Trump por negar a crise climática, e o colombiano Gustavo Petro afirmou que o negacionismo americano ameaça o futuro da humanidade. Já o Príncipe William fez um apelo para que esta geração seja a que “inverte a maré” da destruição ambiental.

Lula ainda anunciou o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que busca captar até US$ 25 bilhões para financiar projetos sustentáveis. Noruega, França, Portugal, Brasil e Indonésia já confirmaram contribuições, enquanto a Inglaterra, por ora, não aderiu ao fundo.

Fora do evento, manifestações de indígenas e artistas pediram mais ação e menos discurso dos líderes mundiais.

Celebridades do mundo todo se encontram no Rio em premiação ambiental

Nesta quarta-feira (05), o apresentador Luciano Huck recebeu Príncipe William durante o evento The Earthshot Prize, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. A premiação é considerada o “Oscar do meio ambiente” e reuniu diversas outras celebridades como Shawn Mendes, Gilberto Gil, Seu Jorge e Kylie Minogue.

A cerimônia terá os seus melhores momentos transmitidos na TV Globo no dia 7 de novembro, após o Globo Repórter. Essa é a quinta edição do evento ambiental, e é a primeira vez que a América Latina é responsável por sediá-lo. O Príncipe William também esteve presente, e aproveitou sua viagem para reforçar laços com o Brasil.

O prêmio ambiental do Príncipe William

Criado em 2020 pelo herdeiro á coroa britânica, o prêmio já passou por Londres, Boston, Singapura e a Cidade do Cabo – e agora, finalmente chega ao Rio de Janeiro. The Earthshot Prize é uma das premiações ambientais mais importantes do mundo. Desde sua criação, foram mais de 20 milhões de euros destinados a 60 iniciativas que buscam regenerar o planeta.

A inspiração principal é o histórico Moonshot criado por John F. Kennedy, e a principal proposta é acelerar soluções inovadoras para que a natureza, comunidades e o clima prosperem em harmonia e sustentabilidade até 2030.


Príncipe William apresentando a premiação (Vídeo: reprodução/Instagram/@princeandprincessofwales)


Cada um dos cinco vencedores de cada edição recebe £1 milhão para impulsionar ou expandir o seu projeto, totalizando cerca de R$7 milhões. As categorias são as seguintes: Proteger e Restaurar a Natureza; Purificar o Ar; Revitalizar Nossos Oceanos; Construir um Mundo Sem Resíduos e Combater a Crise Climática, com 3 indicados em cada uma.

Cerimônia reúne artistas, atletas e ativistas

Nesta edição, Luciano Huck assume o papel de apresentador. Entre os convidados e apresentadores de categorias estão Cafu, Rebeca Andrade, Sebastian Vettel e a ativista indígena Txai Suruí. Além disso, tivemos diversos outros convidados e artistas presentes na premiação.


Vídeo do Earthshot 2025, no Museu do Amanhã (Vídeo: reprodução/Instagram/@earthshotprize)

A cerimônia contou com apresentações musicais nacionais e internacionais. Anitta abriu a noite com uma sequência de “Mas Que Nada” e “Girl From Rio”, antes de dividir o palco com Gilberto Gil em uma performance de “Garota de Ipanema”. Kylie Minogue reviveu “Can’t Get You Out of My Head”, enquanto Seu Jorge emocionou com uma versão de “Heroes”, de David Bowie. Já o canadense Shawn Mendes fez uma versão acústica de “Youth”.

A edição no Rio se tornou recorde de audiência, colocando o Brasil em evidência no debate ambiental — especialmente considerando que também sediará a COP30, em Belém do Pará.

Dois navios transatlânticos chegam em Belém para hospedar delegações da COP30

Nesta terça-feira (04), chegaram dois navios transatlânticos, o Costa Diadema e o Civil, ao Porto de Outeiro em Belém, que é capital do Pará. Esses navios foram contratados pelo governo brasileiro para suprir a infraestrutura de hospedagem da cidade durante o evento da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30).

O encontro dos líderes, cientistas e pessoas que vão discutir sobre meio ambiente vai ocorrer entre os dias 10 e 21 de novembro. Como dito anteriormente, esses navios são muito importantes por conta do aumento da capacidade de hospedagem de Belém, que era uma das grandes preocupações de algumas delegações e setores que vão para o evento. Porém, o ministro do turismo, Celso Sabino, afirmou que com esses dois navios, mais a capacidade de alguns hotéis da região, será o suficiente.

Belém recebe a COP30

O ministro do turismo, Celso Sabino, concedeu uma entrevista para a CNN Brasil. Nesta entrevista, ele comentou sobre a chegada desses navios e a importância deles para esse aumento de capacidade de hospedagem para a cidade de Belém. Essas embarcações têm uma capacidade de 4 mil cabines, com aproximadamente 6 mil leitos, juntando ambas as embarcações. Com isso, a capacidade de hospedagem aumenta, assim, solucionando a preocupação que alguns veículos de comunicação e setores tinham em relação aos meios de hospedagem. Sabino afirma que os transatlânticos são destinados, primeiramente, às delegações participantes das negociações durante o evento. Entretanto, os leitos excedentes ficarão disponíveis para o setor privado se hospedar.


Imagens dos navios que chegaram em Belém (Foto: reprodução/X/@joaquimrib1801)


Celso também explicou que algumas mudanças ocorreram para receber esse evento na capital do Pará. Foi inaugurada uma estrutura portuária que inclui um terminal de passageiros, e esse terminal está equipado para procedimentos de alfândega e imigração. Além disso, ocorreu uma expansão na capacidade hoteleira com a construção de novos hotéis, entre eles, alguns hotéis cinco estrelas, e a ampliação de unidades já existentes. A promessa do governo federal é que estas instalações permanecerão como legado para a cidade após o término do evento.

Mais informações sobre a COP30  

Para o encontro da COP30, foram confirmadas 160 delegações. Na sexta-feira (6), os líderes mundiais começam a chegar a Belém para as primeiras reuniões preparatórias, nas quais serão discutidas metas e propostas relacionadas às mudanças climáticas.


 

Imagem de Belém (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Wagner Meier)


Para concluir, a capital do Pará é a porta de entrada da floresta da Amazônia, a qual é ainda mais simbólica para o tema em discussão sobre o meio ambiente. A mitigação de emissões de gases de efeito estufa será muito debatida durante a COP30, principalmente uma forma de limitar o aquecimento global a 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais, continua como objetivo central. O mundo tem sofrido muito com esse aumento de temperatura, muitos desastres naturais, como enchentes e secas. Tendo em conta que, para conseguir esse limitador, o principal contraponto é a transição energética, buscando utilizar energias renováveis, tendo uma eficiência energética, abandonando gradualmente os combustíveis fósseis, além de como garantir que a transição não gere injustiças sociais.

 

Anitta comenta sobre encontro com Rei Charles III em homenagem ao Cacique Raoni

Nesta quinta-feira (16), Anitta, comentou sobre o encontro que teve com o Rei Charles III em Londres. Em publicação no Instagram, a cantora compartilhou registros do momento. O diálogo teve como foco principal a preservação da Amazônia e as questões ambientais, temas centrais da instituição criada em 2020 pelo monarca britânico, a Liberatum.

“Ontem tive a honra de me encontrar com o Rei Charles e o Cacique Raoni para conversar sobre a importância da Amazônia e do meio ambiente. Numa humanidade que agora sofre as consequências de suas próprias escolhas, os povos indígenas e sua relação com a natureza nos lembram que proteger a floresta é garantir vida e futuro. Agradecemos a Vossa Majestade por ouvir esta mensagem importante.” 

A cantora completou a publicação agradecendo à Liberatum, que realizou a homenagem ao cacique brasileiro: ”Também tive o prazer de estar prestigiando o grande Cacique Raoni. Este prémio foi uma forma de agradecer a tua coragem, a tua voz, e por manteres viva a esperança de que ainda há tempo, se aprendermos a ouvir aqueles que sempre souberam cuidar”, afirmou em suas redes sociais.

Anitta e seu compromisso com as pautas ambientais

Recentemente, a cantora se pronunciou sobre um Projeto de Lei que, segundo especialistas e ambientalistas, pode enfraquecer a legislação ambiental no Brasil. Em uma publicação feita em parceria com a Mídia Indígena Originária, Anitta alertou sobre os riscos do que vem sendo chamado por ativistas de “PL da Devastação”.


Anitta se manifestando contra PL (Foto: reprodução/Instagram/@maisbrasil)

No comunicado, Anitta direcionou sua mensagem ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e aos demais parlamentares. “O presidente da Câmara, Hugo Motta, e os deputados brasileiros não podem colocar em risco o nosso futuro… Querem aprovar um projeto de lei para afrouxar a forma como conseguimos licenças ambientais no Brasil. Isso vai colocar em risco florestas, rios, territórios indígenas, clima, causando tragédias!”, escreveu a cantora.

Anitta e suas manifestações políticas

Em 2022, em meio a um dos cenários políticos mais conturbados da história recente do país, Anitta se posicionou publicamente a favor do então candidato e atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. A manifestação ocorreu como um ato de protesto contra a extrema direita. Na época, a cantora usou o X (antigo Twitter) para declarar que não era petista, mas estava com Lula nas últimas eleições.


Anitta declarando apoio à Lula nas eleições presidenciais de 2022 (Foto: reprodução/X/@Anitta)

Desde então, Anitta vem mantendo uma postura ativa nas redes sociais, cobrando medidas do governo e se manifestando em defesa das mulheres, da Amazônia e do meio ambiente. Um de seus últimos pedidos foi direcionado ao presidente em exercício, Luiz Inácio Lula da Silva. A cantora pediu que o chefe do Executivo nomeie uma mulher para ocupar a vaga deixada pelo ministro Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal, que está se aposentando.

Em sua conta no Instagram, a artista afirmou que “existem mulheres qualificadas para o cargo em um país onde a maioria da população é feminina” e destacou que seu apelo era feito “com toda esperança”.

Planeta em risco: poluição acelera crise ambiental e ameaça segurança humana

Um recente relatório de pesquisadores ligados ao Instituto Potsdam para Pesquisa sobre o Impacto Climático (PIK) revela que já ultrapassamos 7 dos 9 “limites planetários” considerados seguros para a manutenção do equilíbrio ecológico da Terra e a possibilidade de existência normal para os seres humanos. Esse dado é alarmante e cabe perguntar: por que isso está ocorrendo? E, mais importante, ainda há o que fazer para reverter este cenário?

As causas por trás do colapso gradual

A expansão da poluição em suas múltiplas formas é uma das linhas centrais que conectam os limites planetários que estão sendo rompidos. A queima desenfreada de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural) é uma das principais responsáveis pelo avanço das mudanças climáticas e pelo aquecimento global. Em paralelo, o desmatamento em larga escala e o uso intensivo da terra (para agricultura, pecuária e urbanização) fragilizam ecossistemas, reduzem a biodiversidade, além de alterar ciclos naturais.

Outro vetor importante é a poluição química, a presença de microplásticos, substâncias tóxicas e outros compostos que escapam ao controle e se acumulam nos ecossistemas, afetando desde a saúde de organismos marinhos até a qualidade do solo e da água doce. A acidificação dos oceanos, por exemplo, avançou: desde o início da era industrial, o pH da superfície do mar caiu cerca de 0,1 unidade, o que representa um aumento de 30% a 40% na acidez das marés.


Vídeo da ONU explicando a degradação da garrafa no meio ambiente: (Vídeo/reprodução/Youtube/@ONUBrasil.)


Por que a terra pode deixar de ser segura?

Os limites planetários rompidos (como mudanças climáticas, uso de água, biodiversidade, poluição química, etc.) não são apenas conceitos acadêmicos: eles definem faixas dentro das quais as sociedades humanas conseguem operar sem provocar rupturas ecológicas graves. Ao ultrapassar esses limites, podemos entrar em zonas onde eventos extremos correlacionados com a movimentação de placas tectônicas (furacões, secas, inundações) se tornam mais frequentes, cadeias de produção colapsam e milhares de comunidades ficam vulneráveis. Em outras palavras: menos segurança para os seres humanos em acesso à água, alimentos, moradia e saúde.

A boa notícia, ainda que tardia, é que há precedentes positivos: a redução da poluição por aerossóis e a recuperação da camada de ozônio são citadas no relatório como exemplos de que o curso da trajetória ambiental pode ser revertido. Isso mostra que, embora o diagnóstico seja grave, ainda há margem de ação que possa reverter esse cenário ambiental.

Como evitar o colapso da Terra

Para reverter ou, ao menos, frear o avanço, são necessárias ações urgentes e conjuntas em múltiplas escalas, como, por exemplo, a transição energética, que consiste em migrar o uso de combustíveis fósseis para energias limpas (solar e eólica), diminuindo, dessa forma, as emissões de gás carbônico.

Outra maneira de evitar maiores danos é a proteção e o restauramento de ecossistemas. Investir em reflorestamento irá recuperar as áreas degradadas e proteger ecossistemas naturais, mantendo ciclos naturais e conservando a biodiversidade.

As políticas públicas e a cooperação global também são importantes neste processo, tendo em vista que os governos podem e devem criar marcos regulatórios rigorosos, além de incentivar economicamente a inovação ecológica, viabilizando as mudanças para uma menor taxa de poluição e, consequentemente, menor degradação do planeta Terra.

The Town promove ação ambiental com leilão de guitarra de Katy Perry e itens exclusivos

O The Town reuniu estrelas da música nacional e internacional que se apresentaram no festival para uma ação de cuidado ao meio ambiente. Alinhado ao Amazônia Live – Hoje e Sempre, toda a arrecadação será destinada a projetos do Instituto Socioambiental. Até o dia 29 de setembro, o leilão beneficente Fans For Change estará disponível para o público dar seu lance e adquirir itens exclusivos dos seus artistas favoritos.

Leilão

Os objetos físicos, com lances iniciais de R$ 2.023, podem ser arrematados na plataforma Play For a Cause. Todo o processo é feito de forma online, para maior praticidade dos compradores. Há uma grande variedade de itens exclusivos de estrelas nacionais e internacionais guitarra de Katy Perry, Péricles, Jota Quest, J Balvin, Gloria Groove, além de placas de camarim dos artistas.

Os fãs terão a oportunidade de adquirir peças únicas que marcaram apresentações históricas do festival. Cada item conta com certificado de autenticidade, garantindo que os objetos sejam oficiais e realmente utilizados ou autografados pelos artistas. Além disso, toda a arrecadação será destinada a projetos socioambientais do Instituto Socioambiental, reforçando o compromisso do The Town com a preservação da Amazônia e ações de sustentabilidade.

Artistas participantes

Confira alguns nomes que disponibilizaram objetos exclusivos para o leilão:

Internacionais

  • Bruce Dickinson
  • Natasha Bedingfield
  • Bad Religion
  • J Balvin
  • Jason Derulo
  • CeeLo Green
  • Katy Perry
  • Green Day
  • Camila Cabello
  • Jessie J
  • Lauryn Hill
  • Iggy Pop
  • Lionel Richie

Nacionais

  • Filipe Ret
  • Capital Inicial
  • IZA
  • Toni Garrido
  • Olodum
  • Célia Sampaio
  • Rogério Flausino
  • Pitty
  • CPM22
  • Supla & Inocentes
  • Luísa Sonza
  • Pedro Sampaio
  • Duda Beat
  • Di Ferrero
  • Matuê
  • Cabelinho
  • Karol Conká
  • AJULIACOSTA
  • Ebony
  • Gloria Groove
  • Priscilla
  • Luccas Carlos
  • Os Garotin
  • Dennis
  • Tília
  • Joelma
  • Jota.pê
  • João Gomes
  • Dona Onete
  • Zaynara
  • Gaby Amarantos
  • Ivete Sangalo
  • Ludmilla


Ambiental

O festival, neste ano, investiu em cuidado e incentivou o público a um olhar ao meio ambiente e às questões climáticas. O The Town não ficará somente na ação de criação do leilão para arrecadar recursos financeiros vai além, em uma ação inédita, continuará contribuindo para a melhoria do meio ambiente mesmo após o término do festival. Em parceria com o Instituto Socioambiental (ISA), será realizado o plantio e acompanhamento de uma área de floresta amazônica invadida há cerca de 55 anos, na Reserva Extrativista Rio Iriri, no Pará.

O Brasil se prepara para a COP30, que acontecerá no Pará, e vai reunir reflexões e propostas de melhorias para o meio ambiente, que sofre com o desmatamento e a falta de investimentos em qualidade ambiental no Brasil e em todo o mundo.A conferência reunirá líderes, especialistas, representantes de organizações internacionais e ativistas ambientais destacando a urgência de ações concretas para enfrentar a crise climática que impacta todo o planeta.