Semana de Moda de Copenhague se inicia nesta segunda-feira

Como parte de um ambicioso plano de ação de três anos, Copenhague se tornou a primeira grande Semana de Moda a assegurar que suas marcas levassem a sustentabilidade em conta, tornando-se a mais sustentável do mundo.

Copenhague inova e se consagra como referência em moda sustentável

Começa na segunda-feira (5), mais uma edição da semana de moda de Copenhague, que vai até sexta-feira (9) de agosto e tem despertado cada vez mais a atenção da indústria da moda. Não é uma fashion week como outras: isso ocorre porque o evento segue os requisitos mínimos de sustentabilidade, exigidos para todas as marcas que desejam expor. A partir desta estação, novas regras foram introduzidas, incentivando as empresas a adotarem práticas menos impactantes no ambiente de trabalho, desde a produção até a comercialização, e também incentivando a igualdade e diversidade no ambiente de trabalho.

O primeiro passo é diminuir o impacto ambiental da semana de moda em si. Todas as emissões operacionais de carbono são proibidas.


Evento sustentável do mundo da moda (Foto: reprodução/Instagram/@voguebrasil)

A segunda etapa mais intricada da estratégia consiste em implementar políticas de sustentabilidade rigorosas para todas as empresas. No final de 2023, na Semana de Moda de Copenhague garantiu que seus estilistas cumprissem 17 requisitos mínimos, incluindo a utilização de pelo menos 50% de tecidos orgânicos certificados, reciclados ou reutilizados em todas as coleções, além da utilização de embalagens sustentáveis e cenografia sem desperdício durante os desfiles.


Desfile sustentável em Copenhague (Foto: reprodução/Instagram/@voguebrasil)

Durante o desfile

A grife dinamarquesa Carcel, que usa materiais naturais e emprega mulheres presas no Peru e na Tailândia para fazer suas peças de vestuário, fez sua estreia na Copenhague Fashion Week. Rejeitando o formato tradicional da passarela, a grife não exibiu nenhuma peça de roupa, preferindo uma instalação de vídeo para destacar os principais problemas da indústria. No final do desfile, os convidados foram chamados à passarela para enfatizar o papel que devem desempenhar na realização de mudanças reais.

Floresta na Amazônia registra pior cenário de incêndios florestais em 20 anos

A Amazônia brasileira sofreu os incêndios florestais mais graves em 20 anos, com 13.489 focos registrados durante o primeiro semestre do ano, conforme dados de satélite divulgados nesta segunda-feira (01). Foram registrados um aumento de 61% dos focos de incêndio em comparação aos dados de 2023.

O Inpe, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, disse que a floresta amazônica teve um resultado superior de focos de incêndios apenas em 2003 e 2004.

Desmatamento na Amazônia

De acordo com dados do Inpe mostram que o desmatamento diminuiu 1.525 km ante os 2.649 km registrados no primeiro semestre de 2022, uma queda de 42 km no período de 1º de janeiro a 21 de junho.

O governo Lula prometeu reduzir o desmatamento ilegal na Amazônia até 2030, uma resposta ao aumento significativo durante o governo de Jair Bolsonaro.

Causas do incêndio

O representante brasileiro do Greenpeace, Rômulo Batista, disse que o aumento dos incêndios na Amazônia foi causado principalmente pela seca extrema que ocorreu no ano passado. As alterações climáticas são um grande fator deste aumento, como enfatizou.

O especialista diz que os incêndios são geralmente causados ​​​​pelo homem para expandir as atividades agrícolas, sendo que a maioria deles não são incêndios espontâneos.


Vista aérea de uma queimada na floresta amazônica em 2022 (Foto: Reprodução/Douglas Magno/Getty Images Embed)


Cenário preocupante em outro bioma

O Pantanal também vive um cenário dramático. Junho registrou o pior incêndio florestal em 26 anos na região. A estação seca do centro-oeste do país está causando danos à fauna e à flora. Geralmente, este período do ano já é seco, mas houve um aumento na atividade de incêndios na seca, o que também tem relação com o fenômeno El Niño.

A fumaça é um grande problema para os moradores da região, pode causar danos aos animais e à vegetação, além de problemas respiratórios. A área devastada aumentou quase 20 vezes em 2024, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Protestos em Bruxelas contra Acordo Verde são realizados por agricultores

Agricultores realizaram uma manifestação com tratores em Bruxelas, capital da Bélgica, contra as políticas ambientais da União Europeia, nesta terça-feira (04). Contudo, os principais grupos agrícolas do continente não reconheceram a ação e alegaram que faltou clareza sobre a preocupação dos participantes.

As políticas verdes da União Europeia desagradaram um grupo de agricultores os quais reuniram em Bruxelas pessoas de diversas partes da Europa, incluindo Holanda, Alemanha, Polônia e Bélgica. 

De acordo com os organizadores da manifestação, as ações da UE dificultam a competitividade dos agricultores da Europa. Os manifestantes pretendem mudar o Acordo Verde Europeu.

Toda a movimentação acontece dois dias antes do início da eleição para o Parlamento Europeu, que terminará no dia 9 de junho. Organizado pelo grupo lobby holandês Força de Defesa dos Agricultores, a manifestação é apoiada por grupos de direita e extrema direita. 

Manifestações de agricultores europeus pela Europa

Bruxelas já havia passado por manifestações de agricultores durante uma importante reunião do bloco europeu, que decidia sobre um novo financiamento para a Ucrânia, no início de fevereiro. 

Na ocasião, os manifestantes atiraram ovos no Parlamento Europeu e provocaram incêndios perto de edifícios para mostrar descontentamento com impostos, políticas verdes e concorrência que acreditam ser desleal comparadas ao exterior.


Trator em manifestação (Foto: reprodução/Thierry Monasse/Getty Images embed)


Outras manifestações de agricultores contra as políticas verdes também foram promovidas em vários países da Europa, como França, Espanha, Alemanha, Itália, Romênia, Grécia, Polônia e Portugal. 

Os agricultores alegam também que preços dos alimentos estão baixos e que importações baratas são obstáculos para eles.

Acordo Verde Europeu

O Acordo Verde Europeu coloca restrições à agropecuária europeia com o objetivo de minimizar as mudanças climáticas. O conjunto de medidas pretende zerar as emissões de gases de efeito estufa até 2050 para limpar a sua economia.

A União Europeia quer investir em fontes de energia renovável e promover agricultura com menos emissões desses gases. A agricultura é responsável por aproximadamente 10% da emissão de gases do efeito estufa na União Europeia através do gado e fertilizantes, por exemplo. 

Recorde de queimadas em 2024: Brasil registra mais de 17 mil focos

O Brasil enfrenta uma crise de queimadas em 2024, com um recorde de mais de 17 mil focos de incêndio registrados até o final de abril. Esses números superam o pior quadrimestre já registrado no país, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados nesta terça-feira (30).

Os estados mais afetados são Roraima e Mato Grosso, que lideram o ranking com 4.609 e 4.122 queimadas, respectivamente. Isso representa um aumento de 81% em relação ao mesmo período de 2023. O acúmulo de focos de incêndio de janeiro a abril deste ano supera até mesmo o registrado em 2003, que era considerado o pior quadrimestre da série histórica.

Os biomas mais atingidos são a Amazônia, o Cerrado e a Mata Atlântica. A Amazônia, em particular, registrou 8.969 queimadas, o que representa mais da metade do total de incêndios.


Agente do Prevfogo responsável por auxiliar o Corpo de Bombeiros (Foto: reprodução/Ibama/Prevfogo)

Dados do Inpe

De acordo com fontes do Inpe, a combinação de fatores climáticos e ação humana tem impulsionado esses números alarmantes. O fenômeno climático El Niño, que causa aumento de temperatura sobre o continente e redução de chuvas, tem contribuído para as condições propícias para as queimadas, especialmente na região norte da Amazônia.

O recorde que observamos está relacionado com a ocorrência do fenômeno El Niño, que é o aquecimento do Oceano Pacífico, causando aumento de temperatura em cima do continente e diminuição de chuva, especialmente na fração norte da Amazônia, ao norte do Equador”, disse.

Luiz Aragão, pesquisador do Inpe

Além disso, a ação humana, incluindo o desmatamento e o uso do fogo para manejo de áreas já desmatadas, é apontada como uma das principais causas das queimadas. Aragão ressalta que “a ação humana é a fonte de ignição para o fogo na Amazônia. A Amazônia normalmente não queima sem a ação humana“.

Intervenções locais

Apesar das medidas adotadas pelos governos estaduais, como aumento do efetivo de combate e decretação de prazos ampliados para o período proibitivo de uso do fogo, as queimadas continuam a crescer. Roraima e Mato Grosso, apesar de liderarem o número de queimadas, têm registrado uma trajetória descendente nos últimos meses.

O Governo Federal também tem sido acionado para auxiliar no combate às queimadas, especialmente em áreas de competência da União, como áreas indígenas e unidades de conservação.

Crise climática desencadeia maior branqueamento de corais na história

O atual fenômeno de branqueamento em massa está representando um sério desafio para os recifes de corais em todo o mundo. Este fenômeno é impulsionado pelo aumento sem precedentes das temperaturas oceânicas devido à crise climática.

De acordo com relatórios recentes da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) e da Iniciativa Internacional do Recife de Coral (ICRI), mais de 54% dos recifes de corais foram afetados no ano passado, afetando mais de 53 países e territórios em áreas como o Oceano Atlântico, Pacífico e Índico.

Quando expostos a esse estresse térmico, os corais acabam expelindo as algas simbióticas que lhes conferem cor e energia. Se as temperaturas não retornarem ao normal, esse branqueamento pode levar a uma devastadora perda de corais, ameaçando toda uma série de espécies e cadeias alimentares dependentes deles.

Branqueamento mundial

O quarto branqueamento global registrado e o segundo nesta última década são representados por este evento. As áreas afetadas abrangem desde a Flórida até o Caribe, México, Brasil, Austrália e várias regiões do Pacífico, Mar Vermelho e Oceano Índico.


Em 2023 mais de 54% das áreas de recifes de corais ao redor do mundo experienciaram o branqueamento (Fotografia: Reprodução/Agência Bori/UFRN)

Os cientistas, como o professor Ove Hoegh-Guldberg, que previu esse evento há meses, expressam preocupação com a rapidez e a magnitude das mudanças de temperatura. O aumento contínuo das temperaturas do oceano é alarmante, especialmente considerando que os últimos 12 meses têm sido os mais quentes já registrados.

Efeitos do La Ninã

Esperava-se que o fenômeno climático La Niña, que geralmente resfria as temperaturas globais, pudesse oferecer alguma ajuda. Entretanto, os eventos de branqueamento persistiram mesmo durante períodos recentes de La Niña. A situação reveste-se de especial preocupação para o próximo verão no Caribe e na Flórida, onde um aquecimento adicional poderia ter consequências catastróficas.

A magnitude do impacto torna-se evidente na Grande Barreira de Corais da Austrália, onde um extenso branqueamento foi recentemente confirmado. Isso serve como um lembrete vívido de como as mudanças climáticas estão pressionando os limites de tolerância dos recifes de coral em todo o mundo.

Advertências da ONU

A urgência de ações para evitar um futuro desastroso é destacada pelas advertências das Nações Unidas sobre as emissões de carbono e os potenciais aumentos de temperatura. É crucial reduzir drasticamente as emissões de carbono, assim como realizar uma gestão eficaz dos recifes de corais em níveis local e regional.

Relatório aponta que desmatamento de florestas no Brasil diminuiu em 36% 

A organização Global Forest Watch (GFW) divulgou nessa quinta-feira (04) um estudo que revela que o Brasil diminuiu em 36% a perda de floresta nativa e primária em 2023. Esse número representa o nível mais baixo que o país já atingiu desde 2015, porém, apesar de positivo, o Brasil continua sendo o que mais apresenta perda florestal anual. 

A Colômbia foi a que demonstrou o resultado mais satisfatório no mundo, com diminuição de 49%, a instituição atribui isso às medidas aprovadas pelo presidente Gustavo Petro. Em compensação, Bolívia e Laos tiveram os maiores aumentos, com 27% e 47% respectivamente, sendo seguidos por Peru, Malásia, Indonésia, Camarões e República Democrática do Congo. 


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Queimada na floresta Amazônica (Foto: reprodução/MICHAEL DANTAS/AFP/Getty Images Embed)


Cerrado e Pantanal

Ainda segundo o relatório, os biomas do Cerrado e Pantanal são os que mais sofrem com o desmatamento e vêm registrando aumento. O Pantanal pela seca e princípios de queimadas, e o Cerrado por ser o centro da agricultura do Brasil, ocasionando desflorestamento da mata.


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Presidente Lula discursando em evento da ONU (Foto: reprodução/Spencer Platt/Getty Images Embed)


A Amazônia é o principal ecossistema com números de queda, segundo o governo brasileiro, a redução é de 22,4% no período de agosto de 2022 a julho de 2023, já o estudo afirma uma redução de 39%.

Mudanças relacionadas ao governo

A GFW explica que essa mudança em solo brasileiro se deve às ações realizadas pelo governo e presidente Luís Inácio da Silva Lula. O documento aponta que entre os atos estão as anulações de medidas e maior reforço em fiscalização na fauna, tudo isso auxilia no menor impacto e danos ao ambiente, proporcionado resultados positivos na Amazônia.  

É esperado que esses dados possam melhorar em 2024, mas para a entidade, o mundo não conseguirá cumprir a meta de zerar o desmatamento até 2030 estabelecida na Declaração dos Líderes de Glasgow (COP26). 

França aprova medidas contra fast fashion

Projeto de lei francês, aprovado quinta-feira (14) por deputados aliados de Emmanuel Macron, visa tornar empresas com característica ultra fast fashion, como a Shein, menos atrativas para o público. A proposta foi agora encaminhada para o senado francês para uma última votação, na qual, se aprovada, entrará em vigor até 2030 visando diminuir impactos ambientais pela indústria têxtil.

Ultra fast fashion

De acordo com Anne Cécile Violland, deputada francesa, a indústria têxtil é a mais poluente do planeta, possuindo sozinha 10% das emissões de gases com efeito estufa emitidas no mundo. Dito isso, uma das maiores protagonistas dessa contribuição está sendo a Shein, empresa chinesa de vestuário com características fast fashion.


Trabalhadores chineses da indústria têxtil (reprodução/Getty Images Embed)


Para esse termo, temos a definição de produção super veloz de vestuário, fazendo com que muitas peças sejam consideradas descartáveis. Porém, dado a rapidez e crescimento dessa indústria, hoje já temos a evolução do mesmo termo para uma “ultra” fast fashion, ou seja, uma produção de moda ultramante rápida.

Impacto ambiental

Um perfil bastante importante da ultra fast fashion, é potencial descartável da mesma. O ministro francês da ecologia diz que, se o esse projeto de lei for aprovado pelo senado, a França se tornará o primeiro país a controlar o abuso ecológico da ultra fast fashion.

O projeto de lei citado nessa matéria, visa taxar as peças de vestuário em € 10 (R$ 54 BRL) de forma gradativa até 2030, além de proibir a publicidade dos produtos mais baratos, combatendo assim os danos ambientais.

Franceses contra chineses

Durante muito tempo, o mercado de moda foi dominado por marcas de luxo como Louis Vuitton e Chanel. Entretanto, com a vinda das gigantes chinesas entrando na competição como a Shein e a Temu, as tradicionais empresas francesas de vestuário vieram perdendo espaço na indústria têxtil.

Alckmin diz que Toyota deverá investir R$ 11 bilhões no Brasil nos próximos anos

Nesta último domingo (03), o vice-presidente do Brasil e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin (PSB), revelou que a Toyota deve fazer um anúncio na terça-feira sobre futuros investimentos no país. Um dado citado foi o de que a multinacional japonesa deve trazer R$ 11 bilhões durante os “próximos anos“.

Na terça-feira, em Sorocaba […] a Toyota anunciará investimento de 11 bilhões de reais no país nos próximos anos,” escreveu Alckmin no X, antigo Twitter.

Até o momento, a empresa afirmou que “não comenta sobre possíveis/eventuais planos futuros”, mas tudo indica que o anuncio deve ser realizado na sua fábrica de automóveis em Sorocaba (SP). O investimento é significativo, e poderá acompanhar a criação de 2 mil novos empregos, indicando a opinião positiva de investidores sobre esse setor da economia brasileira.



Governo brasileiro

O vice-presidente atribuiu a nova notícia como resultado dos programas governamentais Mobilidade Verde e Inovação (Mover) e Combustível do Futuro – iniciativas que visam aumentar a qualidade do combustível nacional e moderar o seu impacto no meio-ambiente – e das decisões econômicas do governo do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com respeito à sustentabilidade.

A Toyota está no Brasil há 66 anos e vem contribuindo enormemente para o adensamento das nossas cadeias produtivas,” disse Alckmin. “Seu anúncio é uma demonstração clara da confiança dessa grande empresa japonesa em nossa economia.

Setor automotor

Em fevereiro deste ano, o presidente Lula também já se encontrou com o presidente do Grupo Hyundai Motor, Eui-Sun Chung, momento em que a empresa sul-coreana anunciou US$ 1,1 bilhão em investimentos no Brasil até 2032. Somados com outros investimentos da Renault, Volkswagen, e General Motors, fica claro o forte poder de atração que as políticas atuais sobre o setor tem surtido algum efeito.

Até 2029, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) determinou em uma pesquisa que o setor brasileiro deverá receber mais de R$ 100 bilhões, contabilizando uma quantia importante para realizar a planejada “reindustrialização” e “descarbonização” do setor automotivo.

Operação conjunta da PF e Ibama resgata animais traficados para África

No último sábado (24) a Polícia Federal e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais(Ibama) concluíram a repatriação de 12 araras-azuis-de-lear e 17 micos-leões-dourados apreendidos no país de Togo, pertencente à África. Os animais nativos da fauna brasileira foram localizados no dia 13 de fevereiro em Lomé, capital do Togo.

Os policiais locais da costa africana abordaram os criminosos que estavam em um barco em posse dos animais no dia 12 de fevereiro. O veleiro com bandeira brasileira era tripulado por quatro homens: um uruguaio, um surinamês, um brasileiro e um togolês. Todos foram presos em flagrante.

As araras-azuis-de-lear e os micos-leões-dourados ficaram na sede da Embaixada do Brasil, em Lomé. No dia 19 uma equipe de dois servidores do Ibama e uma veterinária foram ao Togo para garantir a sobrevivência dos animais. Três dias depois, policiais federais e funcionários do Ibama chegaram ao país para providenciar o retorno dos animais ao Brasil. 

O país de Togo é signatário da Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (Cites). Os animais já desembarcaram no Brasil. Os micos-leões ficaram no Rio de Janeiro, e as araras seguiram para São Paulo.


Araras-azuis-de-lear apreendidas no Togo e repatriadas para o Brasil (reprodução/Folha de São Paulo/Polícia Federal)

Operação Akpé

Segundo a Polícia Federal, os animais estavam debilitados, desnutridos, estressados, intoxicados e com óleo de motor na pelagem e nas penas. 

Após o resgate, o Ibama avalia a possibilidade de colocar anilhas para marcação das aves. Os micos receberão microchips.

O nome da operação, Akpé, significa obrigado na língua local, e foi escolhido como agradecimento às autoridades do Togo que cooperaram com a repatriação.

Outros casos recentes envolvendo araras e micos brasileiros

No dia 2 de fevereiro, duas ucranianas foram presas ao tentar sair do Brasil com ovos de arara-azul-de-lear. Os policiais encontraram com elas uma estufa contendo seis ovos intactos. 

Segundo a Polícia Rodoviária Federal(PRF), as mulheres admitiram que o destino dos ovos das aves nativas seria o Suriname, onde seriam vendidos.

Em julho do ano passado, outras 29 araras-azuis-de-lear e sete micos-leões-dourados foram apreendidos no Suriname. Porém, parte das aves foi roubada antes da repatriação. Apenas cinco araras junto com os sete micos foram trazidos de volta ao Brasil, após resgate realizado por uma equipe formada por veterinários e policiais federais.