Floresta na Amazônia registra pior cenário de incêndios florestais em 20 anos

Ana Livia Menezes Por Ana Livia Menezes
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Foto Destaque: Queimada ilegal na Amazônia (Reprodução/AFP)

A Amazônia brasileira sofreu os incêndios florestais mais graves em 20 anos, com 13.489 focos registrados durante o primeiro semestre do ano, conforme dados de satélite divulgados nesta segunda-feira (01). Foram registrados um aumento de 61% dos focos de incêndio em comparação aos dados de 2023.

O Inpe, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, disse que a floresta amazônica teve um resultado superior de focos de incêndios apenas em 2003 e 2004.

Desmatamento na Amazônia

De acordo com dados do Inpe mostram que o desmatamento diminuiu 1.525 km ante os 2.649 km registrados no primeiro semestre de 2022, uma queda de 42 km no período de 1º de janeiro a 21 de junho.

O governo Lula prometeu reduzir o desmatamento ilegal na Amazônia até 2030, uma resposta ao aumento significativo durante o governo de Jair Bolsonaro.

Causas do incêndio

O representante brasileiro do Greenpeace, Rômulo Batista, disse que o aumento dos incêndios na Amazônia foi causado principalmente pela seca extrema que ocorreu no ano passado. As alterações climáticas são um grande fator deste aumento, como enfatizou.

O especialista diz que os incêndios são geralmente causados ​​​​pelo homem para expandir as atividades agrícolas, sendo que a maioria deles não são incêndios espontâneos.


Vista aérea de uma queimada na floresta amazônica em 2022 (Foto: Reprodução/Douglas Magno/Getty Images Embed)


Cenário preocupante em outro bioma

O Pantanal também vive um cenário dramático. Junho registrou o pior incêndio florestal em 26 anos na região. A estação seca do centro-oeste do país está causando danos à fauna e à flora. Geralmente, este período do ano já é seco, mas houve um aumento na atividade de incêndios na seca, o que também tem relação com o fenômeno El Niño.

A fumaça é um grande problema para os moradores da região, pode causar danos aos animais e à vegetação, além de problemas respiratórios. A área devastada aumentou quase 20 vezes em 2024, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

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