Michelle Bolsonaro nega disputar Presidência em 2026

Neste sábado (27), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) afirmou que não deseja ser presidente do Brasil. Assim, durante um evento do Partido Liberal Mulher em Ji-Paraná (RO), ela declarou que pretende voltar a ocupar o papel de primeira-dama. Michelle ressaltou que a prioridade do partido é eleger o maior número de parlamentares em 2026.

Em seu discurso, Michelle defendeu Jair Bolsonaro e criticou o Poder Judiciário do Brasil. Ela classificou a prisão domiciliar do marido como “ditadura judicial” e prometeu ser sua voz em todo o território nacional.

Críticas ao Judiciário e cenário eleitoral

Michelle alegou que Bolsonaro teve seus direitos violados e sempre defendeu a democracia brasileira. Também acusou a Justiça de perseguir o ex-presidente, condenado a 27 anos por tentativa de golpe. Em entrevista recente ao The Telegraph, ela havia admitido estar pronta para uma candidatura em 2026, mas sem revelar para qual cargo. Sob esse ponto de vista, aliados a veem como possível nome ao Senado pelo Distrito Federal.


Tarcísio fala sobre enfrentar Lula (Vídeo: reprodução/YouTube/MetrópolesTV)

Em contrapartida, a pesquisa Genial/Quaest divulgada em 18 de setembro mostrou Lula da Silva (PT) liderando os cenários para 2026, com 33% das intenções de voto. Já Michelle apareceu em segundo lugar, com 18%, à frente de outros nomes da direita, incluindo Eduardo Bolsonaro e Tarcísio de Freitas. Ocasionalmente, Jair Bolsonaro, embora mencionado, está inelegível após condenações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Movimentos políticos e concorrência

Anteriormente, Michelle também foi cogitada como vice em uma chapa de Tarcísio de Freitas. Em sondagens, ela superou os filhos de Bolsonaro e empatou com o governador paulista. Enquanto isso, Lula sinalizou que pode disputar novamente a Presidência do Brasil no próximo ano. Ele disse que a decisão dependerá de sua saúde e energia até lá. Ainda segundo o petista, o campo da extrema-direita não voltará a comandar o país nos próximos anos.

Michelle Bolsonaro se mostra disposta a concorrer a cargos políticos em 2026

Em uma entrevista ao periódico britânico The Telegraph, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro indicou que está preparada para assumir uma eventual candidatura política nas eleições de 2026. A declaração, veiculada nesta quarta-feira, ocorre em meio a especulações sobre seu futuro político, com seu nome sendo cogitado tanto para o Senado Federal quanto para a disputa presidencial:

“Vou me erguer como uma leoa para defender nossos valores conservadores, a verdade e a justiça”, afirmou Michelle. Ela vinculou sua decisão a um propósito divino, reiterando seu compromisso com a base de apoio de seu marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro. “Se, para cumprir a vontade de Deus, seja necessário assumir uma candidatura política, estarei pronta para o que quer que ele peça a mim”, continuou.

Michelle Bolsonaro critica decisão do STF

A entrevista também serviu de plataforma para que a ex-primeira-dama defendesse seu marido, condenado por sua participação em uma suposta trama golpista. Michelle Bolsonaro descreveu a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal como uma “farsa judiciária” e alegou que as acusações contra Bolsonaro são “fabricadas” para mascarar o que ela chamou de “sérias violações” em curso no Brasil. Segundo ela, as acusações expõem, na verdade, as supostas irregularidades que ocorrem no país.

A ex-primeira-dama também comentou a atual situação do ex-presidente, que cumpre pena em prisão domiciliar. Michelle destacou que sua prioridade, neste momento, é cuidar de sua família:

O objetivo é fazer com que a perseguição e humilhação infligida a nós, conservadores, não destrua minha família ou as de muitos outros que são injustamente atingidos por essa perseguição covarde”, disse ela.


Matéria sobre a entrevista de Michelle Bolsonaro onde ela afirma que está pronta para eleições de 2026 (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)

Michelle responsabiliza Lula e Moraes por sanções dos EUA

Na conversa com o jornal britânico, Michelle Bolsonaro ainda abordou as sanções impostas por Donald Trump a autoridades brasileiras. Ela sugeriu que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva estaria deliberadamente provocando o caos no país para, então, culpar o presidente americano: “Nós não desejamos sanções para o Brasil, mas não temos influência sobre os Estados Unidos”, declarou.

Ao final, Michelle apontou o presidente Lula e o ministro do STF Alexandre de Moraes como os verdadeiros responsáveis pela crise que, segundo ela, culminou nas sanções. A ex-primeira-dama encerrou sua fala reforçando a visão de que as ações desses dois líderes foram a causa das medidas punitivas, isentando a responsabilidade da oposição brasileira sobre a situação. As falas de Michelle reforçam sua presença no cenário político e indicam uma postura combativa para os próximos anos.

Michelle relata revista em fusca por suspeita de fuga de Bolsonaro

Na terça-feira (9), em Brasília, Michelle Bolsonaro afirmou que seu carro foi inspecionado por suspeita de esconder Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar. A ex-primeira-dama relatou que o fusca passou por uma vistoria na oficina e houve a suspeita de que o compartimento dianteiro estivesse sendo usado para esconder o ex-presidente em uma possível fuga.

A checagem ocorreu dentro das determinações do ministro Alexandre de Moraes, que ordenou monitoramento permanente da casa de Bolsonaro. A decisão busca evitar qualquer manobra que possa desrespeitar a prisão decretada após as investigações sobre sua participação na tentativa de golpe.

Inspeção no fusca e reação nas redes

Segundo Michelle, os agentes revistaram detalhadamente o fusca da família após levantarem a hipótese de que Bolsonaro poderia estar escondido no pequeno compartimento dianteiro, onde geralmente se guarda o estepe. A ex-primeira-dama relatou o episódio em suas redes sociais e ironizou a situação, questionando se realmente alguém acreditava que um homem de 1,85m caberia naquele espaço apertado e improvável.


Publicação de Michelle Bolsonaro (Vídeo: Reprodução/Instagram/@partidoliberalmulher/@valdemarcostaoficial/@michellebolsonaro)


A ex-primeira-dama ainda afirmou que, do jeito que as coisas estão, em breve poderiam pedir para revistar até o porta-luvas. A postagem gerou grande repercussão, dividindo opiniões entre apoiadores, que criticaram o excesso de rigor, e opositores, que defenderam o monitoramento rígido da prisão domiciliar.

Julgamento da trama golpista avança no STF

Enquanto o episódio tomava conta das redes, o Supremo Tribunal Federal deu continuidade ao julgamento de Bolsonaro e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado. Na sessão de terça-feira, os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino votaram pela condenação dos acusados.

Com o placar em 2 a 0, a atenção agora se volta ao voto do ministro Luiz Fux, que será apresentado nesta quarta-feira (10). Advogados de defesa enxergam nele a possibilidade de divergência que pode abrir caminho para levar o caso ao plenário, o que pode alterar o rumo do julgamento.

Michelle Bolsonaro se pronuncia após prisão domiciliar de Jair Bolsonaro

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na última segunda-feira (4) a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A medida foi motivada pelo descumprimento de obrigações judiciais impostas em etapas anteriores do processo. A decisão amplia as restrições anteriormente aplicadas, como o uso de tornozeleira eletrônica. A prisão domiciliar inclui agora a proibição de saídas e de receber visitas.

Restrição integral de liberdade

Com a nova determinação, Jair Bolsonaro está impedido de deixar sua residência em qualquer horário, inclusive nos finais de semana. Também está vetado de manter contato presencial com terceiros, salvo por autorização judicial. As medidas substituem o regime anterior, que permitia circulação diurna em dias úteis. Moraes considerou que o ex-presidente infringiu obrigações anteriormente fixadas.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro se manifestou horas após a divulgação da ordem de prisão. Pelo Instagram, ela compartilhou um versículo bíblico, em tom de confiança espiritual diante da decisão judicial. “E os céus anunciarão a sua justiça; pois Deus mesmo é o Juiz”, publicou. A postagem foi feita nos stories, sem comentários adicionais. Michelle tem adotado posicionamentos públicos pontuais desde o avanço das investigações contra Bolsonaro.


Post feito por Michelle após prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (Foto: reprodução/Instagram/@michellebolsonaro)


Clima de tensão no campo político

Aliados do ex-presidente consideram que a decisão tende a intensificar o clima de tensão entre seus apoiadores e o Poder Judiciário. Deputados alinhados a Bolsonaro usaram as redes sociais para criticar a medida, chamando-a de “desproporcional”. Já integrantes do STF defendem que a ação segue critérios técnicos e jurídicos. A polarização no debate institucional continua intensa. A nova fase do inquérito deve incluir outras diligências ao longo dos próximos dias.

A prisão domiciliar de Jair Bolsonaro representa mais um capítulo de uma crise político-jurídica que se estende desde o fim de seu mandato. Com o aprofundamento das apurações, ex-integrantes do governo federal passaram a figurar entre os principais alvos das investigações conduzidas pelo STF. Ao mesmo tempo, cresce a expectativa por eventuais desdobramentos sobre outros aliados. O cenário segue instável e sob forte atenção institucional.

Polícia Federal encontra pen drive em banheiro de Bolsonaro

A Polícia Federal (PF), em cumprimento ao Mandado de Busca e Apreensão no dia de hoje (18/7), expedido pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, encontrou um pen drive no banheiro da residência do ex-presidente Jair Bolsonaro, em Brasília. Em coletiva realizada após colocar a tornozeleira eletrônica na sede da PF, Bolsonaro comentou que desconhece o dispositivo, mas vai questionar a esposa Michelle Bolsonaro se seria dela.

Operação da PF

O ex-presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, esteve na manhã de hoje, (18/7), na sede da Polícia Federal, para colocar a tornozeleira eletrônica, sendo esta, uma dentre a série de determinações estabelecidas pelo Ministro do STF, Alexandre de Moraes, a ele. Além disso, Bolsonaro deve ficar recolhido em seu domicílio, durante o período noturno, está proibido de falar com seu filho, Eduardo, e não poder utilizar redes sociais.

A polícia federal realizou, também na manhã de hoje, uma operação na residência do ex-presidente, e apreendeu um dispositivo pen drive, encontrado no banheiro, além de 14 mil dólares. Bolsonaro se diz surpreso com o fato, e afirma que nunca abriu um pen drive na vida, pois não tem nem lap top em sua residência, desconhecendo, portanto, o dispositivo eletrônico encontrado. Comentou, ainda, que está preocupado com essa situação: “(…) uma pessoa pediu para ir ao banheiro, e voltou com o pen drive na mão”.


Entrevista de Bolsonaro falando que desconhece o pen drive (vídeo: reprodução/X/@ValeriaBnews)

Defesa de Bolsonaro

Advogados de Bolsonaro consideram as medidas cautelares impostas a seu cliente severas, e se dizem surpresos e indignados, uma vez que Bolsonaro, até o presente momento, não se recusou a cumprir nenhuma ordem expedida pela justiça contra ele.

A operação da PF foi iniciada após o parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR), no curso da ação penal que está em trâmite na Suprema Corte Brasileira, em que o ex-presidente está sendo acusado da prática de alguns crimes contra a soberania nacional, como a tentativa de golpe de estado.

Michelle Bolsonaro é cotada como vice de Tarcísio para eleições de 2026

De olho nas eleições presidenciais de 2026, o Partido Republicanos (PR), encomendou uma pesquisa de opinião sobre possíveis candidatos em substituição ao ex-presidente Jair Bolsonaro. De acordo com a pesquisa, Michelle Bolsonaro é uma possível candidata a vice-presidente na chapa encabeçada pelo atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. 

A informação foi trazida na manhã desta quinta-feira (08), pela jornalista Brasília Rodrigues. e, conforme apuração, os dados serão apresentados a Tarcísio no próximo dia 19 de maio (2025), em convenção do partido. 

No cenário apresentado, a ex-primeira dama venceu na disputa de votos os filhos do ex-presidente, Eduardo e Flávio, aparecendo empatada com o governador de São Paulo. 

Coligação

De acordo com informações colhidas, os representantes do PR entendem que a ex-primeira dama valoriza a chapa, trazendo benefícios à candidatura de Tarcísio. Por esse motivo, não há possibilidade de um outro nome para concorrer à  vice-presidência nas eleições de 2026.

Caso a aposta nos dois candidatos seja efetivada, o Partido dos Republicanos (PR) fará uma coligação com o Partido Liberal (PL). Uma vez que Tarcísio de Freitas pertence à legenda e, Michelle Bolsonaro é líder do Partido Liberal Mulher.

Resistência

O atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, está relutante em assumir qualquer compromisso relacionado à sua candidatura à presidência da república pelo Partido Republicanos, do qual é filiado. A resistência do governador deve-se ao fato de que, ainda, não teve o aval do ex-presidente Jair Bolsonaro. 


Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil e Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo durante comício no Rio de Janeiro (Foto: reprodução/Mauro Pimentel /Getty Images Embed)


Em declarações, Tarcísio informou que aguardará o “sinal verde” de Bolsonaro até o mês de dezembro deste ano (2025). Caso não se concretize, o atual governador focará em sua reeleição ao governo do estado. 

O ex-presidente Jair Bolsonaro, que não poderá se candidatar, ainda não bateu o martelo sobre um possível substituto seu. Em 30 de junho de 2023, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou Bolsonaro inelegível por oito anos por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. 

Até as eleições presidenciais de 2026 muitas pesquisas e prováveis cenários se apresentarão ao povo brasileiro em todas as frentes ideológicas. Seja ela de direita ou esquerda política. 

Michelle Bolsonaro critica denúncia contra seu marido

Em entrevista ao site “O Antagonista”, a ex-primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro (PL) falou sobre a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados, alegando que as delações foram obtidas sob “tortura psicológica” e comparando a um “pau de arara do século XXI”. 

Michelle sugeriu que as acusações contra o ex-presidente seriam uma estratégia para desviar a atenção das “trapalhadas” do governo Lula e das anulações de penas da Lava Jato. Ela evitou confirmar sua possível candidatura ao Senado pelo Distrito Federal em 2026:

“As candidaturas só serão registradas em 2026. Tem muita coisa para acontecer daqui até lá. Ainda tenho muito tempo para decidir se serei e, se for, para qual cargo eu, eventualmente, seria candidata”.

Presidente do PL Mulher ataca métodos da PGR

Michelle Bolsonaro afirmou que a denúncia, que acusa o ex-presidente de liderar uma organização criminosa para perpetuar um golpe de estado após as eleições de 2022, se sustenta em relatos extraídos sob “ameaças e práticas que mais parecem tortura psicológica”.

A presidente do PL Mulher citou críticas de “juristas” e até de “nomes que sempre apoiaram a esquerda” ao documento da PGR, sem detalhar fontes. Para ela, o timing das investigações coincide com momentos de baixa popularidade do governo Lula:

“É estranho perceber que sempre que o governo Lula está encurralado, aparece algo relacionado ao presidente Bolsonaro para tentar desviar a atenção: é operação contra militares, são prisões de inocentes, é denúncia com roteiro de novela barata, etc. Essas coisas parecem surgir para tentar disfarçar as trapalhadas do governo ou, quem sabe, esconder as vergonhosas anulações das penas dos criminosos condenados na Lava-Jato”


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Michelle compartilha vídeo alegando ser “próximo alvo” da esquerda (Vídeo: Reprodução/Instagram/@michellebolsonaro)


A ex-primeira-dama defendeu a inocência do marido, afirmando que não há provas contra ele. A denúncia, de 272 páginas, aponta que Bolsonaro analisou e pediu ajustes em um plano que incluía a prisão de ministros do STF, como Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para intervir no TSE e reverter os resultados eleitorais de 2022.  

Acusação de plano para anular eleições 

A PGR denunciou Jair Bolsonaro por crimes como organização criminosa armada, golpe de Estado e tentativa de abolir o “Estado Democrático de Direito”. Segundo a investigação, o ex-presidente teria articulado um plano para usar as Forças Armadas como “poder moderador” e invalidar a vitória de Lula.

O documento menciona que Bolsonaro pediu a retirada dos nomes de Gilmar Mendes e Pacheco da minuta golpista, mas manteve a proposta de interferência no TSE. A defesa dos acusados têm até 6 de março para se manifestar perante o ministro Alexandre de Moraes, do STF.  

Michelle minimizou as acusações, alegando que o Judiciário está “fragilizado” e que os direitos fundamentais estão sendo “violados”. Ela também vinculou o caso a uma suposta perseguição política.

Questionada sobre uma possível candidatura ao Senado pelo Distrito Federal, Michelle fugiu do assunto. A ex-primeira-dama, comanda o PL Mulher, preferiu focar em sua atuação partidária e reforçar a narrativa de perseguição à família Bolsonaro. 

Mauro Cid diz que Michelle Bolsonaro ‘quase pirou’ ao ver a mudança no Palácio da Alvorada

De acordo com a delação premiada de Mauro Cid, a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, entrou em desespero ao ver a mudança sair do Palácio da Alvorada nos dias finais do mandato de Jair Bolsonaro.

Além disso, o ex-ajudante de ordens também afirmou que Michelle, em pânico, pediu que fosse tomada alguma medida diante da iminente saída de Bolsonaro do poder.

Ela falava pra gente fazer alguma coisa, tinha que fazer alguma coisa

Disse Cid em depoimento à Polícia Federal.


Depoimento de Mauro Cid acerca do envolvimento de Michelle Bolsonaro (Reprodução/Youtube/UOL)


Menção de outras pessoas

Além de Michelle Bolsonaro, os nomes de Eduardo Bolsonaro, Magno Malta, Onyx Lorenzoni, Gilson Machado e o general Mário Fernandes foram apontados como agentes que tentaram fazer com que a posse presidencial não fosse transferida de Bolsonaro.

Cid disse que o último citado, o general Mário Fernandes, era o que mais pressionava generais e militares a realizarem o golpe de estado.

Ele ia falar com generais, falava com o comandante do Exército, Freire Gomes, tentando convencê-los. Ele era muito ostensivo, escrevia nos grupos de WhatsApp militar sobre isso

Mauro Cid

Além disso, ele também afirmou que a insistência para o golpe era tanta que Fernandes quase foi punido pelo alto comando do exército.

O ex-ministro do turismo, Gilson Machado, teria sido um dos principais nomes a incentivar Bolsonaro a deixar o Brasil antes da posse do presidente Lula. Para isso, ele teria vazado informações para a imprensa com o objetivo de pressioná-lo e criar um conflito dentro do núcleo interno de contatos de Bolsonaro.

Bolsonaro Indiciado

O ex-presidente é investigado por supostamente pedir a emissão de um cartão de vacina falso para ele e para a filha, Laura Bolsonaro. O indiciamento foi feito com base em uma outra delação de Mauro Cid.

A Polícia Federal também indiciou Jair Bolsonaro pela venda ilegal de joias recebidas pelo governo brasileiro do governo saudita. De acordo com a legislação brasileira, estas joias deveriam ter sido incorporadas ao patrimônio da união.

Segundo as investigações, os bens teriam sido comercializados nos Estados Unidos. Desta forma, quando o caso veio a público, alguns aliados de Bolsonaro teriam tentado recomprar as joias e devolvê-las ao governo brasileiro.

Os itens recebidos por Bolsonaro como presente incluem um relógio Rolex de ouro branco, um anel, abotoaduras e um rosário islâmico.

Os dois casos se encontram em fase final de análise da Procuradoria Geral da República (PGR). O ex-presidente também é investigado por suspeita de envolvimento em uma trama golpista contra o estado democrático de direito. A Polícia Federal indiciou, em 2022, Bolsonaro e outras 39 pessoas no inquérito que investiga as conspirações.

O Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, tornou, nesta quinta-feira (20), públicos os depoimentos da delação premiada de Mauro Cid. O tenente-coronel firmou um acordo com a Polícia Federal, em que revelou informações comprometedoras acerca de Bolsonaro e seu círculo próximo.

PF afirma que desvio de joias de Bolsonaro pode ser maior que R$ 6,8 milhões

O relatório final do inquérito da Polícia Federal (PF), divulgado nesta segunda-feira (8), aponta um desvio de mais de R$ 6 milhões em presentes recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante viagens oficiais enquanto chefe de Estado. O documento revela que o dinheiro resultante dessas negociações foi repassado a Bolsonaro em espécie e foi usado para custear sua estadia nos EUA.

Caso das joias

A princípio, a PF havia informado em relatório que o desvio superava os R$ 25 milhões. A corporação se corrigiu ontem, informando que o valor correto é de R$ 6,8 milhões, um pouco mais de US$ 1,227 milhão. 

No entanto, este valor ainda é incompleto. Já que alguns itens, como abotoaduras, anéis e rosários de dois kits de joias que teriam sido desviados, ainda não foram analisados pela corporação. Além disso, as esculturas douradas de um barco e uma palmeira, assim como o relógio Patek Philippe, ainda não foram recuperados. Dessa forma, indica que o valor total será superior ao informado neste relatório.


Joias doadas pelo Governo Saudita a Bolsonaro e ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foram apreendidas pela Receita Federal (Foto: reprodução/Miguel SCHINCARIOL / AFP/Getty Images Embed)


O item de maior valor periciado é um conjunto de joias de brilhantes destinado à ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro. As joias, da marca suíça Chopard, foram recebidas pelo então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, na Arábia Saudita, e estavam na mochila de um assessor quando foram interceptadas na volta ao Brasil. O conjunto de joias composto por relógio, par de brincos, anel e colar prateado equivale a um valor total de US$ 1,015 milhão.

Uso de recursos ilícitos por Bolsonaro nos EUA

O relatório da PF indica que o dinheiro obtido com a venda das joias do acervo público retornou em espécie para o patrimônio de Bolsonaro, que teria usado esses recursos para custear suas despesas nos Estados Unidos.

“A utilização de dinheiro em espécie para pagamento de despesas cotidianas é uma das formas mais usuais para reintegrar o ‘dinheiro sujo’ à economia formal, com aparência lícita”

afirma o relatório da PF.

A informação é de que o ex-presidente viajou para solo norte-americano em 30 de dezembro, antes da posse do presidente Lula (PT), e ficou lá por três meses.

Casal Bolsonaro tem pedido de idenização contra Lula negado pela justiça

A juíza Gláucia Barbosa Rizzo da Silva negou, nesta terça-feira (2), um pedido realizado pelo ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) e por Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, onde era solicitada uma indenização e retratação do atual chefe de Estado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por falas a respeito do sumiço de móveis do Palácio da Alvorada. 

Extinguido 

A Justiça do Distrito Federal, representada pela juíza Gláucia Rizzo, arquivou o caso sob argumento que Lula não poderia ser pessoalmente responsabilizado pela ação, pois as falas aconteceram enquanto ele ocupava o cargo de chefe de estado e que os móveis eram patrimônio público, portanto, pertencentes à união.

“Assim, considerando que a suposta prática do ato diz respeito a bens públicos e que esta circunstância atrela as manifestações do requerido ao exercício do cargo reconheço, de ofício, sua ilegitimidade passiva. Eventual pretensão de indenização e retratação deverá ser exercida em desfavor do Estado (União Federal)”, afirmou ela. 

A juíza do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) também apontou que o ato do casal, que obteve insucesso na corrida presidencial, não é adequado aos juizados especiais cíveis, sendo assim, negando a indenização no valor de 20 mil reais e também o pedido de retratação pública.

Na ação movida, o casal Bolsonaro, afirmou que Lula convocou a imprensa, em janeiro do ano passado, para levantar suspeita em relação ao casal presidencial anterior e o paradeiro dos móveis da residência oficial do presidente. No total, 83 móveis. 

A magistrada afirmou que, ao tratar sobre a existência e conferência de móveis pertencentes ao Palácio da Alvorada, Lula está sendo acometido por palavras proferidas na condição de mandatário de cargo eletivo federal. 

“Nem poderia ser diferente, porque só o agente público teria acesso à conferência de tais bens – também públicos – e a possibilidade de sobre eles se manifestar, o que demonstra serem as alegações necessárias e intrinsecamente ligadas ao exercício do cargo”, relatou a juíza.

A Comissão de Inventário Anual da Presidência da República localizou todos os bens que estavam sem paradeiro definido em março. 

Motivações 

No início de 2023, após Lula ocupar o cargo de presidente da República, Janja da Silva, atual primeira-dama, afirmou que alguns móveis do Palácio da Alvorada não estavam sendo encontrados, deixando em aberto a possibilidade de suspeitas em relação ao governo anterior. Após a confirmação do paradeiro dos móveis, Michelle afirmou que sempre foi uma mentira e que a atual gestão já tinha ciência dos fatos.


Janja e Lula da Silva compartilharam sobre a situação no Instagram, entretanto, as postagens foram retiradas (Foto: reprodução/Instagram/@janjadasilva)

 O casal Bolsonaro entrou com ação na justiça em 22 de março contra o atual presidente Lula, alegando que o petista teria incorrido em “falsa comunicação de furto”, já a ex-primeira-dama Michelle, afirmou a existência de uma “cortina de fumaça”, termo comumente usado para ilustrar a tentativa de encobrir a realidade para ocultar um objetivo final, no governo Lula. 

Já o atual governo afirmou que a gestão do ex-presidente Bolsonaro era inexistente quanto ao manejo dos objetos. O ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação do governo federal, afirmou que a má gestão foi o motivo dos 261 itens não terem sido encontrados. 

Conforme o ministro, o número de 261 itens não é do governo atual, mas da gestão anterior, do nome da transição. No documento do governo anterior, consta a data de 4 de janeiro de 2023, que segundo ele, é um número informado por Jair Messias Bolsonaro.