TIG estreia com primeiro desfile em São Paulo

A marca brasileira TIG se prepara para realizar hoje, terça-feira (02) seu primeiro desfile. A apresentação estreia a coleção de Verão 2026 e marca uma nova era para a grife paulista. Com mais de duas décadas de existência, a marca passou recentemente por um reposicionamento, que criou uma aproximação maior com a Geração Z, aproximando a marca de um público mais jovem e conectado às tendências atuais. 

O desfile

No seu primeiro desfile, a TIG apresenta a coleção de Alto Verão, intitulada Burning Sunrise, que chega no formato see now, buy now, ou seja, as peças desfiladas já ficam disponíveis simultaneamente nas lojas físicas e no e-commerce. São cerca de 40 looks que revisitam o passado da marca sob uma perspectiva contemporânea, reunindo itens que já fazem parte do seu repertório, como jeans, T-shirts trabalhadas e peças resort.


Anúncio do desfile (Vídeo: reprodução/Instagram/@tigoficial)


A apresentação também introduz duas parcerias especiais, uma com Silfar e outra assinada por Andrea Almeida. A modelo Lívia Nunes, que vive uma fase de crescimento na moda brasileira e internacional, integra o casting de apresentação da nova coleção. A participação da jovem modelo ajuda a traduzir o novo olhar da TIG nessa etapa da sua trajetória.

História da marca

Criada em 2003 por Renata Figueiredo e Adriana de Mauro, a TIG cresceu como uma das marcas mais reconhecidas da moda brasileira. Ao longo dos anos, construiu uma identidade marcada por estampas exclusivas, modelagens bem trabalhadas e uma proposta estética que combina modernidade e frescor. As coleções acompanham o ritmo das consumidoras que gostam de renovar o guarda-roupa e buscam peças que traduzam um visual contemporâneo.

Além da criatividade, a TIG reforça seu compromisso com a produção nacional. Todas as etapas, desde a criação até o acabamento final, acontecem na própria fábrica da marca, o que garante controle total do processo e valoriza a mão de obra brasileira. Esse cuidado reflete a essência da grife, que veste mulheres que expressam sua feminilidade por meio de uma moda sofisticada, atual e conectada ao cenário local.

Maison Margiela e Miley Cyrus: marca lança primeira campanha com celebridade

Desde sua fundação, em 1988, por Martin Margiela, a Maison Margiela manteve um código rigoroso de anonimato, evitando entrevistas e rostos famosos em suas campanhas. Pela primeira vez sob a direção criativa de Glenn Martens, a grife belga apresenta sua campanha de Outono/Inverno 2025 estrelada pela cantora pop Miley Cyrus, em retratos assinados pelo fotógrafo Paolo Roversi.

A série de imagens mergulha a artista norte-americana em um clima intimista e carregado de simbolismo: em alguns cliques, Miley Cyrus surge com o corpo pintado de branco, essa arte busca fazer referência à técnica bianchetto introduzida em 1989, que aplica tinta sobre couro preto para depois revelar gradualmente a superfície escura. Nas composições, as icônicas e memoráveis botas Tabi pintadas equilibram tradição e ruptura, criando um jogo entre revelar e ocultar.

Miley como representante

Essa escolha de Miley Cyrus não surgiu por acaso: desde 2023, a artista já incorporava criações da maison em momentos marcantes, como na performance de “Used to Be Young”, no tapete vermelho do Grammy 2024 e na festa pós-Oscar em 2025. Agora, ela assume oficialmente o papel de rosto da marca, oficializando uma relação que conviveu discretamente nos bastidores.


Miley Cyrus para Maison Margiela (Foto: reprodução/Instagram/@masionmargiela)


Ao mesmo tempo, em que sinaliza uma abertura inédita ao trazer uma estrela global, a campanha mantém viva a essência enigmática da Maison Margiela. Em várias imagens, o rosto de Miley está encoberto por sombras ou tecidos, uma homenagem direta ao DNA discreto e coletivo que sempre guiou a casa.


Miley Cyrus para Maison Margiela (Foto: reprodução/Instagram/@masionmargiela)


Um caminho a traçar

Ao colocar uma estrela global no centro da narrativa, a grife não apenas celebra sua veia subversiva, mas também dá um passo estratégico rumo a colaborações multifacetadas. Esse movimento sinaliza um futuro em que Margiela poderá explorar edições limitadas com artistas de diferentes universos, instalações performáticas que mesclam moda e música ou até mesmo projetos digitais que joguem com a invisibilidade e o estrelato. Trata-se de um convite explícito para repensar o papel do criador, do rosto e do público, abrindo caminho para um diálogo vivo entre anonimato e projeção midiática.


Miley Cyrus para Maison Margiela (Foto: reprodução/Instagram/@masionmargiela)


Um momento que vale recordar é como a Maison Margiela vem sendo reconhecida pela nova geração por conta das botas Tabi. Em 1989, Martin Margiela reinterpretou essa silhueta nipônica ao criar a Tabi em couro, com biqueira dividida e salto confortável, evocando a impressão de um pé descalço apoiado em salto. Apresentada no desfile de primavera-verão da Maison Margiela, tornou-se uma peça de culto, reaparecendo em todas as coleções da grife e conquistando fashionistas ao redor do mundo pelo seu design vanguardista e subversivo.


Miley Cyrus para Maison Margiela (Foto: reprodução/Instagram/@masionmargiela)


Na campanha Outono/Inverno 2025, a bota Tabi aparece repaginada. Em forma de salto preto, a peça central que une a herança Margiela ao olhar contemporâneo de Glenn Martens. Em vários retratos de Paolo Roversi, Miley Cyrus calça o modelo clássico em couro preto com a biqueira bipartida bem evidente.

Victoria’s Secret anuncia edição do fashion show para 2025

Nesta terça-feira (29) a Victoria’s Secret anunciou o retorno do seu icônico desfile para 2025. O anúncio foi compartilhado nas redes sociais da marca onde mostrava somente metade do rosto de algumas modelos testando o microfone, com a voz de algumas angels, nome dado às modelos que desfilam pela marca, agitando o público para ver a nova edição do evento esse ano.

Retorno após sucesso

Em um vídeo compartilhado com a legenda: “Luz, câmera, angels: O Victoria Secret Fashion Show 2025 está retornando”, a marca fez o anúncio do retorno do desfile fashion, que marcou gerações, para esse ano.

Sem data definida no momento, o retorno do desfile é fruto do sucesso que o fashion show de 2024 teve, após um hiatus de 6 anos. O local, as modelos e as atrações musicais também não foram reveladas até o momento. 


Em vídeo compartilhado nas redes, as icônicas angels estrelam o anúncio da edição de 2025. (Vídeo: reprodução/Instagram/@victoriassecret)


A edição de 2024 foi marcante com o retorno do modelo tradicional do fashion show, que se tornou icônico no mundo da moda e na cultura pop, mas também porque contou com a presença de grandes nomes que trouxeram a nostalgia, mas o poder do desfile para o novo público, como a cantora Cher, as modelos Gigi Hadid, Adriana Lima e Kate Moss, e pela presença de representatividade nas passarelas.

Polêmicas do desfile

O Victoria’s Secret teve um hiatus de 6 anos, sendo a última edição em 2018 que registrou uma baixa audiência. O hiatus veio após a queda da popularidade do desfile e também pelas críticas do público. As críticas foram sobre a falta de representativa e a idealização de padrões de beleza inalcançáveis que eram exibidos nas passarelas com as modelos e os figurinos, além de acusar o modelo do desfile de ser sexista e machista. 

No seu retorno em 2024, a marca prometeu que todos os tipos de corpos e padrões de beleza seriam representados, com presença de modelos plus size na passarela e linhas de roupas com uma variedade de tamanhos. 

Schiaparelli mistura arte e ilusão com vestido escultural e colar pulsante na alta-costura

Na abertura da semana de alta-costura de Paris, a Schiaparelli apresentou sua coleção de outono/inverno 2025-2026. Nesta segunda-feira (07), a coleção foi apresentada na capital da moda e chamou atenção. Sob direção criativa de Daniel Roseberry, a grife apostou em peças esculturais, efeitos de ilusão de ótica e referências ao surrealismo, como um vestido com relevo de corpo humano e um colar com coração que simula batimentos. 

Ousadia da Schiaparelli 

O maior destaque do desfile ficou por conta um vestido vermelho de estrutura escultural, que atraiu olhares pela parte de trás da peça. Moldado com precisão, para simular o relevo do corpo humano, o vestido contava com contornos de seios, abdômen e costelas perfeitamente esculpidos. A fidelidade dos detalhes da peça com as curvas do corpo humano geram a ilusão de óptica de que a modelo está andando de costas na passarela. 


Vestido destaque do desfile da Schiaparelli (Foto: reprodução/Instagram/@danielroseberry)

A peça destaca a ousadia sempre presente nas obras de Daniel Roseberry, diretor criativo da maison. Reforçando o diálogo da grife com o surrealismo, o desfile comandado por Roseberry ajuda a reafirmar o DNA artístico, provocativo e inovador da marca. A coleção também reafirma o corpo como elemento central da narrativa visual da Schiaparelli, explorando seus contornos com precisão quase anatômica.

Clássico de Salvador Dalí

A composição do visual contou ainda com um elemento cerne na coleção: “Royal Heart”, o coração de Salvador Dalí. O mestre do surrealismo, como é conhecido, fez a joia em 1953 em ouro e com 46 rubis, 42 diamantes, esmeraldas e pérolas. O acessório simula batimentos cardíacos em tempo real, o que conversa diretamente com a proposta do vestido: simular o corpo humano. A peça chamou atenção não só pelo realismo, mas também pela fusão entre arte clássica e tecnologia contemporânea.

A coleção mantém o corpo como protagonista, explorando seus contornos com precisão quase anatômica. Cada look é um equilíbrio entre fantasia e técnica, consolidando a Schiaparelli como uma das grifes mais ousadas da alta-costura. Elementos como luxo, performance e inovação se encontram na joia que revisita o passado com uma pegada futurista e provocadora. 

Marc Jacobs apresenta coleção de inverno 2026 em NY

Nesta segunda-feira (30), a Biblioteca Pública de Nova York foi testemunha de mais um lançamento extravagante que carrega a identidade única e exagerada de Marc Jacobs. A marca apresentou a coleção de inverno 2026 que carrega o título de ‘Beauty’, composta por 18 looks que não economizam no exagero e no volume.

Estética maximalista

Marc Jacobs é amplamente conhecido por fugir do convencional como poucos, e nessa coleção ele se entrega e mergulha completamente no exagero. Shapes de balão e babados exagerados ditaram o ritmo vibrante do desfile. A construção das peças conta ainda com laços gigantes nas costas e enchimentos que distorcem propositalmente a silhueta.


Modelo desfilando com look de Marc Jacobs (Foto: reprodução/Dimitrios Kambouris/Getty Images Embed) 


Além disso, a grife ousa ao mesclar todo esse exagero com rendas góticas, que remetem a um universo sombrio e misterioso e também com uma modelagem vitoriana clássica. Calças jeans gigantescas e enchimentos também chamaram atenção, ao desafiar padrões tradicionais e impor com força a essência do estilista. Os looks maximalistas e escapistas traduziram bem a essência do americano, e as peças teatrais e volumosas dominaram a passarela montada na Biblioteca de Nova York.

Um desfile performático

A escolha da Biblioteca Pública de Nova York como cenário não foi à toa. O ambiente, que ostenta suas colunas de mármore imponentes e corredores tomados pelo silêncio quase solene, criou um contraste curioso e impactante com os looks surreais que cruzaram a passarela, valorizando ainda mais a dramaticidade e o escapismo marcante da coleção apresentada.


Modelos desfilando na Biblioteca de NY (Foto: reprodução/Dimitrios Kambouris/Getty Images Embed) 


Os laços foram protagonistas do lançamento da coleção de inverno, nada tímidos, eles arremataram a parte de trás de quase todos os looks. Junto com babados exagerados, serviram como ponto de atenção no desfile. O escapismo proposto por Jacobs é explícito. Ele apresenta de forma ousada e extravagante uma verdadeira viagem no mundo fantasioso e teatral, onde o exagero passa a ser regra fundamental de sua exibição.

Vinte anos de luxo: exposição da alta-costura Giorgio Armani Privé chega ao Armani/Silos 

Até 28 de dezembro, o Museu Armani/Silos, em Milão, recebe a exposição “Giorgio Armani Privé 2005–2025: Vinte Anos de Alta-Costura”, em celebração às duas décadas da linha Giorgio Armani Privé. A curadoria é assinada pelo próprio Giorgio Armani, que pensou cada detalhe da experiência. Com quase 150 looks, a exposição aposta em uma imersão sensorial total, pensada desde a trilha sonora até a fragrância que perfuma o espaço. 

Moda que envolve todos os sentidos

As quase 150 criações, divididas pelos 4 andares do museu, não são apresentados em ordem cronológica, mas sim por temas. A exposição, cuidadosamente pensada pelo estilista italiano, busca explorar um lado mais intimista e imersivo, as paredes são escuras para destacar as peças, além disso a música ambiente e o perfume que está no ar durante a visita — Bois d’Encens, da linha Privé — privilegiam a atmosfera sensorial. 


Giorgio Armani desfila na passarela durante o evento Giorgio Armani Privé Haute Couture Outono/Inverno 2024-2025 (Foto: reprodução/Marc Piasecki/Getty Images Embed)


20 anos de elegância e inovação

Desde 2005, a linha Giorgio Armani Privé tem como marca registrada a elegância e a sofisticação. Ao longo de duas décadas, as coleções que mesclam minimalismo e elegância conquistaram espaço nas passarelas de Paris e nos tapetes vermelhos mais importantes do mundo. Armani consegue, como poucos, misturar tradição e inovação, com toques de modernidade em cada coleção, mas sem perder o DNA da marca. 

A exposição convida o público a percorrer pelos capítulos dessa história. São cerca de 150 peças que vão desde vestidos ultra elaborados, que levam semanas para serem finalizados, até looks utilizados por atrizes como Cate Blanchett, Demi Moore e Zendaya nos principais tapetes vermelhos do mundo.


Cate Blanchett no desfile Giorgio Armani Privé Haute Couture (Foto: reprodução/Marc Piasecki/Getty Images Embed)


Mais do que uma retrospectiva, a mostra no Armani/Silos é uma celebração da elegância e da visão de Giorgio Armani. Uma chance de se aprofundar no universo da alta-costura e entender como, há 20 anos, o estilista transforma tecidos, formas e detalhes em peças que são verdadeiras obras de arte.