Astronautas da NASA possuem o direito de votar diretamente do espaço

Astronautas da NASA podem votar nas eleições presidenciais dos EUA enquanto estão no espaço, graças a uma legislação do Texas de 1997. Eles utilizam um sistema de votação eletrônico, com cédulas criptografadas enviadas da Terra para a Estação Espacial Internacional. Este sistema, iniciado com o astronauta David Wolf, garante que eles possam votar sem comprometer a segurança ou a confidencialidade do voto.

Em 2020, a astronauta Kate Rubins cumpriu seu dever cívico a partir do espaço, na Estação Espacial Internacional, a 400 quilômetros acima da superfície da Terra. Na ocasião, a NASA detalhou como ocorreu a transmissão dos votos e como foi realizada através da infraestrutura de Comunicações e Navegação Espacial (SCaN) da agência. Depois que Rubins preencheu sua cédula eletrônica especialmente projetada a bordo do laboratório em órbita, o documento fluiu através de um satélite de rastreamento e retransmissão de dados para uma antena terrestre no Complexo White Sands em Las Cruces, Novo México.

Do Novo México, a NASA transfere a cédula para o Centro de Controle da Missão no Centro Espacial Johnson da NASA em Houston e depois para o secretário do condado responsável por emitir a cédula. A cédula é criptografada e acessível apenas ao astronauta e ao escrivão para preservar a integridade da votação.


Legislação do Texas de 1997 permite que astronautas da NASA votem (Foto: reprodução/
GREGG NEWTON/ Getty Images Embed)


Resultado das eleições americanas

Donald Trump, do Partido Republicano, venceu as eleições presidenciais dos Estados Unidos e conquistou seu segundo mandato como presidente. Ele obteve 277 delegados no Colégio Eleitoral, superando a democrata Kamala Harris, conforme as projeções de diversos meios de comunicação. A vitória foi garantida após Trump conquistar o estado de Wisconsin.

Apesar da derrota, Kamala liderou em estados como Nova York, Califórnia, Illinois (onde fica Chicago) e pequenos estados do nordeste do país, como Massachussets, Nova Jersey e Maryland. Além de vencer também na Virgínia.

Modelo americano de votação

A eleição presidencial dos Estados Unidos é indireta, realizada por meio do Colégio Eleitoral. Os eleitores não votam diretamente no presidente, mas escolhem delegados, que são responsáveis por eleger o presidente. Cada estado tem um número de delegados proporcional à sua população, e o candidato que obtiver a maioria desses delegados vence. Para garantir a eleição, é necessário atingir 270 votos eleitorais. Esse sistema foi estabelecido para equilibrar o poder entre estados grandes e pequenos.

Astronautas da NASA votam diretamente do espaço

Durante as eleições dos Estados Unidos, os astronautas americanos a bordo da Estação Espacial Internacional participam das eleições dos Estados Unidos. O direito ao voto alcança até o espaço sideral. Em parceria com as autoridades eleitorais, a NASA desenvolveu um sistema que torna o procedimento de votação no espaço viável e seguro para que os cidadãos no espaço possam exercer sua cidadania. Esse processo é estruturado cuidadosamente, os votos são criptografados antes de serem transmitidos via satélites para a Terra.

Processo seguro e confidencial

Desde 1997, a partir de uma legislação do Texas, os astronautas têm a possibilidade de participar ativamente das eleições. Eles recebem em missões uma cédula de voto eletrônica. O sistema é planejado de forma cuidadosa, ao preencher a cédula, o voto é enviado para a Terra, por meio de um sistema criptografado. Desse modo, os astronautas conseguem votar com a mesma segurança que qualquer outro eleitor do território americano, tendo sua confidencialidade e precisão garantidas.

O papel da NASA e dos Condados

Para que o processo de votação seja possível em meio ao espaço, a NASA trabalha em parceria com os condados dos astronautas. Cada astronauta solicita a sua cédula no período de um ano antes da eleição, pois assim há tempo para realizar ajustes e testes. Trata-se de um processo que exemplifica como a tecnologia e a cooperação institucional possibilitam a democracia, além dos espaços da Terra.


Astronautas Jasmin Moghbeli e Loral O’Hara, engenheiras da NASA, dentro da cúpula da Estação Espacial Internacional segurando a primeira história em quadrinhos da NASA “First Woman” (Foto: reprodução/Instagram/@iss)

Inspiração e impacto

Além de se tratar de um marco tecnológico, a votação dos astronautas inspira os outros cidadãos a exercerem sua participação eleitoral, mostrando que, mesmo em órbita no espaço, é possível exercer o direito ao voto e à cidadania.

Astronauta é internado após voltar de missão

Um astronauta foi internado após retornar à Terra da missão Crew-8 na Estação Espacial Internacional (ISS). A missão, que durou sete meses, teve quatro astronautas a bordo. No entanto, o nome do astronauta internado não foi divulgado.

Os quatro a bordo da missão

Matt Dominick, Mike Barratt, Jeanette Epps e o cosmonauta da Roscosmos (agência espacial russa), Alexander Grebenkin, eram os membros da tripulação da missão. Detalhes sobre a saúde dos outros membros e do astronauta internado ainda não foram divulgados pela agência espacial, mas um boletim é esperado para os próximos dias.

“Depois que Crew8 retornou em segurança à Terra nesta manhã, vindo da Estação Espacial Internacional (ISS), um astronauta da Nasa teve um problema médico e continua em observação como medida de precaução”

A agência informou em sua conta no X

Mesmo sem revelar a identidade do astronauta internado, a agência deu a entender que se trata de um dos americanos, já que publicou uma foto de Alexander Grebenkin sorrindo, de pé e usando um uniforme azul, mostrando que o cosmonauta não sofreu grandes impactos de uma longa permanência no espaço.

Parceria da NASA com a SpaceX

Essa missão, que fez parte de uma série de missões comerciais da NASA em parceria com a SpaceX para a Estação Espacial Internacional, teve como objetivo dar continuidade a pesquisas científicas sobre a exploração humana além da órbita baixa da Terra, assim como buscar mais informações sobre saúde e biologia.


Entrada da missão Crew-8 na Terra em vídeo divulgado pela agência espacial americana (Vídeo: reprodução/X/NASA)

A Crew-8, no entanto, não tem relação com a Crew-9, que trará de volta à Terra os astronautas que foram a ISS com a cápsula Starliner, da Boeing, e que só conseguirão retornar ao planeta no início de 2025, em uma missão de “resgate”, depois de alguns meses em órbita.

Como os astrônomos vem melhorando as técnicas para detectar possíveis perigos ao nosso planeta 

Em 4 de setembro de 2024, um asteroide de um metro de diâmetro, nomeado RW1, foi detectado em rota de colisão com a Terra, no entanto apesar da apreensão inicial as autoridades tranquilizaram o público afirmando que o objeto se desintegraria ao entrar na atmosfera algo que de fato acorreu, o asteroide produziu uma bola de fogo espetacular, que foi amplamente compartilhada nas redes sociais por moradores das Filipinas, onde o evento ocorreu.

O RW1 foi o nono asteroide detectado antes de impactar a Terra, o que reforça a eficácia dos sistemas de monitoramento atuais. No entanto, a pergunta que permanece é: estamos prontos para lidar com asteroides muito maiores e potencialmente mais perigosos?

Os chamados objetos próximos à Terra (NEOs, na sigla em inglês) vem representando uma preocupação crescente. Embora tenhamos catalogado cerca de 36 mil desses objetos até setembro de 2024, estimativas indicam que ainda desconhecemos a vasta maioria, que pode ultrapassar 1 bilhão.

O impacto de asteroides já moldou a história da Terra. Há 66 milhões de anos, um objeto de 10 km de diâmetro foi responsável pela extinção dos dinossauros. Hoje, asteroides de 25 a 1.000 metros são monitorados com atenção, pois podem causar danos locais consideráveis. Apesar de raros, objetos dessa magnitude representam um risco real.

Em resposta, programas como o telescópio infravermelho NEOsurveyor da NASA buscam melhorar a detecção desses corpos celestes. Além disso, missões recentes como a Dart, que colidiu com a lua de um asteroide em 2022, demonstram a possibilidade de desviar a trajetória de asteroides potencialmente perigosos.


Missão Dart da NASA, teve como objetivo demonstrar a nossa capacidade de desviar a orbita de objetos possivelmente perigos (Vídeo: Reprodução/Instagram/NASA)


No entanto embora os avanços estejam sendo feitos, ainda há um longo caminho para garantir nossa proteção contra possíveis impactos catastróficos com a detecção precoce e estratégias de mitigação sendo fundamentais para enfrentar essa ameaça silenciosa do espaço.

Vulcão gigante é captado na superfície de Io pela sonda Juno

Cientistas anunciaram a descoberta de um novo vulcão gigante na lua Io, de Júpiter, uma das regiões mais geologicamente ativas do sistema solar. Localizada ao sul do Equador da lua, a formação vulcânica recém encontrada ocupa uma área de cerca de 180 km de diâmetro e foi capturada pela JunoCam, da missão Juno da NASA, revelada durante o Europlanet Science Congress em Berlim.

Missão Juno trouxe novas descobertas de Io

Io já é conhecida por ser o corpo mais vulcanicamente ativo do sistema solar, com mais de 400 vulcões registrados. O novo vulcão, descoberto em uma área que anteriormente não apresentava atividade vulcânica, foi comparado às imagens tiradas pela missão Galileo em 1997, onde nenhuma evidência de tal formação havia sido identificada.

Segundo Michael Ravine, gerente de projetos avançados da Malin Space Science Systems, “as imagens recentes mostram mudanças significativas em Io, com esta grande formação vulcânica se destacando entre outras alterações capturadas”.


Comparação entre uma foto de 1997 e uma atual revelou a presença do novo vulcão (foto: reprodução/Hulton Archive/NASA/Getty Images Embed)


Perguntas ainda sem respostas

O novo vulcão está próximo a outra formação chamada Kanehekili e revela múltiplos fluxos de lava. Acredita-se que o vulcanismo de Io seja impulsionado pelo atrito de maré gerado pela intensa gravidade de Júpiter, que aquece o interior da lua e faz o magma romper a superfície.

No lado oriental do vulcão, depósitos de enxofre vermelho são visíveis, enquanto no lado ocidental, fluxos escuros de lava percorrem cerca de 100 quilômetros, gerando vapor e áreas cinzas no fim do trajeto, ao atingir o gelo da superfície.

Apesar de décadas de estudo, ainda existem muitos mistérios sobre o vulcanismo de Io. Os cientistas não sabem ao certo como o calor gerado pela gravidade de Júpiter é distribuído na lua, nem sobre a extensão de seu oceano de magma. Com mais visitas da missão Juno programadas até 2025, a NASA espera ampliar o conhecimento sobre este satélite e sua intensa atividade vulcânica.

Novo telescópio da NASA promete identificar asteroides que ameaçam a Terra

A NASA está prestes a lançar um novo telescópio espacial de infravermelho, projetado especificamente para detectar asteroides e cometas que possam representar uma ameaça para a Terra. Nomeado NEO Surveyor, o telescópio está previsto para lançamento no final de 2027 e ficará posicionado em uma região entre a Terra e o Sol. Seu objetivo é identificar objetos celestes difíceis de observar, como asteroides e cometas escuros, que não refletem muita luz visível.

Tecnologia avançada

Desenvolvido no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, na Califórnia, o NEO Surveyor será o primeiro telescópio espacial da agência dedicado à defesa planetária. Segundo Amy Mainzer, diretora de pesquisa do NEO Surveyor, “Nosso objetivo é construir uma espaçonave que possa encontrar, rastrear e caracterizar os objetos com maior chance de atingir a Terra. No processo, aprenderemos muito sobre suas origens e evolução.”, explicou ela.

O novo telescópio foi equipado para detectar duas faixas de luz infravermelha, invisíveis ao olho humano, o NEO Surveyor poderá identificar até mesmo os corpos celestes mais escuros. Esse tipo de radiação é emitido por todos os asteroides e cometas, permitindo que o telescópio os localize com precisão. Além disso, o telescópio terá a capacidade de medir esses objetos, uma tarefa desafiadora para outros instrumentos espaciais.


Última foto capturada pelo satélite NEOWISE, mostrando parte da constelação da Fornalha (Foto: Reprodução/NASA/JPL-Caltech)

Fim de uma missão e começo de outra

Recentemente, a NASA anunciou o fim de outra importante missão de caça a asteroides, o NEOWISE, após quase 15 anos de operação. Lançado em 2009, o NEOWISE foi inicialmente projetado para mapear o céu em infravermelho e, após sofrer uma falha em seu refrigerador, foi adaptado para estudar asteroides e cometas próximos à Terra. Desde então, a sonda identificou mais de 3.000 objetos próximos e descobriu 25 cometas, incluindo o famoso cometa NEOWISE (C/2020 F3).

Nicola Fox, administradora associada da Diretoria de Missões Científicas da NASA, destacou o sucesso da missão: “A missão NEOWISE foi um sucesso extraordinário”, ressaltando seu papel crucial na defesa planetária e sua importância no entendimento do nosso lugar no Universo.

Um aumento na atividade solar acelerou o fim da missão NEOWISE, fazendo com que a espaçonave entrasse na atmosfera terrestre e se desintegrasse. A NASA celebrou as conquistas da missão e o legado que ela deixou para futuras explorações e defesas contra possíveis ameaças espaciais. A chegada do novo NEO Surveyor marca uma etapa na pesquisa de cometas e ameaças espaciais.

Descoberta de estrela hiperveloz revela novo mistério cósmico

Uma nova pesquisa revelou a descoberta de uma estrela que viaja pela Via Láctea a uma velocidade tão alta que pode escapar da gravidade da galáxia e entrar no espaço intergaláctico. A estrela foi detectada durante o projeto Backyard Worlds: Planet 9, e chamada de CWISE J124909.08+36211.0 (ou J1249+36), e viaja a impressionantes 600 Km/s, sendo aproximadamente três vezes mais rápida que o Sol.

Estudos sobre a estrela

Estudos sugerem que J1249+36 é uma estrela de massa muito baixa, possivelmente uma subanã L, que é muito mais fria e menos luminosa que o Sol. Essa descoberta é particularmente empolgante porque, embora estrelas de hipervelocidade tenham sido teorizadas desde 1988 e observadas desde 2005, estrelas de massa baixa com tais velocidades são extremamente raras.


Imagens tiradas pelo James Webb (Foto: reprodução/Nasa/Getty Images Embed)


O grupo de cientistas que encontrou o objeto analisou os dados do Wide-field Infrared Survey Explorer da NASA, e as observações subsequentes confirmaram sua alta velocidade e trajetória. A estrela pode ter sido ejetada de um aglomerado globular ou de um sistema binário de anãs brancas e supernovas. Essas possíveis origens são investigadas para entender melhor a natureza do objeto e o processo que pode ter levado a essa velocidade impressionante.

O que essa descoberta impacta

Essa descoberta fornece insights sobre estrelas em alta velocidade e baixa massa, e também pode ajudar a revelar a presença de aglomerados globulares não descobertos e a história evolutiva da nossa galáxia. Os astrônomos esperam que futuras observações ofereçam mais detalhes sobre a composição e o caminho de J1249+36, o que pode lançar nova luz sobre a dinâmica estelar e a formação galáctica.

Os pesquisadores agora estão analisando a composição química de J1249+36 para determinar sua origem exata. Elementos pesados criados em explosões de anãs brancas ou padrões distintos encontrados em estrelas de aglomerados globulares podem  fornecer pistas sobre a trajetória da estrela e sua história. Com a ajuda de telescópios como o James Webb, que recentemente identificou anãs marrons em aglomerados globulares, os cientistas esperam identificar uma “impressão digital química” que revele se J1249+36 foi ejetada de um desses antigos sistemas estelares ou se tem uma origem diferente. Conhecimento esse que pode não apenas expandir nossa compreensão sobre estrelas hipervelozes, mas também iluminar novos aspectos da formação e evolução galáctica.

NASA lança satélite que localizará gases de efeito estufa

Na última sexta-feira (16), um foguete SpaceX Falcon 9 foi disparado pela NASA, com o satélite Tanager-1 a bordo, a fim de que gases que provocam o efeito estufa sejam localizados, identificados e mensurados.

Levando consigo tecnologia de espectrômetro de imagem produzida pela própria NASA, no Jet Propulsion Laboratory, ainda na sexta-feira, os comunicadores terrestres receberam contato do Tanager-1.

A expectativa do satélite

As informações obtidas pelo satélite ficarão disponíveis ao público assim que existirem, possibilitando a geração e inovação dos métodos para controle das alterações pelas quais o clima vem passando.


O satélite Tanager-1 obterá informações da localização dos gases por meio de “impressões digitais” (Foto: reprodução/X/@ReiserXAI)

Em pleno funcionamento, os dados serão recebidos por meio de comprimentos de luz refletidos no planeta Terra, detectando assim compostos de metano e dióxido de carbono. Gases estes que são os mais responsáveis pelas mudanças climáticas, originando-se, na maioria das vezes, das indústrias de agricultura, gestão de resíduos e combustíveis fósseis.

Tecnologia de espectrômetro de imagem

A tecnologia do satélite permitirá que sejam localizadas as “impressões digitais” que o gás deixa após absorver diversos comprimentos de luz, o que dirá se está ou não presente na atmosfera da Terra.

Aproximadamente 130 mil quilômetros quadrados da superfície do planeta serão analisados pelo Tanager-1, cotidianamente. Além de auxiliar no controle do efeito estufa, os dados serão úteis para os cientistas da Carbon Mapper.

Segundo satélite

A Carbon Mapper Coalition relatou desejo em disparar um novo satélite com a mesma tecnologia, a fim de garantir maiores fatos sobre os gases que causam o efeito estufa na Terra.

Conforme o comunicado que a NASA encaminhou para a imprensa, dados atuais relatam que, comparado a 1750, a atmosfera possui 50% a mais de dióxido de carbono.

Nova pesquisa abre possibilidade de água líquida em Marte

Em uma novidade que promete impulsionar as pesquisas no planeta vermelho, dados obtidos pela sonda Mars InSight da NASA mostraram evidências de que podem existir reservas de água líquida na crosta de Marte. Com isso, será possível direcionar mais pesquisas para a possibilidade de vida fora da Terra.

O módulo coletou informações sobre a composição do solo que estava abaixo dele e forneceu dados sobre sua constituição, sugerindo a presença de água líquida no planeta, um dos elementos necessários para a existência de vida.


Módulos de pesquisa visitando cada vez mais o planeta vermelho (Foto: reprodução/AFP/AFP/Getty Images/Getty Images Embed)


O estudo, publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, utilizou dados da missão Mars InSight, coletados durante quatro anos em uma missão que foi encerrada em 2022.

Missão Mars InSight

A missão Mars InSight por sinal foi lançada pela NASA em 2018, visava estudar o interior profundo de planeta vermelho. Equipada com um sismômetro e outros instrumentos, o lander coletou dados sobre terremotos marcianos e a estrutura geológica do planeta, proporcionando insights cruciais sobre a formação dos planetas rochosos do sistema solar e colentando dados que ate hoje vem sendo analisados pelos cientistas.

“Entender o ciclo da água marciana é essencial para entender a evolução do clima, da superfície e do interior”

Vashan Wright, geofísico da Scripps Institution of Oceanography, da Universidade da Califórnia em San Diego

Existência de agua já e conhecida em Marte

No entanto, a água em Marte já é conhecida pelos cientistas, sendo encontrada de forma congelada nos polos do planeta. Contudo, é o encontro de evidências da sua existência em forma líquida que cria a possibilidade de novos cenários de pesquisa sobre a habitação de Marte e sobre formas de vida extraterrestre.

Agora, com os avanços das pesquisas, abrem-se ainda mais possibilidades para uma possível exploração futura do planeta vermelho, que está no foco da NASA em um futuro não muito distante. Esse tipo de pesquisa é importante para atrair a atenção do público para o tópico.

Astronautas “presos no espaço” retornarão à terra em 2025

Nesta quarta-feira (07), alguns funcionários da agência espacial da Nasa afirmaram que os astronautas Barry “Butch” Wilmore e Suni Williams só conseguirão retornar ao planeta em fevereiro de 2025. Os dois, originalmente, deveriam voltar à Terra em 12 de junho, mas a nave em que estavam sofreu um problema no sistema de propulsores e um vazamento de hélio, impedindo que o retorno acontecesse. 

Missão espacial

Wilmore e Williams embarcaram em uma cápsula “Starline” no dia 5 de junho com destino à Estação Espacial Internacional (ISS) numa missão que duraria oito dias. Mas, devido aos incidentes, a dupla teve o retorno adiado três vezes, fazendo com que a Nasa e a fabricante da “Starline”, a empresa Boeing, começassem a traçar um plano de resgate.


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Sede da Nasa em New Orleans (Foto: reprodução/MARK FELIX/AFP /AFP via Getty Images Embed)


A missão se tratava do primeiro voo tripulado da “Starline”, e os problemas acenderam o alerta na Nasa sobre a segurança da cápsula. A Boeing chegou a declarar que estava fazendo testes para entender a causa dos incidentes e uma possível solução, porém, estes testes têm causado preocupações na agência espacial. 

Segundo os funcionários, a Nasa ainda estaria insegura sobre os riscos de uma viagem de volta na cápsula “Starline” e tem procurado outras maneiras de resgatar os astronautas do espaço. Mas, apesar do dilema, a dupla de pilotos se mostrou confiante com os testes e o retorno ao planeta. 

Wilmore declarou que todas as verificações são necessárias para encontrar a solução do problema para retornar ao planeta, já Williams afirmou que acredita que a cápsula da “Starline” conseguirá levá-los de volta à Terra. 

 Plano com a concorrente

A Nasa estaria dando mais tempo para a Boeing encontrar novos dados e realizar mais testes, porém, a agência começou a pensar em um segundo plano envolvendo a empresa SpaceX. A companhia de Elon Musk planeja fazer uma missão espacial em breve e a agência americana tem pensado em utilizar a nave para resgatar Wilmore e Williams. 


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Nave da SpaceX (Foto: reprodução/Tayfun Coskun/Anadolu via Getty Images Embed)


Mas, a nave da SpaceX só retornaria para a Terra em fevereiro de 2025 e precisaria dispensar dois astronautas para conseguirem encaixar os dois pilotos presos. A Nasa decidiu esperar mais tempo para tomar a decisão, mas caso opte pela SpaceX, a Boeing sofreria um grande golpe, já que vem competindo há vários anos contra a empresa de Musk. 

A resposta da agência espacial deve ser anunciada na próxima semana, segundo os funcionários.