O principal negociador tarifário de Tóquio, Ryosei Akazawa, anunciou no sábado (6), para alguns jornalistas após retornar de uma negociação, que seu amplo acordo comercial com os Estados Unidos ainda não está fechado, uma vez que algumas medidas aguardadas pelo país asiático ainda não foram implementadas pelo governo americano.
De acordo com Akazawa, as ordens presidenciais relacionadas a produtos farmacêuticos e semicondutores ainda não foram emitidas por Washington, deixando questões – chave do acordo em aberto.
Negociações com os EUA continuam
Akazawa explicou, que embora já tenham sido emitidas ordens presidenciais sobre ajustes em tarifas, e também sobre automóveis e peças automotivas, “o país ainda não recebeu as ordens para garantir o status de nação mais favorecida para produtos farmacêuticos e semicondutores”, explicou Akazawa aos reportes após retornar de negociações em Washington. Ele ressaltou que, sem essas ordens, não é possível afirmar que o acordo esteja completamente resolvido.
Ryosei Akazawa ao lado de secretário dos Estados Unidos (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)
O ministro japonês afirmou que Tóquio continuará pressionando as autoridades americanas, para que as medidas restantes sejam adotadas. Ele destacou que o status de nação mais favorecida é essencial para os setores do país, especialmente farmacêutico e de semicondutores, que ainda não alcançaram as condições comerciais desejadas.
Análise econômica e diálogo com Washington
Além disso, Akazawa anunciou que o Japão analisará os efeitos das mudanças tarifárias impostas aos automóveis americanos. O estudo irá avaliar o impacto econômico das mudanças, bem como comparar a competitividade das condições comerciais japonesas contra outros países. Essa análise ajudará Tóquio a ajustar sua estratégia de negociação, e garantir que os interesses do setor industrial sejam protegidos.
O governo japonês enfatiza que, apesar de avanços em algumas áreas, o processo de negociação com os Estados Unidos continua delicado, e a conclusão plena do acordo depende da emissão das ordens presidenciais pendentes. A expectativa é de que Tóquio continue dialogando com Washington nas próximas semanas, buscando garantir que todos os setores estratégicos recebam tratamento adequado, levando em conta o acordo comercial bilateral.
