Brasil foi decisivo para resolução da polêmica eleição da Venezuela

Na última sexta-feira (16), foi aprovada pelo Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), pedindo uma nova resolução para o resultado das eleições venezuelanas, adicionando mais um capítulo no polêmico processo eleitoral do país.

A nova resolução, acordada por todos os países- membros, solicita a publicação das atas eleitorais pelo governo de Nicolás Maduro. Os Estados Unidos se mostraram mais flexíveis nesta nova reunião, para que a proposta não fosse recusada, como aconteceu em 31 de julho, menos de um mês atrás.


Notícias sobre as eleições da Venezuela (Vídeo: Reprodução/YouTube/UOL)

A nova proposta

Diferente da última tentativa, desta vez os Estados Unidos adotaram uma postura mais flexível em relação às ideias propostas, já que no mês passado a resolução sugerida foi rejeitada. A aprovação passou por uma série de tentativas e negociações chefiadas por representantes brasileiros, fazendo com que o Brasil fosse fundamental na resolução e no acordo aceito. A proposta aceita traz como princípio a apresentação das atas eleitorais por parte do governo de Nicolás Maduro.

Importância do Brasil

Com a ausência de México e Bolívia, a negociação da resolução em questão foi liderada por representantes brasileiros na Organização dos Estados Americanos (OEA), onde países como Peru, Argentina, Equador, Brasil, Colômbia, México, Estados Unidos e outros — 26 no total — votaram e concordaram com a nova proposta.

Com uma estratégia de um diálogo mais tranquilo e equilibrado, os representantes brasileiros buscaram evitar que o texto da OEA fosse apenas uma opinião de alguns países envolvidos na negociação e acabar sem expressar uma visão em comum acordo.

Assim, os 26 países-membros entraram em acordo para enviar a solicitação em comum acordo, pedindo a apresentação das atas eleitorais de Nicolás Maduro, para que tudo seja esclarecido.

O documento foi aprovado na última sexta (16), fazendo com que Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela.

Secretário de Estado dos Estados Unidos fala sobre busca por fim da guerra em Gaza

Nesta segunda-feira (19), o secretário de Estado Antony Blinken falou sobre as negociações em que Estados Unidos, Catar e Egito estão envolvidos para trazer uma trégua na região da Faixa de Gaza, onde Israel e o grupo Hamas estão em guerra desde um ataque terrorista do grupo, em 7 de outubro de 2023. O americano falou que esta pode ser a última oportunidade para que haja um acordo e consequentemente, o fim dos conflitos na região.


Vídeos sobre o segundo dia de guerra, há 10 meses (Vídeo: Reprodução/YouTube/UOL)

Busca por acordo

Além dos Estados Unidos, o Catar e o Egito estão diretamente envolvidos em um intermédio de uma negociação para que a guerra entre o Hamas e Israel acabe o mais rápido possível, conflito que está em vigor há quase um ano, desde 7 de outubro de 2023, com um ataque terrorista do grupo Hamas contra os israelenses.

O secretário Antony Blinken e o primeiro-ministro de Isreal, Binyamin Netanyahu, devem reunir-se nesta segunda-feira (19) para tratar destes assuntos, com ambos sendo figuras centrais nesta negociação em busca da paz.

Falas de Antony Blinken

Ainda envolvendo o secretário norte-americano, o presidente israelita Isaac Herzog disse à Antony que prioritariamente, ele deseja o regresso dos reféns e que isso, seria o maior objetivo humanitário do momento.

Sobre tal momento e atitudes que devem ser tomadas, Blinken disse o seguinte:

É hora de fazê-lo. É também hora de garantir que ninguém tome medidas que possam inviabilizar este processo

Antony Blinken, sobre o conflito.

O secretário dos Estados Unidos disse que agora é a hora de garantir o fim do conflito, sendo essa talvez a última oportunidade de tal atitude, buscando evitar qualquer medida que cause mais tensão ou mais conflitos, trabalhando para não ocorrerem provocações ou ações que resultem em algo pior.

Força Aérea Brasileira finaliza primeiro estágio de investigação de avião que caiu em SP

A FAB (Força Aérea Brasileira) encerrou nesta segunda-feira (12), a primeira fase das investigações na aeronave da Voepass que caiu em Vinhedo, no interior do estado de São Paulo. Junto ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticas (Cenipa), foi concluída a primeira fase, a qual é apenas o começo de toda a análise que será feita sobre o acidente aéreo ocorrido na última sexta-feira (9).


Analistas falando sobre queda do avião em Vinhedo (Vídeo: Reprodução/YouTube/Domingo Espetacular)

Conclusão da primeira fase e sequência das investigações

A Força Aérea Brasileira conclui a primeira fase das investigações e análises no avião da Voepass, que caiu em Vinhedo–SP, na última sexta-feira, causando 62 mortes. Nesta primeira fase, é quando são retirados os destroços e peças do avião, transportadas para mais uma sessão de análises.

De acordo com o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticas), a divulgação do relatório deve acontecer no prazo de 30 dias ou o mais rápido possível, dependendo da complexidade do acidente. O objetivo é que possa ser descoberto o que de fato aconteceu com a aeronave, visando que este problema não se repita e seja resolvido, prevenindo acidentes parecidos. Os motores da aeronave irão para a análise no Quarto Seripa (Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).

Conforme divulgado pelo Cenipa, a próxima fase da investigação consiste em “atividades relacionadas ao voo, ao ambiente operacional e aos fatores humanos, bem como um estudo pormenorizado de componentes, equipamentos, sistemas e infraestrutura“.

Informações do acidente

O voo tinha destino na cidade São Paulo, tendo saído de Cascavel, no Paraná, tendo caído em Vinhedo, cidade localizada a 80 km do São Paulo, resultando em 62 mortes, no total. O avião, que não relatou nenhuma emergência, estava voando normal até 13h21, perdendo contato com o radar 13h22.

Veja de qual lado os líderes mundiais ficaram após vitória de Nicolás Maduro

No último domingo, (28), Nicolás Maduro se reelegeu como presidente da Venezuela, em um processo eleitoral recheado de polêmicas e especulações, por parte da oposição, liderada por Edmundo González. Após apuração de 80% dos votos, pelo Conselho Nacional Eleitoral, Maduro teve 51,2% contra 44% de seu adversário, que contestou o resultado, dizendo que teria tido 70% dos votos, gerando polêmica nas eleições venezuelanas.


Manifestantes venezuelanos após o resultados das eleições (Foto: Reprodução/X/Hoje no Mundo Militar)

Os líderes que se pronunciaram

Tendo em vista toda a repercussão, alguns líderes mundiais se pronunciaram, tanto a favor quanto contra, sobre a vitória de Nicolás Maduro. Entre os que parabenizaram o presidente, estão os líderes da Rússia, China, Honduras, Cuba, Bolívia e Nicarágua.

O pronunciamento do governo brasileiro foi mais cauteloso, prezando por esperar a divulgação dos dados faltantes por parte do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), definido como “um passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”. Ainda foi acrescentado, na nota do Ministério das Relações Exteriores, que o governo brasileiro admira a forma pacífica de como foi feita a jornada eleitoral.

O resultado foi contestado por líderes e autoridades de outras nações, como o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, o vice-presidente da União Europeia, Josep Borrell Fontelle, além de presidentes de países vizinhos, como Chile, Argentina, Uruguai e Equador. Para adicionar, os Ministérios de Relações Exteriores de Alemanha, Espanha, Reino Unido, Peru e Colômbia também contestaram o resultado e a vitória de Maduro.

Polêmica da apuração

A oposição, mesmo com a derrota divulgada pelo CNE, afirma que na apuração correta, possui 70% dos votos, o que tornaria Edmundo González vencedor das eleições. Porém, pelo que foi divulgado, Maduro venceu as eleições com 51,2% dos votos, contra 44% da oposição.

Como foi dito no pronunciamento do governo brasileiro, apesar da oficialização da vitória de Maduro, ainda são aguardados os registros dos dados faltantes, o que está gerando as reinvidicações por parte da oposição.

Comentarista se desculpa por comentários machistas após vitória australiana na natação

No último sábado, (27), nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, a equipe feminina de natação da Austrália conquistou o tetracampeonato olímpico no revezamento 4×100, onde chegaram com grande favoritismo e o fizeram valer. Junto ao tetra, infelizmente um comentário chamou atenção na transmissão da Eurosport, onde o jornalista Bob Ballard proferiu falas sexistas em relação às atletas que haviam sido campeãs olímpicas. Bob foi demitido da emissora e se desculpou após o ocorrido.

Comentário de Bob Ballard

Na transmissão do tetracampeonato da equipe australiana na natação, da emissora Eurosport, o comentarista Bob Ballard teve falas machistas, quando mesmo após o título histórico das mulheres australianas, ele disse que as mulheres estavam terminando, que apenas andam por aí e se preocupam com a maquiagem.

Uma companheira de transmissão, a também nadadora Lizzie Simmonds, definiu o comentário de Bob, como “ultrajante”. A fala teve repercussão negativa instantaneamente, principalmente nas redes sociais, com muitas críticas ao comentarista.


https://twitter.com/EmilyBenammar/status/1817358290378166360?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1817358290378166360%7Ctwgr%5E261761142c68351cf83a4001699576346915545a%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fd-3401176354040214315.ampproject.net%2F2406131415000%2Fframe.html
Post sobre a fala de Bob Ballard (Reprodução: X/Emily Benammar)

A emissora Eurosport se pronunciou rapidamente sobre o infeliz comentário de Bob, dizendo o seguinte, anunciando a demissão do mesmo:

“Durante um evento da cobertura do Eurosport na noite passada, o comentarista Bob Ballard fez um comentário inapropriado… Para esse fim, ele foi removido da nossa lista de comentaristas com efeito imediato.”

Pronunciamento da emissora Eurosport

Pedido de desculpas

Após a confirmação da demissão, Bob Ballard se pronunciou em um comunicado pedindo desculpas pela fala machista em relação às australianas. Ele disse que não foi sua intenção causar nenhum tipo de ofensa ou menosprezo, dizendo ser um defensor do esporte feminino. Completou falando sobre como irá sentir saudades dos companheiros da Eurosport.

Bob tem uma carreira de mais de 40 anos na locução esportiva, com foco em esportes aquáticos, como mergulho, polo aquático e claro, natação.

Donald Trump ironizou Joe Biden após a desistência do candidato democrata

Após o anúncio da desistência de Joe Biden, Donald Trump se pronunciou na Truth Social, rede social onde o ex-presidente é mais ativo. Para contextualizar, Joe Biden desistiu da candidatura de reeleição, algo que não acontecia no país desde 1968, tendo indicado para a chapa, a sua vice-presidente,  Kamala Harris.

A decisão deve ocorrer na Convenção Nacional Democrata, que está marcada para 19 de agosto.


Desistência de Joe Biden (Vídeo: reprodução: Vídeo/Youtube/G1)

Veja o que Trump falou

Donald Trump realizou duas postagens na Truth Social, ironizando Joe Biden e a escolha de abri mão da campanha de reeleição. Outro ponto citado pelo republicano, foi sobre uma suposta ameaça à democracia, por parte do Partido Democrata.

“É um novo dia e Joe Biden não se lembra de ter abandonado a disputa ontem! Ele está pedindo sua agenda de campanha e marcando conversas com os presidentes Xi, da China, e Putin, da Rússia, sobre o possível começo da Terceira Guerra Mundial. Biden está ‘afiado, decisivo, enérgico e pronto pra luta’!”

Donald Trump, no Truth Social

“Os democratas escolhem um candidato, o Desonesto Joe Biden, ele perde feio o debate, depois entra em pânico, e comete erro atrás de erro, é avisado de que não poderá vencer, e decidem que eles vão escolher outro candidato, provavelmente [Kamala] Harris — Inédito! Essas pessoas são a verdadeira AMEAÇA PARA A DEMOCRACIA”

Donald Trump, no Truth Social

Indicação de Biden

Biden indicou, para a vaga deixada, a vice-presidente Kamala Harris. O atual presidente emitiu um comunicado no seu perfil no X, falando sobre a honra de ter sido presidente e que acredita que o afastamento será o melhor para o país e para o partido, mas salientando que cumprirá seu mandato até o final. O candidato democrata será decidido em 19 de agosto, na Convenção Nacional Democrata.

Veja como será escolhido o candidato democrata que irá substituir Joe Biden

No último domingo (21), o atual presidente Joe Biden comunicou a sua desistência da sua campanha de reeleição, como candidato democrata. A decisão foi exposta um mês antes da data da Convenção Nacional Democrata, quando a chapa é oficializada para a eleição, que ocorrerá em 5 de novembro.

A vice-presidente, Kamala Harris, foi indicada ao cargo por Biden, que mesmo com a desistência, cumprirá seu mandato vigente como presidente dos Estados Unidos.


Vídeo sobre a desistência de Joe Biden (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)

A Desistência

Desde 1968, com Lyndon Baines Johnson, os Estados Unidos não viam uma desistência da campanha de reeleição. Biden já possuía o apoio do partido, tendo conquistado um alto número de delegados, que o possibilitava ter a indicação do partido democrata.

Mesmo com a indicação do atual presidente, não há garantia de que Kamala Harris seja a escolhida para a vaga deixada por Joe Biden, apesar de ser a decisão provável. A chapa e a candidatura final devem ser definidas na Convenção Nacional Democrata, que acontece em 19 de agosto.

Como será a convenção?

Caso não haja consenso entre o partido, em relação a um candidato, a convenção pode ser aberta, algo que também não é visto desde 1968, na última vez que ocorreu uma desistência de tentativa de reeleição.

Para garantir a candidatura para a chapa, o mínimo de votos dos delegados que um candidato precisa, são 300, tendo em vista que não podem ser mais que 50 de apenas um único Estado. É realizado um primeiro turno com os delegados e eleitores chamados de “leais” ao Partido Democrata.

Se não tiver um candidato com mais de 50% dos votos neste primeiro turno, as rodadas de votação seguem, até que um candidato seja o escolhido, precisando de, pelo menos, 1976 votos para que seja o escolhido.

Países aguardam chegada de Furacão Beryl que trará fortes tempestades

Desde a última sexta-feira (28), o Furacão Beryl tem ganhado força e ontem (30) virou uma caracterizada como extremamente perigosa, de categoria nível 4, em uma escala de 1 a 5. Os países do Caribe estão extremamente preocupados pois o furacão pode trazer “ventos com risco de vida”, além de fortes tempestades. Alguns dos países da região receberam um alerta do que está por vir, mesmo que numa época incomum de acontecer tal feito.


Vídeo sobre o Furacão Beryl (Vídeo: reprodução/Youtube/CNN Brasil)

Preparação dos países

Barbados, Santa Lúcia, São Vicente, Granadinas e Granada e as ilhas da Martinica e Tobago estão sob alertas de tempestades tropicais. Autoridades destes países têm pedido para que os moradores se preparem de acordo com a aproximação do furacão. Em Granada, por exemplo, é esperado que a região recebe uma chuva de três meses em 12 horas.

O primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves, afirmou que o estrago já seria grande com 2 polegadas de chuva, mas o dobro disso deve inundar a capital Kingstown. Um morador da região, afirmou que alguns dias atrás, o furacão e as tempestades não eram assunto de máxima preocupação entre os habitantes.

Em outros locais, como Barbados, os moradores foram aos supermercados para garantir um estoque de alimentos e mantimentos necessários para os próximos dias.

O furacão

Segundo meteorologistas, a temporada de furacões em 2024, pode ser muito mais agitada que o esperado. O número de tempestades previstas, por exemplo, é muito maior que o normal, estando entre 17 e 25.

Um dos fatores analisados por especialistas, foi o fenômeno La Niña, que ocorre com o aumento da temperatura dos oceanos e causa alterações no padrão climático mundial. Este acontecimento causa um desenvolvimento mais viável para tempestades e o fortalecimento das mesmas não é afetado por ventos, que é algo que pode complicar a formação das mesmas.

Chineses são acusados de trocar iPhones falsos por originais em lojas da Apple

Os homens são acusados de trocar iPhones e iPads falsos por originais desde dezembro de 2015 nas lojas oficiais da Big Tech no estado da Califórnia, onde é sua sede, e darem um prejuízo milionário à empresa.

As investigações sobre o caso

As investigações indicam que entre dezembro de 2015 até março de 2024, os acusados fizeram a troca de 16 mil dispositivos falsificados nas lojas oficiais da empresa, a justificativa que alegavam para troca, era a de que os aparelhos não ligavam e estavam fisicamente danificados. 

De acordo o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, os aparelhos falsificados possuíam todos os requisitos de um aparelho original, como por exemplo número de identificação semelhantes aos registrados nos produtos originais Apple e também o AppleCare+ uma espécie de proteção estendida que a Big Tech oferta por um valor, como um seguro voltado para defeitos e quebra que o aparelho possa sofrer.


Iphone 13 em loja da Apple (Foto: reprodução/Getty Images embed)


Os acusados viajavam por todo o sul da Califórnia em um único dia para visitar por volta de 10 lojas diferentes da empresa e poderem aplicar o golpe de troca de aparelho.

A defesa dos acusados 

De acordo com informações, os chineses se defendem da acusação. “Os réus declararam de forma consciente e fraudulenta que os dispositivos Apple falsificados que devolveram eram genuínos, mas estavam quebrados ou não funcionavam e estavam cobertos pelos programas de garantia da empresa.” Comenta o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Depois que os indicados faziam a troca dos aparelhos, eles revendiam esses produtos de forma ilegal nos Estados Unidos e China. Se considerados culpados, os golpistas poderão pegar até 20 anos de prisão.

Em retaliação, Coreia do Norte envia balões com lixo e fezes para a Coreia do Sul

Coreia do Norte envia balões contendo lixo e excrementos para a vizinha Coreia do Sul em resposta a campanha de propaganda feita por militantes anti-coreia do norte e desertores. Segundo os militares sul-coreanos, os objetos começaram a ser avistados nesta terça-feira (28) e já foram contabilizados mais de 250 balões. Na quarta-feira (29) residentes próximos da fronteira foram  alertados a não fazerem atividades ao ar livre e orientados a  registrarem boletim de ocorrência para a polícia ou para os militares em caso de avistar um objeto não identificado.

A TV estatal norte-coreana KCNA confirmou as suspeitas dos sul-coreanos que os balões foram uma retaliação a uma ação parecida feita por ativistas contrários a Coreia do Norte realizada no início do mês. Esses críticos ao país enviaram 20 balões em direção a Pyongyang  com panfletos anti-Coreia do Norte, alimentos, remédios, dinheiro e pen-drives com músicas de K-pop. No último domingo (26), o vice-ministro da Defesa norte-coreana prometeu exercer forte poder de auto defesa e que pilhas de lixo e sujeira logo seriam espalhadas pelas áreas de fronteira e pelo interior da Coreia do Sul para que os sul-coreanos percebessem ”quanto esforço é necessário para removê-los”. Além disso, classificou os balões enviados pelos vizinhos de “objetos sujos”.


Dentro dos balões haviam lixo e fezes (Reprodução/Reuters)

Os balões

Segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap News, foram divulgadas fotografias tiradas por militares onde poderiam ser vistos dois balões brancos com sacolas de lixo amarradas a eles. Os sacos continham papel higiênico usado, terra escura e conteúdos que pareciam ser fezes pela sua cor e odor. Alguns desses balões conseguiram chegar a uma província ao sul da Coreia.

As autoridades sul-coreanas classificaram esse gesto como “desumano” e “vulgar” e os militares afirmam que esse ato viola o direito internacional e ameaça seriamente a segurança do povo. Já a Coreia do Norte afirma que enviará “dezenas de vezes mais” objetos como esse.

A prática de enviar balões de protesto à Coreia do Norte é considerada comum apesar da Coreia do Sul desencorajar a prática. Em 2021, uma lei proibindo essa prática foi aprovada, mas a Suprema Corte derrubou alegando ser contra a liberdade de expressão.

O conflito entre Coreias

A relação entre as Coreias continua conflituosa mesmo anos após a Guerra das Coreias. Isso acontece porque a Guerra não chegou a um fim definitivo visto que não tem um fim já que em 1953 foi firmada apenas uma trégua.

Em janeiro o clima entre as vizinhas se intensificou após caírem tiros de artilharia na Coreia do Sul.