Homens armados invadem escola na Nigéria e sequestram alunos

Homens armados invadiram, na madrugada desta sexta-feira (21), o internato da St. Mary’s School, uma instituição católica localizada na comunidade de Papiri, no estado de Níger, na Nigéria, e sequestraram dezenas de estudantes. Segundo relatos da emissora local Arise News, pelo menos 52 alunos foram levados, embora o número exato ainda não tenha sido confirmado pelas autoridades.

O secretário do governo estadual, Abubakar Usman, afirmou ter recebido a notícia com “profundo pesar” e disse que as agências de segurança continuam avaliando a situação para apurar quantos foram realmente capturados. A operação ocorreu apesar de alertas anteriores de inteligência sobre riscos elevados na região. De acordo com a polícia do estado de Níger, a escola havia retomado suas atividades sem notificar o governo local, o que, segundo críticos, expôs os alunos a um perigo previsível.

Um funcionário da escola foi ferido

Equipes de segurança foram mobilizadas para vasculhar áreas de mata próximas ao colégio na tentativa de localizar os estudantes sequestrados. Já um funcionário da escola foi ferido durante o ataque, segundo a diocese católica local.

Este sequestro acontece num momento de grave instabilidade no país. Só nesta semana, outro ataque similar ocorreu no estado de Kebbi, quando homens armados invadiram um internato feminino e levaram 25 alunas, a vice-diretora da escola foi morta ao tentar impedir a entrada dos agressores.

Gangues criminosas, chamadas de “bandidos”

Especialistas apontam que esses ataques fazem parte de um padrão recente: gangues criminosas, muitas vezes chamadas de “bandidos”, têm atacado escolas e igrejas para obter resgates, aproveitando a fragilidade da proteção em áreas rurais.



Igreja é atacada por criminosos, na Nigéria, dias antes do ataque ao internato (Vídeo: reprodução/YouTube/Band Jornalismo)


Além disso, a situação se agrava em meio a tensões políticas e religiosas. O presidente nigeriano, Bola Tinubu, tem sido pressionado internacionalmente, especialmente pelos Estados Unidos, sobre a segurança dos cristãos no país. A comunidade local está em choque e exige respostas rápidas do governo. Já os pais aflitos aguardam notícias, enquanto as autoridades reafirmam o compromisso de garantir o retorno seguro dos estudantes.

Trump acusa Nigéria de perseguição religiosa e promete agir

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou nesta sexta-feira (31) a Nigéria de cometer graves violações da liberdade religiosa em uma publicação feita no seu perfil no Truth Social. Segundo ele, o cristianismo no país enfrenta “uma grande ameaça existencial”.

A declaração, que aconteceu poucos dias depois do encontro de Trump com Lula na Malásia, provocou reações imediatas tanto em Washington, capital dos EUA, quanto em Abuja, capital nigeriana. O governo da Nigéria negou as acusações, classificando-as como “infundadas e baseadas em desinformação disseminada por grupos com motivações políticas”.

A declaração de Trump

No post, o presidente afirmou que centenas de cristãos estariam sendo assassinados por islamitas radicais e que os Estados Unidos devem agir para impedir o avanço da violência. “Os Estados Unidos não podem ficar parados enquanto essas atrocidades acontecem na Nigéria e no mundo”, escreveu Trump. “Estamos prontos, dispostos e aptos para salvar nossa grande população cristã”.

De acordo com o republicano, sua administração teria colocado a Nigéria na lista de Países de Preocupação Especial, prevista na Lei Internacional da Liberdade Religiosa. Essa designação é usada quando o governo americano entende que uma nação está envolvida em violações sistemáticas, contínuas e flagrantes na questão da expressão religiosa.

No começo desse mês, o senador Ted Cruz já havia acusado publicamente a Nigéria de estar cometendo um genocídio contra cristãos, e pedia para que o caso fosse investigado e que os Estados Unidos sancionasse o país, como anda fazendo com vários outros.


Senador Ted Cruz em encontro com Trump (Foto: reprodução/Instagram/@sentedcruz)


As alegações de massacre de cristãos, contudo, não são comprovadas por dados oficiais e foram rejeitadas pelas autoridades nigerianas.

Conflito na Nigéria tem diversas causas

A violência no país africano é impulsionada por múltiplos fatores, que vão além das questões religiosas. Parte dos incidentes é motivada por disputas entre agricultores e pastores por recursos naturais escassos, além de tensões étnicas e comunitárias. Embora cristãos também sejam vítimas, relatos locais indicam que a maioria dos ataques recentes atinge comunidades muçulmanas do norte da Nigéria.

De acordo com o International Crisis Group, essas disputas têm se agravado com o avanço das mudanças climáticas e a instabilidade política da região. Especialistas alertam que, embora o governo americano possa impor sanções à Nigéria caso o diálogo diplomático não avance, a retórica de Trump pode acirrar tensões religiosas internas em um país que já enfrenta uma das crises humanitárias mais complexas do continente africano.

 

Tragédia em Mokwa: enchentes deixam ao menos 115 mortos no centro da Nigéria

Uma tragédia de grandes proporções atingiu o centro da Nigéria após chuvas intensas provocarem enchentes repentinas que já deixaram pelo menos 115 mortos, de acordo com informações atualizadas por autoridades de resgate nesta sexta-feira. O número de vítimas, que anteriormente era de 88, aumentou à medida que mais corpos foram sendo encontrados ao longo do Rio Níger, arrastados pela força da água.

Ibrahim Audu Husseini, porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Emergências (NEMA) no estado do Níger, relatou que as equipes continuam realizando buscas. “Até agora, recuperamos 115 corpos, mas acreditamos que esse número ainda pode aumentar. A enchente veio de longe, arrastando tudo em seu caminho — pessoas, casas, animais. Corpos continuam sendo encontrados mais rio abaixo.”

Detalhes sobre a tragédia

A tragédia teve início na noite de quarta-feira, quando uma tempestade violenta atingiu a cidade de Mokwa, arrastando casas inteiras em poucos minutos. Moradores foram pegos de surpresa. Umar Jamil, comerciante da região, relatou com tristeza a rapidez com que tudo aconteceu. “Tentamos avisar os vizinhos, batendo de porta em porta, mas antes que eles pudessem sair, a água já havia tomado tudo. Vimos muitos corpos boiando, mas era impossível ajudar. Foi um pesadelo”, contou ele por telefone.


Cidade de Mokwa submersa (foto: reprodução/x/@g1)

A estação chuvosa na Nigéria, que vai de abril a outubro, costuma causar transtornos, mas os efeitos das mudanças climáticas têm tornado os eventos climáticos mais intensos e imprevisíveis. Em 2022, uma enchente histórica deixou mais de 600 mortos e mais de um milhão de desabrigados no país.

Segundo as autoridades

Apesar de as autoridades de Mokwa esperarem enchentes este ano, elas acreditavam que seriam restritas às regiões próximas aos rios. Mokwa, por não estar localizada às margens do rio, não estava no radar de risco elevado. No entanto, a realidade mostrou-se muito mais grave do que o previsto.

Moradores agora cobram respostas e medidas efetivas. “Há muito tempo havia sinais de que isso poderia acontecer aqui”, lamentou Jamil. “A dor que essa enchente causou ao nosso povo é imensurável. Estamos de luto, mas também exigimos que algo mude para que tragédias como essa não se repitam.”

Meghan Markle aparece usando vestido de nome polêmico em viagem oficial

Meghan Markle adotou um vestido leve e veranil feito pela designer estadunidense Heidi Merrick para o evento de celebração de 10 anos dos Jogos Invictus, na Nigéria, um torneio esportivo fundado pelo príncipe Harry para os veteranos de guerra feridos. 

Além da beleza do look da duquesa, junto ao de seu marido que seguiu a mesma linha de cores e leveza, o nome do modelo usado por ela chamou atenção. A peça chama-se “Windsor”, mesmo sobrenome da família real britânica, com quem o casal aparenta ter uma relação polêmica e conflituosa com outros membros da família, inclusive o pai e irmão de Harry, que rejeitaram o convite do príncipe para comparecer à Nigéria.

O vestido


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Meghan Markle opta por vestido coral e leve em viagem à Nigéria (Foto: reprodução/Anadolu/ Getty Images)

O modelo escolhido por Meghan tem a cor coral e foi lançado em 2018, e não está mais disponível. Não há informações oficiais sobre a escolha do nome da peça, deixando a entender que é apenas uma coincidência. Na época em que era vendido, o vestido custava $572 dólares, em torno de R$2.950, transformado pelo atual valor do dólar. 

Além da saia esvoaçante, cintura e colo acinturados, belos recortes fazem parte da modelagem, deixando que uma parte das costas seja exibida. O príncipe Harry optou pelo linho numa camisa off white despojada.

Acessórios


Meghan Markle veste Heidi Merrick (Foto: reprodução/AFP/Kola Sulaimon/ Getty Images)


Nos acessórios, um relógio da grife Cartier foi o escolhido, junto com pulseiras, colar e brincos dourados. Na viagem, o casal visitou uma escola de educação infantil e foram vistos com os colares de coco tradicionais da Nigéria.

Não foi a única vez que a duquesa optou por uma peça Heidi Merrick, em abril de 2024, ela prestigiou o amado no Desafio de Polo do time Royal Salute vestindo um vestido branco de decote halter, assinado por Merrick.