Senado Federal aprova projeto que visa criar regras para mudanças climáticas no Brasil 

Na quarta-feira (15), o Senado Federal aprovou um projeto de lei que visa protocolar regras na criação de planos de adaptação durante mudanças climáticas no Brasil. A sugestão, por se tratar de um texto alternativo alterado pelas comissões do meio ambiente, constituição, justiça e cidadania, deve passar novamente por aprovação na Câmara dos Deputados.

O que se estabelece

O objetivo dessa resolução é diminuir os impactos ambientais, sociais, econômicos e também a infraestrutura que eventos catastróficos podem causar em cidades brasileiras. As adaptações deverão ser realizadas por um órgão federal com a União, estados e municípios. Também é determinado que grupos vulneráveis atingidos pelos eventos, setores econômicos e o setor privado devem participar dessa iniciativa. 


Votação do projeto no Senado Federal (Foto: reprodução/Roque de Sá/Agência Senado/Senado Notícias)

O texto afirma que a idealização dos planos será financiada pelo Fundo Nacional sobre Mudança Climática e prevê reconhecer e priorizar ações de combate aos desastres ambientais, incentivar o agronegócio a pesquisar e desenvolver novas maneiras para diminuir a emissão de carbono e definir as prioridades de operações em regiões mais vulneráveis. 

Ademais, as diretrizes estabelecidas serão executadas em três áreas de prioridades: na infraestrutura urbana e cidade, infraestrutura nacional com suporte em transportes, energia e comunicação, e na infraestrutura da natureza, e também conterão medidas para gestão de risco. 

Os municípios mais propícios a sofrerem com esses desastres terão prioridade maior no plano, que terá o prazo de um ano para sua elaboração e formulação de prazos. 

Projeto em análise há três anos

O projeto ambiental encontrava-se em trâmite no Congresso há cerca de três anos, foi aprovado pela Câmara em 2022 e analisado pela Comissão do Meio Ambiente, recebendo autorização em fevereiro deste ano. A tragédia que atingiu o Rio Grande do Sul nas últimas semanas colocou uma pressão maior para a análise rápida da proposta. 


Brigada militar realizando resgates no RS (Foto: reprodução/Instagram/@brigadamilitaroficial)

O senador Jaques Wagner afirmou em seu relatório que a tragédia é um exemplo dos diversos eventos climáticos que vêm atingindo o mundo e por isso a necessidade de criar um plano maior de prevenção.  

“A inundação dos municípios gaúchos não foi um evento isolado. Tempestades e nevascas com maior intensidade têm ocorrido em diversos pontos da Terra, bem como incêndios de imensa magnitude no Canadá, na Europa e na Austrália, em tempos recentes”

Jaques Wagner

O projeto foi aprovado com somente um voto contrário do senador Flávio Bolsonaro, que revelou sua preocupação com o excesso de poder dos órgãos ambientais, o projeto ainda não tem data para a nova sessão na Câmara dos Deputados. 

Guaíba volta a subir e chega aos 4,7 metros após nova onda de chuva

Após uma queda na quinta-feira (9), o nível da água do lago Guaíba, que transbordou e inundou Porto Alegre, voltou a subir na manhã de sábado (11), o aumento foi ocasionado pela chuva dessa sexta-feira (10) que atingiu a capital gaúcha. 

Aumento do nível da agua

A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, também conhecida pela sigla ANA, informou que o nível do lago subiu certa de 10 centímetros entre as 8h E 9h, passando de 4,6 metros para 4,7 metros. 

A mediação da ANA realizado no cais Mauá revelou que esse foi o aumento mais significativo do nível do Guaíba desde quando a queda dos 5 metros, nessa última quinta-feira (9). 


Porto Alegre afetada pela chuva(Foto: reprodução/ Gilvan Rocha/Agência Brasil)

O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), comunicou que nas últimas 24 horas choveu cerca de 38,3 milímetros sobre Porto Alegre, com a expectativa que a chuva continue no fim de semana, a previsão é que o volume da chuva alcance os 150 milímetros no estado. 

Expectativas do final de semana

Especialistas concluem que há a alta possibilidade de ocorrer um ‘’repique’’ por conta das chuvas esperadas para esse final de semana fazendo que a marca possa retornar aos 5 metros, o caso pode ser ainda pior caso o vento que sopra do Sul se confirme, elevando o nível por mais 20 centímetros. 


Guaíba pode chegar a 5 metros nesse fim de semana(Foto: reprodução/ Gustavo Mansur/ Palácio Piratini)

“Com essas chuvas, a gente tende a voltar acima dos 5 metros. Provavelmente, em limiares, que a gente já atingiu ali entre 5 metros, 5,30 metros”, explica o hidrólogo da Sala de Situação do governo do RS, Pedro Camargo. 

Tragedia no estado

O estado chegou ao número de 136 mortes causadas pelos temporais e cheias, também foi divulgado pela defesa civil do Rio Grande do Sul, que a 125 pessoas desaparecidas, 756 feridas, 441,3 mil pessoas fora de casa e 1,95 milhão de cidadãos afetados, desse total, há 71,3 mil pessoas em abrigos e 339,9 mil desalojadas (vivendo em casa de amigos ou parentes). 

Líder de guarda-costas de Zelensky é demitido após tentativa de assassinato 

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, demitiu o chefe de guarda-costas, responsável por sua segurança. A demissão se deve à tentativa de assassinato ao líder do país e dois dos seus guarda-costas podem ter sido responsáveis por este crime.

O anúncio da demissão de Serhii Rud, o chefe do Serviço da Guarda de Estado (UDO), foi feito através de um decreto publicado pelo site da presidência do país. A razão da demissão não foi publicada. 

A segurança do presidente da Ucrânia 

De acordo com a mídia ucraniana, Ukrinform, Serhii Rud foi nomeado para ser o guarda-costas principal do presidente Zelensky em outubro de 2019. 

O Serviço da Guarda de Estado é responsável pela segurança do presidente do país, bem como também a segurança de funcionários do Estado e serviços de proteção de edifícios administrativos. 

No início desta semana, dois oficiais de segurança, que supostamente estão envolvidos em uma conspiração russa para assassinar o presidente da Ucrânia, foram detidos.

A tentativa de assassinato

Dois coronéis da UDO foram acusados ​​pelo gabinete do Procurador-Geral da Ucrânia de se envolverem em atividades contra a Ucrânia em troca de dinheiro. Ambos enfrentam acusações de traição, sendo que um deles também é acusado de planejar um ato terrorista.

O Serviço de Segurança Estatal de Kiev (SBU) afirmou ter impedido planos de assassinato contra o presidente Zelensky e outros altos funcionários, como o chefe da SBU, Vasyl Maliuk, e o chefe da Inteligência de Defesa da Ucrânia, Kyrylo Budanov.


Volodymyr Zelensky durante sua visita à linha de frente da Ucrânia (Reprodução/UKRAINIAN PRESIDENTIAL PRESS SER/REUTERS)

De acordo com a promotoria, um dos suspeitos recebeu dois drones e munições do Serviço de Estado da Rússia (FSB), que transferiria as armas para outro cúmplice e assim, uma explosão seria realizada. Essa não é a primeira vez que Zelensky sofre uma tentativa de assassinato. Desde fevereiro de 2022, que foi o início da invasão em grande escala da Ucrânia , o presidente sofre atentados contra sua vida.

Além disso, o presidente da Ucrânia também sofreu tentativas de ataque durante suas visitas às linhas de frente e municípios ucranianos que estavam sob bombardeio russo.  

Pesquisa aponta falta de preparo para eventos climáticos extremos

Em recente pesquisa realizada pela confederação Nacional dos municípios (CNM) com dados obtidos pelo G1, foi revelado que a maioria dos municípios brasileiros estão despreparado para lidar com eventos climáticos extremos, como a calamidade que atingiu o Rio Grande do Sul. 

Pesquisa da CNM

O levantamento foi feito entre 1 de dezembro de 2023 a 24 de janeiro de 2024, nela 3.590 prefeituras dos 5.570 municípios brasileiros responderam à pesquisa intitulada “Emergência Climática”. 

A pergunta central do estudo foi o questionamento sobre o município estar preparado para o aumento de eventos climáticos extremos, foi obtido esse resultado: 

  • Não: 68%; 
  • Sim: 22,6%; 
  • Desconhece as previsões de eventos climáticos que poderão afetar o seu município: 6%; 
  • Não respondeu: 3,4%. 

Segundo a pesquisa, a maioria dos municípios (43,7%) afirmaram não possui profissionais responsáveis ou um setor especializado para monitorar diariamente as áreas sob riscos de desastres na região, já 38,7% indicaram ter acesso a tais recursos. 

O presidente do CNM, Paulo Roberto Ziulkoski, informou que a falta de apoio aos municípios e investimentos para o combate conta os desastres naturais e principal motivo da falta de preparo, segundo ele, o governo faz com que os prefeitos tenham que atuar de maneira isolada no início das tragedias. 


Presidente da CNM, Paulo Ziulksoki (Foto/reprodução/CNM)

“Infelizmente, a situação se repete a menos de um ano, pois não podemos nos esquecer que em setembro de 2023 os municípios gaúchos foram afetados por ciclone extratropical. É incalculável o valor das vidas perdidas, e os prefeitos são obrigados a lidar, novamente, com os prejuízos e com o socorro à população”, Comentou. 

Vitimas de desastres no Brasil

Em análise realizada pelo Ministério do Desenvolvimento Regional revelou que o Brasil registou 4.728 mortes provocadas por desastres naturais durante o período de 1991 a 2022. 

O ano com maior número de óbitos foi 2011, com 957 vítimas, cerca de 900 pessoas morreram em deslizamentos, enxurradas e desabamentos quando forte chuvas atingiram cidades da região serrana do Rio de Janeiro, como Teresópolis e Nova Friburgo. 

Lira convoca comissão para analisar emendas para combate a desastres

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) convocou para a próxima quarta-feira (8) uma comissão especial para analisar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC). O projeto reserva 5% das emendas parlamentares para combater desastres naturais.

PEC

A decisão da instalação da comissão especial para a próxima quarta-feira (8) ocorre depois das fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul desde segunda-feira (25). A PEC estabelece que a reserva de 5% do valor disponibilizado para as emendas deverá ser feita para o enfrentamento de emergências naturais.

O valor deverá ser destinado ao órgão federal competente, que fará o repasse às unidades da Federação quando houver desastres naturais. Em suas redes sociais, Arthur Lira se solidarizou com a população atingida pelas enchentes e prestou apoio ao governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB).

A Câmara dos Deputados está à disposição para aprovar medidas emergenciais que possam auxiliar o governo e o povo do RS a superarem esse momento difícil e doloroso. Determinei ainda a instalação de uma Comissão Especial que vai analisar a proposta de emenda à Constituição (PEC 44/23) que reserva 5% das emendas individuais ao Orçamento para o enfrentamento de catástrofes e emergências naturais”

Arthur Lira, presidente da Câmara

A comissão especial para a análise da PEC contará com 34 membros efetivos e o mesmo número de suplentes. Caso não haja irregularidades que expliquem o uso das verbas, o texto indica que os valores devem ser revertidos aos parlamentares no quarto ano da legislatura.

Autor da PEC 44/23, o deputado Bibo Nunes (PL-RS) tem cobrado a análise da PEC, apresentada há sete meses, em suas redes sociais. Tendo sido aprovada, a proposta vai agilizar o envio das verbas para os lugares afetados por catástrofes e emergências naturais.

O deputado esclareceu ainda que a PEC faz com que o deputado federal e o senador tenham 5% das suas emendas disponíveis para uso imediato. Bibo Nunes citou que no caso da tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul, as emendas já poderiam ter sido enviadas, uma vez que o processo é demorado.

Fortes chuvas no Sul

Nesta sexta-feira (3), em uma contagem divulgada pelo governo do Rio Grande do Sul, 39 pessoas morreram em decorrências das enchentes que atingiram mais de 130 municípios do estado. Apesar da torcida para não haver mais estragos na região, o Rio Grande do Sul segue com o alerta de mais chuva neste fim de semana, conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).


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Municípios do Rio Grande do Sul são atingidos por fortes chuvas (Foto: reprodução/Anselmo Cunha/Getty Images Embed)


Além dos óbitos, temporal no Rio Grande do Sul registrou 74 feridos e outros 74 desaparecidos. Em números atualizados da Defesa Civil, 8.168 pessoas estão em abrigos e 24.080 estão desalojadas, na casa de amigos ou familiares. Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, diz que números ainda podem mudar ao longo dos dias.

Chuvas em Dubai provoca cancelamentos de voos e paralisação de atividades

Nesta quinta-feira (02), os Emirados Árabes Unidos voltaram a registrar chuvas intensas na região. Essa precipitação aconteceu depois do temporal forte que atingiu o país duas semanas antes e que causou inundações e a morte de 4 cidadãos, o clima também provocou estragos no país vizinho Omã, que registrou o falecimento de 9 pessoas e 10 crianças que tiveram o ônibus escolar arrastado pela água. 

Para evitar mais possíveis tragédias, a cidade de Dubai optou pelo fechamento das escolas e orientou a população para que trabalhem em casa, entre a quinta e sexta-feira (03). Além disso, a companhia aérea Emirates Airlines cancelou e atrasou diversos voos pensando na segurança dos civis e turistas que estavam presentes no aeroporto da cidade.


Inundação em Dubai (Foto: reprodução/GIUSEPPE CACACE/AFP/Getty Images Embed)


Volume grande de chuva

Dubai registrou cerca de 20 milímetros de água durante 12 horas, o número, apesar de ser menor do que o apresentado há duas semanas atrás, ainda é o dobro do que a cidade está acostumada. Já Abu Dhabi catalogou 34 milímetros de chuva em 24 horas, resultado recorde da região também. 

As autoridades, ao receberem o aviso de perigo, imediatamente começaram o processo de informar a população e preparar o local. Segundo reportagem da CNN, trabalhadores cooperaram com os órgãos, abrindo bueiros um dia antes da tempestade e os moradores tomaram o cuidado de ficar em casa após receberem um alerta de emergência pelo celular.


Pessoas tentando escapar das enchentes (Foto: reprodução/Stringer/Anadolu/Getty Images Embed)


Também foi confirmado que estradas foram fechadas pelo risco de inundações e os habitantes foram orientados a se afastarem de áreas com desertos, montanhas e mares.  

Mudanças climáticas

Evidências científicas comprovaram que as mudanças climáticas que o mundo vem enfrentando podem ser as responsáveis pelos números altos de temporais nos Emirados Árabes Unidos e Omã. 

Segundo um relatório divulgado pelo World Weather Attribution, o fenômeno do El Niño, que se caracteriza por um aquecimento natural do Pacífico Central e que altera o clima do mundo, foi responsável pelo temporal nos Emirados, mas o aquecimento global teria feito o fenômeno ficar ainda mais intenso.  

Cientistas acreditam que as chuvas continuarão fortes na região, e conforme dados analisados, a precipitação pode ser três vezes maior do que as apresentadas no período pré-industrial. 

São Paulo pode vivenciar recorde histórico de calor em maio

Na tarde da última quarta-feira (1º), o Instituto Nacional de Meteorologia registrou a temperatura máxima de 31,3 °C na cidade de São Paulo. De acordo com o Climatempo, essa pode ser considerada uma das tardes mais quentes que o município já teve.


Vista aérea da Avenida Paulista (Foto: reprodução/Gabriel Ramos/Unsplash)

Recordes de altas temperaturas

Segundo o Climatempo, a previsão da máxima para esta quinta-feira (2) foi de 33º em São Paulo. Essa temperatura é um recorde histórico de calor para a capital paulista. Desde que se iniciaram as medições meteorológicas regulares no Mirante de Santana em 1943, os termômetros não haviam marcado temperaturas acima de 31,7ºC no mês de maio.

Dados do Inmet mostram que em outros quatro diferentes anos houve altas temperaturas registradas em um dia de maio na cidade. Em 2003, os termômetros marcaram 30,1ºC e em 2010 e em 2024, São Paulo vivenciou um calor de 31,3ºC. A maior temperatura que já havia sido registrada até esta quinta-feira ocorreu em 03 de maio de 2001, quando os termômetros chegaram a 31,7ºC.


Termômetro em uma rua de São Paulo marcando 33ºC (Foto: reprodução/Paulo Pinto/Agência Brasil)

Madrugada quente e mínimas também altas

A madrugada da última quarta foi a mais quente de maio desde 1961, de acordo com o Climatempo. Além disso, o veículo informa que a temperatura mínima do dia 1º de maio foi de 20,9ºC, um recorde para o mês desde 2019, quando a mínima foi de 20,8ºC. A média das temperaturas mínimas para o mês é de 14,7ºC.

O país enfrenta uma onda de calor desde o último dia 22 de abril e, segundo o Climatempo, ela deve persistir até 10 de maio. O veículo analisa que as altas temperaturas são fora do comum e que elas já atingiram níveis excepcionais, principalmente nas regiões centrais do Brasil. Nesse cenário, a população experimenta temperaturas típicas do verão durante o outono brasileiro.

Rio Grande do Sul anuncia calamidade pública após chuvas intensas e prejuízos

Na última quarta-feira (01), o Rio Grande do Sul anunciou que o estado entrará em situação de calamidade pública pelos temporais fortes que a região vem enfrentando desde segunda-feira (29). A declaração foi divulgada no Diário Oficial do Estado afirmando que a tragédia provocada por chuvas intensas, granizo, inundações e vendavais é classificada como desastre de nível três, quando se apresentam diversos danos. 

O decreto afirma que os episódios geraram perdas humanas, materiais e ambientais, além do comprometimento do funcionamento de instituições públicas. Ademais, o documento autoriza que os órgãos de administração pública estadual prestem auxílio a população e que os municípios podem requerer o mesmo decreto que será homologado pelo Estado.


Anúncio do decreto em redes sociais (foto: reprodução/X/@governo_rs)

Declaração do Governador

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, declarou em coletiva de imprensa que este seria o maior desastre do estado, e que as consequências já são maiores do que as ocorridas em 2023. “Infelizmente, a situação deste ano deverá ser pior que a de 2023. Veremos ainda um aumento nos níveis dos rios devido às chuvas. Então, é crucial que as pessoas se protejam e busquem abrigo em locais seguros, longe do perigo das inundações”, informou Leite. 


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Enchente ocorrida em 2023 (foto: reprodução/Getty Images Embed/Anderson Coelho)


Eduardo também expôs as dificuldades enfrentadas pelas equipes de resgate para ajudar as pessoas devido as condições do clima, e mostrou a importância do coletivo para enfrentar a situação.

“Nós não teremos capacidade de fazer todos os resgates, porque está muito mais disperso nesse evento climático que a gente está vivenciando. E com dificuldades, porque ali as chuvas não cessam. O estado tem tido dificuldades para acessar as localidades”.

Eduardo Leite em coletiva

O governador pediu para que os moradores de locais de riscos deixem suas casas e procurem abrigos, e que tomem cuidado com as áreas de encostas suscetíveis a deslizamentos. Ele encerra pedindo a todos que não se exponham aos locais afetados pelo temporal. 

Pedido de ajuda

Eduardo Leite chegou a protocolar um pedido de ajuda federal ao presidente Lula. Ele obteve o auxílio da Força Aérea, mas os helicópteros encontraram dificuldades no resgate pelo clima. O presidente confirmou que pretende ir ao Rio Grande do Sul ainda nesta quinta-feira (02) para prestar apoio. 

O estado ainda enfrenta o medo pela ameaça de rompimento da barragem Quatorze de Julho em Serra. Se as chuvas continuarem, o risco pode ser alto para os municípios próximos. Leite mencionou que um plano de evacuação começou a ser traçado.  

As chuvas fortes deixaram 13 mortos e 21 desaparecidos na região, onde mais de oito mil moradores tiveram que abandonar seus lares. O decreto de calamidade pública deverá prevalecer durante 180 dias a partir do dia primeiro de maio. 

Microexplosões atmosférica podem causar aumento de chuvas na Região Sul

Segundo meteorologistas, a Região Sul deve enfrentar um fenômeno chamado de microexplosão atmosférica e fortes tempestades nesta quinta-feira (02). O Sul do país vem sofrendo com temporais desde a segunda-feira (29) que já causaram mortes e estragos em algumas cidades, mas isso pode aumentar muito com o fenômeno. 

Microexplosões

As microexplosões são casos onde uma alta corrente de vento se desprende das nuvens de tempestade e atinge o solo, elas costumam ocorrer quando existe uma divergência envolvendo a temperatura e a mudança na direção dos ventos de uma região. Os estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul serão os mais afetados pelo fenômeno natural, podendo apresentar prejuízos e perigos grandes. 


Corpo de bombeiros salvando vítimas do temporal (Foto: reprodução/Instagram/@cbmrsoficial)


O meteorologista Marcelo Schneider do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) informou ao Jornal Nacional que uma microexplosão aconteceu na cidade de Santa Cruz do Sul (RS), no último sábado (26). O município é um dos mais atingidos pelos fortes temporais da região, com diversos pontos de inundação, casas ilhadas e ruas bloqueadas pelos destroços da chuva, até agora três mortes já foram confirmadas pela cidade. 

A previsão para a quinta é de chuvas acima de 100 milímetros, podendo chegar a 200 milímetros. As rajadas de vento serão de até 100 km/h, com alta probabilidade de raios, granizos e outras inundações, além de transbordamento de rios e deslizamentos. Essas mudanças podem ser mais fortes devido à chegada de uma frente fria em Santa Catarina.

O tempo em outras regiões

Outras regiões do Brasil também enfrentam chuvas, mas com menos intensidade das apresentadas no Sul. O Norte do país tem previsão para 25 milímetros de chuva que deverá atingir os estados do Macapá, Boa Vista, Manaus e Belém.


Alagamento ocasionado pelas chuvas (Foto: reprodução/Instagram/@governo_rs)

As chuvas também aparecerão no Nordeste, mais especificamente em Fortaleza, Maceió, Aracaju e São Luís, o Centro-Oeste e Sudeste devem apresentar tempo ensolarado com calor, resultado de um bloqueio atmosférico que dificulta a passagem da frente fria, fazendo com que elas fiquem no Sul. 

Para o mês de maio, é previsto que o calor domine o país, o frio deverá iniciar na última semana do mês no Rio Grande do Sul e no leste de São Paulo. 

Donald Trump faz críticas ao Brasil em entrevista

Donald Trump concedeu uma entrevista para a revista Time divulgada na terça-feira (30), onde conversou sobre seu plano de governo caso seja eleito nas eleições de novembro. O americano, que disputa a presidência contra Joe Biden, respondeu perguntas sobre aborto, imigração, a Guerra na Ucrânia e ainda criticou a proteção comercial do Brasil.

Críticas ao Brasil

O republicano ao falar sobre a economia repreendeu fortemente o comércio brasileiro, para ele, o país é difícil de lidar quando o assunto são suas transações mercantis. 

“O Brasil é muito difícil no comércio. O que eles fazem é cobrar muito para entrar. Eles dizem, não queremos que você envie carros para o Brasil ou que envie carros para a China ou Índia. Mas se você quiser construir uma fábrica dentro do nosso país, tudo bem e empregar nossa gente”

Donald Trump para a Time

Propagandas para a campanha de Trump (Foto: reprodução/Chip Somodevilla/Getty Images Embeed)


O ex-presidente ainda afirmou que as tarifas para entrar em solo brasileiro são muito altas, e que a China e a Índia também são países árduos para negociar.

Outros planos de governo

Trump também discutiu sobre seus planos para os Estados Unidos caso seja eleito, sobre a imigração ele afirma que cogita fazer deportações em massa de imigrantes ilegais, e não descarta a possibilidade da criação de campos de detenção. 


Donald Trump durante campanha (Foto: reprodução/Alex Wong/Getty Images Embeed)


Nas questões envolvendo o aborto, Donald diz que não possui planos para vetar uma lei federal que restrinja o aborto, para ele esse monitoramento agora cabe aos estados que optarem por proibir a prática.  

Sobre a guerra da Ucrânia, o americano acredita que inimigos internos são mais perigosos do que os estrangeiros e que pretende aumentar as taxas de importação para outros países. Ele termina a entrevista comunicando que aspira perdoar os participantes condenados por invadir o Capitólio em 2021, e que saíra vitorioso nas urnas.