Bolsonaro pede que Dino e Zanin sejam barrados de seu julgamento

A defesa de Jair Bolsonaro solicitou que os ministros do STF Flávio Dino e Cristiano Zanin sejam barrados do julgamento do ex-presidente referente à trama de golpe de Estado. O pedido, realizado nesta terça-feira (25), utiliza como argumento o fato de ambos os ministros já terem movido ações na Justiça contra Bolsonaro.

A análise do pedido de Bolsonaro pelo colegiado do STF ainda não tem data pré-estabelecida nem divulgada.

Caso Dino

No caso do ministro Flávio Dino, o advogado de Bolsonaro, Celso Villardi, argumentou que, em 2021, quando Dino era governador do Maranhão, ele moveu uma ação na Justiça contra Bolsonaro. A ação foi do tipo queixa-crime, ou seja, acusou Bolsonaro de um ataque à honra do então governador.

Flávio Dino moveu a ação após Bolsonaro, em visita ao Maranhão, acusá-lo de não utilizar a Polícia Militar para melhorar a segurança do Estado.

Não é lícito ao juiz presidir nenhum processo que envolva a parte ou advogado com quem litiga, na medida em que se trata de impedimento absoluto, pois ligado às partes ou seus representantes, razão pela qual existe a real possibilidade de comprometimento da neutralidade e da imparcialidade em relação a quaisquer causas que porventura os envolvam”

Celso Villardi destacou.


Ministro Flávio Dino (Foto: Reprodução/Andressa Anholete/Getty Images Embed)


Caso Zanin

No caso de Cristiano Zanin, a defesa de Bolsonaro alega que o ministro já se deu por impedido de julgar Bolsonaro em uma ocasião. Zanin havia solicitado que fosse impedido de julgar Bolsonaro no julgamento que o tornou inelegível.

Na época, Zanin atuava como advogado do grupo Esperança, que havia movido uma ação contra a chapa Bolsonaro-Braga Netto devido a uma reunião com embaixadores estrangeiros da qual os dois participaram. No encontro, Bolsonaro teria divulgado informações falsas sobre o processo eleitoral e a segurança das urnas eletrônicas.

Este foi exatamente o caso que tornou Bolsonaro inelegível. Por isso, Zanin, que já estava envolvido no caso como advogado, havia pedido que fosse retirado do julgamento.


Ministro Cristiano Zanin (Foto: Reprodução/Mateus Bonomi/ Getty Images Embed)


Pedido de transferência do julgamento

No momento, a Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux, será responsável pelo julgamento de Bolsonaro pelos crimes pelos quais ele foi indiciado.

No entanto, Celso Villardi pede que Bolsonaro seja julgado pelo plenário do Supremo, e não pela Primeira Turma. O advogado alega que, pelo fato de os crimes imputados a Bolsonaro terem sido supostamente cometidos enquanto ele ainda era presidente, o julgamento caberia ao plenário.

Villardi argumenta que, de acordo com a Constituição, o plenário é responsável por julgar infrações comuns cometidas pelo presidente da república. 

Rússia recusa tropas europeias na Ucrânia e reforça postura contra interferência ocidental

O aviso foi feito nesta terça-feira (25), pelo porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, fazendo com que a possibilidade de interferência externa no conflito aumentasse. A polêmica foi causada pela declaração de Donald Trump de que tanto ele, como Vladimir Putin, concordariam em relação à tropas de paz na Ucrânia, desde que um acordo de paz para o fim da guerra fosse assinado.

“Sim, ele aceita isso. Perguntei diretamente a ele e ele não tem problemas com isso”, disse Trump a jornalistas.

Peskov, porém, não se opôs ao presidente norte-americano, mas frisou que a posição da Rússia não se alterou. “Há uma posição sobre esse assunto que foi expresso pelo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Lavrov. Não tenho nada a acrescentar a isso e nada a comentar. Deixo isso sem comentários”, disse o porta-voz.


Presidente Trump assina ordens executivas em Mar-a-Lago em Palm Beach, Flórida (Foto: reprodução/Joe Raedle/Getty Images Embed)


Moscou considera a presença da Otan uma provocação 

Para Moscou, qualquer presença militar ocidental na Ucrânia é considerada uma provocação aberta. Na semana passada, Lavrov advertiu que qualquer envio de tropas estrangeiras, mesmo sob bandeira neutra, seria considerada “uma ameaça direta” à soberania russa.

Os russos temem que eventual entrada de tropas europeias ou tropas de aliados dos Estados Unidos aumentem ainda mais a conflagração, arrastando a guerra para um confronto direto com o atlântico norte, que Moscou tenta evitar a todo custo.

Caminho para a paz ainda parece distante

A guerra na Ucrânia já dura mais de dois anos, e as tentativas de paz seguem emedadas em interesses políticos e estratégicos.

Enquanto os países ocidentais pressionam por negociações diplomáticas e fornecer apoio militar à Ucrânia, a Rússia se apoia na afirmação de que qualquer solução precisa respeitar suas condições.

Segundo especialistas, as declarações de Trump e a resposta russa mostram que um cessar-fogo continua muito distante de se tornar uma realidade.

O mundo, portanto, continua atento e espera por novos desdobramentos que levem a afirmações mais convincentes, além daquelas que sempre foram colocadas como betoneira em busca de um caminho para a paz.

STF reage a ataques e cobra resposta diplomática à ofensiva de Musk e aliados de Trump

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão preocupados. Para eles, os recentes ataques de Elon Musk e de apoiadores de Donald Trump contra Alexandre de Moraes não são apenas ataques individuais, mas sim uma tentativa de enfraquecer a instituição como um todo. Diante disso, eles passaram a defender uma resposta mais firme do governo brasileiro, para deixar claro que a relação entre Brasil e Estados Unidos precisa ser baseada no respeito mútuo.

O Supremo na mira

A tensão é grande dentro do STF. Um ministro da Primeira Turma, grupo do qual Moraes faz parte, explica que a ofensiva contra o ministro faz parte de um plano maior para enfraquecer o Judiciário brasileiro.

Para esses magistrados, não dá para ficar só assistindo. É preciso reagir com inteligência, usando os meios institucionais disponíveis. A ideia é que o Brasil mostre ao mundo que respeita suas instituições e espera o mesmo dos Estados Unidos.


Supremo Tribunal Federal (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)


Acusações sem provas e pressão política

Musk, que tem boas conexões com aliados de Trump, usou sua rede social para espalhar informações de um perfil anônimo sobre supostas retiradas de investimentos de Moraes nos Estados Unidos.

Nada foi comprovado, mas isso não impediu que grupos conservadores no Congresso Americano tentassem barrar a entrada do ministro no país.

Os ministros do STF acreditam que esse movimento não pode ser ignorado. Nos bastidores, o Itamaraty já trabalha para reforçar a imagem da Corte como um pilar da democracia brasileira.

Desde novembro de 2024, diplomatas brasileiros têm conversado com políticos e influenciadores nos Estados Unidos para garantir que o STF seja compreendido e respeitado.


Elon Musk e Donald Trump em Butler, Pensilvânia (Foto: reprodução/Anna Moneymaker/Getty Images Embed)


A necessidade de uma resposta oficial

A situação é delicada. Qualquer reação pode ser interpretada como uma tentativa de politizar ainda mais a crise. Mesmo assim, ministros do STF defendem que o governo brasileiro deve agir.

A estratégia passa por reforçar os laços entre Brasil e Estados Unidos em diversas áreas, principalmente na Justiça e na segurança. Os dois países possuem acordos importantes nesse campo, e os ministros querem garantir que essa parceria continue baseada no respeito às instituições.

O grande temor dentro do STF é que essa crise comprometa a autonomia do Judiciário e cause instabilidade institucional no Brasil.

Luigi Mangione enfrenta novas acusações no caso do assassinato do CEO da UnitedHealthcare

O caso sobre o assassinato do CEO da UnitedHealthcare,ganhou um novo desdobramento, tendo novas denúncias contra Luigi Mangione. O crime aconteceu durante um evento corporativo em dezembro de 2024, chocando o setor empresarial e gerando grande repercussão pública. Diante de novas denúncias e um julgamento próximo, o caso levanta questionamentos sobre segurança corporativa, saúde mental e os impactos do sistema de saúde na sociedade.


Luigi Mangione, suspeito de assassinar o CEO Brian Thompson da UnitedHealthcare (Foto: Reproduçãp/Instagram/@msnbc)

Reviravolta no caso

Luigi Magione, de 26 anos, compareceu ao tribunal em Manhattan para enfrentar novas acusações, relacionadas ao assassinato de Thompson. O crime ocorreu no final do ano de 2024, quando o CEO foi baleado durante um evento corporativo. Agora, além das acusações iniciais, Mangione responde por homicídio qualificado e perseguição, ampliando a gravidade do caso.


Luigi Mangione no tribunal de Nova York para audiência (Foto: Reprodução/Instagram/@msnbc)

Durante a audiência, os promotores apresentaram novos elementos que fortaleceram as suspeitas contra Mangione. A polícia descobriu registros eletrônicos e transações bancárias suspeitas, que reforçam um possível planejamento premeditado do crime. As autoridades afirmam que essas evidências serão cruciais para conectar diretamente o acusado ao atentado. As novas acusações indicam a possibilidade de um esquema maior, além de um ato isolado.

Impacto e repercussão

O caso gerou repercussão pública, com diversas manifestações nas redes sociais. Enquanto alguns condenam Mangione, por outro lado, outros o transformaram em um símbolo de revolta contra o sistema de saúde dos EUA. Em paralelo, vários debates sobre segurança corporativa e saúde mental ganham força, levantando questões sobre o impacto da pressão do setor na sociedade. O julgamento promete ser um dos mais acompanhados do ano, podendo influenciar discussões sobre crime, justiça e os desafios da indústria de seguros.

Mauro Cid diz que Michelle Bolsonaro ‘quase pirou’ ao ver a mudança no Palácio da Alvorada

De acordo com a delação premiada de Mauro Cid, a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, entrou em desespero ao ver a mudança sair do Palácio da Alvorada nos dias finais do mandato de Jair Bolsonaro.

Além disso, o ex-ajudante de ordens também afirmou que Michelle, em pânico, pediu que fosse tomada alguma medida diante da iminente saída de Bolsonaro do poder.

Ela falava pra gente fazer alguma coisa, tinha que fazer alguma coisa

Disse Cid em depoimento à Polícia Federal.


Depoimento de Mauro Cid acerca do envolvimento de Michelle Bolsonaro (Reprodução/Youtube/UOL)


Menção de outras pessoas

Além de Michelle Bolsonaro, os nomes de Eduardo Bolsonaro, Magno Malta, Onyx Lorenzoni, Gilson Machado e o general Mário Fernandes foram apontados como agentes que tentaram fazer com que a posse presidencial não fosse transferida de Bolsonaro.

Cid disse que o último citado, o general Mário Fernandes, era o que mais pressionava generais e militares a realizarem o golpe de estado.

Ele ia falar com generais, falava com o comandante do Exército, Freire Gomes, tentando convencê-los. Ele era muito ostensivo, escrevia nos grupos de WhatsApp militar sobre isso

Mauro Cid

Além disso, ele também afirmou que a insistência para o golpe era tanta que Fernandes quase foi punido pelo alto comando do exército.

O ex-ministro do turismo, Gilson Machado, teria sido um dos principais nomes a incentivar Bolsonaro a deixar o Brasil antes da posse do presidente Lula. Para isso, ele teria vazado informações para a imprensa com o objetivo de pressioná-lo e criar um conflito dentro do núcleo interno de contatos de Bolsonaro.

Bolsonaro Indiciado

O ex-presidente é investigado por supostamente pedir a emissão de um cartão de vacina falso para ele e para a filha, Laura Bolsonaro. O indiciamento foi feito com base em uma outra delação de Mauro Cid.

A Polícia Federal também indiciou Jair Bolsonaro pela venda ilegal de joias recebidas pelo governo brasileiro do governo saudita. De acordo com a legislação brasileira, estas joias deveriam ter sido incorporadas ao patrimônio da união.

Segundo as investigações, os bens teriam sido comercializados nos Estados Unidos. Desta forma, quando o caso veio a público, alguns aliados de Bolsonaro teriam tentado recomprar as joias e devolvê-las ao governo brasileiro.

Os itens recebidos por Bolsonaro como presente incluem um relógio Rolex de ouro branco, um anel, abotoaduras e um rosário islâmico.

Os dois casos se encontram em fase final de análise da Procuradoria Geral da República (PGR). O ex-presidente também é investigado por suspeita de envolvimento em uma trama golpista contra o estado democrático de direito. A Polícia Federal indiciou, em 2022, Bolsonaro e outras 39 pessoas no inquérito que investiga as conspirações.

O Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, tornou, nesta quinta-feira (20), públicos os depoimentos da delação premiada de Mauro Cid. O tenente-coronel firmou um acordo com a Polícia Federal, em que revelou informações comprometedoras acerca de Bolsonaro e seu círculo próximo.

Mauro Cid diz que Bolsonaro pediu a emissão de um cartão de vacina falso para ele e para a filha

O tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, revelou, em sua delação premiada, que Bolsonaro teria pedido a emissão de cartões de vacinação falsos para si e para sua filha. 

Quando os investigadores questionaram diretamente se o ex-presidente havia solicitado um cartão para ele e para a filha Laura, Cid afirmou:

[Bolsonaro disse] “Faz pra mim e pra Laura”

Mauro Cid

A Procuradoria-Geral da República (PGR) está concluindo a análise dos casos para determinar se apresentará ou não denúncias contra os investigados.


Vídeo em que Cid fala sobre a fraude (vídeo: reprodução/Youtube/X9 News)

Outros indiciamentos de Bolsonaro

A Polícia Federal também indiciou Jair Bolsonaro pela venda ilegal de joias recebidas pelo governo brasileiro do governo saudita. De acordo com a legislação brasileira, estas joias deveriam ter sido incorporadas ao patrimônio da união.

Segundo as investigações, os bens teriam sido comercializadas nos Estados Unidos. Desta forma, quando o caso veio a público, alguns aliados de Bolsonaro teriam tentado recomprar as joias e devolvê-las ao governo brasileiro.

Os itens recebidos por Bolsonaro como presente incluem um relógio Rolex de ouro branco, um anel, abotoaduras e um rosário islâmico.

Este caso também está em fase final de análise da PGR.

Além disso, o ex-presidente também é investigado por suspeita de envolvimento em uma trama golpista contra o estado democrático de direito. A Polícia Federal indiciou, em 2022, Bolsonaro e outras 39 pessoas no inquérito que investiga as conspirações.

Dando prosseguimento à execução do plano criminoso, o grupo iniciou a prática de atos clandestinos com o escopo de promover a abolição do Estado Democrático de Direito, dos quais Jair Bolsonaro tinha plena consciência e participação ativa

Foi o que relatou a PF.

Delação de Mauro Cid

A maioria das informações utilizadas como base para as investigações de Bolsonaro partem da delação premiada do ex-ajudante de ordens de seu governo, Mauro Cid. O tenente-coronel firmou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal, em que revelou informações comprometedoras acerca de Bolsonaro e seu círculo próximo.

Em troca de sua colaboração, Cid exigiu que sua prisão fosse limitada a dois anos, seus bens fossem devolvidos e sua segurança, tal como de sua família, garantida.

Israel recebe corpos de reféns em meio a tensão no Oriente Médio

Os caixões pretos chegaram nesta quinta-feira (20). Dentro deles, estavam os corpos de quatro reféns israelenses, incluindo um bebê de apenas oito meses. A cena, carregada de luto e indignação, marcou um dos momentos mais dolorosos desse conflito.

Entre as vítimas estavam Shiri Bibas, de origem argentina, seus filhos Kfir, de oito meses, e Ariel, de quatro anos, e o idoso Oded Lifschitz, de 83 anos. A família Bibas tornou-se um símbolo do sofrimento dos reféns em Gaza, e a confirmação de suas mortes destruiu as esperanças de quem ainda sonhava com um final diferente.

Indignação global e apelos por dignidade

A ONU condenou a maneira como os corpos foram devolvidos. Volker Turk, chefe de Direitos Humanos da organização, chamou o ato de “abominável” e ressaltou a necessidade de respeito à dignidade das vítimas e suas famílias.

O Hamas alegou que os reféns faleceram em ataques aéreos israelenses e, durante a entrega dos corpos, exibiu um cartaz com a imagem do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu retratado como um vampiro. O gesto provocou revolta e reforçou as tensões entre os dois lados.


Ataque aéreo israelense no campo de refugiados palestinos de Bureij (Foto: reprodução/Eyad Baba/Getty Images Embed)


O luto em Israel e o peso da culpa

Em Israel, o choque se transformou em luto nacional. O presidente Isaac Herzog expressou sua dor e pediu desculpas às famílias. “Não há palavras. Apenas agonia. Perdão por não termos conseguido trazê-los de volta com vida”, declarou.

Enquanto isso, o primeiro-ministro Netanyahu foi alvo de protestos. Familiares dos reféns que ainda permanecem em Gaza marcharam exigindo respostas.

Até agora, 19 reféns israelenses foram libertos em um acordo de cessar-fogo que também resultou na liberação de mais de 1,1 mil palestinos presos. Agora, as negociações para uma nova fase do acordo seguem indefinidas.

O Hamas declarou estar disposto a libertar os reféns restantes, mas as condições para um novo entendimento seguem nebulosas. Enquanto isso, para as famílias que ainda esperam por respostas, o tempo passa cruelmente, entre a esperança e o medo de um desfecho semelhante ao da família Bibas.

Justiça espanhola condena Luis Rubiales por beijo forçado, mas evita prisão

O futebol espanhol viveu momentos de complicados desde a final da Copa do Mundo Feminina. O ex-presidente da Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Luis Rubiales, foi condenado nesta quinta-feira pelo beijo forçado na jogadora Jenni Hermoso. A pena, porém, frustrou quem esperava uma punição mais severa: uma multa de 10 mil euros (aproximadamente R$ 54 mil), sem prisão.

O caso teve repercussão mundial, levantando debates sobre assédio e machismo no futebol. Jenni Hermoso, protagonista involuntária dessa história, enfrentou pressões e julgamentos, mas se manteve firme em sua versão: o beijo foi sem consentimento. Apesar da condenação de Rubiales, ele acabou absolvido da acusação de coerção.

O julgamento e os bastidores

Desde 3 de fevereiro, tribunais espanhóis receberam depoimentos que jogaram luz sobre a realidade dos bastidores do futebol. No dia 11 de fevereiro, Luis Rubiales prestou seu depoimento, insistindo que o beijo havia sido consentido. Mas as provas e testemunhos contaram uma história diferente.

Outros três nomes também foram julgados. O ex-técnico da seleção feminina, Jorge Vilda, e dois ex-funcionários da RFEF, Rubén Rivera e Albert Luque, foram acusados de coerção contra Hermoso. Para eles, a promotoria pediu uma pena de 18 meses de prisão.


Presidente da RFEF, Luis Rubiales, beija jogadora Jennifer Hermoso (Foto: reprodução/
Eurasia Sport Images/Getty Images Embed)


Jorge Vilda admitiu que tentou convencer Hermoso a minimizar o episódio, alegando que a polêmica estava crescendo demais. Em uma conversa com o irmão da jogadora durante o voo de volta para a Espanha, ele expressou sua preocupação com o impacto do caso. Mas isso também mostrou como a jogadora foi pressionada nos bastidores.

O impacto dentro e fora de campo

A indignação das jogadoras foi imediata. Companheiras de Hermoso se recusaram a jogar enquanto não houvesse mudanças na gestão da federação. O caso foi um ponto de virada, mostrando ao mundo o quanto o futebol ainda precisa evoluir para garantir respeito e igualdade para as mulheres.

A condenação de Rubiales é simbólica, mas muitos acreditam que a punição foi leve demais. O caso abriu espaço para reflexões mais profundas sobre poder, abuso e resistência no esporte. Para Jenni Hermoso, o que fica é a coragem de ter se posicionado, ajudando a mudar o rumo do futebol feminino para sempre.

Rússia afirma ter recuperado grande parte do território de Kursk

A Rússia anunciou, na última quarta-feira (19), que conseguiu retomar cerca de 800 km² de território na região de Kursk, localizada no oeste da Rússia. Segundo autoridades, aproximadamente 65% do total foi ocupado pela Ucrânia desde a invasão que começou em 2024.

Rússia recupera territórios

O chefe da principal diretoria operacional do Estado-Maior, Sergei Rudskoi, relatou ao jornal Krasnaya Zvezda que, desde fevereiro do ano passado, o Kremlin tem avançado em todas as direções, o que forçou a Ucrânia a adotar uma posição defensiva diante de uma grande ocupação russa que recuperou um território significativo.

Rudskoi também acrescentou que a Rússia agora tem o controle de 75% de três regiões: Donetsk, Zaporizhzhia e Kherson. Além de 99% da região de Luhansk. A autoridade afirmou esses territórios são legalmente da Rússia e não serão devolvidos à Ucrânia.

Conforme sua declaração:

“O ano passado foi um ponto de virada na obtenção de nossos objetivos. O regime de Kiev não será mais capaz de mudar significativamente a situação no campo de batalha. O inimigo perdeu grande parte da capacidade de produzir as armas, equipamentos e munições necessárias. A mobilização é geralmente forçada.”

O chefe da diretoria operacional destacou que o futuro do conflito não dependia mais da Ucrânia, mas sim da disposição do Ocidente em negociar uma nova arquitetura de segurança europeia que considerasse os interesses da Rússia.


Veículo russo destruído na região de Kursk, em meio à invasão ucraniana (Foto: reprodução/Yon Dobronosov/AFP)

Guerra entre Rússia e Ucrânia

Em fevereiro de 2022, a Rússia invadiu a Ucrânia após reconhecer a independência das cidades de Lugansk e Donetsk. Em outubro de 2024, após milhares de mortes, a guerra na Ucrânia entrou em um momento de extrema tensão, agravada quando Vladimir Putin, presidente da Rússia, ordenou que um míssil hipersônico fosse utilizado durante a invasão.

O lançamento ocorreu após a Ucrânia atacar o território russo usando armamentos produzidos por potências ocidentais, como os Estados Unidos, Reino Unido e França.

O presidente Vladimir Putin declarou que as forças russas estão avançando efetivamente, e que em breve o país alcançará os seus objetivos na Ucrânia.

Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são invadir a região de Donbass e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam desde agosto.

Novo recurso da Uber permite que motoristas bloqueiem passageiros

Nesta quarta-feira (19), a Uber anunciou uma ferramenta que permite aos motoristas bloquear passageiros indesejados. A nova função, implementada para melhorar a experiência e segurança dos condutores associados à plataforma, possibilita que os profissionais evitem situações desconfortáveis com determinados usuários.

Bloqueio de passageiros

Para que um passageiro seja bloqueado, o motorista responsável pela viagem deve avaliá-lo com uma estrela. Em casos como esse, o cliente será automaticamente bloqueado, impedindo que o motorista receba futuras chamadas desse usuário.

Ao dar duas ou três estrelas, o motorista também terá a opção de bloquear o passageiro. Não é possível bloquear usuários que receberam avaliações de quatro ou cinco estrelas.

Além disso, é válido ressaltar que clientes avaliados com uma estrela não ficarão impossibilitados de usar o aplicativo, visto que o bloqueio impede apenas que o usuário faça novas viagens com o profissional que atribuiu a nota mais baixa.


Passageiro que receber apenas uma estrela será automaticamente bloqueado (Foto: reprodução/G1/Uber)

Benefício para os motoristas

Segundo o motorista Leandro Silva, a nova funcionalidade é um benefício para os condutores, já que eles não precisarão mais transportar passageiros com quem tiveram experiências negativas.

O gerente de operações de segurança da Uber, Marcelo Brasileiro, a medida será positiva não somente para os motoristas, mas também para os passageiros: “O sistema de avaliações funciona para os dois lados. Estamos sempre enviando comunicações sobre como os usuários podem melhorar suas avaliações. Queremos promover um ambiente respeitoso e seguro para todos e esse novo recurso vem trazer ainda mais controle e transparência para os motoristas parceiros”, afirmou.

A empresa também revelou que o mecanismo será liberada gradualmente para todos os condutores do aplicativo.

Antes da atualização, já havia o bloqueio entre motoristas e clientes quando uma das partes atribuía uma avaliação negativa. Agora, o motorista receberá uma notificação no momento em que for dar a nota.