Brasil vence a Espanha no futebol feminino e vai à final na olimpíada

As meninas do Brasil deixaram para trás a fase de grupos irregular, não sentiram as ausências das líderes e venceram as espanholas com autoridade. O Brasil venceu por 4 a 2 a Espanha e voltou a uma final de olimpíada depois de 16 anos.

O Brasil entrou para essa partida desfalcada das suas principais lideranças, Marta não pôde atuar, pois o TAS (Tribunal Arbitral do Esporte) negou pedido feito pela CBF para que a camisa 10 tivesse o efeito suspensivo; a lateral Tamires está fora da olimpíada devido a um rompimento no ligamento do tornozelo e a Rafaelle sentiu um desconforto no pé.

Brasil domina a Espanha e vence com tranquilidade

A Seleção Brasileira mudou completamente a sua performance em relação ao jogo da fase de grupos, quando na ocasião foi derrotada por 2 a 0 sem conseguir finalizar. O Brasil conseguiu abrir o placar aos 5 minutos, após a goleira Cata Coll chutar a bola em cima da zagueira Paredes.

A Seleção Brasileira foi melhor do que as adversárias e teve chance de ampliar, primeiro com Gabi Portilho, que chutou por cima do gol, e com Priscila, que recebeu belo passe de Yaya, se desvencilhou da marcação da Batlle, ficou cara a cara com a Coll e finalizou para fora. A melhor oportunidade das espanholas foi aos 28 minutos, em chute de fora da área de Hermoso, que obrigou a Lorena a fazer ótima defesa. O Brasil ampliou o marcador nos acréscimos com Gabi Portilho, que finalizou de primeira após cruzamento de Yasmin.

O segundo tempo começou com o Brasil sendo melhor. Logo aos 3 minutos, a Espanha novamente errou, dessa vez no recuo, Portilho tentou o passe para Jheniffer, mas a bola acabou sendo um pouco forte. O Brasil continuou impondo seu ritmo e por muito pouco não ampliou com a Gabi Portilho.

O terceiro veio com a Adriana. A jogada iniciou no contra-ataque puxado pela Priscila, que tocou para Adriana finalizar, a bola acertou a trave, no rebote, ela sobrou para Gabi Portilho, que tocou de cabeça para Adriana cabecear para o gol.

Nesse momento de desvantagem, a Espanha ameaçou uma pressão, só aos 39 minutos veio o primeiro gol da Espanha, Paralluelo aproveitou o passe de cabeça de Hermoso para cabecear. Porém, logo em seguida veio a desilusão para as espanholas. Cata Coll bateu mal o tiro de meta, Oihane dominou de peito no improviso, Kerolin roubou a bola e finalizou entre as pernas da goleira, fazendo 4 a 1 para o Brasil.

Assim como no jogo passado contra a França, foi dado mais de 15 minutos de acréscimos, e deu tempo para a Espanha diminuir, novamente de cabeça com Paralluelo, mas não foi suficiente para as espanholas passarem para a grande decisão.


Atletas e comissão técnica comemoram a vitória no vestiário (Foto: reprodução/Instagram/@selecaofemininadefutebol)


Brasil reencontra algoz de 2004 e 2008

Para conquistar o inédito ouro, as meninas do Brasil terão pela frente os Estados Unidos, algoz da Seleção em 2004 e 2008. O Brasil só chegou na final nessas duas ocasiões e acabou ficando com a prata. A Marta é a única remanescente dessas duas finais e estará presente na grande decisão.

A disputa pelo ouro acontece no próximo sábado (10), às 12h (horário de Brasília).

Rebeca Andrade e Simone Biles ficam fora do pódio na prova da trave

Nada na vida é perfeito, Simone Biles e Rebeca Andrade sabem disso. O motivo é simples: as ginastas ficaram de fora do pódio na final da trava na manhã desta segunda-feira, (5). Favoritas para ganharem medalhas, as estrelas da ginástica mundial não chegaram entre as melhores no último dia de competição da modalidade.

Apesar de não entrar no pódio, Rebeca ficou na frente de Biles. Enquanto a brasileira ficou na quarta colocação, a americana amargou a quinta posição na final da trave em Paris 2024. Elas ainda vão se enfrentar novamente por medalha na competição.


Rebeca Andrade se apresenta na competição de solo (Foto: Miriam Jeske/COB)

Andrade e Biles fora do pódio

Rebeca Andrade e Simone Biles foram as duas últimas a se apresentarem na trave. A americana estava bem na sua série, mas cometeu um erro. Biles caiu e viu o pódio escapar, restando o quinto lugar para a lenda da ginástica.

Já a brasileira não teve erros graves, mas fez uma série mais simples. Apesar da apresentação regular, Rebeca não conseguiu a pontuação para conquistar mais uma medalha para o Brasil na modalidade.


Rebeca Andrade no pódio com Simone Biles (Foto: Loic VENANCE/AFP)

A final

A decisão da trave foi aberta pela chinesa Zhou Yaqin, melhor atleta da fase de classificação. No entanto, a ginasta teve um desequilíbrio grande e ficou com 14.100 de pontuação. Nas duas apresentações seguintes, duas quedas. A americana Sunisa Lee, cotada para disputar medalha, caiu e tirou 13.1000; a queda seguinte foi da brasileira Julia Soares que, apesar de uma boa apresentação, ficou com 12.333 pontos.

Medalha de bronze, a italiana Manila Espósito teve uma apresentação quase sem erros e ficou com 14.000. Outra queda foi presenciada pelos torcedores em Paris: Sabrina Maneca-Voinea, da Romênia, caiu duas vezes.

A campeã, Alice D’Amato fez uma boa apresentação, sem quedas, e assumiu a liderança para não largar mais e conquistar o ouro para seu país.

Brasil dobra a quantidade de atletas medalhistas na ginástica artística

A conquista inédita de medalha de bronze pelo time feminino de ginástica artística, na disputa por equipes, que aconteceu na Olimpíada de Paris nesta terça-feira (30), fez com que o número de atletas que subiram ao pódio pela modalidade dobrasse.

Até a última olimpíada, apenas Arthur Zanetti, Diego Hypolito, Arthur Nory e Rebeca Andrade haviam conquistado medalhas. Entretanto, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Julia Soares e Lorrane Oliveira se juntaram time de atletas campões.

No histórico de olimpíadas na modalidade de ginástica artística, o Brasil conquistou entre as equipes masculina e feminina, um total de sete medalhas.

Nessa edição dos Jogos Olímpicos, até o momento o Brasil alcançou um total de quatro medalhas: Willian Lima conquistou prata no judô, e são 3 medalhas de Bronze conquistadas por Larissa Pimenta também no Judô, Rayssa Leal no Skate Street e a conquista por equipes da ginástica artística.


Lista de medalhas do Brasil na ginástica artística em Olimpíadas (Foto: Reprodução/GE)


Oportunidade de medalhas na ginástica artística brasileira

Nas Olimpíadas de Paris, o Brasil ainda poderá aumentar a quantidade de medalhas no esporte. A equipe feminina de ginástica artística também se classificou para a final em outras disputas individuais da modalidade.

São, ao todo, quatro oportunidades de conquista, através das decisões de solo, individual geral, trave e salto. Vale ressaltar que Rebeca Andrade se classificou para as quatro disputas e, na última edição, a atleta conquistou duas medalhas, sendo ouro no salto e prata nas barras assimétricas.


https://www.youtube.com/watch?v=pC4pEY7i9c8
Entrevista com as ginastas após a conquista do Bronze (Reprodução/YouTube/GE/TV Globo)

Próximos confrontos da equipe brasileira de ginástica artística

Na próxima quinta-feira (1), o Brasil disputará a decisão no individual geral às 13h15 (de Brasília), com as ginastas Rebeca Andrade e Flávia Saraiva. No sábado (3) às 11h20, Rebeca disputará a final do salto.

Na próxima segunda-feira (5) às 7h38, Rebeca e Júlia Soares irão buscar a medalha na trave e, no mesmo dia, às 9h20, Rebeca participará da decisão de solo.

Olimpíada recebe Cynthia Erivo e Ariana Grande com looks inspirados em ‘Wicked’

Nesta sexta-feira (26), ocorreu a abertura dos Jogos Olímpicos 2024 em Paris, o que, por si só, já é um grande e completo espetáculo. Porém, para surpresa de todos, as protagonistas do novo filme musical “Wicked”, Cynthia Erivo e Ariana Grande, marcaram presença no evento. As estrelas continuam comparecendo às competições, chamando atenção por suas roupas temáticas.

A amizade entre bruxinhas

A dupla de atrizes se tornou inseparável desde o início das gravações do musical e acabaram deixando sua marca com a tradição de combinar seus looks com os de suas personagens. Ariana irá viver Glinda, a bruxa boa, caracterizada por seu longo cabelo loiro e vestido rosa bebê. Já Cynthia dará vida à Elphaba, a bruxa má, caracterizada por um tom de verde-esmeralda.

Visita a Paris

Na abertura dos jogos, as duas apareceram de surpresa tirando o fôlego de todos com seus vestidos de gala Thom Browne em cetim e acessórios para cabeça combinando com a personalidade de cada personagem.


Cynthia Erivo e Ariana Grande na abertura da Olimpíada (Foto: reprodução/Getty Images Embed)


Neste domingo (28), Ariana e Cynthia aproveitaram sua estadia na cidade das luzes para prestigiar a performance da ginasta estadunidense Simone Biles, que competiu nas classificatórias de ginástica artística.

Assim como as outras vezes em que foram vistas juntas, a dupla seguiu a temática Wicked de uma forma mais despojada e casual para apreciarem os jogos durante este verão europeu. 

Novamente em modelos Thom Browne, Cynthia vestiu uma saia rodada de alfaiataria preta em junção a uma camisa social e gravata verdes listradas, e para completar, um suéter também verde. Ariana foi mais básica em seu look, com um vestido midi na cor rosa de Glinda, um grande óculos redondo branco e seu clássico rabo de cavalo.


Ariana Grande e Cynthia Erivo durante a Olimpíada 2024 (Foto: reprodução/Vincent Fandos/Instagram/@cynthiaerivo)

Todos têm grandes expectativas para os próximos looks de Cynthia e Ariana durante essa Olimpíada, e até o lançamento oficial do filme, dia 28 de novembro no Brasil, as atrizes com certeza ainda entregarão muitas montagens impecáveis para a promoção.

Bolsa Atleta é crucial para atletas brasileiros na Olimpíada de Paris

Nas próximas duas semanas, 276 atletas brasileiros competirão nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Destes, 9 em cada 10 contaram com o auxílio do programa Bolsa Atleta durante a preparação, um apoio financeiro fundamental para suas carreiras.

Importância do Bolsa Atleta

O Bolsa Atleta é um auxílio financeiro criado para apoiar atletas de alto rendimento que se destacam em competições nacionais e internacionais.


Presidente Lula decreta reajuste durante o encontro com os atletas brasileiros das Olimpíadas na França (Foto: reprodução/Getty Images embed)


Em 2024, 241 dos 276 atletas brasileiros receberam essa bolsa, proporcionando “condições mínimas” para que se dedicassem exclusivamente ao esporte.

O valor do auxílio foi reajustado pela primeira vez em 14 anos, com um aumento de 10,8%, totalizando um investimento de R$ 148,9 milhões pelo governo.


Novos valores com o reajuste do Bolsa Atleta – Fonte: Ministério do Esporte e parceria com IPIE/UFPR
(Foto: reprodução/Secretaria de Comunicação Social/GOV.BR)

Desafios e limitações

Apesar do reajuste, especialistas afirmam que o valor ainda é insuficiente para cobrir todas as despesas dos atletas.

Hugo Parisi, quatro vezes atleta olímpico, destaca que a bolsa é significativa como ajuda de custo, mas insuficiente para cobrir todos os gastos necessários para a prática esportiva em alto nível.


Campeã olímpica e mundial no judô, Rafaela Silva
(Foto: reprodução/Pedro Ramos/CBJ)

Hugo também sugere a inclusão de um plano de saúde e a obrigatoriedade de capacitação profissional para os atletas.

André Arantes, ex-atleta de triatlo e um dos idealizadores do Bolsa Atleta, reforça que o programa é crucial para democratizar o acesso ao esporte, mas reconhece suas limitações.

O esporte brasileiro precisa de muito mais do que a bolsa. Ela é um ‘plus’ para garantir que o atleta possa se manter“, avalia André Arantes.


Rayssa Leal, do skate, é uma das 153 mulheres na delegação brasileira
(Foto: reprodução/Alexandre Loureiro/COB)

Impacto e futuro do Programa

Desde sua criação em 2004, o Bolsa Atleta já investiu cerca de R$ 1,7 bilhão em bolsas para mais de 37 mil atletas. Em 2023, o programa contemplou 8.292 esportistas e, em 2024, alcançou um recorde de mais de 9 mil beneficiados.

O programa oferece seis categorias de auxílio, com valores que variam de R$ 410 a R$ 16.629 mensais, dependendo da categoria e experiência do atleta. O programa é especialmente importante para atletas de modalidades como atletismo e vôlei, que têm grande representação na delegação brasileira.


Caio Bonfim, principal atleta da marcha atlética do país, há 17 anos com o Bolsa Atleta
(Foto: reprodução/Abelardo Mendes Jr./GOV.BR)

O ex-atleta Hugo Parisi enfatiza que, além do apoio financeiro, o governo precisa investir em centros de treinamento e infraestrutura esportiva para proporcionar melhores condições de preparação aos atletas.

Apesar de desempenhar um papel fundamental no suporte aos atletas brasileiros, ainda há espaço para melhorias no Bolsa Atleta.


Isaquias Queiroz é esperança de medalha para o Brasil na canoagem
(Foto: reprodução/Fábio Canhete/CBC)

Com ajustes e investimentos adicionais, o programa pode oferecer um suporte ainda mais robusto. Isso contribuiria para o desenvolvimento do esporte nacional e para o sucesso dos atletas brasileiros nas competições internacionais.