Ingrid Guimarães relembra fase turbulenta com a filha Clara

Ingrid Guimarães abriu o coração sobre os desafios da maternidade durante a adolescência da filha, Clara, de 15 anos. A atriz contou que o período coincidiu com a pandemia de Covid-19 e trouxe momentos de forte tensão entre as duas. Segundo ela, a chegada da puberdade da filha somada à sua própria fase de menopausa fez com que os conflitos ficassem ainda mais intensos.

Conflitos em meio à pandemia e mudanças da adolescência

A artista explicou que o luto pela perda do amigo Paulo Gustavo, em 2021, agravou o contexto delicado que já vivia em casa. “Estávamos em processos hormonais muito diferentes e ao mesmo tempo. Ela com a primeira menstruação, eu entrando na menopausa. Foi um turbilhão”, relatou Ingrid durante participação no podcast PodDelas.

Em um dos episódios mais marcantes, Ingrid contou que perdeu o controle em discussões com a filha. O marido, Renê Machado, chegou a brincar dizendo que iria denunciá-la ao Conselho Tutelar diante de suas explosões de nervosismo. Para a atriz, esse comentário foi um sinal de que precisava repensar suas atitudes e buscar equilíbrio no relacionamento com Clara.


Trecho da participação da atriz no PodDelas (Vídeo: reprodução/Instagram/@poddelas)


Fase difícil superada e laços fortalecidos

O alerta também veio de dentro da família. Uma de suas irmãs, sem revelar se foi Sigrid ou Astrid, chamou a atenção de Ingrid para a gravidade dos conflitos. “Você está muito descompensada, o jeito que você falou com a sua filha não dá pra ser. Isso pode até dar em Conselho Tutelar”, teria dito a parente, em tom de preocupação. Além do marido e da irmã, a própria Clara também chegou a usar o Conselho Tutelar como forma de se defender em meio às discussões. Segundo Ingrid, a filha, que faz terapia desde pequena, chegou a ameaçar: “Eu vou contar tudo para a minha terapeuta, ela pode te prender”.

Apesar das tensões, a atriz destacou que hoje a relação entre as duas é muito mais leve. Ingrid ressaltou que os momentos turbulentos ficaram para trás e que mãe e filha atravessaram juntas esse processo de amadurecimento. “Hoje estamos bem”, garantiu. Para a atriz, dividir essa experiência de forma aberta também é uma maneira de mostrar que, por trás da fama, existem dilemas familiares reais e que a maternidade envolve fases desafiadoras, mas também muito aprendizado.

Entidade investigada por fraude no INSS registrava 610 novos filiados por dia durante a pandemia

A Polícia Civil do Distrito Federal divulgou, nesta quinta-feira (15), dados sobre adesões suspeitas na Conafer. Ela é uma das investigadas na fraude do INSS e triplicou o número de associados durante a pandemia de Covid-19. A investigação que começou em 2020 mostrou que, entre abril e julho daquele ano, a empresa registrou adesão de mais de 73 mil aposentados e pensionistas. Isso equivale a uma média de cerca de 610 novas filiações por dia.

De acordo com as investigações, entre 2019 e 2024, a Conafer teve um expressivo crescimento no volume de descontos aplicados aos beneficiários. Em 2019, o montante anual descontado era de R$ 400 mil, mas saltou para R$ 57 milhões em 2020. Entretanto, atingiu o pico de R$ 202 milhões apenas em 2023, conforme dados da Controladoria-Geral da União, a CGU.


Documentos da Polícia Civil do DF indicam que, entre abril e junho de 2020, a Conafer registrou mais de 73 mil novas adesões suspeitas (Vídeo: reprodução/YouTube/g1)

Cinco anos antes da “farra do INSS”

A investigação começou após dois aposentados denunciarem a Conafer, em 2020, apontando irregularidades nos descontos aplicados em seus benefícios. Segundo os investigadores, desde aquela época já havia indícios de que os valores estavam sendo retirados de cidadãos em situação de alta vulnerabilidade, especialmente idosos.

Além disso, os descontos ocorreram em um período em que a identificação da real motivação das cobranças era mais difícil, já que as agências do INSS estavam fechadas devido às restrições impostas pela pandemia de Covid-19. Essa circunstância dificultou que os beneficiários percebessem e questionassem os valores descontados, favorecendo a ampliação da fraude que ficou conhecida como ‘farra do INSS’, denunciada pela CGU em abril deste ano.

Dirigente da Conafer já foi condenado antes

A investigação também revelou que Tiago Ferreira Lopes, dirigente da Conafer e irmão do presidente da entidade, já foi condenado por improbidade administrativa. A condenação incluiu enriquecimento ilícito e danos ao patrimônio público. Além disso, ele já havia se envolvido em outro caso de descontos não autorizados aplicados a trabalhadores, reforçando o histórico de irregularidades.

Por fim, em 2021, a Justiça do Distrito Federal encaminhou à Polícia Federal o inquérito sobre os descontos irregulares no INSS, que estava sob investigação da Polícia Civil.

Novo vírus de Coronavírus é encontrado em morcegos em Hong Kong

O Instituto de Virologia de Wuhan, em parceria com o Laboratório de Guangzhou, publicou um artigo na revista Nature, que informou sobre a possibilidade de um novo coronavírus. O vírus foi encontrado em morcegos de Hong Kong, cidade chinesa, a pesquisa revela que este microrganismo tem a mesma capacidade de infectar seres humanos encontrada no vírus SarsCov-2, o causador da covid-19. 

Como é este novo vírus

O grupo de pesquisa liderado pelo virologista Shi Zhengli já possui experiência com o coronavírus, pois atuou diretamente na pesquisa durante a pandemia de Covid-19, eles encontraram esta nova forma e a nomearam de HKU5-Cov-2, este utiliza o receptor ACE-2 do corpo humano para infectar o organismo.

Para esclarecer os riscos desta nova descoberta o infectologista responsável pela Sociedade Brasileira de Infectologia e o chefe do Departamento de Infectologia da Unesp, Alexandre Naime, declarou que este achado é apenas ao nível de vigilância e não há riscos iminentes de uma nova epidemia ou pandemia como a que se iniciou em 2020. Ele explicou que morcegos são abrigos para diversos vírus e doenças que podem infectar seres humanos, mas essas transmissões precisam de condições específicas para ocorrerem.

Cientistas analisando o coronavírus (Foto: reprodução/x/g1)

Quando ocorreu a descoberta

A observação e pesquisa são de extrema importância para identificar possíveis ameaças e investigar as possibilidades. O artigo foi publicado nesta terça-feira, dia 18 de fevereiro e os cientistas informam que a descoberta ocorreu recentemente, para investigar casos como esse o especialista utilizam uma técnica chamada Crio-EM, onde com um microscópio específico eles analisam as possibilidades e posteriormente como ocorre a contaminação de vírus em humanos. No caso deste vírus, assim como o já conhecido por causar a covid-19, é utilizado a proteína que fica ao redor da célula, a ACE-2 e ali ela recebe o vírus em uma tentativa de reconhecê-lo e neste momento a pessoa é infectada.

Segundo as pesquisas os riscos não são exagerados, mas é necessário continuar observando.

Após 5 anos da pandemia, OMS solicita que China compartilhe dados sobre Covid-19

A Organização Mundial da Saúde (OMS) solicitou, nesta semana, que a China compartilhe dados sobre a pandemia de Covid-19 e suas origens. A OMS justificou que o pedido reforça a cooperação entre os países e que, sem transparência, não será possível que o mundo se prepare adequadamente para futuras epidemias e pandemias.

A organização colocou o ato como um marco significativo, a OMS destacou que “este é um imperativo moral e científico”. Apesar de muitos cientistas considerarem que o vírus tenha sido espalhado naturalmente entre animais e humanos, ainda existem suspeitas sobre outras origens. A teoria mais divulgada é a de que a pandemia começou com o consumo de morcegos infectados.

Embate OMS e China

A China ainda não emitiu uma resposta à declaração da OMS, que foi divulgada nesta segunda-feira (30). A China já rejeitou anteriormente qualquer possibilidade de que o vírus da Covid-19 tenha se espalhado por vazamento de um laboratório em Wuhan, região onde ocorreram as primeiras infecções.


Pandemia de Covid-19 exigiu diversas medidas e lockdowns pelo mundo. (Foto: reprodução/ X/ @agenciapublica)

Cinco anos atrás, em 31 de dezembro de 2019, o escritório da OMS na China recebeu uma declaração da Comissão Municipal de Saúde de Wuhan sobre casos de ‘pneumonia viral’ na cidade”.

Organização Mundial da Saúde (OMS)

A organização destacou que começou a atuar imediatamente, assim que foi notificada sobre o problema, tudo num período de três dias, até o momento em que o mundo foi notificado sobre os riscos, no dia 1º de janeiro de 2020.

Próximos passos

De acordo com o diretor-geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, a pandemia de Covid-19 deixou pelo menos 7 milhões de mortos no mundo. A pandemia deixou de ser um risco global somente em maio de 2023. Apesar da estimativa, a OMS indica que existe uma subnotificação em diversos países, o que poderia aumentar o número para algo próximo dos 20 milhões.

Os alertas da OMS e o pedido à China são ações da organização para combater a falta de ação em relação ao risco de futuras pandemias, que “podem surgir a qualquer momento”. Os objetivos são para que o mundo esteja preparado.

Estudo sobre eficácia da cloroquina contra COVID-19 é invalidado pela revista que o publicou

Nesta sexta (20), uma polêmica vinda da época da pandemia chegou ao fim. O estudo feito pelo francês Didier Raoult, que indicou o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina, como combate a COVID-19, foi despublicado pela revista Elsevier, que desmentiu o artigo com base em falhas metodológicas, dentre elas: grupos de pacientes muito pequenos, falta de grupo de controle, e assim por diante.

Revisão aponta falhas em pesquisa sobre tratamento da Covid-19


Ex-presidente Jair Bolsonaro falando sobre uso da cloroquina em combate a COVID-19 durante pandemia (reprodução/Sergio Lima/AFP/Getty Images Embed)


Após uma revisão rigorosa, foram identificadas falhas graves na metodologia e na análise de dados do artigo, publicado no início da pandemia, sendo na época amplamente citado para justificar a adoção dos medicamentos em diversos países, inclusive no Brasil, sob influência do então presidente Jair Bolsonaro.

No entanto, a cloroquina enfrentou diversos dilemas e questionamentos sobre sua utilização por autoridades e profissionais de saúde, principalmente levando em conta a intenção da mesma ser priorizada no lugar da vacinação.

Desde então, foram feitos novos estudos realizados pela comunidade científica, nos quais demonstraram que essas substâncias, além de não apresentarem eficácia comprovada contra o vírus, poderiam ainda acarretar riscos à saúde dos pacientes, sobretudo cardiológicos.

Diante do escândalo, a Elsevier explicou, em nota justificativa:

“Foram levantadas preocupações” sobre o respeito da “ética de publicação” do editor da revista, “a condução apropriada de pesquisas envolvendo participantes humanos, bem como preocupações levantadas por três dos autores em relação à metodologia e conclusões”

Autor do estudo foi proibido de exercer a medicina


Didier Raoult, autor de pesquisas envolvendo eficácia da Cloroquina contra o vírus da COVID (reprodução/Christophe Simon/AFP/Getty Images Embed)


O infectologista Didier Raoult, que na ocasião era chefe do Instituto de Infectologia do Hospital Universitário de Marselha, foi o grande responsável pela ascensão do estudo polêmico. Estando aposentado desde 2021, o médico de 72 anos havia recebido uma advertência no mesmo ano, por fazer críticas à vacinação contra o vírus e ao isolamento social, assim prejudicando o andamento no combate a pandemia, segundo o conselho profissional. Agora, devido à fraude cometida sendo apurada, o francês passa a ser completamente banido da atividade médica.

OMS atualiza lista de vírus e bactérias que podem provocar pandemias

Aconteceu em julho de 2024, no Rio de Janeiro, a Cúpula Global de Preparação para Pandemias 2024, que emitiu o relatório com a lista de micro-organismos capazes de causar novas pandemias, o qual foi divulgado pela OMS. Dengue, zika, chikungunya e mpox (ou “varíola dos macacos”) estão incluídos.

A lista deverá ser estudada para enfrentamento pandêmico

O objetivo do projeto é criar conhecimentos, ferramentas e contramedidas funcionais e que sejam compatíveis com as ameaças de pandemias. Outro foco seria a celeridade da vigilância e pesquisa no sentido de compreender como os patógenos transmitem doenças e infectam as pessoas, bem como, avaliar a resposta do sistema imunológico a eles.

Cerca de 200 cientistas de mais de 50 países participaram da elaboração do relatório. A ciência e as evidências de 28 famílias de vírus e um grupo central de bactérias foram avaliados, totalizando 1652 patógenos.


Vírus Influenza (Foto: reprodução/MedicalRF.com/Getty Images embed)


As informações disponíveis sobre transmissão, virulência, disponibilidade de testes de diagnósticos, vacinas e tratamentos foram os pontos observados para avaliar o risco pandêmico e epidêmico.

Temos que estar preparados para novas pandemias

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, em comunicado à imprensa, afirmou que temos aprendido com a história que a próxima pandemia é uma questão de “quando, não se”. Ele continua dizendo que temos aprendido também “a importância da ciência e da determinação política para atenuar seu impacto.”

“Precisamos que a mesma combinação de ciência e determinação política se una enquanto nos preparamos para a próxima pandemia. Avançar nosso conhecimento sobre os muitos patógenos que nos cercam é um projeto global que requer a participação de cientistas de todos os países.”

Tedros Adhanom Ghebreyesus

Micro-organismos causadores de doenças como chikungunya, dengue, cólera, pneumonia, febre amarela, salmonela não tifoide, doença mão-pé-boca, gripes e outras febres hemorrágicas foram incluídos na lista, com a atualização.

Confira os patógenos com alto risco de causar pandemias:

  1. 1.Mammarenavirus lassaense (febre de Lassa)
  2. 2.Vibrio cholerae (cólera)
  3. 3.Yersinia pestis (peste negra ou peste bubônica)
  4. 4.Shigella dysenteriae sorotipo 1 (sigelose)
  5. 5.Salmonella entericasorovares non typhoidal serovars (salmonelose não tifoide)
  6. 6.Klebsiella pneumoniae (pneumonia)
  7. 7.Subgênero Merbecovirus (vírus respiratório do Oriente Médio)
  8. 8.Subgênero Sarbecovírus (síndrome respiratória aguda grave)
  9. 9.Orthoebolavirus zairense (ebola)
  10. 10.Orthomarburgvirus marburgense (marburg)
  11. 11.Orthoebolavirus sudanense (ebola)
  12. 12.Orthoflavivirus zikaense (zika)
  13. 13.Orthoflavivirus denguei (dengue)
  14. 14.Orthoflavivirus flavi (febre amarela)
  15. 15.Orthohantavirus sinnombreense (febre hemorrágica das Américas)
  16. 16.Orthohantavirus hantanense (febre hemorrágica)
  17. 17.Orthonairovirus haemorrhagiae (febre hemorrágica da Crimean-Congo)
  18. 18Alphainfluenzavirus Influenzae H1, H2, H3, H5, H6, H7 e H10 (gripe comum, gripe aviária e gripe suína)
  19. 19.Henipavirus nipahense (nipah)
  20. 20.Bandavirus dabieense (febre Grave com Síndrome de Trombocitopenia)
  21. 21.Enterovirus coxsackiepol (doença mão-pé-boca)
  22. 22.Orthopoxvirus variola (varíola)
  23. 23.Orthopoxvirus monkeypox (mpox ou varíola dos macacos)
  24. 24.Lentivirus humimdef1 (relacionado a doenças neurológicas e imunossupressoras)
  25. 25.Alphavirus chikungunya (chikungunya)
  26. 26.Alphavirus venezuelan (encefalite equina venezuelana)
  27. 27.Pathogen X (patógeno X)

O patógeno X, vírus ainda conhecido pela comunidade científica, faz parte da lista para habilitar o preparo precoce de pesquisa e desenvolvimento.

OMS e Sinergium Biotech desenvolvem vacina de RNA mensageiro contra gripe aviária H5N1

Nesta segunda-feira, (29), a OMS revelou uma nova iniciativa para criar vacinas contra a gripe aviária em países com baixa renda, utilizando tecnologia de RNA mensageiro. O projeto é conduzido por uma farmacêutica argentina.

A doença H5N1 foi diagnosticada pela primeira vez em 1996. No entanto, desde 2020, os surtos em aves aumentaram exponencialmente, e o número de mamíferos infectados pelo vírus, incluindo bovinos, também cresceu significativamente nos Estados Unidos.


Vacina sendo aplicada (Foto: reprodução/instagram/sinergiumbiotech)

FAO preocupado com a doença

Na semana passada, a Agência das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) alertou que a evolução da gripe aviária na região Ásia-Pacífico, marcada pelo aumento das transmissões para humanos e o surgimento de uma nova variante do vírus, pode se tornar “alarmante”.

Antes dos ensaios clínicos, a Sinergium Biotech precisará comprovar a viabilidade das vacinas candidatas, conforme a OMS. Após obter os dados pré-clínicos, a tecnologia, material e experiência serão compartilhados com produtores em outros países para acelerar o desenvolvimento das vacinas e melhorar a preparação para uma possível pandemia.

mRNA no combate à gripe aviária

O Programa de Transferência de Tecnologia, lançado em 2021 em resposta à crise da COVID-19, envolve 15 países e tem como objetivo fornecer a nações de baixa renda ou em desenvolvimento os recursos necessários para a produção de vacinas baseadas em mRNA. Esta tecnologia inovadora funciona através da introdução de instruções genéticas no organismo, que instruem as células a produzir proteínas do vírus. Isso permite que o sistema imunológico reconheça e neutralize o vírus de forma mais eficaz.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou que a nova iniciativa focada na gripe aviária H5N1 exemplifica a importância do Programa de Transferência de Tecnologia de mRNA. Segundo ele, a iniciativa visa não apenas melhorar a capacidade de resposta a surtos de doenças, mas também fortalecer a infraestrutura de saúde global para enfrentar futuras pandemias, promovendo uma maior equidade no acesso às tecnologias de vacinas.

Casa do Pão de Queijo entra com pedido de recuperação judicial

A rede de cafeteria Casa do Pão de Queijo entrou com um pedido de recuperação judicial na Vara de Competência Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem da 4ª RAJ. O pedido foi feito em Campinas, no estado de São Paulo, e, de acordo com os documentos apresentados, as mais de 28 unidades abertas detêm uma dívida de cerca de R$ 57,5 milhões.


Vídeo do Instagram onde a empresa apesenta alguns de seu produtos (Vídeo: reprodução/Instagram/@casadopaodequeijo)


Ainda de acordo com os documentos apresentados, a maior parte desse dinheiro, cerca de R$ 55,8 milhões, é devida aos credores quirografários, classe essa que não conta com garantias. No entanto, uma parte menor, mas ainda significativa, desse valor, no total de R$ 1,3 milhão, é destinada ao segmento de empresas de pequeno porte, e o restante, no valor de R$ 244,3 mil, é devido aos trabalhadores.

Pandemia causou impactos fortes na empresa

A principal razão dada pela empresa para a dívida foram os impactos econômicos causados pela pandemia, que, de acordo com a empresa, teve forte impacto econômico em sua operação, ajudando a chegar no estado atual. Segundo a empresa, um agravante para a situação atual foram as enchentes que ocorreram no Rio Grande do Sul, já que o Aeroporto Salgado Filho, localizado na capital do estado, conta com quatro lojas rentáveis e com grande fluxo de caixa.

Ainda de acordo com a empresa, a tragédia no Rio Grande do Sul causou um impacto significativo que custa à empresa cerca de R$ 1 milhão por mês. Com a falta de previsão de retorno à normalidade, a marca teve que demitir 55 funcionários, o que apenas agravou ainda mais a crise.

Empresa pede urgência a justiça

No pedido de recuperação judicial, a empresa pediu urgência à Justiça para que fiquem suspensas as ações e execuções contra ela pelo período de 180 dias, que podem ser renovados por mais 180 dias. Além disso, a companhia solicita que a vara determine a manutenção de todos os contratos de locação e que proíba a interrupção do fornecimento de energia elétrica nos pontos onde ela atua.

Saúde mental: brasileiros são os mais afetados pós-pandemia

Ainda são notáveis os impactos da pandemia de Covid-19 na saúde emocional da população global. Segundo o Global Mind Project, que divulga dados anuais sobre o bem-estar no mundo, os brasileiros foram os mais afetados juntamente ao com Reino Unido e África do Sul.

Angústias

O Global Mind Project é um projeto internacional que tem como objetivo mapear anualmente o bem-estar da população mundial. Em um relatório divulgado pelo projeto, os brasileiros constam como 34% da população mais afetada mental e emocionalmente, sendo as pessoas com menos de 35 anos as mais abatidas.


Pessoas com menos de 35 anos são as que possuíram uma piora na saúde mental pós-pandemia (foto: reprodução/Olivier Douliery/Getty Images Embed)


Através de enquetes e questionários realizados com mais de 420 mil pessoas com a avaliação de capacidades cognitivas e emocionais, foi verificado o quanto essas pessoas conseguem lidar com estresse é ser produtivo. Como resultado, República Dominicana, Sri Lanka e Tanzânia permaneceram com um razoável índice desde 2022.

Brasil, Reino Unido e África do Sul possuem uma proporção um pouco maior de pessoas que vivem angustiadas. As mudanças no estilo de vida, o trabalho remoto e a hiper conectividade são algumas das principais causas da piora da saúde mental da população desses países, já que foram bastante incluídas nas novas dinâmicas da pandemia.

“O Brasil foi afetado de forma significativa, com altas taxas de infecção, mortalidade e abalo econômico. O impacto prolongado da pandemia pode ter contribuído para o quadro de estresse crônico e ansiedade, comprometendo a saúde mental da população”

Elton Kanomata, psiquiatra do Hospital Israelita Albert Einstein

O especialista comentou que mesmo que a pandemia tenha trazido flexbilidade e conveniência para as pessoas, a mistura entre o profissional e o pessoal refletiu muitos desafios para houvesse um limite saudável entre as famílias.

“A pandemia de Covid-19 teve um impacto significativo na saúde mental devido a uma série de fatores estressantes, como isolamento social, preocupações com a saúde, incertezas econômicas e perda de entes queridos”

Elton Kanomata, psiquiatra do Hospital Israelita Albert Einstein

Quando a rotina é comparada com a da pandemia, a jornada de trabalho e o menor tempo de intervalos para almoço e café têm sido comentados como motivos de contribuição para que a saúde mental dos brasileiros esteja pior. Somados a esses fatores, a falta de interação social no local de trabalho também tem contribuído para o isolamento de muitos trabalhadores.

Motivações

O Global Mind Projet conseguiu detectar que também estão relacionados com a piora da saúde mental da população o consumo de alimentos ultraprocessados, a ausência de relações familiares e amizades e o acesso precoce a smartphones.

“O acesso constante à tecnologia pode levar a dependência digital, pior qualidade do sono e diminuição do contato direto e interação com as outras pessoas, o que pode afetar negativamente o bem-estar emocional”

Elton Kanomata, psiquiatra do Hospital Israelita Albert Einstein

Para o psiquiatra, as relações com a família possuem um papel importante para a saúde mental e emocional das pessoas, sendo fundamental reconhecer os desafios de lidar com os familiares.

“Um ambiente familiar positivo, com apoio emocional, comunicação aberta e relações saudáveis, promove o bem-estar emocional e ajuda a proteger contra problemas de saúde mental. Por outro lado, conflitos familiares, falta de apoio e disfunção familiar podem aumentar o risco de desenvolver problemas de saúde mental”

Elton Kanomata, psiquiatra do Hospital Israelita Albert Einstein

Diversos estudos apontam que o uso de alimentos ultraprocessados podem prejudicar a saúde mental, uma vez que são ricos em gorduras saturadas, açúcares refinados e aditivos. O relatório feito pelo Global Mind Project mostrou que mais da metade dos que comem esses tipos de alimentos estão angustiados.

Expectativa de vida global reduz em quase dois anos por causa da Covid-19

A pandemia de Covid-19 deixou uma marca na expectativa de vida global, conforme revelado por um estudo recente publicado pelo Instituto para Medição e Avaliação da Saúde (IHME). Contrariando as expectativas, a pesquisa aponta para uma queda surpreendente de 1,6 ano na média da expectativa de vida das pessoas em todo o mundo nos primeiros dois anos desde o início da pandemia.

Os resultados do estudo, publicados na revista científica The Lancet, explica o impacto devastador que a Covid-19 teve sobre a saúde e a longevidade global. De acordo com os pesquisadores do IHME, a pandemia deixou uma marca no que diz respeito à expectativa de vida, superando até mesmo eventos históricos como conflitos e desastres naturais em sua profundidade e alcance.

A realidade em números


A queda da expectativa de vida afetou não só os idosos, mas também os adultos (Foto: reprodução/Freepik)

Entre 2020 e 2021, a esperança de vida diminuiu em mais de 80% dos 204 países e territórios analisados, destacando a extensão do impacto global da pandemia. Esse declínio não afetou apenas os idosos, mas também adultos em todo o mundo, com um aumento na taxa de mortalidade entre pessoas com mais de 15 anos.

Enquanto alguns países viram uma queda na expectativa de vida, outros registraram um declínio na mortalidade infantil. Este último é um ponto positivo em meio a esse cenário, indicando um progresso contínuo em longo prazo na saúde infantil.

No entanto, os especialistas alertam que o caminho à frente está repleto de adversidade. Embora a pandemia tenha representado um retrocesso, as lições aprendidas devem preparar a sociedade para futuras emergências de saúde global e a abordagem das disparidades de saúde entre as nações.

Consequências da pandemia

O estudo revela que a Covid-19 foi responsável por aproximadamente 15,9 milhões de mortes em excesso durante os primeiros dois anos da pandemia. Essas mortes em excesso, calculadas em comparação com projeções sem a presença da pandemia, reforçam a magnitude da crise sanitária global.

Enquanto países como Barbados, Nova Zelândia e Antígua e Barbuda conseguiram manter taxas de mortalidade relativamente baixas, outros enfrentam desafios demográficos. O envelhecimento das populações em nações desenvolvidas contrasta com o crescimento populacional em países em desenvolvimento, o que levanta questões sobre mão de obra, recursos e políticas de imigração.