Sem passaporte, Bolsonaro pede autorização do STF para viajar até Israel 

Através de seus advogados, Bolsonaro solicitou nesta semana a devolução do passaporte apreendido em fevereiro na esteira da operação “Tempus Veritatis” da Polícia federal. 

PF apreendeu o passaporte em fevereiro

A PF, que já havia indiciado Bolsonaro por fraude e associação criminosa no inquérido dos cartões de vacina, ao mesmo tempo investigava sobre a suposta tentativa de golpe de Estado, sendo que no dia 08/02 acabou deflagrando uma operação autorizada pelo Supremo Tribunal de Federal, na figura do ministro Alexandre de Morais. Na oportunidade foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva. 


Jair Bolsonaro em marcha da Avenida Paulista (Foto: reprodução/ Getty Images Embed)


Bolsonaro que não teve seu nome entre as ordens de prisão, teve que entregar seu passaporte e na oportunidade também foi proibido de entrar em contato com os outros investigados. 


Post da Polícia Federal no X no dia da Operação Tempus Veritatis (reprodução/@policiafederal)

Convite de Bibi Nethanyahu

O Ex-presidente solicitou agora a devolução de seu passaporte para viajar para Israel informando que foi convidado por Benjamin Netanyahu para visitar o país em maio. O pedido pode ser analisado pela segunda turma ou plenário do Supremo, mas ainda não tem data para ocorrer. 

A solicitação acontece na mesma semana em que o jornal internacional The New York Times publicou vídeos em que o ex-presidente se encontrava na embaixada da Hungria em São Paulo entre os dias 12 e 14 de fevereiro, ou seja, logo após a operação da Polícia Federal que apreendeu seu passaporte. A suspeita é que o investigado estivesse tentando se proteger de um eventual pedido de prisão e, pedir asilo político no país. 

Existem advogados defendendo que as embaixadas são consideradas territórios dos países correspondentes e em tese estariam fora da jurisdição brasileira, outros que embaixadas têm direito à inviolabilidade, mas não são território estrangeiro. 

No meio desse imbróglio jurídico, o juiz Moraes solicitou esclarecimentos a Bolsonaro, que por meio de sua defesa, declarou que é ilógico sugerir que a visita à embaixada se tratasse de uma tentativa de fuga, pois o mesmo estaria contribuindo para as investigações. 

No pedido da defesa, o ex-presidente pede para viajar a Israel entre os dias 12 e 18 de maio. 

Defesa de Bolsonaro responde Alexandre de Moraes após imagens na embaixada da Hungria

Nesta quarta-feira (27), A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro respondeu sobre a estadia do político na embaixada da Hungria por duas noites, apenas quatro dias depois de ter seu passaporte confiscado por medida cautelar devido a investigação que ocorre na Polícia Federal sobre uma tentativa de golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder.

Mesmo que a embaixada seja no território brasileiro, cria-se uma certa imunidade contra a justiça brasileira. Por reciprocidade, os países mantém os prédios como representação do Estado em território internacional, podendo ser utilizado para proteção do povo nativo do país no território que compete a embaixada. Tendo isso em vista, a atitude de Bolsonaro criou interpretações como a busca de Asilo Político.

O que diz a defesa?

A defesa afirma que “é ilógico sugerir que a visita do peticionário à embaixada de um país estrangeiro fosse um pedido de asilo ou uma tentativa de fuga”, já que o ex-presidente nunca esteve com medo da prisão, e a decretação de uma medida mais severa, como a prisão preventiva, não estava iminente pois medidas como a apreensão de passaporte e proibição de sair do Brasil já haviam sido tomadas.

Os advogados focam na relação de Bolsonaro com o governo Húngaro, justificando assim, que a estadia na embaixada foi apenas para reforçar o alinhamento com o governo do país.

“Nesse contexto, o peticionário [Bolsonaro] mantém a agenda política com o governo da Hungria, com quem tem notório alinhamento, razão porque sempre manteve interlocução próxima com as autoridades daquele país, tratando de assuntos estratégicos de política internacional de interesse do setor conservador”, disse a defesa, reiterando o discurso de Bolsonaro, em um evento do Partido Liberal (PL) em São Paulo onde declarou que mantém boas relações internacionais.

Segundo o advogado Fábio Wajngarten, o desejo era “de despachar pessoalmente com o Ministro (Alexandre de Moraes) a fim de elucidar por completo toda e qualquer especulação fantasiosa sobre o tema”, mas em razão do recesso da Suprema Corte, a resposta precisou ser protocolada por meio eletrônico.

O que pode ser feito?

Caso o Ministro Alexandre de Moraes considere a ida de Bolsonaro à embaixada um pedido de fuga ou asilo político, medidas cautelares como a prisão preventiva ou prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica podem ser tomadas.


Advogado Augusto de Arruda Botelho via X (Reprodução/x/@augustodeAB)


O advogado Augusto de Arruda Botelho, ex Secretário Nacional de Justiça, supôs que Bolsonaro poderia ter “cavado a própria prisão” em post na rede social “X”. Mais tarde, em entrevista ao podcast “O assunto” o advogado discorreu sobre a postagem, explicando que a prisão preventiva não pode durar muito tempo no Brasil, e que se fosse preso neste momento, Bolsonaro poderia ser liberado na época das eleições municipais, trazendo um gás a mais para a votação. O advogado destacou que não é algo afirmado, mas sim uma visão política.

Mauro Cid presta depoimento nesta segunda-feira

Mauro Cid vai depor novamente á Polícia Federal nesta segunda-feira. O ex-assistente pessoal do ex-presidente Jair Bolsonaro deve prestar esclarecimentos no âmbito da investigação que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado.

Expectativa do novo depoimento

Ele já fechou um acordo de colaboração premiada, o qual já foi válido pelo Supremo Tribunal Federal. O coronel Mauro Cid, ex-auxiliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), será ouvido novamente pela Polícia Federal nesta segunda-feira (11). A expectativa é de que ele forneça detalhes no inquérito que investiga uma alegada articulação para golpear o governo em 2022.

O novo depoimento foi confirmado pela defesa de Mauro Cid ao blog da jornalista Camila Bomfim. O antigo homem de confiança de Bolsonaro já celebrou um acordo de delação com a PF, os termos ainda estão sob sigilo. Por isso, é habitual que seja convocado para prestar novos esclarecimentos à medida que as investigações avançam.


Mauro Cid (Foto: reprodução/plantaodoslagos.com)

Os investigadores esperam que o testemunho de Cid esclareça ou reforce aspectos das declarações prestadas pelo ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes. O militar foi ouvido em 1º de março e, conforme o blog de Camila Bomfim, o conteúdo do depoimento foi considerado esclarecedor pelos agentes federais. De acordo com as apurações, Bolsonaro e seus aliados teriam tramado um golpe de Estado para mantê-lo no poder, evitando a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Informações das outras delações

Informações já vazadas da delação de Mauro Cid, ainda sob segredo, indicam que o general Freire Gomes participou das discussões sobre o plano golpista com o então presidente, mas teria se negado a aderir a qualquer tentativa de subversão, causando descontentamento entre os militares aliados de Bolsonaro, como o general Braga Netto. Em uma mensagem a outro oficial, Braga Netto, na época candidato a vice na chapa de Bolsonaro, teria insultado Freire Gomes por sua recusa em participar de uma possível intervenção militar, conforme mensagens obtidas pela Polícia Federal.

PF tem data para finalizar investigação contra Bolsonaro

A Polícia Federal informou que a investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve terminar em julho. A PF apura o envolvimento do presidente com falsificações de certificados de vacina, jóias da Arábia Saudita e com a tentativa de golpe no dia 8 de janeiro de 2023. 

Defesa de Bolsonaro

De acordo com a coluna da Bela Megale, do jornal O Globo, os advogados do ex-presidente e o próprio Bolsonaro acreditam que essa investigação que reúne os três inquéritos é a única capaz de unir provas suficientes para prender o ex-presidente. No último depoimento à PF, no dia 22 de fevereiro, Bolsonaro se manteve em silêncio e sua defesa solicitou acesso à delação premiada de Mauro Cid, ex-braço direito do presidente.


Jair Bolsonaro indo embora de carro depois de depoimento à PF sobre as joias sauditas (foto: reprodução/ Sérgio Lima/ Poder 360)

Investigações sobre Bolsonaro

Em até quatro meses, a PF pretende apresentar ao ministro Alexandre Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) relatórios que tentarão comprovar a participação de Bolsonaro em três esquemas ilegais.

O primeiro inquérito deve ser referente à possível falsificação de certificados de vacinação da covid-19 do ex-presidente, familiares de Bolsonaro e ex-assessores. Em janeiro deste ano, a Corregedoria Geral da União (CGU) concluiu que o certificado de vacinação de Jair Bolsonaro foi fraudado e que, segundo a enfermeira que consta no certificado, ela não vacinou o ex-presidente. Além disso, documentos da Força Aérea Brasileira comprovaram que Bolsonaro não estava na unidade de saúde que indica no seu carteira de vacinação.

Os investigadores também querem esclarecer o caso das joias sauditas que entraram no Brasil ilegalmente como presente a Jair e Michelle Bolsonaro e foram posteriormente vendidas nos Estados Unidos. Segundo a PF, faltam alguns documentos da cooperação internacional firmada com o país norte-americano.

A relação do ex-presidente com a tentativa de golpe no dia 8 de janeiro de 2023 é apurada também pelos investigadores da PF. O objetivo é descobrir se Bolsonaro incentivou, junto de aliados, aos seus apoiadores a tentarem impedir a posse do presidente Lula e mantê-lo no poder.

Bolsonaro quer adiar depoimento à PF sobre tentativa de golpe

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro solicitou, nesta segunda-feira (19), o adiamento do depoimento à Polícia Federal. Bolsonaro e dois ex-assessores do presidente foram convocados pela PF por conta de uma investigação do suposto envolvimento em tramas golpistas envolvendo militares e membros do governo. O depoimento está marcado para quinta-feira (22).

Além de tentar adiar o depoimento à PF, a defesa de Bolsonaro pediu acesso à delação premiada feita por Mauro Cid, ex-ajudante de ordem da Presidência e braço direito do ex-presidente.

O que a defesa afirma

Os advogados do ex-presidente enviaram um documento ao Supremo Tribunal Federal (STF) em que Bolsonaro se nega a depor até que sua defesa consiga ter acesso integral aos celulares apreendidos. Um trecho retirado do documento afirma que Jair Bolsonaro “opta por não prestar depoimento ou fornecer declarações adicionais até que seja garantido o acesso à integralidade das mídias dos aparelhos celulares apreendidos, sem abrir mão, por óbvio, de ser ouvido em momento posterior e oportuno”.

Segundo a defesa de Bolsonaro, a operação que investiga a tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2022contém excertos de supostas conversas presentes nos celulares apreendidos ao longo de todo este procedimento investigatório, mídias as quais a Defesa não teve acesso até hoje.”

Ainda no documento enviado ao STF, os advogados declaram que Jair Bolsonaro tem o interesse de cooperar com a investigação e comprovar sua inocência, porém, no momento, quer preservar seu direito à ampla defesa.

Bolsonaro na mira da PF

A investigação da Polícia Federal “Tempus Veritatis” veio a público no dia 8 de fevereiro e investiga Bolsonaro, ex-ministros e ex-assessores que estavam no cargo durante o mandato do ex-presidente. A operação está apurando o possível envolvimento de Jair e outros ex-membros do governo na tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2022.


Imagem de reunião ministerial do dia 15 de julho de 2022 que embasou operação da PF (foto: reprodução/ vídeo/ O Tempo)

A PF investiga uma reunião ministerial, realizada em 15 de julho de 2022, em que Bolsonaro afirmou aos ministros que eles não poderiam esperar o resultado para agir. O vídeo da reunião foi encontrado no computador de Mauro Cid. Os advogados de defesa do ex-presidente declaram, contudo, que Bolsonaro nunca cogitou realizar um golpe de estado.

Jair Bolsonaro transferiu R$ 800 mil para os EUA antes de viagem, revela investigação da PF

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo de investigação da Polícia Federal (PF) após uma transferência bancária de R$ 800 mil para os Estados Unidos em dezembro de 2022, antes de viajar ao país, segundo revelações da Operação Tempus Veritatis.

A ação da PF resultou na apreensão do passaporte de Bolsonaro e de outros investigados, evidenciando o cenário de incertezas e movimentações suspeitas após a tentativa de golpe de Estado no Brasil.

Conforme documentos obtidos pelo blog, a PF identificou a transferência de recursos para uma conta bancária nos EUA, realizada por Bolsonaro pouco antes de sua viagem. A operação de câmbio, no valor de R$ 800.000, ocorreu em 27 de dezembro de 2022, coincidindo com o período de tensão política no Brasil. A investigação sugere que tal movimentação visava resguardar o ex-presidente de possíveis implicações legais relacionadas aos atos ilícitos investigados.

Possível ligação com desvio de bens e saldo negativo no Brasil


Investigação diz que o ex-presidente viajou para a Flórida no final de seu mandato e transferiu recursos para financiar suas despesas no exterior (reprodução/UOL NOTÍCIAS)

A PF levanta a hipótese de que o montante transferido para os EUA possa incluir recursos provenientes de desvios de bens patrimoniais de alto valor, como no caso da venda de joias oferecidas pela Arábia Saudita ao governo brasileiro.

Além disso, após a transferência, Bolsonaro teria registrado um saldo negativo em sua poupança no Brasil, no valor de R$ 111 mil, posteriormente coberto por recursos de um fundo de investimentos.

Desdobramentos da investigação

A Operação Tempus Veritatis resultou na apreensão dos passaportes de Bolsonaro e de outros investigados, incluindo o ex-ministro da Justiça Anderson Torres. A PF sustenta que a não consumação do golpe de Estado levou diversos investigados a deixarem o país, sob justificativas como férias ou descanso, destacando a preocupação com a possibilidade de condenação criminal e a facilidade de saída do país com passaportes oficiais.

Até o momento, a defesa de Jair Bolsonaro não se pronunciou sobre as revelações da investigação da PF.

PF afirma que Bolsonaro é responsável por examinar e alterar minuta de decreto golpista

Nesta semana, a Polícia Federal entregou ao STF (Supremo Tribunal Federal) um relatório sobre a investigação de golpe de Estado realizada nos últimos dias. No documento, a PF afirma que o ex-presidente Jair Bolsonaro está de fato envolvido no golpe, pelo fato de ter examinado e alterado uma minuta de decreto relacionada ao golpe de Estado.

Dados comprometedores

Segundo o relatório da Polícia Federal, durante a investigação foram colhidos dados que provam a ligação de Jair Bolsonaro à conspiração nacional, no caso mensagens rastreadas que mostravam Bolsonaro recebendo um texto relacionado ao golpe de Estado e fazendo alterações no mesmo. Ainda é afirmado no relatório que Bolsonaro, após avaliar o texto, manteve a determinação de prisão de Alexandre de Moraes, ministro da Corte.


Palácio do Supremo Tribunal Federal (Foto: reprodução/cnnbrasil/Fabio Rodrigues)

O documento analisado pela PF, que serviu de base para o relatório em questão, possui diversos indicativos de mobilização para um golpe de Estado. Uma das características deste documento, é a proposta da instauração de um estado de sítio no Brasil, significando uma suspensão temporária dos direitos e garantias dos cidadãos e sobrepondo poder Executivo sobre o Judiciário e o Legislativo.

Defesa de Jair Bolsonaro

A defesa do ex-presidente da república assegurou em nota que o mesmo não participou de qualquer decreto que alterasse o Estado Democrático de Direito de forma ilegal, afirmando que quaisquer informações divulgadas com este tipo de afirmação não refletem a verdade, além de citar que Jair Bolsonaro manifestou-se contra os atos de vandalismo ocorridos aos prédios dos Três Poderes no dia 08/01/2023.

Enquanto eram cumpridos os mandados de prisão e busca e apreensão na última semana, a PF elencou diversas conversas sobre o assunto em questão. Uma das conversas apuradas pelas autoridades é a de Mauro Cid e Freire Gomes em dezembro de 2022. Esta troca de mensagens, para a Polícia Federal, confirma a existência do decreto analisado e ajustado por Jair Bolsonaro.

Depoimento de Bolsonaro à PF sobre importunação à baleia é adiado

A Polícia Federal adiou o depoimento que seria prestado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o caso em que ele é acusado de ter importunado uma baleia jubarte durante um passeio de jet-ski ocorrido em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo. O depoimento, que inicialmente aconteceria no dia 7 de fevereiro, agora está marcado para o dia 27 do mesmo mês.

Passeio de jet-ski ocorreu em companhia do advogado

A investigação iniciou em decorrência de um passeio de moto aquática feito pelo ex-presidente em um fim de semana no ano passado, entre os dias 16 e 17 de junho. À época, ele se encontrava hospedado na casa de seu advogado, Fábio Wajngarten, que também participou da atividade.

Assim como Bolsonaro, o advogado também está incluído no processo e prestará depoimento à Polícia Federal. Da mesma forma que seu cliente, a data de sua oitiva passou de 7 para 27 de fevereiro.




Bolsonaro durante passeio de jet-ski no litoral de São Paulo (Foto: reprodução/Wilton Junior/Estadão Conteúdo)

A base para o inquérito estabelecido pela PF é um vídeo no qual o ex-presidente aparece se aproximando de uma baleia jubarte com um jet-ski a uma distância menor do que 15m, e com o motor do veículo ligado. De acordo com a legislação brasileira, a pena para os crimes de caça ou “molestamento intencional” a esses animais em áreas de litoral pode chegar a cinco anos de prisão, além de multa.

Comentários de Bolsonaro sobre o caso tiveram ataques a ministro de Lula

O ex-presidente falou sobre o inquérito durante um evento que aconteceu em Porto Alegre, em novembro do ano passado. Na ocasião, ele disse que procuravam motivos para acusá-lo: “A de ontem foi que estou perseguindo baleias. A única baleia que não gosta de mim na Esplanada é aquela que está no ministério”, disse, referindo-se a Flávio Dino, então ministro da Justiça do governo Lula. O ex-presidente ainda acrescentou que Dino o acusava falsamente de planejar golpe de estado no país.

Carlos Bolsonaro depõe na PF um dia após ser alvo de busca e apreensão

Nesta terça-feira (30), o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos- RJ) prestou depoimento na Polícia Federal (PF). O depoimento acontece um dia após o mandado de busca e apreensão em sua residência, em Angra dos Reis. O vereador, que é filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, teve que responder sobre uma postagem que fez em agosto de 2023, tida como ofensiva pelo diretor da PF, Andrei Rodrigues.

Depoimento na PF

De acordo com o repórter do Uol, Igor Mello, Carlos Bolsonaro chegou na superintendência da PF no Rio às 09h50, e deixou o local menos de uma hora depois. O repórter também afirmou que o vereador saiu “cantando pneu”, demonstrando pressa em deixar o lugar. Carlos Bolsonaro não quis falar com a imprensa.

O teor da conversa era uma publicação que Carlos fez no X em 27 de agosto de 2023, na qual compartilhou uma publicação do perfil “Dama de ferro”, ironizando o episódio da facada de Jair Bolsonaro, cujas investigações foram encerradas. O filho de Bolsonaro republicou a postagem com a legenda: “O seu guarda diretor aqui enxerga com outros olhos! ”. A publicação foi considerada ofensiva pelo atual diretor da PF, Andrei Rodrigues.



Operação Vigilância Aproximada

Nesta segunda-feira (29), endereços ligados à Carlos Bolsonaro foram alvos de mandado de busca e apreensão. O motivo é o suposto envolvimento da família Bolsonaro com o uso ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) para propósitos políticos, de espionagem de adversários e como forma de obtenção de informações sigilosas na Justiça. De acordo com o advogado da família, Fabio Wajngarten, os irmãos Carlos, Flávio e Eduardo, e também o pai, estavam pescando quando a PF chegou à residência em Angra dos Reis, antes das 07h. Segundo testemunhas, Carlos e Jair chegaram à casa por volta das 11h. Foram apreendidos três notebooks, 11 computadores e quatro aparelhos celulares.

Investigação da PF apreende computadores e celulares de Carlos Bolsonaro

A Polícia Federal apreendeu, na manhã desta segunda-feira (29), o celular do vereador Carlos Bolsonaro e computadores da casa da família em Angra dos Reis, na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro. A família do ex-presidente Jair Bolsonaro estava presente no local onde a busca da PF foi realizada.

Apreensão dos eletrônicos

O vereador Carlos Bolsonaro é alvo de um mandado de busca e apreensão da PF que investiga a “Abin paralela” e o esquema de espionagem ilegal da agência durante a gestão de Alexandre Ramagem no período do mandato do ex-presidente Bolsonaro.

Segundo reportagem do O Globo, integrantes da Polícia Federal afirmaram que Bolsonaro e os filhos saíram da casa de Angra dos Reis às 6h30 para passear no mar com dois jets skis e uma lancha. Somente quando a família retornou para casa a polícia pôde entrar na casa e apreender alguns eletrônicos.


Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante batida da Polícia Federal na sua casa de Angra dos Reis (foto: reprodução/ TV Rio Sul/ Carta Capital)

A Polícia Federal também esteve no gabinete de Carlos Bolsonaro na Câmara dos Vereadores e na sua casa na cidade do Rio de Janeiro. No total foram apreendidos três computadores, o celular de Carlos Bolsonaro e alguns outros celulares encontrados na casa do vereador.

Suspeita da PF

Os investigadores responsáveis pelo caso suspeitam que a família tenha saído para passear de lancha e jet ski para dificultar a busca na casa. O advogado da família Bolsonaro, Fabio Wajngarten, disse que eles saíram às 5h para pescar. Porém, a apuração da PF indica que eles saíram para passear às 6h30, depois que a notícia sobre a operação já havia chegado em Carlos Bolsonaro.

Quando a polícia chegou ao local a casa estava vazia e precisaram aguardar o retorno da família para poder entrar na casa. Por volta de 11h, Bolsonaro e os filhos retornaram para a casa e, então, os investigadores conseguiram realizar a operação de busca e apreensão na casa de Angra dos Reis.