Devido aos fortes incêndios que assolam a região pantaneira, foi montado pela Polícia Federal um gabinete de crise capaz de investigar a origem dos constantes incêndios. Neste ano, o fogo que corrompe o bioma já chegou a destruir o equivalente a 684 mil campos de futebol.
Crise Pantaneira
Nesta última quinta-feira (27), integrantes da Força Nacional, parte do gabinete de crise criado pela PF, chegaram na região afetada pelo fogo. A situação se encontra cada dia mais tensa, deixando o bioma completamente vulnerável e fraco. A intensidade do fogo permite que o cenário apresentado àqueles na região seja de uma noite pintada de vermelho.
De acordo com o subtenente do Corpo de Bombeiros do MS, Edraudino Lúcio, o combate em cima de alguns focos contou com o apoio de fazendeiros locais somado a ajuda de tanques de água e uma motobomba puxada por trator. Ele também conta que o combate foi feito 500 metros à frente do local afetado para que o fogo fosse apagado linearmente na volta. Militares também estão na ativa, caminhando sob a vegetação queimada, dando suporte aos combates dos bombeiros e brigadistas.
“E assim a gente está continuando o combate, até a extinção total desse fogo”, conta o subtenente. A guarnição do Corpo de Bombeiros é responsável pela aplicação de técnicas de combate além de verificar a progressão do incêndio.
“Isso aqui é um cupim, que nós debelamos o incêndio, extinguimos. Mas, quando abrimos, descobrimos que ele estava em chamas”, conta o tenente do Corpo de Bombeiros de MS, Tatiane Inoue. Abafadores, sopradores e bombas costais também são usadas como apoio na luta contra o fogaréu alastrante. Segundos os bombeiros, um dos aparelhos, o soprador, potencializa a ação antes efetuada com o abafador.
Preparação da força-tarefa
A maior estratégia dos responsáveis contra o incidente é combater as chamas longe da luz solar, controlando os incêndios no período noturno. Segundo o coordenador do Prevfogo/MS, Márcio Yule, trabalhar durante a noite desgasta menos os combatentes além de ter uma temperatura mais tranquila assim como menos vento, facilitando o controle da força-tarefa.
Bombeiros, Marinha e Ibama/Prevfogo — um dos braços do Ibama que também está recebendo apoio — concentraram o maior número de militares e brigadistas no Pantanal. As instituições já contam com cerca de 260 pessoas e espera-se que o número aumente pelos próximos dias. Nesta quinta-feira, quarenta militares da Força Nacional chegaram na região de Corumbá.
“As guarnições que forem para combate vão estar reforçando essa linha de frente, e alguns militares da Força Nacional também vão ficar aqui nos auxílios aqui na região de Corumbá, que é o nosso centro de comando de incidentes”, comenta Gabriel Lopes, capitão dos Bombeiros de MS.
O comitê de gerenciamento da Policia Federal foi montado em Ladário, no Pantanal. A polícia receberá apoio de peritos brasilienses e de outros estados, assim como mais combatentes para atuar na região. Segundo informações, a polícia quer identificar e responsabilizar possíveis autores de crimes ambientais.