Netanyahu afirma que irá assumir controle total de Gaza

Gabinete de segurança de Israel se reunirá esta semana para definir os próximos passos e coordenar a ofensiva em Gaza. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anuncia nesta segunda-feira (4) que irá assumir o controle total da Faixa de Gaza.

A decisão ocorre após o fracasso das negociações de cessar-fogo e prevê uma ação militar ampliada para derrotar o Hamas, libertar reféns e impedir futuras ameaças. O gabinete de segurança israelense se reunirá ainda nesta semana para definir os próximos passos da operação.

Israel define nova ofensiva após fracasso de negociações de cessar-fogo

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu decidiu ampliar a ofensiva em Gaza após o colapso das negociações por um cessar-fogo com o Hamas.

Segundo a imprensa israelense, o governo avalia agora uma nova fase do conflito, com a intenção declarada de assumir o controle total da Faixa de Gaza, tanto no aspecto militar quanto administrativo.

A medida marca um rompimento com propostas anteriores que incluíam uma gestão internacional ou árabe moderada da região.

De acordo com fontes do governo, os objetivos centrais são eliminar a presença do Hamas, resgatar reféns israelenses e evitar que Gaza volte a representar uma ameaça futura. Atualmente, cerca de 75% do território está sob domínio das forças israelenses.


Netanyahu planeja expandir a guerra na Faixa de Gaza (Vídeo: reprodução/YouTube/G1)

Netanyahu faz apelo à unidade e declara objetivos claros da ofensiva

Devemos continuar unidos e lutar juntos para alcançar todos os nossos objetivos de guerra: a derrota do inimigo, a libertação de nossos reféns e a garantia de que Gaza não representará mais uma ameaça a Israel”, disse o primeiro‑ministro Benjamin Netanyahu, conforme reportado nos veículos que cobriram o anúncio da intensificação da campanha israelense em Gaza.

Em mensagem direcionada à nação, Netanyahu reforçou que Israel considera essencial consolidar o controle militar e civil sobre toda a Faixa de Gaza, exigindo coesão interna para enfrentar o Hamas e evitar risco futuro.

Ele também anunciou que o gabinete de segurança será convocado ainda esta semana para definir os próximos passos da ofensiva, incluindo possíveis cenários de anexação ou ocupação prolongada.

A decisão de Netanyahu de assumir o controle total de Gaza representa uma mudança significativa na condução do conflito, com impactos diretos sobre a população palestina e o cenário diplomático internacional.

Enquanto parte da comunidade global pede contenção e retomada das negociações de paz, Israel aposta na força militar para atingir seus objetivos estratégicos. Nos próximos dias, as deliberações do gabinete de segurança devem definir o ritmo e a intensidade das ações que seguirão na Faixa de Gaza.

Justiça impõe restrições a Marcos do Val por suspeita de tentativa de golpe

Senador Marcos do Val (Podemos-ES) passa a cumprir uma série de medidas judiciais após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). As restrições incluem a proibição de uso de redes sociais, bloqueio de transferências via Pix e cartões de crédito, além da suspensão do porte de arma. As medidas fazem parte da investigação sobre suposta tentativa de golpe de Estado, revelada pela Polícia Federal, com base em conversas atribuídas ao parlamentar.

Redes sociais, Pix e cartões: o que o senador está proibido de fazer

O ministro Alexandre de Moraes determinou o bloqueio das redes sociais de Marcos do Val, incluindo Instagram, Facebook e X (antigo Twitter), como forma de impedir a disseminação de informações consideradas prejudiciais à investigação.

Além disso, foi suspensa qualquer movimentação por Pix e cartões de crédito, incluindo bloqueio de valores e novas transferências.

A medida visa evitar a destruição de provas e possíveis ações de desinformação ou obstrução de Justiça. A Polícia Federal afirma que o parlamentar está envolvido em tratativas relacionadas a uma tentativa de golpe contra as instituições democráticas do país.

A decisão também inclui a suspensão imediata de porte de arma e a entrega de qualquer armamento em posse de Do Val.


Marcos do Val é alvo de operação da PF e coloca tornozeleira eletrônica (Vídeo: reprodução/YouTube/CNNBrasil)

PF afirma que senador participou de tentativa de golpe

A investigação da Polícia Federal aponta que Marcos do Val teria sido procurado pelo ex-deputado Daniel Silveira para gravar, de forma clandestina, conversas com o ministro Alexandre de Moraes, com o objetivo de produzir um falso escândalo e assim justificar a intervenção militar.

O próprio senador revelou detalhes em entrevistas e redes sociais, o que reforçou os indícios utilizados pelo STF para determinar as medidas cautelares.

Embora negue envolvimento em golpe, o senador admitiu ter participado de reuniões com Silveira e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo a PF, as declarações do parlamentar se tornaram elementos centrais da apuração.

Em nota divulgada à imprensa e reproduzida no site da CNN Brasil, o senador disse que as medidas “inviabilizam o pleno exercício do mandato parlamentar“, e destacou que “sequer é réu ou foi condenado“.

A defesa do senador argumenta que ele tem cooperado com as investigações e contesta a proporcionalidade das medidas impostas.

As medidas judiciais contra Marcos do Val refletem a gravidade dos fatos investigados e o avanço da apuração da Polícia Federal sobre tentativas de subversão democrática.

A decisão do STF busca preservar a integridade do processo e evitar interferências indevidas por parte do senador, que agora está sob monitoramento rígido da Justiça.

Lula pede paciência para diálogo com Donald Trump

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reconheceu, neste domingo (3), que as tratativas com os Estados Unidos sobre o aumento de tarifas decretado por Donald Trump precisam ser conduzidas com paciência, já que há limites para o enfrentamento.

De acordo com Lula, a diplomacia impõe restrições sobre o que pode ser dito, ou seja, não se trata de falar tudo o que se pensa, e sim aquilo que é viável dizer. A fala ocorre em meio ao crescimento das tensões entre Brasil e EUA, depois que Trump anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Além disso, a Casa Branca sancionou o ministro Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky, que permite punir estrangeiros acusados de violar direitos humanos.

Conduta de Lula

Até o momento, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump ainda não mantiveram contato direto, mesmo após a decisão do governo dos Estados Unidos de impor uma sobretaxa sobre produtos brasileiros.

Durante o encerramento de um encontro nacional do PT, neste domingo, em Brasília, Lula afirmou que a postura firme do Brasil na defesa de sua soberania causa incômodo a líderes que se consideram dominantes no cenário internacional, embora não tenha citado nomes. O presidente também explicou que sua conduta nas relações exteriores se baseia na ideia de tratar todos os países com igualdade, sem se submeter a nações mais poderosas nem ser arrogante diante de países vizinhos. 

Lula afirmou que o governo está empenhado em apoiar as empresas brasileiras e proteger os trabalhadores do país. Segundo ele, o Brasil está aberto ao diálogo e pronto para negociar, ressaltando que propostas concretas já foram apresentadas anteriormente por Geraldo Alckmin e Mauro Vieira.

Nova liderança do PT

Desde a última sexta-feira (1º), integrantes do PT estiveram reunidos para debater os rumos do partido e aprovaram o documento que vai nortear a nova direção sob a liderança de Edinho Silva. Ex-prefeito de Araraquara (SP), Edinho foi escolhido em julho para comandar pelos próximos quatro anos e tomou posse oficialmente neste domingo, em um ato que contou com a presença do presidente Lula.


Edinho foi eleito presidente do PT e teve a oficialização neste domingo (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

A última aprovação do encontro defende a manutenção de alianças com outras siglas e destaca a necessidade de aprimorar a comunicação do governo, especialmente com públicos religiosos, como os evangélicos. O documento também sugere que o partido amplie o diálogo com setores da sociedade que não se identificam necessariamente com a esquerda, além de incentivar que a militância mantenha vínculos com comunidades católicas e aprofunde o relacionamento com lideranças evangélicas.

Zambelli apela à Justiça italiana e pede prisão domiciliar por motivos de saúde

A defesa da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) vai solicitar à Justiça italiana que ela seja transferida para prisão domiciliar ou liberada até que o pedido de extradição feito pelo Brasil seja analisado. A parlamentar, que foi detida na Itália, enfrenta uma condenação por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O pedido será apresentado em audiência marcada para esta sexta-feira (1º), com base no estado de saúde da deputada. Segundo o advogado Fábio Pagnozzi, Zambelli está sem acesso aos medicamentos de uso contínuo, o que pode comprometer sua saúde nas próximas 48 horas.

Advogados afirmam que Zambelli não representa ameaça

Outro argumento da defesa é que a parlamentar não oferece risco aos cidadãos italianos nem intenção de fugir do país. “Ela está na lista vermelha da Interpol, não teria como sair da Itália. Nossa intenção é colaborar com a Justiça”, afirmou o advogado à CNN.

Zambelli também havia se manifestado, destacando que se apresentou voluntariamente às autoridades italianas. “Aqui temos Justiça e democracia. Não temos um ditador no poder. Estou tranquila, sei que vão perceber minha inocência ao analisar o caso. Não estou fugindo, estou resistindo”, declarou.


Defesa de Carla Zambelli detalha pedido de prisão domiciliar (reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Defesa não pode pedir asilo devido à cidadania italiana

Por possuir cidadania italiana, a deputada não pode solicitar asilo político. Ainda assim, a defesa vai alegar que ela sofre perseguição política no Brasil e pedirá que seus direitos como cidadã italiana sejam respeitados, permitindo que ela permaneça no país.

Desde que o pedido de extradição foi protocolado, o Ministério do Interior da Itália iniciou a análise da documentação enviada pelo governo brasileiro. Em seguida, o caso foi encaminhado a um tribunal, que decidirá se há base legal para a extradição com base na sentença brasileira.

Justiça italiana avalia pedido de extradição do Brasil

A decisão final sobre a extradição cabe inicialmente ao Ministério da Justiça da Itália, que pode arquivar o caso ou manter a prisão provisória de Zambelli. Se o processo seguir adiante, será submetido à Corte de Apelação de Roma, onde a Justiça italiana e a defesa apresentarão seus argumentos. A instância máxima, a Corte de Cassação, pode ainda ser acionada para o julgamento final. Mesmo com parecer favorável dos tribunais, o Ministério da Justiça italiano tem a palavra definitiva e pode negar a extradição por razões políticas. Especialistas apontam que o processo pode durar até dois anos, mas há chances de a deputada ser liberada antes, especialmente se surgirem obstáculos políticos ou considerações governamentais, como ocorreu em casos anteriores de extradição internacional.

Lula critica tarifas de Trump e diz que Brasil buscará novos mercados

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou, em entrevista publicada nesta quarta-feira (30) pelo jornal norte-americano The New York Times, as tarifas comerciais de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. O governo de Donald Trump anunciou a medida no início de julho, com previsão de entrada em vigor nesta sexta-feira (2).

Trump anunciou Tarifas

Lula afirmou que o líder norte-americano “não pode confundir briga política com negociação comercial” e sugeriu que está aberto ao diálogo, desde que seja no campo econômico. “Se ele quer uma briga política, vamos tratar como briga política. Se ele quiser falar sobre comércio, vamos sentar e discutir comércio”, disse o presidente brasileiro.


Donald Trump Presidente do EUA (Foto: reprodução/Chip Somodevilla/Getty Images Embed)


Trump havia anunciado as tarifas em carta enviada a Lula e publicada em sua própria rede social em 9 de julho. Na mensagem, o republicano justificou as medidas citando um suposto déficit comercial dos EUA com o Brasil – que, na realidade, têm superávit na balança –, decisões judiciais consideradas desfavoráveis às big techs e o que chamou de “perseguição política” ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O norte-americano chegou a afirmar que a situação de Bolsonaro precisa ser revertida “imediatamente”.

Questionado sobre as críticas, Lula disse não saber “o que Trump ouviu” sobre ele, mas garantiu que, caso os dois se encontrem, o republicano perceberá que ele é “20 vezes melhor” que Bolsonaro. O presidente brasileiro também afirmou que não vai “chorar sobre o leite derramado” caso as tarifas entrem em vigor.

Brasil vai buscar alternativas

Segundo Lula, o Brasil buscará alternativas para escoar seus produtos em outros mercados, destacando a China como principal parceiro comercial do país. “Se os Estados Unidos e a China querem ter uma guerra fria, não vamos aceitar isso. Não tenho preferência. Quero vender para quem quiser comprar e pagar mais”, declarou.

A crise comercial adiciona tensão às já delicadas relações diplomáticas entre Brasília e Washington. Enquanto Lula tenta preservar o diálogo, Trump endurece o discurso em ano eleitoral nos EUA, aproximando política externa de disputas ideológicas internas.

Governo Lula rompe com aliança sobre o Holocausto e se alinha à ação contra Israel

No dia 18 deste mês, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva optou por retirar o Brasil da IHRA (Aliança Internacional para a Memória do Holocausto), uma entidade voltada à preservação da memória das vítimas do Holocausto e à luta contra o antissemitismo no mundo. A medida foi acompanhada da entrada do Brasil no processo da África do Sul contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), o que gerou diversas reações no cenário global.

A saída do Brasil

A informação da saída do governo brasileiro di IHRA foi divulgada pelo Ministério de Relações Exteriores de Israel na quinta-feira (24) e confirmada pelo Itamaraty. Desta forma, a entrada do Brasil na IHRA ocorreu em 2021, durante o mandato do então presidente Jair Messias Bolsonaro. De acordo com fontes ligadas à diplomacia brasileira, a desfiliação foi justificada com o argumento de que a adesão anterior teria sido feita de forma precipitada, sem considerar adequadamente os compromissos jurídicos e financeiros que tal participação implicava.

Cinco dias após anunciar a saída da aliança, o governo brasileiro formalizou sua participação na ação feita pela África do Sul contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), que acusa o país de praticar genocídio contra a população palestina na Faixa de Gaza.


Conib se manifesta sobre decisões tomadas pelo governo brasileiro (Foto:reprodução|Instagram|@coniboficial)


Reações a decisão tomada pelo presidente Lula

Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores de Israel criticou duramente as recentes decisões do governo brasileiro, classificando-as como imprudentes e vergonhosas. Em comunicado oficial, o governo israelense afirmou:

Voltar-se contra o Estado judeu e abandonar o consenso global contra o antissemitismo é imprudente e vergonhoso” afirmou o governo israelense.

A Confederação Israelita do Brasil (Conib) também manifestou repúdio à saída do Brasil da IHRA. Em nota publicada nesta segunda-feira (28), a entidade considerou a medida um grave retrocesso moral e diplomático, alertando que a decisão pode fragilizar os esforços nacionais e internacionais de combate ao antissemitismo.

Segundo levantamento da ONU, Brasil sai oficialmente do Mapa da Fome

O Brasil saiu novamente do mapa da fome, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas) em um relatório divulgado na última segunda-feira (28). Assim, de acordo com o levantamento feito pela FAO, agência da ONU especializada em alimentação e agricultura, o risco de subalimentação (situação em que uma pessoa, de forma habitual, consome uma alimentação insuficiente em quantidade e deficiente em elementos essenciais para se manter saudável e com uma vida ativa) está abaixo de 2,5% no Brasil, o que tirou o país do Mapa da Fome.

Anúncio que oficializou o Brasil fora do mapa da fome

O anúncio foi feito durante a 2º Cúpula de Sistema Alimentares da ONU, em Adis Abeba, na Etiópia. Vale ressaltar, que o Brasil já havia saído desta lista no ano de 2014, porém, após um estudo dos dados de 2018 a 2020, a ONU recolocou o país na categoria, mostrando um aumento da insegurança alimentar no período.

A FAO aponta alguns indicadores para o monitoramento da situação alimentar dos países. Um dos mais importantes é o PoU (Prevalence of Undernourishment). O cálculo, segundo o portal Agência Brasil, é feito a partir de três variáveis: a quantidade de alimentos disponíveis no país, considerando produção, importação e exportação; o consumo de alimentos pela população, levando em conta as diferenças de renda; e a quantidade mínima de calorias por dia definida para um indivíduo médio representativo da população.


Post do presidente Lula sobre a saída do Brasil do Mapa da Fome (Foto: reprodução/Instagram/@lulaoficial)


O cenário brasileiro atual

Mesmo fora do Mapa da Fome, o Brasil ainda se encontra em um cenário preocupante: cerca de 35 milhões de pessoas convivem com a dificuldade de se alimentar. Essa situação é classificada pela ONU como insegurança alimentar, quando a falta de recursos obriga as famílias a reduzirem a qualidade ou a quantidade dos alimentos consumidos. Ou seja, em casos mais graves, isso pode significar ficar um dia inteiro, ou mais, sem comer.

Especialistas ouvidos pelo portal de notícias G1 explicam por que o Brasil, mesmo sendo um dos maiores produtores de alimentos do mundo, ainda enfrenta dificuldades para alimentar sua própria população. Um dos motivos apontados é o grande volume de produção voltado à exportação. Outros citam o alto preço dos alimentos aliado à falta de renda. Há ainda quem destaque fatores como as mudanças climáticas, entre outros.

Líder do PT recorre ao STF para barrar nomeação de Eduardo Bolsonaro por governadores

O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do partido na Câmara, solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a concessão de uma medida cautelar preventiva que impeça o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de assumir qualquer cargo comissionado. A solicitação foi feita nesta terça-feira (22).

Na segunda-feira (21), o portal de notícias CNN revelou que alguns governadores próximos a Eduardo Bolsonaro buscaram uma solução política por meio de interlocutores, cogitando a nomeação do parlamentar como secretário estadual para preservar seu mandato na Câmara dos Deputados.

Bloqueio de bens

No documento enviado ao Supremo, Lindbergh Farias argumenta que a possível nomeação de Eduardo Bolsonaro tem como finalidade assegurar, de forma indevida, sua sustentação financeira enquanto ele permanece nos Estados Unidos. A CNN já havia informado que o deputado está com o salário e as chaves Pix bloqueados, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, tomada no último sábado.


Reação de Eduardo Bolsonaro ao bloqueio de seus bens (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Segundo Lindbergh, Eduardo continua em solo norte-americano atuando contra os interesses do Brasil, ao lado de Paulo Figueiredo. Ele afirma que ambos têm participado de encontros políticos e midiáticos com lideranças estrangeiras, promovendo sanções econômicas contra o país, ação que, conforme o deputado, teria contribuído para o chamado “tarifaço”, medida anunciada pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que prevê a elevação em 50% das tarifas sobre exportações brasileiras a partir de agosto.

Além disso, o líder do PT solicitou que Moraes determine que os governadores se abstenham de oferecer a Eduardo qualquer cargo com funções administrativas na esfera pública.

Declaração de Eduardo Bolsonaro

Na segunda-feira, após ter suas contas bloqueadas, Eduardo declarou que não se surpreendeu com a decisão, classificando como mais um ato arbitrário e ilegal do que chamou de “ditador Alexandre de Moraes”. Segundo o parlamentar, o objetivo do bloqueio seria impedir que ele continue denunciando, no exterior, supostos abusos e violações de direitos fundamentais atribuídos ao magistrado.

Depois de ataque em ponto de distribuição de água, famílias tentam sobreviver em Gaza

Várias crianças morreram neste domingo (13) após um bombardeio israelense atingir um ponto de distribuição de água no centro da Faixa de Gaza. Segundo o Ministério da Saúde palestino, controlado pelo Hamas, ao menos 139 corpos foram levados a hospitais nas últimas 24 horas. Ainda há vítimas sob os escombros, e o número elevado de mortes no domingo segue uma série de fatalidades que já estavam acontecendo, principalmente no sábado.

Famílias com recursos escassos

Muitas famílias em Gaza enfrentam dificuldades de acesso à água potável. A família al-Manasra é uma delas. Todos os dias, eles caminham até um ponto de distribuição, semelhante ao local onde oito pessoas morreram no domingo em um ataque que, segundo o exército israelense, não atingiu o alvo pretendido.

Instalados em um acampamento improvisado próximo aos escombros de um edifício destruído na Cidade de Gaza, os membros da família al-Manasra relatam que seus filhos já apresentam sintomas como diarreia e doenças de pele. A falta de combustível também comprometeu os serviços de coleta de lixo e tratamento de esgoto, aumentando o risco das doenças.


Reportagem sobre destruição após ataque em Gaza (Vídeo: reprodução/Youtube/Band Jornalismo)

A busca de água para as famílias é cansativa e frequentemente sem sucesso. Na barraca onde vivem, eles fazem o possível para manter a higiene, varrendo o chão. No entanto, a escassez de água impede uma limpeza adequada e em algumas ocasiões, a louça das poucas refeições que conseguem fazer fica sem lavar por dias. Para lidar com a situação, seguem regras rígidas de uso da água, priorizando as necessidades mais urgentes.

Ajuda humanitária

Com 21 meses de conflito, a maioria dos mais de 2 milhões de habitantes de Gaza passou a depender quase totalmente da ajuda humanitária. 

Especialistas em segurança alimentar já alertam para a ameaça iminente de fome. Após o término do último cessar-fogo, em março, Israel impôs bloqueios e restrições severas à entrada de assistência no território.

Governadora de Nova York solicita mais segurança contra drones nos EUA

A governadora de Nova York, Kathy Hochul, solicitou nesta segunda-feira (14) que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fortaleça a segurança federal contra possíveis ataques com drones. Ela destacou que grandes eventos futuros, que acontecerão no próximo ano, como a Copa do Mundo e as celebrações dos 250 anos da independência americana, representam alvos prioritários.

Preocupações para o próximo ano

Kathy Hochul destacou que, no próximo verão, a região de Nova York sediará diversos eventos de grande porte que comportam pessoas do mundo todo, principalmente a Copa do Mundo, que aumentou o número de seleções participantes. Além disso, a flotilha dos Tall Ships, a Revisão Naval Internacional, o tradicional espetáculo de fogos da Macy’s e a celebração dos 250 anos do país, todos estes eventos são considerados possíveis alvos de ataques.


Carta postada abertamente pela Governadora em suas redes sociais (Foto: reprodução/X/@GovKathyHochul)

Em uma carta enviada ao presidente Donald Trump, na qual foi divulgada nesta segunda-feira, Hochul defendeu a criação de uma estratégia federal ampla, que reforce significativamente a capacidade de detectar drones em todo o país e que implemente ações de resposta eficazes e em múltiplas camadas. Também enfatizou que é necessário um esforço maior por parte do governo para garantir a segurança de infraestruturas essenciais, como áreas densamente povoadas, redes de serviços públicos e instalações militares.

A governadora mencionou diversos episódios ocorridos no ano passado, além do uso cada vez mais frequente de drones em conflitos como o da Ucrânia e em outras regiões do mundo.

Possíveis medidas devem ser tomadas por Trump

No mês passado, Michael Kratsios, chefe do Escritório de Políticas de Ciência e Tecnologia da Casa Branca, declarou que o presidente Trump tem a intenção de enfrentar o avanço da ameaça representada por criminosos, grupos terroristas e o uso inadequado de drones por agentes estrangeiros no espaço aéreo norte-americano.

Kratsios ressaltou ainda que os Estados Unidos estão tomando medidas para proteger suas fronteiras contra riscos à segurança nacional, inclusive no espaço aéreo, especialmente diante da realização de grandes eventos públicos, como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos de 2028.