ABC divulga debate entre Trump e Kamala Harris no dia 10 de setembro

Donald Trump e Kamala Harris, candidatos à presidência dos Estados Unidos, anunciam suas participações em debate marcado para o dia 10 de setembro, conforme anunciado nesta quinta-feira(8), pela emissora ABC (responsável pela realização do evento). Trump mencionou em uma coletiva de imprensa que havia sugerido três debates com três diferentes redes de televisão. Seriam elas:

  • “Fox News” – 4 de setembro;
  • “ABC” – 10 de setembro;
  • “NBC” – 25 de setembro.

Dentre as emissoras mencionadas, apenas a “ABC” confirmou a realização do debate entre os candidatos à presidência.

Pronunciamento de Trump

De acordo com Trump, “Kamala não é capaz de realizar uma entrevista, o que será revelador“. Em seguida diz: ”É muito importante termos debates. Falamos com as lideranças das redes e tudo foi confirmado. (…) O outro lado terá que acordar com os termos, mas não sabemos se isso irá acontecer. Ela não fez uma entrevista, não consegue fazer uma, não consegue fazer uma coletiva de imprensa e ela é uma má debatedora, não sabe debater. Mas é importante, temos que ter debate e colocar os pingos nos i’s. Estou ansioso por eles, creio que serão esclarecedores”, falou Trump.


Donald Trump (Foto: reprodução/Jim Watson/AFP)

Carreira de Donald Trump

Donald Trump é um empresário, apresentador de reality show e político que ocupou a presidência dos Estados Unidos como o 45º presidente, de 2017 a 2021. Ele é reconhecido por suas opiniões conservadoras e sua maneira direta e controversa de se comunicar, abordando questões como imigração, economia e a política de “America First” durante seu mandato. Antes de entrar para a política, Trump foi um destacado magnata do mercado imobiliário.

Carreira de Kamala Harris

Kamala Harris é uma advogada e política que atualmente ocupa o cargo de vice-presidente dos Estados Unidos, posição que assumiu em 2021. Antes de se tornar vice-presidente, ela serviu como senadora pela Califórnia e foi procuradora-geral do estado.

Harris fez história ao se tornar a primeira mulher – além da primeira mulher negra e de origem indiana – a assumir a vice-presidência. Ela é reconhecida por seu envolvimento em temas relacionados à justiça social, direitos civis e reforma do sistema penal.

Kamala Harris faz primeiro comício ao lado de Tim Walz

Em sua primeira aparição, Kamala Harris estava ao lado do candidato vice Tim Walz nesta terça-feira (6), em um comício preparado aos apoiadores de Filadélfia. Segundo a candidata à presidência, Walz será o “vice-presidente que a América merece“.

Tim Walz já demonstrou que é capaz de ganhar votos entre os eleitores rurais e conservadores do seu estado e deve agora tentar ampliar o seu apelo, mesmo que tenha a desvantagem de ser pouco conhecido nacionalmente. Recentemente, porém, ganhou visibilidade com ataques ao candidato republicano Donald Trump e ao seu vice.

“Somos azarados nesta corrida, mas temos o impulso necessário e sabemos exatamente o que estamos enfrentando”, disse Kamala Harris.


Kamala e Walz fazem comício na Filadélfia (Foto: Reprodução/Getty Images Embed)

Ataque ao Trump

No comício realizado na Filadélfia, tanto a candidata à Presidência dos Estados Unidos quanto Tim Walz atacaram Trump nos discursos realizados. Kamala Harris deixou claro que as eleições deste ano são uma luta por liberdade e voltou a colocar em pauta alguns direitos dos americanos, como o direito ao aborto. 

“Walz e eu enviamos uma mensagem para aqueles que desejam voltar no tempo. Não vamos voltar”, disse a candidata.

Tim Walz argumentou que o candidato Trump semeia o caos e a divisão nos EUA, e que o crime violento e organizado estava no ápice no mandato do republicano.

“Trump tem uma perspectiva diferente da nossa. Em primeiro lugar, ele não tem familiaridade com o serviço militar e, consequentemente, não tem tempo para isso, uma vez que está ocupado demais servindo a si mesmo. Isso, sem mencionar os crimes cometidos por ele”, completou Walz.

Tim Walz também agradeceu a nomeação feita por Kamala Harris. “Não poderia estar mais feliz e orgulhoso de fazer parte desta chapa”, disse.

Quem é Tim Walz?

Tim Walz, atual vice escolhido por Kamala Harris para ser seu companheiro de chapa, tem 60 anos e é um ex-membro do Exército dos EUA. O democrata atuava na Guarda Nacional.

Na sua vida na política, Walz foi eleito para um cargo público pela primeira vez em 2006, quando se tornou deputado na Câmara dos EUA. Após isso, foi eleito governador de Minnesota em 2018 e reeleito em 2022.

Além disso, no início de sua carreira pública, Walz defendeu o acesso às armas e foi muito bem recebido pela Associação Nacional de Rifles dos Estados Unidos. Walz sofreu uma mudança significativa de opinião após o massacre em uma escola na Flórida, em 2018. O vice de Kamala defende, atualmente, leis que proíbam o acesso às armas.

Walz defende também os direitos reprodutivos das mulheres, que é uma das principais pautas de campanha da candidata Kamala Harris. A principal questão agora é se Tim Walz pode ajudar Kamala Harris a vencer Trump nas eleições. E essa pergunta só terá resposta no dia 5 de novembro.

Veja de qual lado os líderes mundiais ficaram após vitória de Nicolás Maduro

No último domingo, (28), Nicolás Maduro se reelegeu como presidente da Venezuela, em um processo eleitoral recheado de polêmicas e especulações, por parte da oposição, liderada por Edmundo González. Após apuração de 80% dos votos, pelo Conselho Nacional Eleitoral, Maduro teve 51,2% contra 44% de seu adversário, que contestou o resultado, dizendo que teria tido 70% dos votos, gerando polêmica nas eleições venezuelanas.


Manifestantes venezuelanos após o resultados das eleições (Foto: Reprodução/X/Hoje no Mundo Militar)

Os líderes que se pronunciaram

Tendo em vista toda a repercussão, alguns líderes mundiais se pronunciaram, tanto a favor quanto contra, sobre a vitória de Nicolás Maduro. Entre os que parabenizaram o presidente, estão os líderes da Rússia, China, Honduras, Cuba, Bolívia e Nicarágua.

O pronunciamento do governo brasileiro foi mais cauteloso, prezando por esperar a divulgação dos dados faltantes por parte do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), definido como “um passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”. Ainda foi acrescentado, na nota do Ministério das Relações Exteriores, que o governo brasileiro admira a forma pacífica de como foi feita a jornada eleitoral.

O resultado foi contestado por líderes e autoridades de outras nações, como o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, o vice-presidente da União Europeia, Josep Borrell Fontelle, além de presidentes de países vizinhos, como Chile, Argentina, Uruguai e Equador. Para adicionar, os Ministérios de Relações Exteriores de Alemanha, Espanha, Reino Unido, Peru e Colômbia também contestaram o resultado e a vitória de Maduro.

Polêmica da apuração

A oposição, mesmo com a derrota divulgada pelo CNE, afirma que na apuração correta, possui 70% dos votos, o que tornaria Edmundo González vencedor das eleições. Porém, pelo que foi divulgado, Maduro venceu as eleições com 51,2% dos votos, contra 44% da oposição.

Como foi dito no pronunciamento do governo brasileiro, apesar da oficialização da vitória de Maduro, ainda são aguardados os registros dos dados faltantes, o que está gerando as reinvidicações por parte da oposição.

Mesmo pressionado Biden continua na corrida eleitoral dos Estados Unidos

Em meio às rachaduras internas que vêm surgindo dentro do Partido Democrata, o atual presidente dos Estados Unidos respondeu aos pedidos para que desistisse da reeleição, dizendo que vai continuar na disputa e que vai derrotar o ex-presidente Donald Trump.

Isso vem em um momento em que, após o primeiro debate presidencial, se criou um clima de desconfiança dentro do partido sobre se Biden seria um candidato ideal para se candidatar a um segundo mandato à frente da Casa Branca.

Recentemente, como uma cartada para tentar convencer os membros do próprio partido de que ainda tem força para vencer a disputa presidencial, Biden fez um comício em Wisconsin, estado que pode ser decisivo para ele, já que em 2020 ele venceu Trump por apenas 1% de vantagem. O comício, que contou com a presença de 500 pessoas, seguiu à risca a estratégia de campanha. Ele ainda chegou a fazer piada com a própria idade e deu um recado: “Eu continuo na disputa e vou derrotar Trump”.


Biden durante primeira entrevista após debate que vem sendo considerando crucial durante campanha eleitoral (Foto: reprodução/Getty Images News/Handout/Getty Images Embed)


Primeira entrevista após debate

Ainda durante a visita ao estado, ele deu a primeira entrevista após o polêmico debate realizado na quinta-feira (27), que foi considerado um ponto de mudança importante para a campanha eleitoral. Durante um trecho de 2 minutos que foi divulgado da entrevista, ele comentou sobre estar doente e exausto na noite do debate, justificando a forma como se saiu.

Dinheiro será a parte mais difícil de reconquistar. Quem doa muito quer ter certeza de que está apoiando o vencedor. Biden tem uma agenda e tem que ser agressivo para executar essa agenda e atrair o dinheiro. Se ele conseguir um cessar-fogo em Gaza ou resolver outras questões, como as dívidas estudantis ou a relação com a China, será muito importante para o futuro da campanha”, afirma Sharyn O’Halloran, cientista política e professora na Universidade de Columbia.

Presidente do EUA Joe Biden

Empresários pedem que Biden desista

Ainda segundo veículos de imprensa dentro do país, um grupo de 168 empresários enviou uma carta a Biden pedindo para que ele desista de disputar a reeleição pelo bem da democracia. Isso chegou a um ponto em que financiadores fiéis do Partido Democrata, como a herdeira da Disney e o cofundador da Netflix, anunciaram a suspensão das doações até que Biden seja substituído.

No entanto, Biden não dá sinais de que deve parar, inclusive aumentando o número de compromissos, como forma de responder se ele ainda tem energia para comandar o país pelos próximos quatro anos.

Líder de Belarus afirma que seu exército não participou de ataque à Ucrânia

O presidente Alexander Lukashenko, líder desde 1944 de Belarus é o principal aliado do presidente Russo Vladimir Putin. O mesmo informou a agência de notícias estatal Belta, que Belarus não permitirá quaisquer confrontos na fronteira com a Ucrânia. 

Garanto que não permitiremos nenhum conflito na fronteira com a Ucrânia. Nunca haverá nenhum.”, disse o Presidente de Belarus na coletiva. 

 Alexander Lukashenko

Na semana passada, a Rússia lançou uma grande ofensiva militar, com grandes bombardeios aéreos e disparos de mísseis contra as principais cidades ucranianas. Algumas horas mais tarde, tropas russas, apoiadas por tanques, iniciaram uma invasão terrestre à Ucrânia.

Nessa mesma semana, a Belarus anunciou que destacou forças de defesa aérea adicionais para sua fronteira com a Ucrânia para proteger suas “instalações de infraestruturas críticas” devido ao aumento da atividade de drones ucranianos na área.

O líder autocrata ainda negou que militares de seu país estejam participando da guerra iniciada pela Rússia.


Alexander Lukashenko e Vladimir Putin (Foto Destaque: Getty Images Embed)

Moscou movimenta em sua ofensiva terrestre os milhares de soldados russos que posicionou no sul de Belarus, há várias semanas, para a realização de manobras militares conjuntas. A capital ucraniana, Kiev, fica a apenas 150 quilômetros da fronteira bielorrussa.

De acordo com que diz Lukashenko, o presidente russo, Vladimir Putin, telefonou a ele para fazer “um briefing muito detalhado da situação”. “Por volta das 5h de hoje (23h de quarta-feira em Brasília), ocorreu uma conversa telefônica” entre os dois líderes, informou a presidência bielorrussa em um comunicado. O documento reitera que Putin informou Lukashenko sobre “a situação na fronteira com a Ucrânia”, ou seja, referindo-se a regiões separatistas no leste da Ucrânia.

Bielorrússia e a Ucrânia

Os serviços de fronteira da Bielorrússia asseguraram que ainda tinham encontrado material para a fabricação de bombas caseiras na mesma zona, acusando um grupo de russos Pró-Ucrânia de estar preparando operações naquela região. Mas, as acusações agora subiram ainda mais o tom e, alegam que a Ucrânia estaria mesmo  mobilizando soldados para a zona fronteiriça, falando em “sabotagem” e “atos terroristas” por parte dos ucranianos.

Já o Governo da Ucrânia anunciou que se trata apenas de uma ‘operação de informação’ feita pela Bielorrússia com o apoio de Moscou.

Não é a primeira vez que a Bielorrússia disponibiliza dados sobre ameaças e apoio ucraniano. Essa é mais uma etapa da operação de informação conduzida pela Bielorrússia com a ajuda da Rússia. Entretanto, a situação no local permanece perigosa e é necessário um número significativo de soldados ucranianos na fronteira.

Andriy Demchenko

indicou Andriy Demchenko, porta-voz da guarda fronteiriça ucraniana.

Kamala Harris pode assumir candidatura à presidência dos EUA no lugar de Biden

Caso Biden desista da candidatura à presidência dos Estados Unidos, a atual vice Kamala Harris assumira a corrida à candidatura e seu nome aparece entre os favoritos para os democratas. No último dia 28, o atual presidente e o ex presidente participaram de um debate no qual foi desastroso para o então presidente do partido democratas.

Pesquisas do Instituto Morning Consult, apontam que 30% dos democratas apoiam a candidatura da atual vice para presidência e Gavin Newsom aparece logo em seguida com 20% nas pesquisas. Com nível de aprovação próximo a do atual presidente Biden, a Kamala Harris passou os últimos anos tentando se destacar em seu papel como vice-presidente com intuito de se torna titular a corrida para Casa Branca.

Sobre Kamala Harris

A atual vice-presidente Kamala, tem 59 anos, formada em Direito e Ciências Políticas, já foi procuradora e senadora antes se de torna a primeira mulher vice-presidente dos EUA. No ano de 2020 chegou a se apresentar como candidata a corrida a Casa Branca e em algum momento liderou as pesquisas, mas com a perca de apoio e de recursos financeiro acabou desistindo. Kamala tornou-se essencial na candidatura do presidente Joe Biden, pois, sua presença na chapa foi usada para trair aa minorias, negros, mulheres e filhos de imigrantes.


Kamala Biden (Foto: reprodução/Instagram/@kamalaharris)


Existiu uma expectativa em relação a posição da Kamala no governo Biden, esperava-se que ela se destacasse a ponto de assumir a corrida como sucessora de Biden nas eleições de 2024, mas sua baixa popularidade à tornou praticamente invisível, antes de completar um ano pesquisas apontaram que nos últimos 50 anos ela foi a mulher mais impopular da história.

Destaques de Kamala durante a presidência de Biden

No ano de 2020, Kamala, se destacou em apoiar o direito ao abordo, ela enfatizou que os extremistas e os lideres estavam restringindo os direitos ao invés de ampliá-los


Kamala palestrando sobre liberdade reprodutiva 2024 (Foto: reprodução/Instagram/@kamalaharris)


 Outro momento de destaque foi em 2023, quando ela subiu o tom contra a Rússia, na guerra contra Ucrânia. Fazendo-se assim com que fosse a primeira vez que os estados unidos acusassem a Rússia publicamente contra crimes a humanidade.

Eleições Estadunidense 2024

Na corrida a presidência dos EUA, em 2024, Kamala vem viajando para fortalecer a chapa e mobilizar a população negra votarem nas eleições, pois essa população é essencial para o partido democrata. Após, o último debate na quinta-feira (28), Kamala enfatizou uma defesa de Biden e se colocou como alternativa a assumir o posto.

Seus planos atuais vigoram em captação de recursos e em contatos com doadores poderá causar boas impressões e se colocar a disposição como substituta de Biden.

Matéria por Ailton Liam – Lorena R7.

Foto destaque: Kamala Harris (Reprodução/Instagram/@kamalaharris)

Julian Assange é liberto após acordo com justiça dos EUA

O jornalista Julian Assange, fundador do WikiLeaks, foi liberado nesta segunda-feira (24) da prisão de segurança máxima de Belmarsh, no Reino Unido, após uma batalha judicial de 12 anos contra sua extradição para os EUA. Assange obteve sua liberdade ao concordar em se declarar culpado da acusação criminal relacionada à publicação de documentos confidenciais do governo dos EUA, revelando detalhes das guerras no Iraque e no Afeganistão.

Publicação de documentos confidenciais pelo WikiLeaks

Em 2010, Julian Assange começou a publicar na WikiLeaks documentos confidenciais do governo estadunidense com a ajuda de Chelsea Manning, na época analista de inteligência do Exército dos EUA. Entre os documentos divulgados estavam cerca de 90.000 relatórios de atividades significativas relacionadas à guerra no Afeganistão, 400.000 relatórios relacionados à guerra no Iraque e 800 avaliações de detentos da Baía de Guantánamo.

Esses documentos revelaram detalhes sobre operações militares, incluindo incidentes não relatados de mortes de civis, o papel das forças de segurança iraquianas e afegãs, e outros aspectos das guerras que não eram de conhecimento público. Além disso, os documentos acusavam os EUA de serem responsáveis por centenas de mortes de civis e tortura de prisioneiros.


Julian Assange embarca no voo no Aeroporto de Stansted, em Londres (Vídeo: reprodução/X/@wikileaks)


Também foram publicados mais de 250.000 telegramas do Departamento de Estado dos EUA, que incluíam avaliações francas de líderes mundiais, estratégias diplomáticas e incidentes de corrupção, além de mostrar a maneira como os EUA interagiam com outros governos e manejavam suas políticas internacionais.

Após essas publicações, Assange enfrentou vários desafios legais. Em agosto de 2010, promotores suecos emitiram um mandado de prisão contra ele por alegações de má conduta sexual, que ele negou, afirmando tratar-se de uma campanha difamatória. Ele se recusou a ir ao interrogatório em Estocolmo.

Após uma série de batalhas legais no Reino Unido sobre sua possível extradição para a Suécia, Assange buscou asilo na Embaixada do Equador em Londres em 19 de junho de 2012. Ele permaneceu lá por quase sete anos, até 11 de abril de 2019, quando o Equador revogou seu asilo após pressão dos EUA para que fosse retirado de seu refúgio diplomático. Ele foi preso pela polícia britânica e passou os cinco anos seguintes praticamente isolado em uma cela de Belmarsh.

Acordo entre Assange e EUA

O acordo entre Julian Assange e os EUA consiste na limitação da pena máxima que ele poderia enfrentar. Ele não será extraditado para os Estados Unidos para enfrentar as acusações de espionagem e crimes relacionados à divulgação de documentos confidenciais do governo americano. Os EUA garantiram que Assange não enfrentará a pena de morte e ele recebeu permissão para se mudar para a Austrália, seu país de origem, onde poderá viver livremente.

Apoio internacional à libertação de Julian Assange

Líderes políticos do Brasil, Colômbia, Reino Unido, Grécia e outros países manifestaram apoio à libertação de Julian Assange, afirmando que a verdade não deve ser punida e destacando a importância da liberdade de imprensa, dos direitos humanos e da liberdade de informação.

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, criticou a prisão de Assange, chamando-a de uma vergonha e enfatizando que ele foi condenado por expor a corrupção.

Viúva de Marielle Franco celebra decisão do STF de tornar os acusados réus do caso

Nesta terça-feira (18), Monica Benicio, vereadora do Rio de Janeiro pelo PSOL e viúva de Marielle Franco, comentou a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), de aceitar a denúncia contra os acusados e torná-los réus pelo crime de homicídio contra Marielle e o motorista Anderson Gomes. 

A decisão foi anunciada pelo relator do caso, Alexandre de Moraes, que indiciou o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, e os irmãos Chiquinho Brazão, deputado federal do Rio de Janeiro, e Domingos Brazão, ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Rio. 

Palavras de Monica

A vereadora comemorou em suas redes sociais o fato do veredito ter sido aprovado de forma unânime pelos cinco ministros. Monica escreveu que se sentia emocionada e aliviada pela decisão, e que essa unanimidade representa mais um passo significativo para a justiça prevalecer e acontecer. 


Declaração de Monica (Foto: reprodução/X/@monica_benicio)

“Não só por mim ou pela família de Anderson, mas por cada brasileiro e brasileira que não quer a barbárie instalada na nossa sociedade. A violência não pode fazer parte da política. A justiça por Marielle e Anderson é a busca por uma sociedade mais justa para todas as pessoas.”

Monica Benicio, vereadora e viúva de Marielle Franco

Monica também comentou que a solução do crime é uma chance de levar esperança ao Brasil, devolvendo sua democracia. A irmã de Marielle, Anielle Franco, também comentou sobre a decisão em suas redes sociais, “Desejo que o julgamento seja rápido, pois já esperamos tempo demais. Reitero minha confiança na justiça, na Polícia Federal e na condução do Supremo. O Brasil quer e precisa de justiça por Marielle e Anderson!”. 

A viúva de Anderson, Ágatha Arnaus, compartilhou uma foto do marido com o filho nas redes sociais e declarou que esse é um passo crucial para alcançar a justiça pelo caso. Ademais, ela também afirma que a luta é extensa, mas que não perderá a fé nas leis, “gostaria de ressaltar que esta luta por justiça não é só por mim, nem pelo meu marido, mas pelo nosso filho Arthur, que é meu “pedacinho de Anderson”, e que infelizmente não tem o pai ao seu lado para compartilhar a alegria da vida.”


Publicação da esposa de Anderson Gomes (Foto: reprodução/Instagram/@agathaarnaus)


Processo entrará na fase de coleta de provas 

O processo também colocou como réus, o major da Polícia Militar Ronald Paulo, responsável por acompanhar Marielle em deslocamentos de eventos, e o ex-assessor de Domingos Brandão, Robson Fonseca. Agora, o caso entrará na parte de instrução, onde serão coletadas provas, testemunhos e a realização de interrogatórios com os acusados. 

Após isso, o caso deverá entrar em julgamento para definir as penas dos envolvidos. A defesa dos réus decidiu não recorrer da decisão judicial e irá aguardar a próxima fase da investigação para agir. Apesar disso, Rivaldo Barbosa e Chiquinho Brazão negam ter participado do homicídio ocorrido em março de 2018.

Trump é considerado culpado em julgamento sobre fraude e suborno

Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, foi declarado culpado nesta quinta-feira (30), em um julgamento envolvendo a ocultação contábil de um pagamento de US$ 130 mil à atriz pornô Stormy Daniels. Esse pagamento ocorreu na reta final das eleições de 2016, ano em que Trump venceu Hillary Clinton.

Sentença em breve

Os jurados determinaram a culpa de Trump em 34 crimes, porém, a sentença ainda será decidida pelo juiz Juan Merchan. As acusações são classificadas como crimes leves de classe E no estado de Nova York, com penas máximas de quatro anos de prisão. Especialistas acreditam que é improvável que Trump cumpra pena em regime fechado.

Fatores que podem influenciar na pena incluem o fato de ser sua primeira condenação criminal, a natureza não violenta do crime, sua idade de 77 anos e seu histórico como ex-presidente dos EUA, com a possibilidade de concorrer novamente ao cargo. A expectativa é que a pena resulte em uma multa e liberdade condicional.

Trump ainda pode disputar a presidência

Apesar de ser a primeira vez que um ex-presidente dos EUA é condenado criminalmente, isso não impede Trump de concorrer à presidência novamente. A Constituição dos Estados Unidos exige apenas que o candidato tenha nascido no país, tenha pelo menos 35 anos e resida nos EUA por 14 anos. Portanto, Trump poderá participar das eleições de 5 de novembro de 2024, mesmo com a condenação.


Acompanhe detalhes do caso com o ex-presidente Trump (Vídeo: reprodução/YouTube/Brasil Urgente)



Detalhes do julgamento

O julgamento teve início em 15 de abril com a seleção dos jurados e foi conduzido pela promotoria liderada por Alvin Bragg. A acusação central foi de que Trump interferiu nas eleições de 2016 ao pagar para “comprar o silêncio” de Stormy Daniels, impedindo que ela divulgasse um suposto encontro sexual com Trump em 2006.

David Pecker, diretor do tabloide “National Enquirer”, colaborou com a campanha de Trump pagando por histórias prejudiciais ao então candidato, sem publicá-las. Michael Cohen, ex-advogado de Trump, foi a principal testemunha da acusação, afirmando ter pago a Daniels com recursos próprios e sido reembolsado por Trump, com o pagamento registrado falsamente como honorários advocatícios.


Além desta condenação, Trump enfrenta outras três acusações criminais. Elas incluem a tentativa de se manter no poder após perder as eleições de 2020, a tentativa de reverter o resultado eleitoral na Geórgia e a posse indevida de documentos sigilosos após deixar a presidência. Nenhum desses casos tem julgamento previsto para este ano.

Congresso mantém veto de Bolsonaro à lei que pune quem dissemina fake news

Nesta terça-feira (28), o Congresso Nacional manteve o veto do ex-presidente Jair Bolsonaro que bloqueava as punições a quem disseminasse fake news durante as eleições. A lei previa multa e reclusão de um a cinco anos.


Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução: Poder360)

Três anos depois, nesta terça foram analisados os vetos, e 317 votaram para manter o veto de Bolsonaro e somente 139 para derrubá-lo.

A comunicação enganosa em massa era definida pelo texto: “promover ou financiar campanha ou iniciativa para disseminar fatos que se sabe inverídicos, e que sejam capazes de comprometer o processo eleitoral”.

Bolsonaro frente à lei

Na época em que rejeitou a lei, o ex-presidente alegou que o texto não havia deixado claro o que seria punido, o criador da falsa notícia ou quem a compartilhava, além de “afastar o eleitor do debate público”.

A legislação já pune a disseminação de fake news a fim de prejudicar um candidato. O crime existe atualmente na instância eleitoral da Justiça. A proposta vetada tipificaria um novo crime, o de comunicação enganosa em massa, na esfera penal.

A lei sobre as fake news

A lei eleitoral estipula uma multa de até R$ 30 mil para quem fizer propaganda enganosa na internet, atribuindo falsamente a autoria a um candidato ou partido. Além disso, define como crime a contratação de indivíduos para espalhar mensagens e comentários em plataformas e redes sociais com a intenção de ofender ou difamar a imagem de um candidato, com penalidades que incluem detenção de dois a quatro anos e multa de até R$ 50 mil.

Código Eleitoral: Prevê pena de detenção de dois meses a um ano ou multa para divulgação de fake news no período da campanha ou na propaganda eleitoral que prejudiquem partidos ou candidatos.

A Resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proíbe o uso de conteúdo manipulado para disseminar notícias falsas nas eleições municipais deste ano. Estabelece que o emprego de deep fake pode resultar na cassação do registro ou do mandato, por constituir abuso de poder político.