Tribunal dos EUA classifica tarifas de Trump como ilegais

O Tribunal de Apelações do Circuito Federal, dos Estados Unidos, determinou na última sexta-feira (29) que a maior parcela da recente e agressiva política tributária imposta por Donald Trump a outros países é ilegal. A decisão, apoiada por 7 de 11 juízes, indicados tanto por presidentes democratas quanto republicanos, considerou que a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA), mobilizada por Trump como justificativa ao combate do déficit comercial histórico e desindustrialização estadunidense, não permitiria a imposição de tarifas, atribuição que, ao ver do tribunal, é apenas do Congresso.

A medida analisou as tarifas impostas por Trump a China, Canadá e México em fevereiro e a outros países em abril deste ano e não afeta aquelas cujo arcabouço legal não envolve a IEEPA, como as sobre aço e alumínio estrangeiro.

O órgão colegiado determinou que as taxas sejam retiradas até 14 de outubro. O governo americano pode recorrer na Suprema Corte, o que, já declarou Trump, deve ser feito.

Presidente estadunidense critica decisão

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se manifestou em sua rede social, Truth Social, logo após a publicação da resolução judicial. 

“Hoje, um Tribunal de Apelações altamente partidário disse incorretamente que nossas tarifas deveriam ser retiradas, mas eles sabem que os Estados Unidos da América vencerão no final”, escreveu ele.


Jornal da Band repercute a decisão estadunidense sobre ilegalidades das tarifas estrangeiras impostas por Donald Trump (Vídeo: reprodução/YouTube/Band Jornalismo)


“Se essa decisão for mantida, ela literalmente destruiria os Estados Unidos da América. No início deste fim de semana do Dia do Trabalho, todos devemos lembrar que as TARIFAS são a melhor ferramenta para ajudar nossos trabalhadores e apoiar empresas que produzem excelentes produtos FEITOS NOS EUA”, prosseguiu.

Futuro é incerto

Trump disse ainda acreditar que a Suprema Corte dos EUA manterá as tarifas impostas por ele, em um movimento que sugere que o governo americano recorrerá a fim de consolidar a validade de suas medidas. 

Posicionamentos passados recentes da Corte Constitucional estadunidense em relação a políticas de grande abrangência que não passam por aprovação do Congresso, no entanto, mostram que a mais alta instância do Judiciário do país não estaria propensa a agir conforme seu presidente espera.


A Suprema Corte Americana, em Washington (Foto: reprodução/Robert Alexander/Getty Images Embed)


Pesa a favor do chefe do Executivo, por outro lado, o fato de que 6 dos 9 atuais membros da Suprema Corte dos EUA foram indicados por presidentes republicanos (três dos quais pelo próprio Trump), contra apenas 3 dos 11 juízes do Tribunal de Apelações do Circuito Federal.

Segundo mandato é marcado por política tarifária agressiva

Tendo iniciado sua segunda gestão presidencial em 20 de janeiro deste ano, Donald Trump anunciou as primeiras de uma série de tarifas comerciais a países estrangeiros em 1 de fevereiro, com taxação de 10% à China e 25% ao Canadá e México. 

Depois, impôs uma taxa de 25% a importações de alumínio e aço de todos os países, um imposto universal de 10% e uma série de “tarifas recíprocas”, como chamou, a diversos países. 

A escalada de tensões, em especial, com a China chegou à prescrição de uma taxa de 145% sobre produtos exportados aos EUA.

Javier Milei é retirado de caravana eleitoral após receber pedradas

O presidente da Argentina, Javier Milei, teve que ser retirado de uma caravana que participava em Buenos Aires, na capital argentina, após ter o veículo atacado por pedras nesta quarta-feira (27). Ele participava de uma caravana presidencial com apoiadores do governo quando o ataque aconteceu, ele e toda a sua comitiva foram retirados às pressas. 

Comitiva presidencial

Milei e seus aliados políticos participavam de uma caravana presidencial, como um ato de campanha para as eleições legislativas em Buenos Aires, que serão no dia 7 de setembro. Essa seria a segunda passagem do presidente pela região, que marca a terceira seção eleitoral e busca impulsionar a popularidade dos candidatos do partido para as vagas na Assembleia Legislativa e do Senado.

Após o ataque, membros do governo e o próprio presidente Javier Milei se pronunciaram nas redes sociais. Em um post na rede social X, ele declarou: “os kukas [apelido para apoiadores do Kirchnerismo] atiraram pedras por falta de ideias, recorreram outra vez à violência”. A ministra da Segurança Nacional, Patrícia Bullrich, acusou o Kirchnerismo de planejar o ataque contra a caravana. Esse é o nome dado ao período em que Néstor Kirchner e Cristina Fernández de Kirchner governaram o país por 12 anos, e são do partido de oposição de Milei. 


Reportagem da emissora DNews sobre o ataque à caravana de Milei (Vídeo: reprodução/YouTube/DNews)

Apesar do ataque desta quarta-feira (27), ainda é esperado que ele participe de outros eventos para impulsionar a campanha eleitoral do seu partido. 

Acusações de corrupção

A participação de Milei coincidiu com uma crise política que o país vive, envolvendo a irmã do presidente e secretária presidencial, Karina Milei, que estaria envolvida em um esquema de corrupção, que envolve a devolução de verbas por meio da Agência Nacional para a Deficiência. 

Javier Milei não comentou sobre o escândalo envolvendo a irmã, porém acusou a oposição de querer instalar o caos e a violência, afirmando que o seu governo acabou com o déficit fiscal de 123 anos em um único mês.

Governo dos EUA estuda restringir vistos de estudantes e profissionais de imprensa

O governo norte-americano publicou nesta quarta-feira (27) uma proposta de regulamentação que visa limitar a duração dos vistos para estudantes e profissionais da imprensa que desejam entrar nos Estados Unidos. Essa proposta tem sido acompanhada da pressão que o governo de Donald Trump tem feito contra os imigrantes, limitando e revogando vistos e pedidos de green card. 

Proposta de regulamentação

A proposta enviada pelo governo dos Estados Unidos pretende limitar e restringir ainda mais o acesso de estrangeiros ao país, algo que Donald Trump tem investido desde sua reeleição. 

Estudantes, trabalhadores de intercâmbio e jornalistas estrangeiros terão mais limitações para estender o prazo do visto no país. No texto da proposta, propõe-se a criação de períodos fixos para vistos. Sendo eles: visto F para estudantes internacionais; visto J para intercambistas que desejam trabalhar no país e visto I para profissionais de imprensa.


Estudantes e pais de uma escola de imigrantes se reúnem no primeiro dia de aula em Washington (Foto: reprodução/ANDREW CABALLERO-REYNOLDS/AFP/Getty Images Embed)


Atualmente, esses tipos de visto estão disponíveis pelo programa de duração ou de emprego norte-americano. O governo norte-americano apresentou a proposta afirmando que ela era importante monitorar e supervisionar os portadores de visto que estiverem no país. O público tem 30 dias para opinar sobre a proposta.

Histórico de vistos

Segundo o governo dos Estados Unidos, apenas em 2024, mais de 1,6 milhão de vistos do tipo F, para estudantes estrangeiros, estavam ativos. No ano fiscal de 2024, que se iniciou em 1 de outubro de 2023, o país havia concedido mais de 355 mil vistos para estudantes e mais de 13 mil vistos para jornalistas. 

Em 2020, foi apresentada uma proposta semelhante, que foi recusada por mais de 4 mil instituições educacionais ao redor do mundo e pediu para que Donald Trump descartasse essa nova proposta. A primeira proposta relacionada à restrição de vistos foi derrubada pelo ex-presidente Joe Biden, do partido Democrata, em 2021.

Forças Armadas de Israel iniciam ação de tomada da cidade de Gaza

Nesta quarta-feira (20), o porta-voz militar das forças armadas de Israel, Brigadeiro General Effie Defrin, anunciou que os primeiros passos das tropas israelenses para tomar a cidade de Gaza estão sendo tomados. O anúncio foi feito após o confronto com o grupo Hamas no sul de Khan Younis, na Faixa de Gaza.

Ação organizada

Em seu anúncio, Effie Defrin destacou que as tropas militares de Israel iniciaram os primeiros estágios para tomarem a cidade de Gaza e que já estão assumindo o controle de algumas regiões em torno da cidade. 

As forças armadas de Israel convocaram mais de 60 mil reservistas para colocar em prática a ação de tomada da cidade. Essa ação ocorre enquanto o governo de Israel negocia e avalia um novo acordo de cessar-fogo. Com essa força tarefa, Israel está avançando em seu plano de dominar o maior centro urbano de Gaza. A tomada da cidade de Gaza ocasionaria o deslocamento em massa de civis, o que preveem as críticas e análises de outros países sobre o plano. 


Soldados israelenses são vistos nas proximidades da fronteira com Gaza (Foto: reprodução/Amir Cohen/REUTERS)

Apesar da movimentação para a ação, um oficial militar afirmou à imprensa que os soldados da reserva não devem se apresentar até setembro. Esse intervalo pode abrir caminho para um cessar-fogo entre o grupo palestino Hamas e Israel.

Confronto em Khan Younis

Na quarta-feira (20), tropas israelenses entraram em conflito com 15 militantes do Hamas, que estavam em túneis e foram atacados por tiros e mísseis antitanque. O confronto aconteceu ao sul de Khan Younis, que fica na Faixa de Gaza. De acordo com o governo de Israel, o confronto deixou soldados feridos. 

As Brigadas Al-Qassam do Hamas emitiram um comunicado confirmando a realização do ataque às tropas de Israel no sudeste de Khan Younis e enfrentaram as tropas israelenses à queima-roupa. Afirmaram que o ataque, que durou cerca de duas horas, atingiu soldados.

Ex-presidente dos EUA Barack Obama pede firmeza de democratas

Durante a participação em um evento privado para arrecadações de fundos em Nova jersey no último dia 21, o ex-presidente norte-americano Barack Obama pediu uma postura mais firme dos democratas. O pedido veio após citar a insatisfação popular e internacional com a situação atual dos Estados Unidos no novo mandato de Donald Trump, que é Republicano. 

De acordo com fontes internas do evento, o jantar arrecadou cerca de 2,5 milhões de dólares (aproximadamente R$ 14 milhões de reais) em doações presenciais e online para o Comitê Nacional Democrata – pauta que o partido democrata tem colocado as suas energias por conta das eleições para governadores.

Posicionamento direto

Em entrevista à CNN, o ex-presidente comentou que irá exigir que os democratas “simplesmente endureçam”. Ele também citou pessoas que não possuem um partido definido, democrata ou republicano, que tomem uma ação nesse momento político do país, que definiu como importante para tomadas de decisões de todos os lados, reconhecendo as diferentes visões dentro do partido.


Donald Trump e Barack Obama se encontraram no funeral de Jimmy Carter em janeiro de 2025 (Foto: reprodução/ROBERTO SCHMIDT/AFP/Getty Images Embed)


Barack também citou a questão da liberdade de expressão, pauta fortemente defendida pelos Republicanos no mandato atual de Donald Trump: “Não diga que se importa profundamente com a liberdade de expressão e depois fique quieto. Não, você defende a liberdade de expressão quando ela é difícil. Quando alguém diz algo de que você não gosta […]”.

Foco nas eleições

Além do posicionamento de Obama sobre o governo de Trump, Obama enfatizou o seu apoio para o Partido Democrata na disputa eleitoral para governadores, ação pedida por membros internos do partido diante do governo atual e da falta de poder. 

Obama está canalizando as energias para a disputa eleitoral pelo cargo de governador do estado de Nova Jersey e da Virgínia, enquanto o partido democrata tenta encontrar um líder para comandar a chapa. Com esse foco, o ex-presidente pediu doações para que o DNC (Comitê Nacional Democrata em português) esteja forte para disputar as eleições, enfatizando que será uma eleição pautada por mídias sociais e dados.

Críticas a Trump

No evento, Obama declarou que ficou surpreso com o que Trump fez e que não há mais barreiras dentro do Partido Republicano para Trump, destacando a política tarifária imposta pelo republicano nos últimos meses. 

Barack Obama declarou que essas ações de Trump são perigosas, uma vez que violam os direitos dos americanos e o governo se aproxima de um regime autocrático.

Portugal aprova lei anti-imigração que irá impactar imigrantes brasileiros

Nesta quarta-feira (16), o Parlamento Português aprovou um pacote de lei que promete endurecer a política migratória do país de forma significativa. Entre os imigrantes afetados, os brasileiros serão impactados com o pacote, mesmo representando a maior comunidade estrangeira em Portugal. 

A medida foi votada em um curto período, de somente 16 dias após a apresentação. A proposta do pacote de lei foi aprovado com apoio da coalizão de direita e do partido de extrema-direita Chega. Após a aprovação no parlamento, a medida seguirá para a aprovação do presidente Marcelo Rebelo de Sousa

O Pacote aprovado

Na medida aprovada no parlamento, incluem restrições relacionadas ao visto de trabalho e rigidez das regras de reagrupamento familiar. Além disso, o pacote também propõe a criação de uma unidade policial especial para combater a imigração ilegal e para executar deportações de imigrantes.


Parlamento português reunido para a aprovação do pacote nesta quarta-feira (16) (Foto: reprodução/Horacio Villalobos/Corbis/Getty Images Embed)

O visto de trabalho, será limitado somente para imigrantes com alta qualificação profissional, critério avaliado pelo governo português antes da liberação. 

A entrada de imigrantes como turistas e a solicitação de pedido de resistência seguida não será mais permitida. A solicitação de residência só poderá ser feita por quem já tiver um visto aprovado no país previamente. O reagrupamento familiar só será permitido para imigrantes com pelo menos dois anos de residência legal no país e os familiares terão que pedir a autorização de residência em seu país de origem. 

A aprovação do pacote gerou críticas de entidades civis e opositores, além de imigrantes e apoiadores, que realizaram um protesto no parlamento durante a votação do pacote. 

Apoio para aprovação

O apoio do partido de extrema-direita Chega foi primordial para a aprovação do pacote no parlamento português. O governo de Luís Montenegro está sendo o responsável por acelerar e animar uma política imigratória em Portugal. 

Portugal era considerado um dos países mais abertos para imigrantes e a mudança recente foi justificada pela deputada de extrema-direita, Vanessa Barata, como uma medida de controle, uma vez que o Partido Socialista promoveu uma política de “portas abertas”, sem critérios, segundo ela. O impacto dessa medida não só afeta a população em um quesito social e populacional, mas também no quesito econômico, principalmente em setores que dependem de imigrantes para realizar serviços. 

Para conseguir 60 votos, o governo aceitou alterações no texto da medida, mudanças essas que incluíram a comprovação de convivência prévia no exterior para casais em processo de reagrupamento familiar e a proibição de visto para pessoas que tiveram um histórico de situação irregular no país. 

Hamas sinaliza apoio a cessar-fogo proposto pelos EUA e acende esperança de trégua definitiva

O grupo Hamas anunciou nesta sexta-feira (4) que respondeu positivamente à proposta de cessar-fogo apresentada e mediada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O movimento, que controla a Faixa de Gaza, afirmou estar pronto para iniciar negociações imediatas com base no esboço do acordo, reacendendo esperanças de uma trégua definitiva após 21 meses de um conflito devastador.

Segundo o comunicado oficial do grupo, o Hamas “apresentou uma resposta positiva aos mediadores e está totalmente preparado para entrar imediatamente em uma rodada de negociações sobre o mecanismo de implementação deste plano“. Israel já havia aceitado o esboço do acordo proposto pelos EUA, o que deve abrir caminho para negociações finais que antecedem a assinatura formal do cessar-fogo.

Trégua de 60 dias e libertação de reféns

A proposta prevê uma trégua inicial de 60 dias. Durante esse período, o Hamas se compromete a libertar 10 reféns israelenses — 8 vivos e 2 mortos — logo no primeiro dia. Em troca, Israel libertaria um número não especificado de prisioneiros palestinos e começaria a se retirar de partes do norte da Faixa de Gaza. Ao todo, ainda restam cerca de 50 reféns israelenses em poder do grupo.

O plano também estipula que as libertações ocorrerão sem cerimônias ou celebrações por parte do Hamas. As negociações para um cessar-fogo permanente seriam iniciadas paralelamente ao andamento da trégua e da retirada militar.

Conflito prolongado e devastador

A guerra iniciou em 7 de outubro de 2023, quando militantes do Hamas invadiram Israel, matando cerca de 1.200 pessoas e sequestrando outras 251, em sua maioria civis. O ataque desencadeou uma resposta militar massiva de Israel, que desde então já matou mais de 56 mil palestinos, segundo autoridades de Gaza controladas pelo Hamas.


Destruição promovida por bombardeio israelense em Gaza, 2025 (reprodução/Bashar Taleb/AFP/Getty Images embed)


A ofensiva deixou grande parte do território de Gaza em ruínas. A maioria da população foi deslocada e vive em condições humanitárias críticas, com relatos alarmantes de desnutrição generalizada, especialmente entre crianças.

Um possível ponto de virada

Apesar das repetidas tentativas fracassadas de cessar-fogo ao longo dos últimos meses, a adesão formal do Hamas à proposta atual pode representar o avanço mais significativo rumo à paz desde o início do conflito. Se confirmada, a trégua de 60 dias pode não apenas aliviar a crise humanitária, como também abrir caminho para um acordo duradouro entre as partes envolvidas.

Trump restringe entrada de cidadãos de 19 países nos EUA por questões de segurança

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma nova proclamação que limita a entrada de cidadãos de 19 países em território americano. A medida, que entra em vigor no próximo dia 9, estabelece o bloqueio total para 12 nações e restrições parciais para outras sete, sob a justificativa de proteger a segurança nacional.

Segundo o documento, países com falhas na verificação de identidade, alta taxa de permanência irregular e histórico de instabilidade interna motivaram as restrições. A lista foi elaborada a partir de um relatório oficial apresentado em abril por agências de inteligência e segurança.

Bloqueios completos e limitações parciais

As nações com bloqueio total são: Afeganistão, Chade, Congo, Eritreia, Guiné Equatorial, Haiti, Irã, Iêmen, Líbia, Mianmar, Somália e Sudão. Já Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turcomenistão e Venezuela enfrentarão restrições específicas, a depender do tipo de visto solicitado.

Trump afirmou que a medida busca impedir a entrada de indivíduos que representem risco aos cidadãos e aos interesses americanos. A aplicação será restrita a quem estiver fora dos EUA na data de início da vigência.


Presidente Donald Trump proíbe a entrada de cidadãos de 12 países nos EUA. (reprodução/YouTube/@g1)

Medida prevê exceções e poderá sofrer alterações

Residentes permanentes, portadores de dupla nacionalidade (em países fora da lista) e atletas participantes de grandes eventos internacionais, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, estão isentos. A Casa Branca sinalizou que novos países poderão ser incluídos ou removidos da lista conforme avanços ou retrocessos nos protocolos de segurança.

Ações de Trump contra imigrantes

Trump revogou centenas de vistos de estudantes internacionais em universidades dos EUA sem explicações públicas ou critérios transparentes. A decisão afetou diversos alunos.

O presidente também anunciou a criação de um programa de “autodeportação assistida”. Dinheiro e passagem aérea a imigrantes em situação irregular que aceitarem sair voluntariamente dos EUA são oferecidos através da proposta.

A Suprema Corte autorizou o governo a retirar a proteção temporária de mais de 500 mil imigrantes, principalmente da América Latina e do Caribe. Com isso, essas pessoas podem ser deportadas, mesmo estando legalmente no país desde a gestão Biden, sob status humanitário.

Salma Hayek celebra vitória feminina para presidência do México

No último domingo (02), Claudia Sheinbaum venceu as eleições presidenciais no México. Após a vitória, a atriz Salma Hayek se manifestou por meio de uma postagem em seu Instagram, utilizando uma imagem do Anjo da Independência, um monumento simbólico na Cidade do México. Na legenda, Salma fez um apelo pela abolição do feminicídio no México, um problema persistente no país latino-americano.


Publicação de Salma Hayek sobre a vitória de Claudia Sheinbaum (Reprodução/Instagram/@salmahayek)


Normalmente, a atriz não se posiciona em assuntos políticos. No entanto, Hayek é ativista no combate à violência contra a mulher.

Após a mensagem esperançosa de Salma Hayek, um questionamento é levantado: o porquê do povo mexicano acreditar tanto em Claudia Sheinbaum.

Claudia Sheinbaum

A atual presidente, Claudia Sheinbaum, é doutora em física, o que lhe rendeu o apelido de “La Doctora”. Como ex-prefeita da Cidade do México e cientista, ela fez parte de um painel climático das Nações Unidas que recebeu o Nobel da Paz.

Além de ter sido a primeira mulher a ocupar o cargo na nação mexicana, também é a primeira pessoa com herança judaica. Tais fatos surpreendem, pois quando falamos de México, a cultura patriarcal e conservadora é bastante presente no território. Ambos pilares são derrubados com a eleição de Sheinbaum.

Seu companheiro de partido, o ex-presidente, Andrés Manoel López Obrador, passa o bastão para doutora em um momento bastante positivo do partido Morena, a esquerda do México. Esse olhar positivo só foi conseguido por meio de práticas em prol do bem-estar social bem sucedidos.

Feminicídio no território mexicano

Com um perfil tão distinto em comparação aos presidentes anteriores do México, Claudia Sheinbaum traz a esperança de mudanças significativas para o país. Entre tantas prioridades, a luta contra o feminicídio precisa estar em foco, dado que é uma questão premente no território.

Contudo, no mesmo domingo em que se comemorava a vitória de Sheinbaum, a prefeita de Cotija, Yolanda Sánchez Figueroa, foi assassinada enquanto voltava da academia para casa. Esse contraste marcou o dia com duas polaridades: o progresso e o retrocesso.

Tal fatalidade traz um maior holofote para a questão a ser resolvida no mandato de Claudia Sheinbaum, assim como foi expresso pela ativista e atriz, Salma Hayek.

Governo americano aprova envio de US$ 1 bilhão em armas para Israel

O governo dos Estados Unidos aprovou o envio de um pacote de armas no valor de US$ 1 bilhão para Israel. Essa medida ocorre em meio a crescentes tensões no conflito entre Israel e o grupo Hamas, na Faixa de Gaza, e menos de uma semana após o presidente Joe Biden indicar a possibilidade de suspender o fornecimento de armas ao aliado israelense.

Segundo informações de autoridades americanas à agência Reuters, o pacote de armamentos inclui projéteis de tanque, morteiros e veículos táticos blindados, sendo elaborado pelo Departamento de Estado dos EUA.

Os detalhes sobre o envio de armas foram discutidos em alto nível, envolvendo presidentes e membros dos Comitês de Relações Exteriores do Senado e dos Assuntos Exteriores da Câmara. Isso ocorreu em meio a uma discordância sobre a operação israelense em Rafah, cidade ao sul da Faixa de Gaza, que abriga mais de 1 milhão de palestinos refugiados dos conflitos entre Israel e o Hamas.


“Somos nós ou os monstros do Hamas” disse Netanyahu no Memorial Day (Foto: reprodução/Instagram/Shalev Shalom)

Restrições ao fornecimento de armas

As tensões aumentaram após declarações de Biden no dia 8 de maio, quando ele indicou que interromperia o fornecimento de artilharia e outras armas a Israel caso o país lançasse uma grande ofensiva contra Rafah. O presidente dos EUA enfatizou que não forneceria armas utilizadas em ataques contra o Hamas, especialmente se Israel visasse centros populacionais.

Biden deixou claro a Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, e ao gabinete de guerra, que os Estados Unidos não apoiariam ataques a áreas civis. No entanto, ele ressaltou que isso não significava um afastamento da segurança de Israel, mas sim uma limitação da capacidade de Israel de travar guerra nessas áreas.

Tensões

Inicialmente, houve uma interrupção no envio de armas, incluindo bombas de diferentes tamanhos, mas não foi tomada uma decisão definitiva sobre como proceder. Essas declarações e ações destacam a tensão crescente entre os EUA e Israel sobre as operações militares em Gaza e a proteção de civis palestinos.

O posicionamento de Biden tenta equilibrar o apoio tradicional dos EUA a Israel com uma crescente preocupação com os direitos humanos e a proteção de civis em conflitos armados, um tema que tem sido cada vez mais debatido internacionalmente.