Polícia turca e manifestantes entram em confronto após prisão de prefeito

A prisão do prefeito de Istambul, Ekrem Imamoglu, desencadeou uma onda de protestos intensos na cidade e em outras partes da Turquia. Acusado de corrupção e de auxiliar grupos terroristas, Imamoglu foi detido na última quarta-feira, 19 de março.

Sua prisão gerou forte reação popular, principalmente entre seus apoiadores, que veem o caso como um ataque à democracia e uma tentativa do governo de silenciar a oposição.

Mais sobre a manifestação

Nesta sexta-feira, 21 de março, milhares de manifestantes tomaram as ruas de Istambul para expressar sua indignação com a detenção do prefeito.

A situação rapidamente se tornou caótica, resultando em confrontos violentos entre a polícia e os protestantes.

Forças de segurança usaram canhões de água na tentativa de dispersar a multidão, que bloqueava vias importantes com carrinhos e lixeiras incendiadas. A tensão se espalhou para outras cidades, como Izmir, onde também ocorreram atos contra a prisão de Imamoglu.


Ekrem Imamoglu (Foto: reprodução/X/@veja)

A mobilização foi incentivada pelo principal partido de oposição ao governo de Recep Tayyip Erdogan. O líder da sigla pediu que a população saísse às ruas para protestar contra o que classificou como uma tentativa de golpe contra a democracia turca.

Por outro lado, Erdogan condenou as manifestações e afirmou que os atos eram ilegais, reforçando sua posição de que a prisão de Imamoglu foi uma medida legítima dentro do combate à corrupção.


Confronto e manifestações (Vídeo: reprodução/Youtube/CNNBrasil)

Oposição

Ekrem Imamoglu é uma das figuras mais importantes da oposição ao governo de Erdogan e sua prisão acontece em um momento crucial para a política turca, às vésperas de eleições importantes. Seus apoiadores alegam que as acusações são uma manobra política para enfraquecer a oposição e garantir o controle do governo sobre a maior cidade do país.

Com os protestos se intensificando, a Turquia vive um clima de crescente instabilidade. A população segue dividida entre aqueles que apoiam a prisão do prefeito e os que acreditam que sua detenção representa um grave retrocesso democrático. Enquanto isso, o mundo observa com atenção os desdobramentos dessa crise política.

Ricardo Nunes é reeleito prefeito de São Paulo

São Paulo assistiu a uma das eleições mais concorridas, com Ricardo Nunes e Guilherme Boulos, chegando ao segundo turno. Os paulistanos foram às urnas para decidir quem será o prefeito da cidade nos próximos quatro anos. Ricardo Nunes foi reeleito prefeito da cidade de São Paulo neste domingo (27). O resultado é uma consequência do seu bom trabalho e você poderá continuar aplicando a sua gestão.

O primeiro turno será realizado no dia 6 de outubro

Os eleitores paulistanos compareceram às urnas no dia 6 de outubro para decidir quem seria o prefeito e eleger novos vereadores para compor a Câmara Municipal. A disputa pela prefeitura no primeiro turno foi bastante disputada, Nunes e Boulos se destacaram e avançaram para o segundo turno após um resultado acirrado. Esse equilíbrio demonstra que os eleitores estão bem divisíveis em suas preferências.


Uma das propostas de Ricardo Nunes voltada para a saúde (Vídeo: reprodução/Jornalismo TV Cultura)


Em segundo turno, em 27 de outubro, Ricardo Nunes venceu

Ricardo Nunes venceu o segundo turno hoje, após uma intensa disputa. A campanha teve como foco principal a moradia, a saúde e a segurança. Cada candidato reforçou cada vez mais a sua luta por uma São Paulo mais segura e próspera.

Nunes será reeleito para atender às expectativas dos paulistanos em relação à saúde, prometendo investir em programas para desafogar a rede municipal e reforçando cada vez mais a rede privada, visando a retomada da economia. Sua missão agora é diminuir as diferenças e resolver problemas na infraestrutura da cidade.

Guilherme Boulos desejava dar prioridade às políticas sociais, enquanto Ricardo Nunes estava se mantendo como um representante de estabilidade e buscando crescimento econômico. Com a vitória de hoje, mostra que os paulistanos querem que esse projeto continue, e as expectativas são que a cidade se desenvolva e trabalhe mais na inclusão social para atender a todos da cidade.

Matéria por Náthali Oliveira (Lorena r7)

Pablo Marçal pedirá cassação da candidatura de José Datena

Após ser atingido por uma cadeira durante o debate realizado pela TV Cultura neste último domingo (15), o candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal, anunciou, ao deixar o Hospital Sírio-Libanês nesta segunda (16), que pedirá a cassação da candidatura de José Luiz Datena, do PSDB. Especialistas, porém, consideram pouco provável que o incidente afete a candidatura do tucano. Os advogados de Marçal entraram com uma queixa por lesão corporal e injúria. O caso está sendo investigado pela polícia paulista.

Marçal promete pedir a cassação de Datena

Os debates entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo têm sido acalorados e repletos de acusações entre os participantes. No entanto, neste final de semana, a discussão evoluiu das agressões verbais para a física. Durante o debate realizado pela TV Cultura, José Luiz Datena (PSDB) e Pablo Marçal (PRTB) trocaram uma série de acusações, mas o ponto crítico ocorreu quando o candidato tucano agrediu Marçal com uma cadeira. 

Levado ao Hospital Sírio-Libanês, onde foi atendido e liberado na manhã seguinte, Marçal afirmou em coletiva de imprensa que pedirá a cassação da candidatura de Datena, classificando o episódio como “deprimente”. Um boletim de ocorrência por lesão corporal e injúria foi registrado contra Datena, e o caso está sob investigação no 78° DP.


Datena se irrita com Marçal e o agride com cadeira em Debate na Cultura (Vídeo: reprodução/Youtube/Tv Cultura)


Em resposta, Datena disse não defender o uso da violência para resolver conflitos, porém enfatizou que Marçal demonstrou em diversas oportunidades sua falta de caráter. O apresentador negou a acusação de assédio sexual feita pelo candidato do PRTB e afirmou que não se arrepende de ter agredido Marçal. O apresentador encerrou dizendo que espera ter “lavado a alma” de milhões de pessoas que não aguentavam mais ver a cidade tratada com desrespeito, acusando Pablo de envolvimento com o crime organizado, e reiterou que seguirá na corrida à Prefeitura de São Paulo.


Mensagem ao povo de São Paulo (Foto: reprodução/Instagram/@datenareal)


Especialistas descartam impacto na candidatura de Datena

Na contramão do que solicita Marçal, o portal de notícias G1 ouviu advogados e especialistas em direito eleitoral que acreditam que a agressão dificilmente resultará na cassação da candidatura de Datena. Segundo o entendimento da advogada especialista em direito penal, Maira Scavuzzi, “A agressão física ou verbal, embora seja moralmente condenável, não é causa legalmente prevista para que o registro da candidatura de alguém seja cassado. Portanto, Datena, se quiser, poderá continuar a concorrer pelo cargo de prefeito.”

Já no entendimento do professor de Direito Eleitoral, Alberto Rollo, não há previsão nas regras eleitorais para uma agressão como a ocorrida no último domingo: “A lei eleitoral disciplina a organização de debate, quais são as regras, quem é obrigado a convidar ou não convidar. O resto, o comportamento, é fixado pelas empresas promotoras e as assessorias. A Justiça Eleitoral não tem nada a ver com isso”, disse Rollo.

Apesar de considerar difícil, o coordenador-geral adjunto da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político, Bruno Andrade, afirma que o candidato do PSDB poderia ser enquadrado no artigo 326, parágrafo segundo, do Código Eleitoral Brasileiro, que trata da injúria com violência. No entanto, ele acredita que o Ministério Público Eleitoral dificilmente interpretará o caso dessa forma, já que o ato não ocorreu com fins de propaganda.

Mesmo com poucas chances de cassação, Datena pode enfrentar complicações no âmbito criminal. Se a agressão do apresentador for considerada lesão corporal simples, de baixo potencial ofensivo, a pena prevista é de 3 meses a 1 ano de prisão. Porém, se for considerada uma agressão mais grave, que cause maiores prejuízos à vítima, a pena pode variar de 2 a 8 anos de prisão.

Matéria por Fernando de Paula (Lorena r7)