Novas regras para desengasgo são divulgadas, confira

As diretrizes de primeiros socorros em casos de engasgo foram revisadas com base em novos estudos internacionais. O guia de saúde atualizado define manobras específicas para bebês, crianças e adultos, substituindo métodos antigos. As mudanças buscam tornar o socorro mais seguro e eficaz em situações de emergência.

Principais mudanças nas manobras de desengasgo

As diretrizes recentemente divulgadas visando melhora em questões de saúde atualizam o protocolo de atuação em casos de desengasgo (obstrução das vias aéreas) para diferentes faixas etárias. Agora há orientações distintas para bebês, crianças e adultos, com ênfase na segurança e eficácia de cada manobra. O objetivo é eliminar métodos considerados ultrapassados, padronizar procedimentos e ampliar a confiança de quem presta o socorro em situações de urgência.

Para bebês (até 1 ano), o foco permanece em golpes nas costas e compressões torácicas delicadas, sempre alternando entre técnicas, até que o objeto seja expelido ou até o atendimento médico chegar. Já para crianças e adultos conscientes, o procedimento combina tapas entre as escápulas e compressões abdominais (ou compressões torácicas em casos específicos), sempre seguindo sequência específica e observando sinais de melhora ou piora no quadro.

Se a vítima perder a consciência, novas orientações indicam iniciar a reanimação cardiopulmonar imediatamente, verificando a obstrução e agindo conforme o cenário clínico.


Novas técnicas buscam lapidar soluções em caso de engasgamento (Foto: reprodução/TarikVision/Shutterstock)

Como aplicar corretamente segundo o novo guia

Nas orientações revisadas, o profissional ou socorrista deve começar avaliando se a vítima está consciente e respirando. Em bebês conscientes com obstrução parcial, a recomendação é posicionar o bebê de bruços sobre o antebraço, com apoio seguro, e realizar até cinco golpes fortes nas costas, entre as escápulas. Se o objeto não sair, vira-se o bebê de barriga para cima e aplicam-se até cinco compressões no tórax, sem técnicas de “bater nas costas” equivocadas ou sacudir a criança.

Para crianças maiores e adultos, se estiverem conscientes, o protocolo prevê cinco golpes nas costas seguidos de cinco compressões abdominais (movimento para dentro e para cima, parecido com letra “J”). Se o engasgo persistir e a vítima perder a consciência, deve-se iniciar a reanimação (compressões torácicas) e tentar remover o corpo estranho, se visível e de fácil acesso, antes de respirar pela vítima.

As novas diretrizes foram elaboradas com base em estudos clínicos recentes e em consenso das entidades de saúde envolvidas. A padronização busca reduzir erros durante o desespero de quem socorre, minimizar danos neurológicos e aumentar as chances de sobrevivência.

Larissa Manoela chama atenção para o Outubro Rosa com campanha simbólica de topless

A atriz de 24 anos, Larissa Manoela, protagonizou nesta sexta-feira (17) uma campanha de conscientização sobre o câncer de mama ao fazer topless em uma sessão de fotos divulgada em suas redes sociais. A ação, que ganhou grande repercussão, busca alertar sobre a importância da detecção precoce da doença e a necessidade de atenção saúde feminina.

Prevenção e conscientização

Ao compartilhar as imagens, Larissa se uniu a diversas mulheres, influenciadoras e organizações que participam da campanha Outubro Rosa, movimento internacional dedicado à prevenção e ao diagnóstico precoce do câncer de mama. Em sua publicação, a atriz destacou a relevância do autocuidado e escreveu: “Outubro Rosa: um mês de conscientização, saúde, cuidado e vida! Faça o exame e previna-se!”.


Larissa Manoela em post sobre prevenção de câncer de mama (Foto: reprodução/Instagram/@larissamanoela)

De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é atualmente o tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil, representando cerca de 30% dos casos de câncer feminino no país. Apesar de grave, a doença tem altas taxas de cura quando diagnosticada no início, o que torna o acompanhamento médico e os exames regulares essenciais.

Outubro Rosa

A atitude de Larissa Manoela foi amplamente elogiada e acatada por seus mais de 53 milhões de seguidores e também diversos especialistas em saúde, que destacam o impacto positivo de figuras públicas ao tratarem de temas considerados sensíveis. Para muitos, a escolha do topless é simbólica por já ter sido utilizada outras vezes e, além disso, destaca a liberdade, coragem e o rompimento de tabus em torno do corpo feminino e da doença.

A campanha reforça que falar sobre câncer de mama é necessário, um gesto que reforça a atitude de falar sobre vida — e que o conhecimento, a prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as melhores armas na luta contra essa doença que ainda atinge milhares de mulheres todos os anos.

Vacina contra herpes-zóster pode reduzir risco de infarto e AVC, aponta estudo internacional

A vacinação contra o herpes-zóster pode oferecer benefícios além da prevenção da doença. A princípio, um estudo apresentado no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia de 2025, em Madri, mostrou que pessoas vacinadas tiveram menor risco de eventos cardiovasculares graves, como ataque cardíaco e acidente vascular cerebral.

Os pesquisadores analisaram 19 estudos e um ensaio clínico. A meta-análise indicou que a vacina recombinante (RZV) reduziu o risco em 18% para adultos a partir de 18 anos. Já a vacina viva atenuada (ZVL) apresentou queda de 16% em pessoas com 50 anos ou mais.

Impacto sobre doenças do coração

De acordo com Charles Williams, diretor médico da GlaxoSmithKline (GSK), os resultados sugerem um papel importante da imunização contra o herpes-zóster. No entanto, ele reforçou que são necessários mais estudos para confirmar se a redução está ligada diretamente à vacina.

Nesse ínterim, o infectologista Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, destacou que mesmo reduções aparentemente pequenas podem salvar muitas vidas. Além disso, Kfouri afirmou que menos casos de infarto e AVC significam queda na mortalidade e menos internações.


Como identificar e agir diante de um infarto (Vídeo: reprodução/YouTube/Qualicorp)

Vacinas e proteção cardiovascular

Ainda assim, essa não é a primeira vez que uma vacina mostra impacto sobre doenças do coração. A Sociedade Europeia de Cardiologia já recomenda a imunização contra a gripe, que reduz em até 60% as infecções respiratórias e em 30% os eventos cardíacos graves.

Kfouri lembra que vírus como o da gripe e o herpes-zóster provocam inflamações generalizadas. Em pessoas com predisposição, isso pode funcionar como gatilho para complicações cardíacas. Por isso, as vacinas podem ser aliadas no mesmo nível que o controle da hipertensão e do colesterol.

Pesquisas ampliam benefícios do imunizante

Outros trabalhos também indicam vantagens da vacinação contra o herpes-zóster além da proteção direta. Em 2024, um estudo publicado na Nature Medicine mostrou que a vacina Shingrix reduziu o risco de demência em até 27% quando comparada a outras vacinas.


Drauzio Varela explica sobre herpes-zóster (Vídeo: reprodução/YouTube/Drauzio Varella)

Segundo Kfouri, as vacinas já mudaram a história da saúde pública ao reduzir a mortalidade infantil e ampliar a expectativa de vida. Agora, também podem reforçar o bem-estar e a longevidade da população mais velha.

O herpes-zóster é causado pela reativação do vírus varicela-zóster, o mesmo da catapora. Estima-se que um em cada três indivíduos desenvolverá a doença ao longo da vida, e suas complicações podem afetar até os vasos sanguíneos, aumentando riscos de derrame.

Tumor silencioso: por que você deve fazer exame de colonoscopia?

O câncer colorretal é um dos mais comuns e de maior mortalidade do mundo, mas ainda enfrenta barreiras na prevenção devido a tabus e desinformação. No Brasil, ele é o segundo mais frequente entre homens e mulheres, com incidência de 9,2% e 9,7%, respectivamente. Em 2024, foi o tumor do sistema digestivo com maior mortalidade no país, somando 9.942 óbitos, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).

A doença tem origem no intestino grosso e pode se desenvolver a partir de pólipos (lesões que crescem no interior do intestino) que, se não removidos a tempo, podem evoluir para tumores malignos. Cerca de 90% dos casos ocorrem em pessoas com mais de 45 anos, tornando essencial a realização da colonoscopia como exame preventivo.

“A colonoscopia é essencial para detectar e remover precocemente pólipos com potencial de malignização, por isso, é tão importante realizar o exame. Entre 2023 e 2025, são estimados cerca de 45.630 novos casos no Brasil, com taxa de incidência de 21,1 diagnósticos a cada 100 mil habitantes”, explica Marcelo Amade Camargo, coordenador da endoscopia digestiva e diretor clínico do Hospital e Maternidade São Luiz Campinas.

Fatores como histórico familiar, obesidade, sedentarismo, tabagismo, consumo excessivo de álcool e uma dieta rica em carnes vermelhas e alimentos processados aumentam o risco de desenvolvimento da doença.

“O câncer colorretal pode ser silencioso, ou seja, não apresentar sintomas em sua fase inicial. Daí a importância do rastreamento preventivo mesmo na ausência de sinais aparentes”, afirma Amade.

Colonoscopia: exame que salva vidas

A colonoscopia é um exame fundamental para detectar e remover lesões suspeitas, podendo tratar de forma minimamente invasiva e reduzir a mortalidade da doença.

Estudos indicam que um programa de rastreamento adequado chegou a reduzir em mais de 50% a mortalidade por câncer do intestino. Nos Estados Unidos, onde o rastreamento é mais disseminado, estima-se que entre 60% e 65% da população de meia-idade esteja em dia com seu rastreamento.

No Brasil, a adesão ao exame ainda é baixa, apesar de avanços na conscientização e no acesso ao procedimento. “Muitos ainda evitam a colonoscopia por medo ou falta de informação. Mas, é um exame seguro, geralmente bem tolerado e altamente eficaz. A preparação para o exame é cuidadosa, mas o benefício supera qualquer desconforto”, reforça o especialista.

Deixar de realizar a colonoscopia pode levar ao avanço da doença, exigindo tratamentos mais agressivos e com menor chance de sucesso. “A recomendação geral é iniciar o rastreamento aos 45 anos. Mas para quem tem síndromes genéticas, doenças inflamatórias intestinais ou familiares que tiveram câncer de intestino ou reto, o ideal é começar antes”, alerta o médico.

A prevenção também passa pela adoção de hábitos saudáveis, como uma alimentação equilibrada, rica em frutas e fibras, prática regular de exercícios e redução do consumo de álcool, cigarro e alimentos e bebidas açucaradas.

“Enfrentar o medo e superar os tabus em relação à colonoscopia pode salvar vidas. Quanto mais cedo a doença for detectada, maiores são as chances de tratamento eficaz e cura”, finaliza o médico do São Luiz Campinas.

A unidade da Atlântica D’Or é o maior hospital privado do interior paulista e conta com uma ampla estrutura de 47 mil metros quadrados, oferecendo um atendimento completo em saúde. Possui pronto-socorro adulto e pediátrico, Unidades de Terapia Intensiva (UTI) adulto, pediátrica e neonatal, centro-cirúrgico e setor de endoscopia digestiva com equipamentos de ponta, além de atendimento em diversas especialidades médicas, como gastroenterologia, proctologia e oncologia.

Anvisa autoriza registro de vacina contra chikungunya

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o pedido de registro definitivo da vacina contra a chikungunya produzida pelo Instituto Butantan em São Paulo. A medida foi efetuada pelo Diário Oficial da União na última segunda-feira (14) e possibilita a aplicação do imunizante em todo o país à população maior de 18 anos. 

Problema endêmico

Países da América do Sul como Brasil, Bolívia, Argentina e Paraguai foram os países mais atingidos pela doença, que afetou mundialmente 620 mil pessoas no ano de 2024. Pela primeira vez, a vacina para a chikungunya foi autorizada, um pedido antigo, enviado à Anvisa no ano de 2023. 

O desenvolvimento da vacina foi planejado estruturalmente através de um estudo clínico na qual a proteção foi de 99,1% em indivíduos testados. Após as aplicações da vacina teste, a detecção de anticorpos neutralizantes foi observada em 100% dos voluntários que tiveram infecção e em 98,8% dos que não tiveram contato anterior com o vírus.


Anúncio oficial do Instituto Butantan (Reprodução/X/@butantanoficial)

Para o governo do estado de São Paulo, a vacina continua sofrendo alguma alteração para a maior compatibilidade e incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS). O tratamento ainda vai passar por uma análise da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) para poder ser incrementado no SUS.

Informações sobre a chikungunya

A chikungunya é uma doença causada tanto pelo Aedes aegypti quanto pelo Aedes albopictus, ambos transmissores de outras infecções. Entre seus sintomas, podem incluir febre maior que 38,5 °C, fortes dores nas articulações de mãos e pés, dores musculares, náuseas e marcas vermelhas sobre a pele. Atualmente, o tratamento receitado para o combate à doença é repouso, muita hidratação e determinados analgésicos para aliviar as dores causadas pela chikungunya, muito semelhantes e confundidos com a dengue, doença que é uma das causadas pelo Aedes aegypti.

Cortes no financiamento internacional comprometem avanços no combate ao HIV/AIDS

Atualmente, 39,9 milhões de pessoas vivem com HIV no mundo. Um estudo recém-publicado na revista The Lancet HIV alerta que cortes no financiamento internacional para o combate ao HIV/AIDS podem reverter avanços e resultar em milhões de novas infecções e mortes até 2030.

Com a redução da ajuda externa, até 10,8 milhões de novas infecções pelo HIV e 2,9 milhões de mortes podem ocorrer nos próximos anos, segundo aponta a pesquisa. O impacto será maior em países de baixa renda, como os da África Subsaariana, que enfrentam problemas estruturais na saúde e falta de suprimentos.

Essa região depende fortemente de programas financiados por iniciativas internacionais, como o Plano de Emergência do Presidente dos EUA para o Alívio da AIDS (PEPFAR), responsável por fornecer tratamentos antirretrovirais, testagem e ações preventivas.

Cortes significativos no combate ao HIV/AIDS

Países como EUA, Reino Unido, França, Alemanha e Holanda representam mais de 90% do suporte financeiro global. No entanto, esses governos anunciaram cortes significativos, reduzindo em 24% os recursos destinados à luta contra a AIDS até 2026. Doadores internacionais foram responsáveis por expressivos 40% do financiamento global para o HIV desde 2015 em países vulneráveis.

A UNAIDS (agência da ONU para a luta contra a AIDS) alertou que, caso os recursos não sejam restaurados, até duas mil novas infecções podem ocorrer diariamente no mundo. A diretora-executiva da UNAIDS, Winnie Byanyima declarou sobre a suspensão temporária dos recursos do maior contribuinte, os EUA:

Essa retirada repentina do financiamento norte-americano levou ao fechamento de várias clínicas e à demissão de milhares de trabalhadores da saúde (…). Tudo isso significa que esperamos um aumento nas novas infecções.”


Apelo da OMS após corte de recursos para combater HIV (Vídeo: reprodução/YouTube/TV Jornal SBT)


Risco de retrocesso

Países que receberam apoio do PEPFAR ou de outras iniciativas externas que procuram promover a prevenção, o teste e o tratamento do HIV conseguiram reduzir, em média, 8,3% das novas infecções por ano e 10,3% das mortes relacionadas ao vírus entre 2010 e 2023. No entanto, caso os cortes se concretizem, especialistas alertam que os números podem voltar aos níveis de 2010, anulando os avanços conquistados desde o ano 2000.

Debra ten Brink, coautora do estudo publicado na The Lancet HIV, reforça:

“É fundamental garantir financiamento sustentável e evitar o ressurgimento da epidemia de HIV, que pode ter consequências devastadoras não apenas na África Subsaariana, mas globalmente.”

O estudo analisou dados de 26 países, projetando os impactos em outras nações de baixa renda. No entanto, os pesquisadores reconhecem que os resultados podem não refletir precisamente todas as realidades e os efeitos podem ser ainda mais graves do que os previstos.

Donald Trump proíbe vacinação obrigatória contra Covid-19 nas escolas dos EUA

Na sexta-feira, dia 14 de fevereiro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto contra a obrigatoriedade da vacina contra a Covid-19 em instituições de ensino. Com a nova medida, o governo federal interrompeu o repasse de verbas para escolas e universidades que, segundo ele, desativaram a vacinação dos alunos como condição para frequentar as aulas.

Trump justificou a decisão afirmando que não permitirá que escolas e universidades imponham a imunização. Ele também destacou que o Departamento de Educação será responsável por fiscalizar e garantir que sua ordem seja cumprida.

Apesar do posicionamento do ex-presidente, muitos dos 50 estados americanos já proíbem qualquer exigência de vacina contra a Covid-19 para a entrada de estudantes nas escolas.

Recomendações de especialistas

A medida assinada pelo presidente Donald Trump vai contra as orientações dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, que recomendam a vacinação para proteger a população, principalmente em ambientes fechados como salas de aula.

Segundo especialistas em saúde pública, a imunização continua sendo uma das formas mais eficazes de reduzir a propagação do vírus e evitar casos graves da doença e garantir a saúde e segurança de crianças e adultos.


Enfermeira segurando vacina de covid-19 (Foto: reprodução/x/g1)

Repercussão da decisão

A decisão gerou reações divididas entre políticos, especialistas e a população. Aliados do atual presidente e grupos contrários à obrigatoriedade de vacinas comemoraram o decreto, argumentando que a escolha de vacinar ou não deve ser pessoal e não uma imposição do governo ou das instituições de ensino.

Por outro lado, profissionais da saúde e defensores da vacinação alertam para os riscos da medida, afirmando que ela pode enfraquecer os esforços de combate à pandemia e expor crianças e adolescentes a uma doença ainda presente.

Com o decreto em vigor, o impacto nas escolas e universidades ainda será avaliado nos próximos meses. Enquanto isso, o debate sobre saúde pública e liberdade individual continua aquecido nos Estados Unidos.

Medicamento para prevenção do HIV mostra 100% de eficácia em ensaios clínicos

Um estudo realizado recentemente na África do Sul e Uganda, apontou que um medicamento injetável para a prevenção do vírus HIV demonstrou 100% de eficácia em mulheres. Em comparação a outros dois medicamentos de profilaxia pré-exposição (PrEP), este medicamento que foi injetado de maneira semestral mostrou maior proteção contra a HIV.

O medicamento em questão é o lenacapavir, que foi testado no ensaio clínico PURPOSE 1, este estudo aconteceu em três cidades na Uganda e Africa do Sul. O estudo teve como objetivo avaliar o desempenho da nova medicação em comparação a outros dois PrEP.

O lenacapavir é um inibidor da fusão cápside. Esta fusão que existe no HIV é uma capa de proteína que visa proteger o material genético do vírus, protegendo também as enzimas responsáveis por replicar o vírus.


Pesquisador realizando estudos em um laboratório (foto: reprodução/DigitalVision/Morsa Images/Getty Images Embed)


Evolução da pesquisa

O estudo resolveu testar o lenacapavir de maneira semestral para observar se o medicamento teria um bom desempenho em comparação com o Truvada/TDF, a qual é uma pílula já utilizada há uma década como uma profilaxia de pré-exposição.

Outra pílula parecida com a Truvada/TDF, o Descovy F/TAF, foi testada nesse estudo para ver se ela era mais ou menos eficiente em comparação com a lenacapavir.

As participantes do estudo tinham entre 16 e 25 ano e foram escolhidas de maneira aleatória para testar os três medicamentos. O formato escolhido para fazer o estudo foi o de duplo-cega, isso significa que nem os pesquisadores e nem os participantes sabiam quais medicamentos estavam recebendo, e essa informação somente foi fornecida após a conclusão do estudo.

Depois da conclusão do Purpose 1, agora está sendo feita a Purpose 2 que tem previsão de término no início de 2025. Agora essa pesquisa quer ampliar seu público e realizar testes com outros públicos como os homens e os homens transgêneros, por exemplo. Os testes do Purpose 2 ocorrem em vários lugares do mundo, incluindo o Brasil.

Eficácia do lenacapavir pode auxiliar na adesão do PrEP

Segundo Linda-Gail Bekker, do Desmond Tutu HIV Center, o sucesso do medicamento auxiliaria na aceitação do tratamento, isso ajudaria a combater preconceitos que existem sobre o assunto.

Linda-Gail revela ainda que “lenacapavir semestral para PrEP pode ajudar a lidar com o estigma e a discriminação que algumas pessoas podem enfrentar ao tomar ou armazenar pílulas orais de PrEP”.

Somente no ano passado foi aplicado 1,3 milhões de injeções no mundo, essas estatísticas foram fornecidas pelo Programa Conjunto das Nações Unidas.

Métodos de prevenção contra bloqueios de iPhone

Com o acréscimo de assaltos no país, fora percebido que, nos assaltos realizados em que iPhones foram levados, os assaltantes realizam um bloqueio permanente do aparelho, que faz com que o dono do aparelho roubado não consiga acessar mais os dados do celular, como mídias e mensagens. Além disso, em uma recente publicação do Wall Street Journal, algumas vítimas relataram que perderam o saldo de suas contas bancárias após terem sido invadido seus dados financeiros.

Como o procedimento é realizado

O processo não é tão simples, pois, para que um prejuízo de tal escala ocorra, é preciso que o assaltante saiba o código de acesso do dispositivo, o qual seria possível obter visualizando o usuário digitá-lo, ou então, por meio de coerção.

Com o código de acesso em mãos, é possível desvincular o aparelho totalmente de seu dono original, por meio de; alteração do ID Apple do dispositivo; impedir que sua posição seja descoberta, desativando o “Encontrar meu iPhone”, e para concluir, redefinir a chave de recuperação, sendo o código utilizado para proteção contra hackers online, e também solicitada pela Apple para redefinição de senha e recuperação de acesso a um ID Apple, para aumentar a defesa. Contudo, caso ela seja alterada, não é possível obter um novo código, e o dono será bloqueado da conta.

Seguem algumas das ações que os usuários podem tomar a fim de evitar o bloqueio de suas contas.

Proteção do código de acesso

Para não divulgar o código publicamente, é possível desbloquear o celular por meio do Face ou Touch ID, além de configurar um código maior e alfanumérico, dificultando assim a descoberta do código.

Caso haja a suspeita de que alguém teve acesso ao código, é altamente recomendável alterá-lo imediatamente.

Configuração do tempo de uso

Nas configurações de tempo de uso do iPhone, é possível formar uma segunda senha, a qual é solicitada ao tentar alterar o ID Apple.

Vale ressaltar que, este meio não é assegurado pela Apple, mas fora difundido online através dos usuários de iPhone.

Backup regular

Para recuperação futura dos dados, é necessário realizar um backup do iPhone correntemente. As mídias podem também ser mantidas em serviços de nuvens, como Google Fotos, Microsoft OneDrive, dentre outros.


A tomada de medidas preventivas pode reduzir os prejuízos caso algo ocorra (Foto: reprodução/@rawpixel.com/Freepik)

Parecer da Apple

Em comunicado ao CNN, um porta-voz da Apple comenta que a empresa trabalha arduamente para a proteção das contas e dados dos usuários, sempre buscando novas salvaguardas contra tais opressões.

É descrito no site da empresa que, caso o usuário perca os dispositivos confiáveis e a chave de recuperação, é possível que seja definitivamente retido de sua conta, pois, o cliente é o responsável de tais dados.

Enquanto não há um método para recuperação da conta, como uma autenticação do usuário, os proprietários de iPhones só podem tentar proteger-se para que isso não aconteça, por meio de ações como as mencionadas acima.

Cidade de São Paulo amplia território de vacinação contra dengue

A partir desta quinta-feira (11), os locais de vacinação contra dengue devem expandir para todos os postos de saúde de São Paulo, segundo a prefeitura da cidade. A Imunização começou semana passada em 11 Unidades Básicas de regiões com maior incidência de casos.

O público alvo da campanha são crianças de 10 a 14 anos, como recomenda o Programa Nacional de Imunização, do Ministério da Saúde. 

O que levar para ser vacinado

Todas as crianças ou adolescentes devem estar acompanhadas de um responsável. É necessário apresentar carteira de identidade, cartão de vacina e comprovante de residência ou escolar.

Por que vacinar

São Paulo passa por uma grande epidemia de dengue, apenas no estado, em 2024 foram registrados 250 óbitos. Mais de 500 mil casos da doença foram confirmados e outros 512 mil estão sendo investigados. Desses, pelo menos 638 são graves e 5.942 com sinal de alarme. Os dados são do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).

Inicialmente, não haverá vacinação nas escolas, como de costume em grandes campanhas. As doses serão aplicadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs).

Quando não vacinar

É indispensável que a criança não tenha sido diagnosticada com dengue nos últimos seis meses, e não tenha suspeitas da doença para receber a dose de forma segura. As pessoas que tiveram hipersensibilidade à dose anterior ou que contém imunidade baixa (imunossuprimidos) também devem evitar.

Sintomas da dengue


“Mosquito da dengue”, o Aedes Aegypti (Foto/Reprodução/ Joao Paulo Burini/ Embed from Getty Images)


A dengue é causada pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele.

Dengue com sinal de alarme é todo caso que, no cessar da febre apresente algum sintoma como: dor abdominal, vômito, sangramento de mucosas entre outros.

É considerado grave todo caso de dengue que apresente pelo menos umas das condições: choque ou desconforto respiratório, sangramento grave ou comprometimento grave de órgãos.

Definições disponíveis no site do painel de monitoramento do Estado de São Paulo.

Medidas contra a dengue

A principal forma de se prevenir contra dengue é reduzir a infestação do mosquito Aedes aegypti, que é o responsável por transmitir o vírus. Eliminar o criadouro é fácil e pode ser feito em pouco tempo, adotando ações simples do cotidiano“, diz a recomendação do Ministério da saúde.

Para acabar com esses criadouros é necessário ficar atento aos objetos que podem acumular água parada como pneus, vasos, latas, garrafas, entre outros. Lugares com a água assim, seja suja ou limpa, são propícios para que a fêmea do Aedes aegypti possa colocar seus ovos, gerar novos mosquitos e aumentar a transmissão da dengue.