Jon Vlogs deixa a Croácia após prisão e afirma que tudo foi um “mal-entendido”

O influenciador digital Jon Vlogs deixou a Croácia na manhã desta quarta-feira (18/6), dois dias após ser liberado da prisão, onde ficou detido por oito dias. O caso aconteceu na cidade de Split, no sul do país europeu, após uma briga em uma boate. A prisão foi classificada por ele como um “mal-entendido” e continua sem esclarecimentos oficiais por parte da defesa.

A saída de Jon foi registrada por ele mesmo em um vídeo publicado nos stories do Instagram, em que aparece embarcando em um voo comercial junto de amigos. Embora não tenha revelado o destino, o influenciador marcou a cidade croata como ponto de partida. A repercussão do caso continua nas redes sociais, onde fãs expressam apoio e questionam a falta de informações mais precisas.

Influenciador agradece apoio e minimiza situação

Na terça-feira (17), Jon Vlogs se manifestou pela primeira vez após o episódio. Em texto divulgado no Instagram, ele tranquilizou os seguidores e disse estar bem, ressaltando que tudo será resolvido em breve.

“Passando aqui pra tranquilizar todo mundo que se preocupou comigo nos últimos dias e falar que estou bem, em segurança e muito grato por todas as mensagens de apoio”, escreveu.
“Passei por uma situação delicada fora do Brasil, mas tudo não passou de um mal-entendido que será resolvido no tempo certo da melhor forma possível”,
completou o influenciador.


Jon Vlogns (Foto: reprodução/Instagram/@jonvlogs)


A postagem serviu para amenizar a preocupação dos seguidores, mas ainda assim deixou muitas dúvidas no ar, já que detalhes sobre a prisão e os desdobramentos do caso seguem sem explicação por parte da assessoria e advogados de Jon.

Defesa permanece em silêncio

Apesar das tentativas de contato realizadas pela equipe do portal LeoDias, nenhum posicionamento oficial foi dado até o momento por familiares ou representantes legais do influenciador. A falta de respostas tem mantido o assunto entre os mais comentados das redes, com especulações sobre os motivos da detenção e o que teria ocorrido na boate.

A prisão de Jon Vlogs na Croácia tornou-se um dos temas mais discutidos da semana no universo das celebridades e nas redes sociais, levantando debates sobre a conduta de influenciadores no exterior e as consequências legais de comportamentos inadequados fora do país.

Polícia Federal já sabe onde está a deputada Carla Zambelli, e sua prisão pode acontecer a qualquer momento

A Polícia Federal revela que já sabe onde está a deputada Carla Zambelli, que se encontra na Itália, após ter sido condenada a 10 anos de prisão. De acordo com a PF, a prisão de Zambelli pode ocorrer até este sábado (14).

Em entrevista concedida à página pessoal de Andréia Sadi, o diplomata brasileiro na Itália, Renato Mosca, informou que o governo italiano já recebeu o pedido de extradição de Carla Zambelli, registrado na última quinta-feira (12). A solicitação agora está sob responsabilidade das autoridades italianas, que devem atender à ordem da Interpol para efetuar a prisão da deputada foragida.

“Evidente que há uma mobilização para deter a deputada porque ela está na lista de difusão vermelha da Interpol. As autoridades judiciais italianas acataram o pedido e, hoje, ela poderá ser presa a qualquer momento”, revelou o embaixador ao Estúdio i.

Ele ainda explicou que, no momento, não há uma ação ou um mandado de captura e apreensão. De acordo com a legislação italiana, Zambelli não pode ser detida enquanto estiver em sua residência no país. Além disso, foi revelado que há um pedido de prisão provisória em andamento contra a ex-parlamentar. Segundo o embaixador, existe um mandado de prisão provisória com objetivo de extradição, baseado no pedido feito pelo governo brasileiro à Interpol e validado pela Justiça italiana.

Condenação

 Carla Zambelli foi sentenciada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos e 8 meses de prisão em regime fechado pelos delitos de violação ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e por lançamento de informações fraudulentas no Banco Nacional de Mandados de Prisão. Entre os registros estava um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes.

Ela também está sendo investigada pelo uso ilegal do porte de armas e por constrangimento indevido, quando perseguiu um eleito do atual presidente Lula no período das eleições de 2022, em que ele era o candidato.

Após a sentença, a parlamentar deixou o país usando a fronteira da Argentina, de onde partiu para os EUA e agora está em Roma, na Itália. Após sua fuga para o exterior, o STF emitiu a solicitação para incluir o nome da deputada licenciada na lista vermelha de procurados da Interpol. A solicitação foi aprovada, permitindo que ela possa ser presa fora do Brasil, mesmo tendo cidadania italiana.


Embaixador Renato mosca fala sobre o mandado de extradição de Zambelli (vídeo: reprodução/YouTube/Veja+)


Pedido de licenciamento do mandato

 Zambelli está afastada do mandato por 127 dias, durante os quais Coronel Tadeu a substituirá na Câmara. Em entrevista ao blog da Natuza Nery, ela declarou que não deseja ser vista como foragida e que está tentando se “regularizar” junto às autoridades italianas. A deputada também afirmou que deixou o país em busca de proteção contra o que considera uma perseguição política.

Zambelli: Ministério da Justiça pede extradição e aciona Itamaraty

O Ministério da Justiça solicitou formalmente o pedido de extradição da deputada federal licenciada, Carla Zambelli, às autoridades italianas. A solicitação feita ontem, quarta-feira (11), será encaminhada ao país europeu por meio do Itamaraty, apto a realizar este tipo de procedimento devido aos trâmites diplomáticos necessários à situação. 

Carla Zambelli, que teve sua prisão preventiva decretada em 04 de junho (2025), devido à sua saída do Brasil sem comunicar às autoridades, é considerada foragida pela justiça brasileira. Por esse motivo, o ministro Alexandre de Moraes, no último sábado (07), converteu a prisão da parlamentar em definitiva. 

Em maio (2025), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), condenou a deputada por unanimidade no processo relacionado à invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), juntamente com o hacker Walter Delgatti. A condenação prevê multa, perda de mandato e 10 anos de prisão, inicialmente em regime fechado.

Tratado de Extradição 

Em 1989, o Brasil e a Itália firmaram acordo de extradição que entrou em vigor através do Decreto nº 863/93. Conforme o Tratado, os países têm obrigação de entregar à parte requerente “pessoas que se encontrem em seu território e que sejam procuradas pelas autoridades judiciárias”. No entanto, a recusa da extradição pode ocorrer se o país entender que o condenado sofre perseguição e discriminação, inclusive política. 

Importante ressaltar que Zambelli, ao sair do país, declarou ser inocente dos crimes imputados a ela e é  perseguida devido à sua posição política. Esta perseguição, segundo a deputada, é tanto por parte da oposição quanto das autoridades brasileiras. Discurso respaldado por seus advogados de defesa, familiares e apoiadores parlamentares. 


João Zambelli, filho da deputada federal licenciada Carla Zambelli, em declaração a favor da parlamentar e contra a condenação (Vídeo: reprodução/Instagram/@gustavo.gayer)


Zambelli, que possui dupla cidadania, busca, junto à extrema-direita italiana, não ser extraditada e, se necessário o cumprimento da pena imposta pelo Supremo Tribunal Federal brasileiro, que seja cumprida no país europeu. De acordo com declarações da parlamentar, ela não conseguiria cumprir a pena no Brasil, se fizer, “morreria na prisão”.

Outros casos de extradição

O deputado italiano Angelo Bonelli, desde que soube que Carla Zambelli buscaria refúgio na Itália para o não cumprimento da pena a que foi imposta pela Primeira Turma do STF, tem recorrido ao governo e autoridades italianas solicitando a extradição da deputada para o Brasil. Em suas falas, Bonelli, declara que a Itália não pode ser refúgio para condenados de outros países sob o argumento de perseguição política.


Declaração do deputado italiano Angelo Bonelli, sobre Carla Zambelli (Vídeo: reprodução/X/@AngeloBonelli1)

Nas últimas décadas, a Itália acatou pedidos de extradição feitos pelo Itamaraty às autoridades italianas. Em 2015, Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil, envolvido em casos de corrupção, mesmo tendo dupla cidadania foi extraditado para o Brasil, onde cumpriu pena em regime fechado por dois anos. 

Outro caso de extradição foi de Salvatore Cacciola, italiano condenado no Brasil por crimes de desvio de recursos públicos e fraude financeira em 2008. Cacciola foi extraditado para o Brasil e por três anos cumpriu pena no Instituto Penal Plácido Sá Carvalho, em Gericinó, na cidade do Rio de Janeiro.

Jon Vlogs, influenciador que não compareceu à CPI das Bets, foi detido com amigos na Croácia

Jon Vlogs, cujo nome verdadeiro é Luan Kovarik, tem 25 anos e foi detido na Croácia neste domingo (8) com alguns amigos, apelidados de BDJ. A informação foi divulgada pelo streamer Henrique Silva, conhecido como Fontinnele, que estava presente no momento da confusão e conseguiu ser liberado.

Em uma live na Twitch Fontinnele relatou que o grupo estava em uma boate quando a briga começou, mas afirmou não saber exatamente o que deu início ao tumulto: “A gente estava na balada normal, tudo em paz e tinha acabado a live. Aí saíram primeiro o Marco (Jhow) e o Bruce… eles estavam na porta para subir, porque era uma balada subterrânea. Daqui a pouco o Jon falou: Bruce tá ali na porta e foi falar com ele” complementou o influenciador Fontinnele, quando explicou que Jon o chamou: “Eu não sei o que aconteceu, só ouvi uns gritos. Quando eu vi, estavam quebrando garrafa, dando soco… o Jon veio e comentou que começou uma briga. Só que aí começou a briga com polícia e segurança, e todo mundo foi para delegacia algemado”

Segundo ele, a liberação dos envolvidos estava prevista para as 12h no horário local, correspondente às 7h da manhã no horário de Brasília. No entanto, até o momento, não há confirmação oficial de que as autoridades croatas tenham efetuado a soltura.


Jon Vlogs sendo detido pela polícia croata (Foto: reprodução/X/@KaiCemnet)


Consequências legais

O nível de álcool precisa estar zerado para que possam sair

Afirmou o streamer Fontinnele sobre a liberação dos amigos. Ele também mencionou que assinou um documento e foi liberado sem precisar pagar multa.

Segundo o relato de Fontinnele, Jon e outros amigos discutiram com os policiais, que alertaram sobre possíveis consequências legais:

A realidade é: Jon Vlogs vai permanecer detido e pode responder judicialmente… Jhow e Bruce estão com um nível de álcool muito alto

Convocado para CPI

Jon Vlogs foi convocado para depor na CPI das Bets como investigado por supostas irregularidades na divulgação de propagandas em suas plataformas de apostas. No entanto, ele não compareceu, alegando que estava fora do Brasil.

Sua ausência gerou críticas dentro da comissão, e a CPI aprovou sua condução coercitiva, medida que pode obrigá-lo a prestar depoimento mesmo contra sua vontade. O influenciador é proprietário da plataforma Jonbet, que opera sob o mesmo CNPJ da Blaze, uma das casas de apostas investigadas.

Com mais de 16 milhões de seguidores nas redes sociais, o influenciador iniciou sua trajetória digital fundando o canal no YouTube Jon Vlogs, em 2015, aos 15 anos. Natural de Macaé, no Rio de Janeiro, ele viveu parte da infância nos Estados Unidos, onde começou a produzir conteúdo para a internet.

Em 2020, retornou ao Brasil e viu seu alcance nas redes crescer ainda mais, consolidando sua presença no mundo digital. Seu canal se aproxima de 1 bilhão de visualizações na plataforma YouTube.

MC Poze do Rodo denuncia ação policial e diz: “Não aguentamos mais”

Após deixar a prisão, Marlon Brandon Coelho Couto conhecido como MC Poze do Rodo voltou a ser alvo da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Na tarde da última quinta-feira (5), o funkeiro usou as redes sociais para denunciar uma nova abordagem em sua residência, alegando estar sendo perseguido. A ação mais recente teve como foco sua esposa, a influenciadora Vivi Noronha, envolvida em uma investigação sobre lavagem de dinheiro supostamente ligada à facção criminosa Comando Vermelho

Prisão do funkeiro

Poze havia sido preso em 29 de maio, sob acusações de apologia ao crime e envolvimento com o tráfico de drogas. Ficou detido por cinco dias, mas foi solto após a Justiça considerar que não havia elementos suficientes para mantê-lo encarcerado. A defesa destacou que a detenção se deu com base em suposições relacionadas ao perfil do artista: jovem, negro e oriundo da periferia. Segundo os advogados, as acusações usaram trechos de suas músicas como “provas” e ignoraram a ausência de qualquer materialidade que indicasse atividade criminosa.

A nova operação da Polícia Civil, apesar de não estar relacionada diretamente com o inquérito que levou à prisão do cantor, reacendeu os holofotes sobre ele e sua família. A investigação atual busca rastrear o caminho do dinheiro vindo do tráfico de drogas, que estaria sendo ocultado através de empresas e perfis de influenciadores digitais. A esposa do artista foi alvo de mandado de busca e apreensão, mas sua defesa afirma que ela não tem qualquer envolvimento com atividades ilícitas.


Artisdta funkeiro Mc do Rodo – Rio de Janeiro (Foto: reprodução/Instagram/@pozevidalouca)

MC Poze do Rodo é um dos principais nomes do funk carioca. Com mais de 15 milhões de seguidores nas redes sociais, ostenta fama, luxo e polêmicas. Ainda jovem, admitiu ter tido envolvimento com o tráfico na adolescência, mas afirma que hoje usa sua música para conscientizar sobre os perigos da vida no crime. Suas letras retratam a dura realidade das favelas, o que muitos veem como expressão artística — mas que frequentemente é tratada como evidência criminal.

O caso acende um alerta sobre os limites entre investigação policial e criminalização da cultura periférica. Até onde vai à justiça e onde começa o preconceito estrutural? A trajetória de Poze do Rodo levanta questionamentos que vão além da música e tocam diretamente nas feridas sociais do país.

Alexandre de Moraes decreta prisão preventiva de Carla Zambelli

O ministro do Supremo do Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, nesta quarta-feira (04), determinou a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli. O pedido feito pela Procuradoria Geral da República (PGR) na data de ontem foi aceito por Moraes. Além de ser incluída na lista vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), Zambelli teve seus vencimentos parlamentares bloqueados e, também, a solicitação de bloqueio dos seus passaportes.

A deputada federal foi condenada em maio (2025), por unanimidade pela Primeira Turma do STF, a 10 anos de prisão com a perda do mandato parlamentar. A sentença refere-se ao caso relacionado à invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserção de documentos falsos. 

Carla Zambelli nega as acusações e entrou com pedido de recurso contra a sentença, a qual julga ser parcial. Uma vez que, segundo a deputada, não teve direito a ampla defesa e informa que a sentença se baseou na acusação do hacker Walter Delgatti, condenado no mesmo processo a 08 anos de prisão. 

Saída do Brasil 

Na data de ontem, terça-feira (03), Carla Zambelli informou que estava fora do país para a realização de tratamento médico. A deputada declarou estar nos EUA, em Miami. Ao término do tratamento, Zambelli seguiria para a Itália, onde possui cidadania. De acordo com investigações da Polícia Federal (PF), Zambelli deixou o Brasil através da fronteira com a Argentina, pela cidade de Puerto Iguazu, seguindo para a capital argentina, Buenos Aires. De lá, pegou um voo rumo a Miami.

Em entrevista exclusiva dada à CNN, Zambelli declarou que por ser cidadã italiana buscará refúgio no país e que na Itália ela é “intocável”. Ainda, segundo a deputada, a justiça brasileira poderá expedir mandado de prisão encaminhado às autoridades italianas, a qual poderá ou não acatar o pedido de prisão e extradição.


Entrevista exclusiva da deputada federal Carla Zambelli à CNN (Vídeo: reprodução/Youtube/@CNNbrasil)


Em suas falas, Zambelli reafirma ser inocente e vítima de perseguição por parte das autoridades brasileiras e adversários políticos. Reiterou, ainda, que pretende retornar ao Brasil para se defender. Contudo, atrelou sua volta ao país, quando, segundo a parlamentar, “o Brasil for uma democracia novamente”. 

Bloqueio das redes sociais 

Além das ações decretadas contra a Deputada Carla Zambelli, o ministro do STF Alexandre de Moraes solicitou, também, o bloqueio das redes sociais da mãe da deputada, Rita Zambelli, e do filho da parlamentar, João Zambelli. Em sua decisão, Mores enviou comunicado às principais Big Techs e redes sociais, como LinkedIn, Tik Tok, Meta, X, YouTube e Telegram determinando o bloqueio dessas contas, sob pena de multa diária de R$ 100 mil reais. 


Publicação sobre o mandado de prisão expedido pelo STF, juntamente com a solicitação dos bloqueios das redes sociais utilizadas por Carla Zambelli (Foto: reprodução/X/@STF_oficial)

O jornalista Gustavo Uribe, informou com exclusividade nesta tarde de quarta-feira (04), que a Deputada Carla Zambelli condenou esses bloqueios, informando que a decisão é “monocrática” e “inconstitucional”. Ainda, segundo Zambelli, ela denunciará as ações de Alexandre de Moraes em todos os lugares e essa atitude, será só o começo.

Nas redes sociais a polarização política vivida no país fomenta reações a favor e contrárias à decisão do ministro. Muitos apoiadores da parlamentar utilizaram suas redes para demonstrar apoio à Zambelli, validando o discurso de perseguição política. Agora, fica a cargo da Interpol realizar a prisão da parlamentar que pode ser ou não acatada pelo país onde Zambelli estiver e extraditá-la ao Brasil.

Justiça do RJ concede Habeas Corpus a MC Poze do Rodo

Nesta segunda-feira (02), a Justiça do Rio concedeu Habeas Corpus a Marlon Brendon Coelho Couto, o MC Poze do Rodo. O funkeiro estava preso desde o dia 29, quando foi detido e levado à prisão por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes. A decisão revogou a prisão temporária do cantor.

As investigações

De acordo com as investigações, o cantor realizava shows exclusivamente em áreas dominadas pelo Comando Vermelho (CV) com a presença de traficantes armados, a fim de garantir sua segurança do MC. De acordo com a DRE, outro ponto que levou a prisão do cantor é a clara apologia ao tráfico de drogas e utilização de armas de fogo. Segundo a delegacia, os shows de Poze eram estrategicamente utilizados pela facção para aumentar o lucro com o comércio de entorpecentes.

Ao dar entrada no sistema penitenciário, MC Poze preencheu uma ficha com informações relacionadas à prisão, e um dos campos diz respeito a ligação com algum tipo de facção criminosa. Essa ficha não serve como confissão, serve apenas para evitar conflitos entre facções e garantir a segurança do detento nas alas penitenciárias. De acordo com a reportagem do G1, o cantor marcou ter ligação com o Comando Vermelho. Após receber as informações, oficiais de justiça encaminharam o MC a Penitenciária Serrano Neves, conhecida como Bangu 3, no Complexo de Gericinó, unidade conhecida por manter membro do CV.


Viviane Noronha, esposa de MC Poze, faz desabafo após prisão do funkeiro (Vídeo: reprodução/YouTube/O Povo)

O que diz a justiça

Peterson Barroso, desembargador da Segunda Câmara Criminal, decretou a liberação e cumprimento de medidas cautelares por parte do artista. De acordo com a avaliação de Barroso, a medida de prisão não se sustentava, pois não ficou demonstrada a imprescindibilidade da prisão para a investigação:

O alvo da prisão não deve ser o mais fraco – o paciente, e sim os comandantes de facção temerosa, abusada e violenta, que corrompe, mata, rouba, pratica o tráfico, além de outros tipos penais em prejuízo das pessoas e da sociedade.

Próximos passos do cantor após a liberação

Após a soltura, Mc Poze deverá cumprir uma série de medidas:

  • Comparecimento mensal em juízo até o dia 10 de cada mês para informar e justificar suas atividades;
  • Não se ausentar da Comarca enquanto perdurar a análise do mérito deste habeas corpus;
  • Permanecer à disposição da Justiça informando telefone para contato imediato caso seja necessário;
  • Proibição de mudar-se de endereço sem comunicar ao Juízo;
  • Proibição de comunicar-se com pessoas investigadas pelos fatos envolvidos neste inquérito, testemunhas, bem como pessoas ligadas à facção criminosa Comando Vermelho;
  • Obrigação de entregar o passaporte à Secretaria do Juízo originário.

MC Poze foi mantido em cárcere em Bangu 3 até a noite desta segunda, quando a Secretaria de Administração Penitenciária foi notificada sobre a decisão da soltura do cantor de 26 anos.

Filipe Ret fala sobre MC Poze durante show em São Paulo

Durante sua apresentação no Festival Interlagos – Motos, em São Paulo, no sábado (31), o cantor Filipe Ret incluiu em seu show uma mensagem pedindo liberdade para o também artista MC Poze do Rodo. A manifestação foi feita por meio de uma projeção no telão do palco, que exibia a frase “Liberdade Poze. Artista não é bandido”.

A ação ocorreu instantes antes de Ret iniciar a canção Me Sinto Abençoado, lançada em 2021 em parceria com MC Poze e Ajaxx. O gesto marca a primeira manifestação pública do trapper sobre o caso, após cobranças de parte de seus fãs. Até então, Ret havia se pronunciado apenas por meio de uma publicação restrita a seus assinantes em uma plataforma de conteúdo exclusivo.

Confira o vídeo da projeção no telão, na íntegra:


Mensagem de liberdade para Mc Poze foi feita no último sábado, 31 (Vídeo: reprodução/Instagram/@centralfiliperet)


Investigação contra MC Poze

Marlon Brandon Coelho Couto Silva, conhecido artisticamente como MC Poze do Rodo, foi preso na madrugada da última quinta-feira (29) em sua residência no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A prisão foi realizada pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), que investiga o cantor por apologia ao crime e suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas.

A prisão é temporária e faz parte de uma investigação mais ampla, cujos detalhes ainda não foram totalmente divulgados pelas autoridades. O artista foi conduzido à delegacia para prestar depoimento e depois, encaminhado para Bangu 3, para permanecer à disposição da Justiça.

Até o momento, a defesa de MC Poze não se manifestou publicamente. O caso segue em andamento e novas informações devem ser divulgadas pelas autoridades nos próximos dias.

Contexto no meio artístico

MC Poze do Rodo é um dos nomes em destaque no cenário do funk e do trap brasileiro, com forte presença nas plataformas digitais. A prisão repercutiu entre fãs e colegas de profissão, alguns dos quais se manifestaram por meio das redes sociais ou em apresentações, como foi o caso de Filipe Ret.

Vivi Noronha mostra apoio após prisão de MC Poze do Rodo

A influenciadora Vivi Noronha chamou atenção nas redes sociais ao surgir em frente ao complexo penitenciário intitulado Presídio de Bangu 3, no Complexo de Gericinó, na zona oeste do Rio de Janeiro, na última sexta-feira (30), a esposa de Poze do Rodo, usava uma camiseta com a foto da família e exibia um cartaz com a seguinte mensagem.

Paz, justiça e liberdade, fora o racismo’. “MC NÃO É BANDIDO!

Confira detalhes da prisão de Poze do Rodo

Marlon Brandon Coelho Couto Silva, ou simplesmente MC Poze do Rodo, de 26 anos, foi preso na quinta-feira (29), no bairro Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio de Janeiro, sob suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas e apologia ao crime. Agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) cumpriram o mandado de prisão temporária na casa dele, em um condomínio de luxo.


Vivi Noronha (Foto: reprodução/Instagram/@reservadavivinoronha)

Apoio nas redes sociais

 A detenção do funkeiro causou impacto na web, provocando uma onda de manifestações de apoio por parte de fãs e artistas. Entre eles, MC Cabelinho, que se manifestou por meio de vídeo publicado em sua conta em uma rede social e questionou o tratamento dado aos artistas da periferia. 

Quando atuei como tr*fic*nte em uma novela, era arte. Quando um MC da favela retrata a realidade, é apologia ao cr*me

Já Oruam questionou a eficácia da prisão na erradicação do crime, sugerindo que a criminalização de artistas periféricos é uma forma de o Estado dar uma resposta à sociedade.

Prenderam o Poze. E a pergunta que não quer calar é: acabou com o crime? O estado está perdendo.


Fãs de Poze (Foto: reprodução/Instagram/@reservadavivinoronha)

Músicas que enaltecem apologia ao crime

Conforme informações do secretário estadual de Polícia Civil, delegado Felipe Curi, Poze “transformou suas canções em um instrumento de divulgação e disseminação de ideologia criminosa”. A Polícia Civil pontua ainda que as músicas do cantor ultrapassam os limites da liberdade de expressão.

Justiça do Rio decide manter prisão de MC Poze do Rodo

O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro manteve nesta quinta-feira (29) a prisão do MC Poze do Rodo após audiência de custódia. O cantor está no Presídio José Frederico Marques em Benfica, Zona Norte da capital. Agora, as autoridades o transferirão para Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó.

Agentes da Polícia Civil cumpriram mandado de prisão temporária na residência do cantor, localizada em um condomínio de alto padrão no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ele responde à investigação por apologia ao crime e possível envolvimento com o tráfico de drogas.

Durante coletiva de imprensa na manhã de hoje (29), o delegado Felipe Curi, secretário estadual de Polícia Civil, afirmou que o artista realizava shows, principalmente, em áreas controladas pelo Comando Vermelho. Segundo a polícia, traficantes armados participavam ativamente desses eventos e financiavam as apresentações.


Após prender MC Poze do Rodo, Polícia Civil divulga vídeo explicando operação nas redes sociais (Vídeo: reprodução/X/@PCERJ)

Segundo delegado, Poze era “instrumento de propaganda da facção

Conforme o delegado Curi afirmou, as músicas de MC Poze do Rodo serviam como propaganda para o Comando Vermelho. Além disso, segundo ele, as letras exaltavam armas de grosso calibre e incentivavam confrontos entre facções criminosas.

Por outro lado, a investigação indica que o cantor realizava shows apenas em áreas controladas pelo Comando Vermelho. Nessas áreas, traficantes armados garantiam a segurança dos eventos. Durante buscas na residência do artista, a polícia apreendeu um carro de luxo, celulares, documentos e joias. Algumas dessas joias tinham símbolos ligados à facção.

Diante desse cenário, a Polícia Civil reforçou que as músicas do MC ultrapassam os limites da liberdade de expressão e configuram crimes de apologia ao tráfico e associação criminosa. Por fim, o delegado Carlos Oliveira, subsecretário operacional da corporação, destacou que a investigação não criminaliza a arte, mas sim o uso da música para atrair jovens para o crime organizado.

O que diz a defesa do cantor

O advogado de MC Poze do Rodo, Fernando Henrique Neves, afirma que a prisão do cantor é injusta e carece de provas concretas para sustentar a acusação de apologia ao crime. Segundo ele, nenhuma arma foi encontrada na residência do artista durante a operação policial.

No entanto, a defesa também questiona a interpretação das letras das músicas, argumentando que elas retratam a realidade das comunidades e não incentivam práticas criminosas. Além disso, o advogado reforça que a prisão é temporária e pretende entrar com um pedido de habeas corpus para garantir a liberdade do cantor.