Moraes mantém veto a redes sociais e alerta para risco de prisão de Bolsonaro

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), reforçou nesta segunda-feira (21) a proibição do uso de redes sociais pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo o ministro, a medida inclui também transmissões, retransmissões e qualquer veiculação de áudios, vídeos ou transcrições de entrevistas nas redes sociais de terceiros.

Nova decisão detalha restrições

Na última sexta-feira (18), Moraes impôs restrições ao ex-presidente, a pedido da Polícia Federal (PF) e com aval da Procuradoria-Geral da República (PGR). A nova decisão complementa as medidas e reforça que qualquer tentativa de contornar o bloqueio pode levar à prisão.

A medida cautelar de proibição de utilização de redes sociais, diretamente ou por intermédio de terceiros, imposta a Jair Messias Bolsonaro inclui, obviamente, as transmissões, retransmissões ou veiculação de áudios, vídeos ou transcrições de entrevistas em qualquer das plataformas das redes sociais de terceiro.” escreveu o ministro.

O documento também alerta: “Não podendo o investigado se valer desses meios para burlar a medida, sob pena de imediata revogação e decretação da prisão”.


Ministro do STF, Alexandre de Moraes (Foto: reprodução/Arthur Menescal/Bloomberg/Getty Images Embed)


Medidas cautelares e investigações

As medidas impostas a Bolsonaro se baseiam em indícios reunidos pela Polícia Federal que apontam crimes de coação, obstrução e atentado à soberania nacional.

Moraes afirma ainda que o ex-presidente confessou “de forma consciente e voluntária” uma tentativa de extorsão contra a Justiça brasileira, ao condicionar a própria anistia ao fim de uma tarifa imposta por Donald Trump sobre produtos brasileiros.

Entrevista cancelada e repercussão

O Partido Liberal (PL), ao qual Bolsonaro é filiado, havia anunciado uma entrevista coletiva com o ex-presidente na Câmara dos Deputados nesta segunda-feira. No entanto, após a nova decisão, a participação dele foi cancelada.

Entre as medidas cautelares já impostas a Bolsonaro estão:

  • Uso de tornozeleira eletrônica
  • Proibição de uso de redes sociais
  • Toque de recolher noturno e nos fins de semana
  • Restrições de contato com filhos, diplomatas e outros investigados

Segundo a PF, Jair Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro atuaram junto a autoridades dos Estados Unidos, visando interferir no julgamento da trama golpista no Brasil. A polícia afirma que a intenção era submeter decisões do Supremo Tribunal Federal ao crivo de um Estado estrangeiro.

Roberto Justus e Ana Paula Siebert pedem R$ 600 mil após ataques à filha

A polêmica judicial envolvendo Roberto Justus e Ana Paula Siebert está dando o que falar! O casal entrou com uma ação milionária por danos morais após ataques considerados ofensivos contra a filha deles, Vicky, de apenas cinco anos. O motivo? Um comentário feito pelo professor aposentado da UFRJ, Marcos Dantas, que chocou a internet ao dizer “só a guilhotina” em uma foto da menina segurando uma bolsa de grife avaliada em R$ 14 mil. A fala repercutiu mal e, agora, está na mira da Justiça após a viralização na internet.

Mas a história não parou por aí. A psicóloga Aline Alves de Lima também entrou na polêmica ao apoiar o comentário de Marcos nas redes sociais, e acabou sendo incluída na ação. Agora, tanto o professor quanto Aline estão sendo processados separadamente, e o casal Justus pede uma indenização de R$ 300 mil de cada um totalizando R$ 600 mil. O valor, segundo a defesa, será dividido entre Roberto, Ana Paula e a pequena Vicky.


Posicionamento do casal após a polêmica de críticas e ameaças à filha (Foto: reprodução/instagram/@robertojustus)


Retratação não convence e defesa dispara contra réus


A foto postada em família nas redes sociais foi a grande responsável por toda a polêmica. (Foto: reprodução/Instagram/@robertojustus)


A defesa de Justus não poupou palavras. Em documentos obtidos com exclusividade pela coluna GENTE, da Veja, o advogado da família acusa Marcos Dantas de fazer um pedido de desculpas forçado, apenas após a repercussão do caso. Na carta intitulada “uma metáfora virou crime”, o professor se justificou, mas só se desculpou com Justus deixando Ana Paula e Vicky de fora. Para a defesa, isso demonstra falta de arrependimento verdadeiro.

Já sobre Aline, a psicóloga que apoiou publicamente o ataque, a defesa afirmou que ela “incitou a violência contra a família” e que o sofrimento causado por seus comentários merece uma compensação moral. Até o momento, nenhum dos dois réus se pronunciou publicamente. Mas, se depender do casal, essa história ainda vai longe nos tribunais e nas manchetes.

“A Fazenda 17” movimenta redes devido a especulações dos participantes

A Fazenda 17 estreia em setembro, mas já movimenta as redes sociais com especulações de quais artistas estarão no reality nesta temporada. O público espera que ela seja marcada por perfis intensos, conhecidos e que tragam uma  diversidade de histórias.

Nomes cotados pelo público

A expectativa é que nessa edição tenha jornalista, cantor, apresentador, atriz, influenciador digital e ex-deputado. Entre esses, os nomes citados são: o jornalista e ex-Globo, Manoel Soares, o apresentador do Fofocalizando (SBT), Gabriel Cartolano, a atriz Marcella Rica, o influenciador digital e filho de Andressa Urach, Arthur Urach, o cantor MC Guimê, o ex-deputado e ator Alexandre Frota, e a cantora Pepita, também ativista na luta LGBTQIAP+.

A lista não acaba mais, além dos nomes acima, os palpites do público também é, a cantora adolescente MC Melody, o ex-galã da Globo, Rafael Cardoso, a ex-BBB 24, Leidy Elin, a influenciadora Camila Loures, a cantora, atriz e ex-Chiquititas e The voice, Júlia Gomes, entre outros. 


Sacha Bali, vencedor da 16ª temporada de A Fazenda (foto: reprodução/Instagram/@recordoficial)

As especulações são infinitas, o público se divide entre personalidades que se envolveram em polêmicas nos últimos tempos, ou que recusaram o convite para participar das edições anteriores, ou que mereciam a oportunidade de ser um dos peões e peoas desta temporada, como foi o caso do ator Sacha Bali que apesar de ser chamado de hipócrita, se destacou pelas estratégias de jogo, pela liderança e, principalmente, por conquistar o público, o que o consagrou vencedor na 16ª temporada.

Lista oficial de A Fazenda

O elenco oficial ainda está sob sigilo e será divulgado nas semanas que antecedem o início do reality, a única certeza até o momento, é que o público espera mais uma edição movimentada e inesquecível. A quantidade de participantes cresce a cada ano, a 1ª temporada tiveram 12, e a 16ª, 20 na sede, mais 8 no paiol, que resultou na entrada de mais 4 participantes no jogo. 

A Fazenda 17 está prevista para começar em 16 de setembro e será apresentada por Adriane Galisteu, que está nessa função desde a 13ª edição do programa. 

Camila Coutinho reflete sobre estética digital após mudança no rosto de Anitta

A influenciadora Camila Coutinho voltou a provocar debate após comentar o novo rosto da cantora Anitta, que reapareceu nas redes sociais com traços visivelmente diferentes. O acontecimento ocorreu no fim de junho de 2025, quando a artista retornou após dois meses de ausência, devido, entre outros fatores, a uma infecção bacteriana, com o que muitos chamaram de “face review”. Esse tipo de conteúdo tem como premissa mostrar os resultados de procedimentos estéticos que alteram a estrutura facial.

Camila compara novo visual de Anitta ao conceito de avatar

Camila compartilhou sua impressão em um grupo de amigas e contou ter recebido bem a transformação: “Eu já consegui achar bonito de cara”, revelou. Ela contrastou sua opinião com a de outras pessoas que se disseram desconfortáveis com o novo visual da cantora. Para Camila, Anitta se junta a nomes como Kylie Jenner e Gkay, personalidades que abandonam progressivamente sua aparência original em busca de uma versão mais performática e editada, quase “avatares” de si mesmas.


Camila Coutinho fez video refletindo sobre nova estética do rosto de Anitta (Vídeo: reprodução/Instagram/@camilacoutinho)


Ainda em sua reflexão, Camila apontou que o uso contínuo de filtros e edições digitais está influenciando diretamente a forma como as pessoas se veem. Com a ajuda de aplicativos como FaceApp e ferramentas de retoque, muitos acabam adotando, aos poucos, uma identidade visual que não existe no mundo real, mas se torna a “versão oficial” nas redes sociais.

Procedimentos e especulações

A assessoria de Anitta confirmou que a cantora passou por um procedimento estético, mas não revelou detalhes. Médicos consultados pela revista Quem levantaram hipóteses: o cirurgião plástico Carlos Tagliari suspeita de um lip lift (elevação do lábio superior) e um lifting temporal (para elevar o canto das sobrancelhas), ambos realizados com anestesia local e recuperação rápida. Já a médica Fernanda Nichelle sugeriu que intervenções menos invasivas, como preenchimento com ácido hialurônico ou lifting sem cirurgia, também podem explicar a mudança.


Anitta aparece com “novo” rosto após procedimentos estéticos (Foto: reprodução/Instagram/@anitta)


Camila ainda recomendou o filme “Substitutos” (2009), que debate a questão da identidade em um mundo digital, onde as pessoas vivem por meio de versões editadas e perfeitas de si mesmas.

A discussão levantada por Camila Coutinho ecoa em um momento em que as redes sociais moldam de forma profunda e constante a percepção do próprio corpo. 

STF decide que redes sociais podem ser responsabilizadas por conteúdos ilegais

Nesta quinta-feira (26), o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por 8 votos a 3, que o artigo 19 do Marco Civil da Internet é parcialmente inconstitucional. A norma previa que redes sociais só poderiam ser responsabilizadas por conteúdos de usuários após ordem judicial. Com o novo entendimento, as plataformas passam a responder legalmente por publicações ofensivas ou criminosas. A decisão altera a forma como empresas digitais devem lidar com conteúdos ilegais no Brasil.

Novas regras

A Corte declarou a inconstitucionalidade parcial do artigo 19 do Marco Civil da Internet, que desde 2014 estabelecia que empresas como Facebook e Google só poderiam ser responsabilizadas por conteúdos nocivos se houvesse uma ordem judicial exigindo a retirada. Após a decisão, esse cenário muda significativamente.

Segundo a nova orientação, os provedores devem remover certos tipos de publicações após uma notificação extrajudicial, feita diretamente pela vítima ou por seu representante legal.

Caso a plataforma ignore o pedido e a Justiça posteriormente determine que o conteúdo era de fato ilícito, a empresa poderá ser penalizada.

Entre os conteúdos que exigem remoção imediata após notificação estão mensagens que promovem terrorismo, incitação ao suicídio, discriminação racial ou de gênero, violência contra a mulher, atos antidemocráticos e tráfico de pessoas. Já no caso de crimes contra a honra, como calúnia e difamação, continua valendo a necessidade de decisão judicial.

A Corte também reforçou que as redes sociais devem agir de maneira preventiva em relação a conteúdos que violem gravemente os direitos fundamentais, como discursos de ódio, racismo ou incitação à violência.

Nesses casos, mesmo sem qualquer notificação, as plataformas são obrigadas a intervir, e, se não o fizerem, responderão civilmente.

O novo entendimento impacta diretamente os protocolos de moderação das grandes empresas de tecnologia, exigindo maior responsabilidade na gestão do que circula em suas plataformas.


STF define que redes são responsáveis por publicações (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Votos

Durante o julgamento, os ministros divergiram quanto à extensão dessa responsabilidade. O relator Dias Toffoli e ministros como Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes e Flávio Dino defenderam que o cenário tecnológico mudou desde 2014 e que é necessário proteger a dignidade humana diante do poder das plataformas.

Já os ministros André Mendonça, Edson Fachin e Nunes Marques foram contra a responsabilização direta. Nunes destacou que a liberdade de expressão é uma cláusula pétrea da Constituição e defendeu que mudanças nesse sentido deveriam partir do Congresso.

A decisão também afeta dois casos analisados durante o julgamento: um envolvendo o Facebook, condenado por danos morais por manter um perfil falso no ar, e outro envolvendo o Google, questionado sobre sua obrigação de moderar conteúdos ofensivos em sites hospedados pela empresa.

Agora, até que um novo marco legal seja criado pelo Congresso, a jurisprudência do STF passa a orientar o comportamento das plataformas no Brasil.

Novas regras para visto de estudante são anunciadas pelos EUA

Nesta quarta-feira (25), a embaixada dos Estados Unidos protocolou a exigência do governo americano recomendando ao estudante que queira obter um visto mantenham o acesso livre as suas redes sociais. As novas regras foram anunciadas pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos na semana passada.

Antes da formalização das novas regras, a emissão de vistos havia sido suspensa. A concessão para novos vistos foi paralisada em maio, seguindo orientação do governo Trump que começou a refletir sobre a possibilidade de ajuizar as redes sociais dos candidatos. Na época, quem já havia agendado entrevistas não foi afetado ao solicitar o documento. Porém, aqueles que não tinham o horário agendado não conseguiram solicitar o visto até que as novas regras fossem definidas.


Nova regra para entrada de estudantes nos EUA será mediante averiguação de perfis nas redes sociais (Foto: reprodução/Instagram/@portalg1)


O que as novas regras pedem

A partir de hoje, 25 de junho de 2025, o Departamento de Estado dos EUA, passou a exigir uma análise mais criteriosa aos vistos de estudante (categoria F), de intercâmbio (J) e técnicos/vocacionais (M). Soma-se a todas essas a inspeção dos perfis nas redes sociais dos candidatos, que deverão manter as configurações de privacidade sinalizada como “público” De acordo com o comunicado, a averiguação online tem como objetivo observar comportamentos que não vão de encontro aos interesses dos EUA. A ideia é coibir a entrada de estrangeiros que possam de alguma maneira levar riscos a segurança do país. A embaixada assegura que “obter um visto é um privilégio, não um direito”.

Entretanto, as novas regras, no momento, estão sendo aplicadas exclusivamente a vistos das categorias F, M e J, direcionadas a estudantes e aqueles que buscam intercâmbio. A princípio, a triagem específicas de turismo (B2), trabalho (H1B) ou residência continuam sem mudanças.

Uma outra questão é se o observar das redes é o único novo critério, e a resposta é não. No texto oficial de adesão ao visto, os solicitantes deverão comprovar que pretendem entrar no país para exercer exclusivamente atividades requerentes no visto. A decisão para cada caso solicitado, continua sendo avaliado um a um.


Visto para estudante passa a ter novas regras, anuncia Departamento de Estado americano (Foto: reprodução/Instagram/@policiafederal)


Quando os agendamentos e entrevistas estarão de volta?

Não há um prazo específico, contudo, a embaixada comunicou que em breve os consulados americanos no Brasil voltarão a atender o agendamento para esses tipos de visto. Ainda de acordo com a embaixada, os interessados devem se manter atentos ao site oficial da embaixada ou dos consulados para averiguar datas disponíveis.

A embaixada explica que no caso de novos candidatos optarem por não definir suas contas de mídia social como “públicas”, de modo permitir a averiguação, devem ter o visto rejeitado. Sendo assim, o solicitante que não aceitar a nova regra, pode estar emitindo um sinal de que deseja burlar a exigência ou esconder suas atividades online.

Deputada Zambelli é alvo de nova investigação por tentativa de obstrução de justiça

A deputada Carla Zambelli é alvo de nova investigação judicial determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Na data de ontem, quarta-feira (04), Moraes abriu inquérito a fim de investigar se a parlamentar cometeu os crimes de coação e obstrução de justiça devido suas ações em território americano, ligadas a condenação referente ao processo envolvendo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Carla Zambelli que foi condenada a 10 anos de prisão e perda de mandato no processo citado acima, está nos EUA desde o começo desta semana. E, de acordo com Alexandre de Moraes, a deputada pratica os mesmos atos que o seu correligionário, o também deputado atualmente licenciado, Eduardo Bolsonaro. Para Moraes, tanto Zambelli quanto Eduardo Bolsonaro, possuem os mesmos “modus operandi”, incitando o governo de Donald Trump a aplicar sanções contra autoridades brasileiras, incluindo o próprio ministro. 

Do prazo

O ministro Alexandre de Moraes determinou o prazo de 10 dias, a partir da instauração do inquérito, para que a deputada federal possa prestar esclarecimentos sobre as alegações feitas contra ela. Os esclarecimentos podem ser feitos por escrito e devem ser encaminhados à Polícia Federal brasileira (PF), uma vez que a parlamentar encontra-se fora do país. 


Publicação do STF sobre o novo inquérito aberto contra a deputada federal Carla Zambelli (Foto: reprodução/X/@STF_oficial)

Além do depoimento de Zambelli, a PF também fica encarregada de preservar e monitorar todo o conteúdo extraído das redes sociais da deputada ou de pessoas ligadas a ela, que tenham relação com a investigação em curso no Supremo Tribunal Federal (STF), a fim de resguardar o acervo complementando a investigação. 

Vale ressaltar que as redes sociais da deputada federal Carla Zambelli, de sua mãe Rita Zambelli e seu filho, João Zambelli, foram bloqueadas na tarde de ontem, quarta-feira (04), por determinação judicial. Acatada pelas principais empresas de tecnologia, sob pena de multa diária de R$ 100 mil reais em caso de descumprimento.

Prisão preventiva

A parlamentar, que viajou para os EUA, segundo investigações da Polícia Federal, a partir de um voo da cidade de Buenos Aires, na Argentina, teve seu nome incluído na lista vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), na data de ontem. O pedido de prisão preventiva foi feito pela Procuradoria Geral da República (PGR) e aceito pelo ministro Alexandre de Moraes. 

Carla Zambelli afirma ser inocente e declara ser alvo de perseguição política. Antes de ter suas redes sociais bloqueadas por decisão judicial, a parlamentar informou que buscaria refúgio na Itália, por ter dupla cidadania e que somente voltaria ao Brasil, segundo ela, quando a democracia fosse instaurada novamente no país.

Paolla Oliveira defende regulamentação das redes sociais após ação contra perfil fake

Atriz Paolla Oliveira usou suas redes sociais nesta quarta-feira (4) para defender publicamente a regulamentação das plataformas digitais. A declaração ocorre um mês após a Justiça de São Paulo autorizar sua entrada como assistente em uma ação contra o Facebook — caso que envolve o uso indevido de sua imagem por um perfil fake. A publicação de Paolla também coincidiu com a retomada, no Supremo Tribunal Federal (STF), do julgamento que discute a responsabilidade das big techs por conteúdos veiculados em suas plataformas

Plataformas digitais

“É necessário repensar a dinâmica das redes sociais. Ninguém está protegido quando nome e imagem são usados sem consentimento. É urgente impor regras e consequências para esse tipo de conduta”, comentou Paolla Oliveira.

O caso que motivou o desabafo teve início quando Fábio Lucas de Queiroz, criador de uma conta falsa no Facebook com mais de três milhões de seguidores, entrou com ação contra a rede social para tentar recuperar o perfil que havia sido retirado do ar. O detalhe que chamou atenção: o perfil usava a imagem de Paolla Oliveira para promover conteúdo, inclusive publicidade de casas de apostas online. A atriz, ao tomar conhecimento, ingressou como parte interessada no processo, apoiando a decisão da plataforma de excluir a conta.

Embora Queiroz alegue que se tratava apenas de uma “página de fã”, o uso comercial da imagem da atriz sem autorização levanta questões legais delicadas sobre limites entre homenagem e exploração indevida.

“Não se trata de censura, mas de responsabilidade”, ressaltou Paolla, ecoando um debate cada vez mais presente na sociedade brasileira.


Paolla Oliveira e Taís Araújo na EuroDisney (Foto: reprodução/Instagram/@paollaoliveirareal)


Pedido de regulamentação

A discussão sobre a regulamentação das redes sociais avança no país, com o STF analisando a constitucionalidade de eventuais sanções às plataformas por omissão diante de conteúdos ilegais. Especialistas apontam que casos como o de Paolla ilustram o vácuo jurídico atual, onde vítimas de falsidade ideológica ou uso indevido de imagem ainda enfrentam obstáculos para responsabilizar os envolvidos.

Ao se posicionar, Paolla Oliveira dá rosto e voz a uma demanda crescente por regras claras, que protejam não apenas celebridades, mas todos os cidadãos. Em tempos de fake news, perfis falsos e desinformação, a atriz reforça um chamado: redes sociais não podem continuar sendo um “faroeste digital” onde vale tudo — e ninguém responde por nada.

Redes sociais de Carla Zambelli estão bloqueadas por determinação judicial 

Por determinação judicial do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta tarde de quarta-feira (04), as grandes empresas de tecnologia, responsáveis pelas principais redes sociais, bloquearam os perfis ligados à deputada federal Carla Zambelli. Além da parlamentar, os perfis da mãe e do filho da deputada, Rita Zambelli e João Zambelli, respectivamente, também foram bloqueados. 

Transferência de titularidade

O bloqueio é válido em todo o território nacional e foi acatado pelas empresas dentro do prazo de duas horas estabelecido pelo ministro. Em sua decisão, Alexandre de Moraes estabeleceu multa diária de R$ 100 mil reais em caso de descumprimento. Além de uma multa a ser aplicada à Zambelli, de R$ 50 mil reais, caso faça novas publicações, seja em outras contas criadas por ela ou em contas de terceiros. 

Carla Zambelli, que informou estar fora do país para tratamento médico, transferiu no início desta semana a titularidade de suas contas nas redes sociais, à mãe e ao filho, temendo ser “silenciada” por decisão da justiça. No entanto, o bloqueio se estendeu a estes familiares também. 


Conta retida da deputada federal Carla Zambelli na rede social X, antigo Twitter (Foto: reprodução/X/@zambelli2210)

A partir de agora, as contas em nome dos envolvidos nas redes sociais: X (antigo Twitter), Linkedin, YouTube, Facebook, Instagram e Tik Tok ao serem acessadas, apresentam a mensagem de conta retida por determinação judicial. Até o presente momento não houve manifestação por parte da assessoria de imprensa da parlamentar sobre o assunto.

Oposição italiana

A prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli foi solicitada pela Procuradoria Geral da República (PGR) e aceita pelo ministro Alexandre de Moraes na tarde desta quarta-feira (04). A parlamentar havia sido condenada em maio (2025), a 10 anos de prisão e perda de mandato por envolvimento no caso do hacker Walter Delgatti, sobre a invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).


Carla Zambelli, deputada federal (Foto: reprodução/Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)


Carla Zambelli, que está nos EUA, pretende buscar refúgio na Itália informando que lá ela “é intocável“, uma vez que possui cidadania italiana. No entanto, o deputado italiano de oposição, Angelo Bonelli, informou que busca junto ao governo do país medidas para poder extraditar a parlamentar brasileira. Segundo declarou Bonelli, “a Itália arrisca se tornar um paraíso para golpistas”, ressaltando que Zambelli foi condenada por unanimidade pelo Supremo Tribunal Federal brasileiro.

Alexandre de Moraes decreta prisão preventiva de Carla Zambelli

O ministro do Supremo do Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, nesta quarta-feira (04), determinou a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli. O pedido feito pela Procuradoria Geral da República (PGR) na data de ontem foi aceito por Moraes. Além de ser incluída na lista vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), Zambelli teve seus vencimentos parlamentares bloqueados e, também, a solicitação de bloqueio dos seus passaportes.

A deputada federal foi condenada em maio (2025), por unanimidade pela Primeira Turma do STF, a 10 anos de prisão com a perda do mandato parlamentar. A sentença refere-se ao caso relacionado à invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserção de documentos falsos. 

Carla Zambelli nega as acusações e entrou com pedido de recurso contra a sentença, a qual julga ser parcial. Uma vez que, segundo a deputada, não teve direito a ampla defesa e informa que a sentença se baseou na acusação do hacker Walter Delgatti, condenado no mesmo processo a 08 anos de prisão. 

Saída do Brasil 

Na data de ontem, terça-feira (03), Carla Zambelli informou que estava fora do país para a realização de tratamento médico. A deputada declarou estar nos EUA, em Miami. Ao término do tratamento, Zambelli seguiria para a Itália, onde possui cidadania. De acordo com investigações da Polícia Federal (PF), Zambelli deixou o Brasil através da fronteira com a Argentina, pela cidade de Puerto Iguazu, seguindo para a capital argentina, Buenos Aires. De lá, pegou um voo rumo a Miami.

Em entrevista exclusiva dada à CNN, Zambelli declarou que por ser cidadã italiana buscará refúgio no país e que na Itália ela é “intocável”. Ainda, segundo a deputada, a justiça brasileira poderá expedir mandado de prisão encaminhado às autoridades italianas, a qual poderá ou não acatar o pedido de prisão e extradição.


Entrevista exclusiva da deputada federal Carla Zambelli à CNN (Vídeo: reprodução/Youtube/@CNNbrasil)


Em suas falas, Zambelli reafirma ser inocente e vítima de perseguição por parte das autoridades brasileiras e adversários políticos. Reiterou, ainda, que pretende retornar ao Brasil para se defender. Contudo, atrelou sua volta ao país, quando, segundo a parlamentar, “o Brasil for uma democracia novamente”. 

Bloqueio das redes sociais 

Além das ações decretadas contra a Deputada Carla Zambelli, o ministro do STF Alexandre de Moraes solicitou, também, o bloqueio das redes sociais da mãe da deputada, Rita Zambelli, e do filho da parlamentar, João Zambelli. Em sua decisão, Mores enviou comunicado às principais Big Techs e redes sociais, como LinkedIn, Tik Tok, Meta, X, YouTube e Telegram determinando o bloqueio dessas contas, sob pena de multa diária de R$ 100 mil reais. 


Publicação sobre o mandado de prisão expedido pelo STF, juntamente com a solicitação dos bloqueios das redes sociais utilizadas por Carla Zambelli (Foto: reprodução/X/@STF_oficial)

O jornalista Gustavo Uribe, informou com exclusividade nesta tarde de quarta-feira (04), que a Deputada Carla Zambelli condenou esses bloqueios, informando que a decisão é “monocrática” e “inconstitucional”. Ainda, segundo Zambelli, ela denunciará as ações de Alexandre de Moraes em todos os lugares e essa atitude, será só o começo.

Nas redes sociais a polarização política vivida no país fomenta reações a favor e contrárias à decisão do ministro. Muitos apoiadores da parlamentar utilizaram suas redes para demonstrar apoio à Zambelli, validando o discurso de perseguição política. Agora, fica a cargo da Interpol realizar a prisão da parlamentar que pode ser ou não acatada pelo país onde Zambelli estiver e extraditá-la ao Brasil.