Reconstrução das áreas afetadas do Rio Grande de Sul pode levar até um ano

Para auxílio na visualização das manchas de inundação, é utilizado drones e imagens de satélite por todo o estado.

Segundo o tenente Rafael Luft, este diagnóstico para identificação das casas, escolas, creches e UBS’s atingidas, apesar de tratar-se de um enorme desafio, estabelece minimamente um tamanho do desastre que ocorreu no estado.


Exemplo do uso de imagens de satélite no Rio Grande do Sul (Foto: reprodução/X/@sbtrs)

O que é útil não apenas para registro, mas também para se ter uma ideia de onde a reconstrução deverá iniciar, e o que será necessário para tal.

Após esta identificação, os dados são cruzados por técnicos com as informações das bases oficiais, em conjunto com o IBGE, CadÚnico (dados do governo federal) e os cadastros de programas estaduais.

Até o momento, dos 469 municípios atingidos, 224 já foram mapeados. E nestes locais, 267 mil residências e 109 mil empresas foram atingidos diretamente.

Início de uma nova etapa para o estado

Alguns desses municípios foram visitados pelo governador Eduardo Leite no sábado (25) de manhã e, em conversa com o Jornal Nacional, estipulou um prazo para a reconstrução.

Nesta conversa, fora dito que as famílias de baixa renda que perderam suas residências, estão sendo encaminhadas para a construção de casas definitivas, “em modos construtivos rápidos”, os que podem ser, por exemplo, blocos de concreto.

Estas residências são construídos em locais que foram previamente analisados, pois, não podem ter sido atingidos pelas inundações. Não apenas para evitar acidentes, e para garantir uma estrutura segura para a construção, mas também para “respeitar as novas condições climáticas, o novo patamar que o rio alcançou”, diz Eduardo.

Em conjunto com a fala de Eduardo, o ministro Paulo Pimenta, comandante da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, relatou que o governo federal ajudará na recuperação de escolas, UBS e rodovias, além de entrar em prática um programa para reconstrução das casas dos que possuem renda de até R$ 4,4 mil.

Para tal, as prefeituras realizam um cadastro, e destinam o terreno, e o governo federal é responsável em conseguir o valor para comprar o imóvel usado. Além da compra de imóveis usados, foi requisitado que fizesse parte do programa todos os imóveis que estavam para leilão na Caixa Federal e no Banco do Brasil. Ademais, fora indicado que será adquirido os imóveis da iniciativa privada que estão sendo construindo e se adequam nesta faixa de valor.

As universidades também auxiliam, como a professora Alexandra Passuello, que liderou equipes responsáveis pelo mapeamento das áreas vulneráveis a inundações e deslizamentos em determinados pontos do estado.

Segundo a professora, há territórios em que a reconstrução não será possível, enquanto em outros a reconstrução deverá ocorrer seguindo diretrizes de como torná-las mais resistentes; tanto para não haver danos físicos, quanto para que o salvamento ocorra de forma segura e em bom tempo.

Auxílio na reconstrução

É indicado que, nesta jornada de restauração, as ações de solidariedade e apoio imediato às famílias atingidas será imprescindível. Como a ação de parceria que ocorreu neste sábado em uma comunidade de Porto Alegre, entre organizações locais e movimentos voluntários com doações de empresas e pessoas físicas, que levou alimento para muitas pessoas.

A presidente do Mistura Aí, Mara Nunes, informa que não conseguiria colocar a cabeça no travesseiro sabendo que há pessoas lá fora que necessitam de ajuda. Ela conclui dizendo acreditar que a pessoa do outro lado precisa pensar da mesma forma.

Desde setembro do ano passado, quando houve uma grande chuva, essa rede de apoio atua na ajuda ao Rio Grande do Sul, na entrega de kits de higiene, colchões e cobertores, além do fornecimento de mais de um milhão de refeições.

Segundo o voluntário Vitor Brandão, após a água abaixar, a instituição terá diversas etapas pela frente, como limpeza e reconstrução. Ele frisa que, por mais que seja um cenário que dura mais de três semanas, o Rio Grande do Sul ainda precisa e precisará de muita ajuda.

Chuvas no RS: prejuízo nas plantações podem aumentar a inflação, diz Campos Neto

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, revelou nesta sexta-feira (24), que as grandes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul poderão impactar na inflação e consequentemente, levar ao aumento do valor dos alimentos. Campos citou também outros fatores que justificam a expectativa negativa para o futuro.

Cenário fiscal

O presidente participou do Seminário Anual de Política Monetária, como palestrante no evento realizado pela Fundação Getúlio Vargas, e destacou o cenário fiscal, o ambiente externo e a credibilidade do BC como principais motivações para a visão desmotivadora no futuro em relação à inflação e classificou como “notícia ruim” para a autoridade monetária.

Mais recentemente, a gente viu que as curvas longas (de juros) norte-americanas voltaram e a taxa terminal até voltou um pouco, mas o Brasil não melhorou quase nada. Então parece que nesse movimento a gente ficou um pouco na contramão do mundo emergente, o que sugere que se adicionou prêmio (de risco) específico de Brasil na curva”, disse Campos. Ou seja, um investidor demandará mais retorno para assumir riscos no Brasil.

Reconstrução do RS


Parte da destruição causada pela chuva em Porto Alegre–RS (Foto: reprodução/Anselmo Cunha/Embed from Getty Images)


A reconstrução do estado do Rio Grande do Sul também foi abordada por Campos Neto. Ele afirmou que o futuro ainda é incerto, o Banco Central está acompanhando as projeções de quanto custará a reforma e que “Isso tem influência no fiscal na frente”. Em algumas contas o valor chega em até 2% do PIB.

Déficits zero

Sobre a meta fiscal perto de zero, um cenário em que o país busca equilibrar suas receitas e despesas, visando evitar déficits excessivos ou superávits muito altos. citada várias vezes pelo Ministro da Fazenda Fernando Haddad, Campos gerou dúvidas sobre seu significado e sobre a convergência econômica.

De acordo com o último boletim Focus do Banco Central, o mercado está projetando uma inflação de 3,74% para o ano de 2025, o que representa uma piora em relação às últimas semanas. A meta de inflação estabelecida é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Segunda onda de chuvas causa novos prejuízos em Porto Alegre

A chuva que atingiu Porto Alegre nesta quinta-feira (23) inundou bairros após subir pelos bueiros de diversas ruas da cidade. A população foi pega desprevenida pelas chuvas e inundações e foram necessários resgates e o bloqueio de vias, causando novamente inúmeros prejuízos.  No entanto, a chuva tem recuado nas últimas horas.


Volta das chuvas no Rio Grande do Sul (Vídeo: reprodução/Youtube/UOL)

Regiões afetadas

A prefeitura da Capital afirma que tiveram problemas nas zonas Central, Norte e Sul em bairros como Centro Histórico, Cidade Baixa, Praia de Belas, Ipanema, e demais cidades afetadas, que continuam sendo contabilizadas.

O Corpo de Bombeiros usou botes para retirar pessoas de suas casas que ficaram ilhadas devido à inundação nos bairros Cavalhada e Hípica, na região Sul da Capital, que ainda não haviam registrado alagamentos durante a última enchente. 

Outros bairros do Centro como Menino Deus, Praia de Belas e Cidade Baixa voltaram a ter problemas com a água e, os imóveis que já haviam sido limpos, voltaram a inundar.


Avenida Sarandi após enchentes em Porto Alegre (Foto: reprodução/RBS TV)

Já na região Norte, uma parte do asfalto da Avenida Sarandi cedeu durante as enchentes de ontem e deixou a via totalmente destruída, bem como o talude de contenção do Arroio das Pedras ao lado. A região não foi alagada durante a última enchente

Motivo das enchentes

Maurício Loss, diretor do Departamento Municipal de Água e Esgoto do município de Porto Alegre, diz que os alagamentos foram resultados de um volume muito grande de chuvas em uma parcela pequena de tempo e, consequentemente, as galerias responsáveis por escoar a água estão entupidas devido à quantidade de lixo e barro acumulados depois da cheia de Guaíba. Loss nega que o sistema de drenagem da cidade tenha “colapsado”. 

Ainda de acordo com ele, equipes do DMAE estão usando caminhões-fato para ajudar na limpeza de lugares atingidos e ajudar na drenagem da água.

O diretor ainda apontou outro problema: a restrição no funcionamento das casas de bombeamento, que são responsáveis por jogar de volta ao Guaíba a água na cidade. A restrição acontece por motivos de segurança, uma vez que são elétricas e, caso inundem, podem causar risco à população. 

Pontes temporárias sobre rio são arrastadas por correntezas no Rio Grande do Sul

O estado do Rio Grande do Sul voltou a ser atingido por novos temporais desde a quinta-feira (23) desta semana, e em decorrência do aumento do volume de chuva na região, ocorreu o extravasamento do Rio Forqueta, no Vale do Taquari, que transbordou além do limite atual do corpo hídrico. Dessa forma, fortes correntezas se formaram, resultantes do excedente volume de água, e ocasionaram no desmoronamento e arraste das duas passarelas provisórias, construídas pelo Exército Brasileiro, devido à força das águas. Após o ocorrido, não restaram muitas evidências e sinais das pontes que serviam como recursos temporários para atenderem a população local.


Vídeo da ponte sendo arrastada pela força das águas (Vídeo: reprodução/Instagram/@deputadosanderson)


Municípios isolados e carentes de ajuda

As duas pontes, que haviam sido montadas pelas forças armadas sobre o Rio Forqueta, tinham por objetivo conectar, de forma temporária, os dois municípios de Arroio do Meio e Lajedo, no estado gaúcho. E em consequência da perda das estruturas de passagem, devido às fortes correntezas, ambos os municípios se encontram isolados, e sem previsão do que será feito para sanar o problema.


Ponte provisória antes de ser destruída (Foto: reprodução/NELSON ALMEIDA/Getty Images Embed)

Uma população sem saída

Diversos moradores foram prejudicados com o desmoronamento das passarelas, pois grande parte necessita transitar do município de moradia para a cidade vizinha para trabalhar. Entretanto, as autoridades ainda não informaram quando haverá a reconstrução das duas pontes, pois as intensas correntes de águas provocadas pela cheia do Rio Forqueta, tornam inviáveis o desenvolvimento da obra no momento. Por enquanto, a única forma de locomoção que existe entre os municípios é pela cidade de Colinas. Contudo, o percurso leva quase duas horas por via terrestre, pela BR-386, a qual apresenta grande fluxo de trânsito.

Alerta de mais temporais e enchentes na região

Nas últimas semanas o Rio Grande do Sul tem sido atingido por intensas chuvas e enchentes que provocaram muitos prejuízos para a população gaúcha. Calcula-se que o RS tenha acumulado cerca de 580 mm de chuva em maio, um dos maiores já registrados na história do estado, de acordo com a Universidade do Vale do Taquari. A defesa civil informou acerca do perigo de desmoronamentos no centro do Cruzeiro do Sul, no Vale do Taquari, e a cidade de Muçum também está sob alerta, devido ao aumento do volume do Rio Taquari, que se elevou em um metro no período de apenas 15 horas.

Governo federal libera crédito de R$ 1,8 bilhão para o Rio Grande do Sul

O governo federal anunciou a liberação de um novo crédito extraordinário no valor de R$ 1,8 bilhão destinado a diversas ações no estado do Rio Grande do Sul. A medida provisória (MP) que oficializa o crédito foi publicada na noite de quinta-feira (23) em uma edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

Como os recursos serão distribuídos

Com a publicação, a MP passa a ter força de lei imediatamente, permitindo a liberação e utilização dos recursos. No entanto, o Congresso Nacional tem um prazo de até 120 dias para aprovar a medida. Caso contrário, qualquer saldo remanescente perderá validade.

  • Retomada de atividades das universidades e institutos federais: R$ 22.626.909;
  • Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita: R$ 13.831.693;
  • Suporte aos serviços de emergência e conectividade: R$ 27.861.384;
  • Fiscalização e emergência ambiental: R$ 26.000.000;
  • Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares: R$ 1.000.000;
  • Defesa Civil: R$ 269.710.000;
  • Auxílio reconstrução: R$ 1.226.115.000;
  • Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública: R$ 51.260.970;
  • Fundo de Participação dos Municípios (FPM): R$ 189.856.138.

Ministérios comtemplados

Os recursos contemplam vários ministérios, incluindo Educação, Justiça e Segurança Pública, Comunicações, Meio Ambiente, Integração e Desenvolvimento Regional, Direitos Humanos e da Cidadania, além da Defensoria Pública da União. A supervisão da transferência do FPM será realizada pelo Ministério da Fazenda.


Doações para Rio Grande do Sul (Foto/Reprodução/Getty Images Embed/Mauro Pimentel)


Esta nova MP se soma a uma anterior, editada em 11 de maio, que liberou R$ 12,1 bilhões para ações de auxílio ao Rio Grande do Sul, principalmente em resposta à calamidade pública enfrentada pela população. As ações incluem intervenções da Defesa Civil, das Forças Armadas e do Sistema Único de Saúde (SUS). Esse texto também está em tramitação no Congresso.

Com essas iniciativas, o total de recursos anunciados pelo governo federal para o estado do Rio Grande do Sul atinge R$ 62,5 bilhões, reforçando o compromisso com a recuperação e suporte à população gaúcha.

Concurso público nacional unificado é remarcado para 18 de agosto

Nesta quinta-feira (23), o Ministério da Gestão anunciou a nova data para o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), popularmente chamado de “Enem dos concursos”. As provas ocorrerão em 18 de agosto e serão aplicadas em 228 cidades de todo o Brasil.

O CPNU recebeu mais de 2,1 milhões de inscrições para as 6.640 vagas disponíveis em 21 órgãos do governo federal. O Ministério da Gestão informou que um cronograma detalhado será publicado em breve.


As provas serão realizadas em 18 de agosto em 228 cidades do Brasil (Fotografia: Reprodução/Freepik/Freepik)

Originalmente previstas para o dia 5 de maio, as provas foram adiadas por causa das fortes chuvas no Rio Grande do Sul. Como medida de segurança, todos os 18.757 malotes de prova foram recolhidos em todo o país e armazenados em um local seguro.

Segundo o ministério, cada malote foi verificado individualmente por membros da rede de segurança, que asseguraram a integridade do conteúdo. Agora, o ministério iniciará conversas com as instituições para confirmar os locais de prova, priorizando a manutenção dos locais já estabelecidos.

Esforços no Rio Grande do Sul

Para os inscritos no Rio Grande do Sul, será preciso um diálogo especial para assegurar que todos tenham acesso aos locais de prova. Os candidatos precisarão checar novamente seus cartões de prova para confirmar se houve mudanças no local designado.

Novos cartões de confirmação

No dia 7 de agosto, será divulgado um novo cartão de confirmação de inscrição do CPNU, com detalhes sobre os locais das provas.

Os candidatos poderão acessar o cartão na Área do Candidato, no mesmo site onde efetuaram a inscrição, utilizando os dados da conta GOV.BR para login.

Detalhes importantes

O cartão conterá informações como número de inscrição, horários das provas (manhã e tarde), além de especificar se o candidato tem direito a atendimento especializado ou uso do nome social, entre outros.

Para os candidatos de nível médio, as provas não incluirão questões dissertativas, apenas a redação, que será realizada no período da manhã.

O tempo mínimo de permanência nos locais de prova será de duas horas para ambos os turnos. É recomendável revisar as questões se terminar antes do tempo mínimo. Saídas antes desse período resultarão em eliminação do concurso.

Pedro Scooby e Cintia Dicker falam sobre o cão adotado no Rio Grande do Sul

A esposa do ex-BBB Pedro Scooby divulgou no Instagram nesta terça-feira (21) um vídeo dele com o cachorro adotado pelo casal. O animal foi resgatado por Scooby enquanto ele e outros voluntários ajudavam animais ilhados pelas enchentes no Sul. Na ocasião do resgate, o surfista disse que o animal foi quem na verdade o adotou.

Cãozinho bem-cuidado e cheiroso

O animal agora vive no Rio de Janeiro com o surfista e a modelo. O cão recebeu o nome de Dodô. “Olha onde está o Dodô. Todo mundo querendo saber onde está o Dodô“, comentou a modelo ao ver o cão nos braços de Scooby. Cintia completa dizendo que o animal tomou banho, está cheiroso e usando gravata . “Tá com o cabelo mais brilhoso que o nosso. O pelo, né?”, brinca Cintia em meio a risadas.


Dodô foi resgatado em um ginásio inundado no RS e agora vive com o surfista e sua família (Foto: reprodução/Instagram/@cintiadicker)

Pedro Scooby também postou em seus stories um vídeo com Dodô, reforçando as palavras da esposa, garantindo que o cãozinho está cheiroso e bem cuidado. O vídeo inicia com Scooby chamando o cão para si, falando que os fãs querem ver como ele está, chamando Dodô de “o cara do momento”. O cão aparece todo alegre, com a cauda abanando e pedindo por mais carinho de seu tutor.

A experiência no Rio Grande do Sul

Dodô foi resgatado juntamente com outros 20 animais em um ginásio esportivo inundado. O cachorro foi para o colo de Scooby. “Ele me adotou”, disse o surfista enquanto fazia carinho no animal. A caminho do Rio de Janeiro, Scooby deu updates sobre o estado do cão, mostrando que ele estava se recuperando após ficar ilhado por conta dos alagamentos que dizimaram várias cidades sul-rio-grandenses.


Os surfistas Pedro Scooby e Lucas Chumbo foram ao Rio Grande do Sul para ajudar durante a tragédia que atingiu o sul do país (Foto: reprodução/@lucaschumbo)

Scooby voltou para o Rio na companhia de seu amigo Lucas Chumbo, em uma viagem que durou 25 horas. Tanto os surfistas quanto outros voluntários se uniram aos esforços para ajudar os atingidos pelas enchentes. Lucas Chumbo disse em entrevista à Revista Quem sobre a experiência, contando que se sentiu baqueado olhando a destruição causada pelas águas. Ele contou que foi uma das experiências mais sinistras e tristes que já viveu.

Mas o surfista acrescenta que a cada resgate, a cada pessoa ajudada, sentiu uma energia e felicidade que lhe impulsionava para continuar.

CBF anuncia retorno do Campeonato Brasileiro

Na noite desta terça-feira (21), a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou que o Campeonato Brasileiro será retomado no primeiro fim de semana de junho. As rodadas 7 e 8, anteriormente adiadas, foram reprogramadas para os dias 1 e 2, e 12 e 13, respectivamente, conforme divulgado pelo departamento de competições da entidade.

Motivo do adiamento

O adiamento dos jogos foi necessário devido à intensas chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul, que até a noite desta terça-feira resultaram em 161 mortes, centenas de desaparecidos e danos incalculáveis nas cidades afetadas. A CBF também informou que o Conselho Técnico, com representantes dos 20 clubes da Série A, está mantido para a próxima segunda-feira, dia 27 de maio.

Em decorrência das enchentes que alagaram a Arena do Grêmio e o Beira-Rio, do Internacional, o Grêmio será o primeiro clube gaúcho a jogar fora de casa. Na 7ª rodada, o time enfrentará o Bragantino no estádio Couto Pereira, em Curitiba, no dia 1º de junho. Já na 9ª rodada, receberá o Botafogo no estádio Alfredo Jaconi, do Juventude.



O Internacional, outro time gaúcho afetado pelas enchentes, terá de atuar fora de seu estádio. Na 8ª rodada, o Colorado será o mandante na partida contra o São Paulo no estádio Heriberto Hulse, do Criciúma. Já o Juventude seguirá jogando em seu próprio estádio, em Caxias do Sul. Para evitar conflitos de horário com o amistoso da Seleção Brasileira contra os Estados Unidos, a CBF programou quatro partidas para às 17h (horário de Brasília).


Gramado do Beira-Rio (Foto: reprodução/Divulgação/Globo)

Detalhamento das rodadas 7 e 8

7ª rodada

1º de junho (sábado)

  • 16h – Grêmio x Bragantino (Couto Pereira, em Curitiba)
  • 16h – Vitória x Atlético-GO
  • 18h30 – Fluminense x Juventude
  • 21h – Corinthians x Botafogo
  • 18h30 – Cuiabá x Internacional

2 de junho (domingo)

  • 16h – Atlético-MG x Bahia
  • 16h – Vasco x Flamengo
  • 16h – Criciúma x Palmeiras
  • 16h – São Paulo x Cruzeiro
  • 18h30 – Fortaleza x Athletico-PR

8ª rodada

12 de junho (quarta-feira)

  • 17h – Botafogo x Fluminense
  • 17h – Atlético-GO x Corinthians
  • 17h – Juventude x Vitória
  • 17h – Bragantino x Atlético-MG

13 de junho (quinta-feira)

  • 19h – Cruzeiro x Cuiabá
  • 20h – Internacional x São Paulo (Heriberto Hulse, em Criciúma)
  • 20h – Flamengo x Grêmio
  • 20h – Athletico-PR x Criciúma
  • 21h30 – Bahia x Fortaleza
  • 21h30 – Palmeiras x Vasco

*Todos os horários correspondem ao Horário de Brasília

Nota da CBF

“A CBF comunica que em razão do adiamento das 7ª e 8ª rodadas do Campeonato Brasileiro de Futebol Masculino – 2024, decorrente dos fatos que lamentavelmente atingiram gravemente o estado do Rio Grande do Sul, tornou-se indispensável o remanejamento da tabela detalhada de jogos até então divulgada. Desse modo, sem prejuízo das deliberações que serão adotadas no Conselho Técnico Extraordinário do dia 27 de maio de 2024, a CBF informa que a retomada da competição se dará a partir da 7ª rodada, que será disputada em 01 e 02 de junho, datas originalmente reservadas para a 9ª rodada, preservando-se, assim, o planejamento técnico que embasou a elaboração da tabela“, afirmou a CBF em nota.

A CBF afirmou que a reprogramação das rodadas 7, 8 e 9, divulgadas anteriormente, seguirá a tabela anexa.

A entidade ainda informou que, as partidas canceladas dos clubes gaúchos em rodadas anteriores e de outras competições realizadas pela mesma, serão remarcadas para datas futuras, conforme disponibilidade no calendário.

Alessandra Ambrosio promove jantar beneficente no Festival de Cannes

O Festival de Cannes, famoso pelo red carpet mais glamuroso do mundo, ontem (20) foi palco de uma noite de solidariedade em prol do Brasil com jantar capitaneado pela top model Alessandra Ambrosio.

Ao lado da também modelo gaúcha Cindy Mello, Alessandra reuniu cem convidados especiais no restaurante La Peite Maison em Cannes, para uma um jantar beneficente em prol das instituições apoiadas pela BrazilFoundation no Rio Grande do Sul.


Cindy Mello e Alessandra Ambrosio (Foto: reprodução/Jacopo Raule e Daniel Graf)

Com o apoio de Daniel Urzedo, Milan Blagojevic, Sofia Resing, e Paula Bezerra de Mello, membros do conselho da BrazilFoundation, Alessandra e Cindy celebraram o lançamento do Brazilian Soul Fund em parceria com a fundação.


Daniel Urzedo, Paula Bezerra de Mello, Cindy Mello, Alessandra Ambrosio, Milan Blagojevic (Foto: reprodução/Jacopo Raule e Daniel Graf)

Quis aproveitar essa ocasião que reúne vários amigos do mundo inteiro que compartilham um carinho especial pelo Brasil. Eu apoio a BrazilFoundation há mais de 10 anos e tenho enorme admiração pelo trabalho da fundação, da forma que selecionam projetos transformadores e capacitam líderes das comunidades”, diz Alessandra.

Essa é uma causa muito próxima do meu coração, pois minha família é do Sul, da região onde foi extremamente afetada, e sei a dor que estamos passando nesse momento. Acredito que esse movimento de unir amigos para doar para o Brasil durante o festival consiga ajudar a levar recursos para as áreas mais afetadas”.

A BrazilFoundation agradece profundamente todo o apoio da Alessandra e Cindy na arrecadação de fundos para a tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul. Seu compromisso e generosidade são fundamentais para ajudar milhares nas comunidades afetadas a se reconstruírem. E sua influência é ideal para promover a solidariedade e esperança em um momento tão difícil,” declara Rebecca Tavares, CEO da BrazilFoundation.

O carinho e a generosidade dos estrangeiros com o Brasil é comovente, foi um evento organizado em 5 dias para um público em grande maioria europeu e americano. Por enquanto, arrecadamos, em uma noite, mais de meio milhão de reais, mas será um valor acima, pois ainda não fechamos o valor total”, reflete Paula Bezerra de Mello

O Brazilian Soul Fund apoiará 3 instituições no Rio Grande do Sul: Lajeado e Cruzeiro do Sul, Movimento Associação União BR e Instituto Geração Tricolor.

Auxílio Reconstrução: famílias devem validar os dados para receber o pagamento

As famílias que atenderem os requisitos para receber o auxílio reconstrução do governo federal, destinado a moradores atingidos pelas enchentes do Rio Grande do Sul, terão que validar seus dados no site gov.br a partir da próxima segunda-feira (27). 

Antes disso, as informações deverão ser recolhidas pelas prefeituras e enviadas para o Ministério de Desenvolvimento Regional através da mesma plataforma online a partir desta quarta-feira (22).

Ainda nesta terça-feira (21), a portaria que regulamentará o pagamento do auxílio será publicada. 

Detalhes do Auxílio Reconstrução


Auxílio é totalmente destinado a moradores de áreas afetadas no Rio Grande do Sul. (Foto: reprodução/Instagram/@gustavo.mansur)

O benefício está previsto para ser uma parcela única no valor de R$ 5,1 mil para famílias residentes de áreas afetadas pelas enchentes, desabrigadas ou desalojadas nos municípios em situação de calamidade ou emergência. Estima-se que 240 mil famílias receberão o auxílio. O dinheiro pode ser usado de diversas formas, como comprar novos móveis ou realizar reforma, ou seja, cada família poderá escolher a melhor forma de utilizar o benefício. 

O pagamento será depositado de forma automática às famílias que já possuem contas cadastradas na Caixa. Para aqueles que ainda não possuem, a Caixa vai providenciar uma conta poupança social digital em nome do responsável da família. O beneficiário não vai precisar ir ao banco.

Como irá funcionar

Primeiro, as prefeituras irão coletar os dados das famílias, como o endereço comprovado, nome e CPF do responsável pela família, de preferência uma mulher, e enviar para o Governo Federal. 

Depois do cadastro, a pessoa identificada como responsável pela família deve acessar o sistema a partir do dia 27 deste mês através de sua conta no GovBr para confirmar os dados. 

Após a confirmação, as informações serão enviadas para a Caixa Econômica Federal que realizará o pagamento e o dinheiro estará disponível através do aplicativo Caixa TEM. 

Beneficiários do Bolsa Família ou quem está recebendo seguro-desemprego poderá ter acesso ao auxílio reconstrução, contanto que seja morador das áreas afetadas e tiveram que sair de suas casas que perderam parte ou todos os seus bens. Para conseguir o auxílio, não precisa estar cadastrado no Cadastro Único.

Não haverá nenhum tipo de cobrança para o cadastro.